Foi patética a tentativa de
Cristóvão de atribuir a racismo as críticas que vem recebendo de jornalistas
e torcedores por causa de um trabalho
que, ao menos até agora, é pra lá de insatisfatório no comando do Flamengo.
Em entrevista à ESPN, o técnico se fez de coitadinho, alegando ser injustiçado
e perseguido, algo que para quem conhece
futebol e a carreira dele beira o ridículo.
[se
Cristóvão é sem noção, desorientado, o seu protetor, Eduardo Bandeira de Mello,
consegue piorar o impiorável:
Imaginem, que referido cidadão anda feliz da vida por ter sido elogiado por outra tragédia – Dilma Rousseff; o cara é tão alienado que ainda acha que elogio dela conta a favor?]
Desde que substituiu Ricardo Gomes, de quem era auxiliar, no Vasco, Cristóvão convive com os gritos de “burro”, vindos da arquibancada — quase sempre por conta de escalações mal feitas e/ou substituições desastradas (na voz da arquibancada, as já famosas “cristovadas”).
Foi assim também no Fluminense e no Bahia, clubes por onde igualmente passou sem conquistar nenhum título. Agora, por conta da revelação de um apelido irônico que recebeu, nas redes sociais, ainda nos tempos das Laranjeiras — Mourinho do Pelourinho —, ele diz se sentir perseguido e enxerga motivação racista na alcunha e na opinião da torcida e da imprensa.
Ora, Cristóvão, arruma uma desculpa um pouco melhor, pois essa é esfarrapada. Se toca: a maldade do codinome que lhe foi posto (e aqui reproduzido, na boca do Bagá) não está no Pelourinho, conhecido bairro histórico da cidade de Salvador, onde você nasceu e, hoje em dia, vivem e convivem muito bem brancos e negros. Está na comparação escalafobética com o português José Mourinho, um dos melhores treinadores do planeta. Deu pra entender ou precisa que eu desenhe?
Estreia auspiciosa
Foi animadora a estreia de Ederson no Fla. Não chegou a fazer nenhuma jogada excepcional, mas já deu pra perceber a sua desenvoltura do meio-campo pra frente e a intimidade com a bola (coisa cada vez mais rara nos nossos gramados). Ele sofreu a falta que originou o golaço de Alan Patrick, na cobrança direta, e arriscou arrancadas interessantes, que poderão se tornar uma nova arma rubro-negra, quando ele estiver em boa forma física.
Na vitória por 3 a 2, sobre o Atlético Paranaense, entretanto, uma antiga e nunca corrigida falha do Flamengo voltou a ficar evidente: a zaga é extremamente vulnerável nas bolas altas. Por isso, um jogo que parecia ser tranquilo, quase se complicou. Sorte dos rubro-negros que, na hora em que esboçavam a reação, os atleticanos ficaram com um a menos, por conta de uma expulsão. Na ausência de Guerrero, Emerson Sheik foi o nome do jogo, fazendo gol e correndo com a disposição de um jovem.
Fonte: Blog do Renato Maurício Prado – O Globo
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