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quarta-feira, 8 de julho de 2015

Tudo que contraria o PT é considerado golpe



Base aliada defende governo e divulga nota de apoio contra impeachment
Para o senador Aécio Neves, "tudo o que contraria o PT é golpe"
A tática da presidente Dilma Rousseff para sair das cordas só aprofundou o nível da crise política e o bate-boca entre governo e os adversários. Depois de viver um fim de semana apocalíptico, no qual a oposição pregou um Brasil pós-Dilma, a presidente reuniu o Conselho Político para pedir apoio no julgamento das pedaladas, lançou um projeto para tentar manter o nível de emprego do país e deu uma entrevista na qual chamou parte dos oposicionistas de golpistas e jurou que não cai. Ontem, os líderes da base aliada divulgaram uma nota ácida em defesa de Dilma e Temer, que acabou rebatida pelo presidente do PSDB, Aécio Neves (MG). “Tudo o que contraria o PT e os interesses do PT é golpe”, atacou o tucano.

Foi um mais um dia tenso, iniciado com a divulgação da entrevista da presidente Dilma Rousseff à Folha de S.Paulo, na qual disse: “Não vou cair, isso é moleza. Não tem base para eu cair e venha tentar. Se tem uma coisa de que não tenho medo, é disso”, alegou. Dilma também defendeu as chamadas pedaladas fiscais — retardo no envio de recursos do Tesouro para os bancos públicos para aparentar estabilidade nas contas da União. “As pedaladas foram adotadas antes de nós”, reforçou a petista
. [na tortuosa ótica petista, começando pela ‘doutora em nada’,  os crimes já cometidos, isentam os que os repetirem de qualquer punição.
Se valer essa ideia, que faz apologia ao crime, matar alguém não é mais crime. É indiscutível que melhores de homicídios  antecederam os de hoje.]

Pela manhã, os líderes da base aliada divulgaram uma nota de apoio a Dilma e ao vice-presidente, Michel Temer. “Os líderes e dirigentes partidários reafirmam seu profundo respeito à Constituição Federal e seu inarredável compromisso com a vontade popular expressa nas urnas e com a legalidade democrática”, destacou a nota assinada pelos líderes da Câmara e do Senado.  “Nós exorcizamos os arautos do golpe e daquelas saídas que não se coadunam com a democracia e nem com o Estado Democrático de Direito”, atacou o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), [o próprio Zé Guimarães, o ‘capitão cueca’, sabe o que diz, pois não foi punido por transportar dólares em  cueca – ele provou que este delito foi cometido por outros bandidos antes dele mandar seu assessor praticar o crime.] afirmando que o porta-voz do golpe é o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG). [a possibilidade de golpe existe e os desmandos da corja governista  somados à incompetência da Dilma só fortalecem a ideia; mas, se golpe ocorrer, não será comandado pelo Aécio que optou pela omissão.]

Contra-ataque
O presidente reeleito do PSDB contra-atacou ainda pela manhã. “O discurso do golpe é parte de uma estratégia planejada para inibir a ação das instituições e da imprensa brasileira no momento em que pesam sobre a presidente da República e sobre seu partido denúncias da maior gravidade”, rebateu Aécio. “Na verdade, o discurso golpista é do PT, que não reconhece os instrumentos de fiscalização e de representação da sociedade em uma democracia”, arrematou.

O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Augusto Nardes, também rebateu as palavras da presidente Dilma, garantindo não ser golpe o julgamento das pedaladas fiscais praticadas pelo governo em 2014 e que podem, em última instância, levar ao impeachment da presidente por crime de responsabilidade fiscal. “O TCU cumpre a legislação. As instituições têm de funcionar e ser fortes”, defendeu, lembrando que o julgamento no Tribunal será técnico, não político.

A estratégia do ataque adotado pela presidente dividiu aliados do governo. Embora todos reconheçam ser difícil manter o sangue-frio diante do fogo cruzado, há quem acredite que o tom agressivo pode resultar em mais danos. “O governo está extremamente fragilizado. Não sei se é prudente comprar uma briga deste tamanho, abertamente, com a oposição”, disse um integrante da base aliada. “Pareceu o discurso de alguém que está na linha de tiro, no front, prestes a ser atingido, e não a conclamação de um general para rearrumar as tropas no momento da batalha”, ponderou outro interlocutor governista.

Para outros, no entanto, a presidente quis mandar uma mensagem clara: queda nos índices de popularidade, dificuldades na economia e problemas políticos na relação com a base aliada no Congresso não podem ser considerados suficientes para defender o afastamento de um governante eleito. “Para se ter impeachment é preciso fato concreto, algo que não existe até o momento”, expressou um petista.
[alguém responda: Dilma é campeã no quesito  IMPOPULARIDADE,  acabou com a ECONOMIA e se continuar vai piorar, não tem APOIO CONFIÁVEL no Congresso, quer ocupando a cadeira de presidente da República?
Dilma está tão desorientada – tanto por excesso de falta de competência quanto pelo assessoramento idiota que recebe – que inventou um  tal Programa de Proteção do Emprego e escalou o FAT para cobrir os custos.
Esqueceu, ou não foi avisada, que o FAT não tem dinheiro nem para os compromissos básicos – assim  já teve que adiar o pagamento do ABONO SALARIAL 2015 para 2016]

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), amenizou o tom em relação às dificuldades do governo. “Nós temos uma crise econômica, e uma crise política continuada, que hora arrefece, hora esquenta. Ela (a crise política) não ficou pior do que já esteve”, disse.

Ele também minimizou a possibilidade de o TCU rejeitar as contas de Dilma. “O TCU encaminha apenas um parecer. Caberá ao Congresso decidir. Deixa o tribunal se pronunciar para a gente ver o caso concreto”, disse. “Não é o TCU que dá a decisão”, lembrou ele. Segundo Cunha, Dilma disse apenas a “verdade” ao negar sofrer pressões do PMDB, apesar do partido e do próprio Cunha terem imposto numerosas derrotas ao Planalto nos últimos meses.
[o Cunha quer apenas mais uma oportunidade de gozar com a cara da Dilma. O TCU mantendo seu parecer pela rejeição, Cunha vai ser o primeiro a defender a imediata colocação da matéria em pauta e a aprovação do proposto pela Corte de Contas.]

 Fonte: Correio Braziliense


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