Uma presidente que perde uma votação por 62 votos a 0 não tem moral para sequer pensar em vetar alguma coisa
Senado estende reajuste do piso a todos os aposentados
Líder do governo antecipou que presidenta Dilma vai vetar. Custo é de R$ 3,6 bilhões
O Senado garantiu aos 9,7 milhões de aposentados e pensionistas do INSS que ganham acima do salário mínimo (R$ 788) o direito ao mesmo aumento dos 22,5 milhões segurados que recebem o piso nacional. Os senadores aprovaram a MP 672/2015, que mantém as regras de reajuste do mínimo com base na inflação pelo INPC do ano anterior mais o PIB de dois anos antes. Emenda aprovada pela Câmara foi mantida e estende o mecanismo de correção a todos os aposentados do INSS. A matéria vai ainda à sanção da presidenta Dilma.
O líder do governo na Casa,
senador Delcídio Amaral (PT-MS), no entanto, antecipou que Dilma deve
vetar o aumento acima da inflação a todos os aposentados. O Planalto
alega que o gasto extra nas contas da Previdência este ano seria de R$
3,6 bilhões. “Foi uma grande vitória nossa.
Há 20 anos reivindicamos o mesmo reajuste para todos os aposentados e
pensionistas. Conseguimos após muito trabalho de convencimento dos
senadores”, comemorou Warley Martins, presidente da Confederação Brasileira
de Aposentados, logo após a votação da MP, ressaltando que agora vão
pressionar o governo contra o possível veto.
Outra emenda foi rejeitada
A votação do aumento igual para todos os aposentados do INSS foi mais uma derrota do governo no Congresso. A MP havia sido aprovada pela Câmara, onde emenda com a extensão do direito foi apresentada. A tramitação no Senado foi polêmica devido a parecer do relator, senador José Pimentel (PT-CE) em relação de outra proposta apresentada por Cristovam Buarque (PDT-DF) que pretendia adotar como índice de correção do mínimo o IPC-C1, indicador relativo às famílias com renda mensal entre um e 2,5 salários mínimos.
Segundo Cristovam, o índice seria mais apropriado do que o INPC para reajustar as aposentadorias. A emenda chegou a ser aprovada simbolicamente, mas foi pedido verificação de quórum. A emenda acabou rejeitada por 34 votos a 25, com muitas manifestações nas galerias. Desta forma, prevaleceu proposta que veio da Câmara para ser votada no plenário do Senado.
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