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domingo, 1 de março de 2015

Solução para a crise da Petrobras não será rápida e nem fácil

Para especialistas, a venda de ativos e foco dos investimentos no pré-sal é saída para acertar as contas atribuladas da empresa

Por: Heloisa Mendonça, El País 

O rebaixamento da classificação de risco da Petrobras pela agência Moody's nesta semana chacoalhou o mercado e levantou dúvidas sobre a capacidade da petroleira de encontrar saídas para o labirinto em que se encontra. Por ora, é possível concluir que a mudança de status deve aprofundar a crise vivida pela estatal e complica o cenário já difícil para a captação de investimentos da companhia. Mais do que isso, abriu espaço para especulações sobre a capacidade do Brasil de se preservar de um eventual contágio do efeito Moody’s.

Como a Petrobras é a maior empresa do país, os riscos do Brasil e da estatal possuem certas conexões, de acordo com especialistas. “Ao perder o grau de investimento e passar a integrar a nota do grupo especulativo, a Petrobras terá ainda mais dificuldade para conseguir financiamentos, e pode fazer com que o governo tente salvar as contas da empresa”, afirma Edmilson Moutinho, economista e professor do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo. “No entanto, não quer dizer que necessariamente a estatal rebaixará o país, pois a nota do Brasil está muito mais vinculada à política fiscal que o Governo se comprometeu a aplicar neste ano de 1,2% do PIB”, completa.

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É importante que a estatal deixe para trás o nacionalismo arraigado na empresa e diminua a participação dela como investidora. "Infelizmente, até hoje, domina a velha história que o petróleo é o nosso monopólio. A Petrobras precisa atuar em áreas onde realmente é relevante, como na pesquisa. A competição é importante, quanto mais empresas entrarem em leilões, ficaremos com mais petróleo".
Sérgio Lazzarini, pesquisador do Insper

O nacionalismo arraigado do PT também foi responsável por fomentar a cadeia local de fornecedores. Somente empresas instaladas no Brasil podem ser parceiras da companhia. A política, muito celebrada pelo ex-presidente Lula e por Dilma, é alvo de críticas constante, pois seria um fator a mais para engessar o desempenho da Petrobras, além de abrir brechas para a corrupção. Agora, seria a oportunidade para rever essa estratégia.

Leia mais: El Pais - Solução para a crise da Petrobras não será rápida e nem fácil


 

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