O PT precisa aprender a se
calar
No momento delicado em
que vive o País,
quando uma nova equipe econômica tenta reparar o enorme
estrago produzido pela incompetência da anterior, o PT, que deveria apoiar
incondicionalmente o Governo, só trata de atrapalhá-lo.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, que não consegue resolver os problemas mais elementares de sua própria pasta, também resolveu se meter onde não era chamado, e assegurou também a seus colegas petistas que uma nova CPMF estaria a caminho. Perderam, ambos, excelente oportunidade de ficar calados, pois foram irresponsavelmente dar pitacos em área na qual não têm competência nem autoridade para fazê-lo.
Todos sabem que quem de fato manda na área econômica, é o ministro Joaquim Levy, que se viu obrigado a desautorizá-los de imediato, assegurando à opinião pública que o governo não trabalha com a hipótese de ressuscitar a CPMF. Mas não foi só o Ministro da Fazenda que se encarregou de desmentir as invencionices de Falcão e Chioro. O governo, percebendo os efeitos danosos das declarações dos dois petistas, teve de mandar seu próprio líder na Câmara, o deputado José Guimarães, se posicionar contra a ideia estapafúrdia de seus colegas, na mesma reunião.
Mais tarde, o Ministério da Saúde viu-se obrigado a desmentir as declarações de seu próprio ministro, e informar ao público de que “não há, no âmbito do governo federal nenhuma discussão em curso sobre o tema”.
Antes de ficarem propondo iniciativas para aumentar a tributação, os líderes do PT fariam melhor se começassem a se preocupar sobre como melhorar o desempenho de seus gestores, tornando-os mais eficientes e elevando seu nível de competência.
Deveriam todos ter também uma aula sobre a importância da credibilidade na esfera da atuação pública. Esse tipo de desencontro de informações sobre a CMPF é apenas um pequeno exemplo do desacerto de posições no PT, onde cada um fala o que quer, sem nenhum compromisso com a realidade ou com a verdade.
No mundo das coisas sérias, declarações irresponsáveis podem trazer danos irreparáveis.
Por: Pedro Luiz Rodrigues foi responsável pela Comunicação Social de três ministros da Fazenda.
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