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sexta-feira, 20 de março de 2015

Racismo no Texas



 "Reservado aos brancos": adesivos com palavras racistas chocam o Texas

"Reservado aos brancos. Cinco clientes negros no máximo" afirma o adesivo, assim como: "os funcionários negros podem entrar pela porta de serviço"
 "Reservado aos brancos. Cinco clientes negros no máximo" afirma o adesivo, assim como: "os funcionários negros podem entrar pela porta de serviço".

O prefeito de Austin, capital do estado americano do Texas, condenou energicamente a aparição de adesivos com a inscrição "Reservado aos brancos" nas fachadas de lojas da cidade, o que faz recordar a época sombria da segregação racial no sul dos Estados Unidos.   "Estes adesivos são uma expressão repulsiva da ignorância", afirma em um comunicado Steve Adler, o prefeito democrata de Austin, uma cidade com tendência progressista em um estado dominado pelos republicanos.

O jornal local Statesman indicou que os funcionários de seis lojas de Austin encontraram estes adesivos ao chegar aos seus locais de trabalho.  Um deles foi colocado, provavelmente à noite, na vitrine da Sugar Mama's Bakeshop, uma confeitaria local, explica o jornal.  A representante democrata Dawnna Dukes, deputada na câmara baixa do Texas, publicou no Facebook a foto de um dos adesivos para denunciar sua existência. "Reservado aos brancos. Cinco clientes negros no máximo" afirma o adesivo, assim como: "os funcionários negros podem entrar pela porta de serviço".

Para dar um caráter oficial aos seus materiais, os autores incluíram o escudo de armas da cidade e a menção a um inexistente "Programa contemporâneo de restauração e separação".  "Não foram fabricados pelos funcionários nem colocados pelos comerciantes e foram retirados assim que foram descobertos", afirma o prefeito de Austin em seu comunicado.

A cidade é sede, até domingo, do festival South by Southwest, no qual se apresentam músicos, artistas e cozinheiros de todo o mundo.  Sarah Goeth, co-proprietária da loja de bicicletas Windmill, onde um dos adesivos foi colado, se perguntou no Stateman se a ação não seria obra de um artista presente no festival.

Fonte:  France Presse

 

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