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quarta-feira, 15 de julho de 2015

Collor diz que PF ‘extrapolou’ todos os limites da legalidade



O presidente do Senado, Renan Calheiros, também criticou a ação e afirmou que se tratou de uma “violência” à democracia 

Após a apreensão de três carros e da busca em seus imóveis, o ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL) afirmou, nesta terça-feira (14), no plenário do Senado, que a Operação Politeia “extrapolou todos os limites do estado democrático de direito e da legalidade”.

A ação cumpriu 53 mandados de busca em imóveis e apreensão de bens dos envolvidos em casos de corrupção da Petrobras, deflagrados pela Operação Lava Jato. Com mandados expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal esteve no apartamento funcional de Collor, que é de propriedade do Senado. "[A Operação Politeia] extrapolou todos os limites do estado democrático de direito e da legalidade. Sem apresentar um mandado da Justiça, confrontando e invadindo. Os agentes sob as ordens de Janot arrombaram o apartamento de meu uso funcional como senador da República e recolheram equipamentos e papéis desconexos”, afirmou o Collor em referência às investigações do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

 Segundo afirmou o G1, o ex-presidente afirmou que a operação tinha interesse de atrair divulgação da mídia, já que os bens foram declarados e adquiridos antes da investigação da Lava Jato. "O argumento da operação [Politeia] foi o de evitar a destruição de provas. Depois de dois anos evitar a destruição de provas, como se lá houvesse algum tipo de prova? E, por acaso, um veículo é um documento? Qual seria o objetivo senão constranger?", disse na tribuna do Senado.

Collor afirmou que repudia a operação, que causou um “desgaste emocional” a ele e sua família. “Hoje eu fui submetido a um atroz constrangimento junto com minha família. Fui humilhado. Depois de tudo que passei, eu tive que enfrentar uma situação jamais por mim experimentada. Sofri um extremo desgaste emocional e mental com minha mulher e minhas filhas de nove anos. Podem me humilhar! Fui humilhado. Mas podem ter certeza: intimidado, jamais”, disse.


“Invasão”
Segundo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a ação utilizou de métodos que “beiram a intimidação” e foram uma violência à democracia. Para ele, ação deveria ter sido acompanhada pela Polícia Legislativa, já que se tratava de uma ação em propriedade da Casa. “Buscas e apreensões sem a exibição da ordem judicial e sem os limites das autoridades que a estão cumprindo, não é busca e apreensão. É invasão”, afirmou em nota, lida no plenário do Senado.

A Polícia Federal afirmou, de acordo com a Folha de S.Paulo, que a Polícia Legislativa não tem legitimidade para receber mandados determinados pelo STF, mas mesmo assim, eles foram apresentados.


Fonte: Revista Época

 

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