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segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Dilma promete resistir a qualquer tentativa de derrubá-la



Não sei se foi por descuido que a presidente Dilma Rousseff apareceu em Boa Vista, ontem, com olheiras acentuadas de quem não dorme direito há vários dias. Ou pode ter sido de propósito que apareceu assim, interessada em impressionar quem pudesse sentir pena dela. De um jeito ou de outro, deixou a impressão de uma mulher sofrida.

Há razões de sobra para isso, mas não pretendo aqui me debruçar sobre elas. Dilma aproveitou a entrega de novas unidades do programa Minha Casa Minha Vida para defender seu mandato. Se não o tivesse feito, no ritmo alucinante com o que o seu governo parecia desmoronar, talvez ela tivesse ficado ainda menor do que está. Dilma só tem perdido estatura desde que se reelegeu.

Sem o amparo da mais formidável coalizão de partidos jamais vista, semiabandonada pelo PT, confrontada rudemente pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha, Dilma está no seu pior momento. E foi nessa condição que ela pregou aos convertidos, uma vez que os demais a rejeitam e se valem de panelas para não ouvi-la. Sete de cada 10 brasileiros reprovam o desempenho de Dilma.

“Ninguém vai tirar a legitimidade que o voto me deu”, disse Dilma, tentando afastar o fantasma do impeachment. “Esse país é uma democracia que respeita a eleição pelo voto popular”. Em seguida, Dilma se remeteu ao seu passado de opositora da ditadura militar, presa e torturada. Ela sempre procede assim quando quer exaltar sua capacidade de suportar pressões. - Quero dizer que ao longo da vida eu passei por muitos momentos difíceis. Eu sou uma pessoa que aguenta pressão, aguenta ameaça. Eu sobrevivi a grandes ameaças. [uma coisa é certa: o visual da  Dilma neste foto está mais adequado a quem levou 22 dias de TACA, do que o exibido na já conhecida foto do julgamento. Ela agora conseguiu piorar o impiorável, tornar horroroso o que já assusta.] Dito de outra maneira: não pensem que renunciarei ao mandato. Ou que me deixarei derrubar. Resistirei até o fim. Como? Esperem para ver se for o caso.

Dilma não vencerá no grito a batalha pela preservação do seu mandato. Por ora, as condições políticas necessárias para tirá-la do poder ainda não foram reunidas. Mas isso não significa que não possam ser reunidas em breve. Até o fim do mês, o Tribunal de Contas da União decidirá pela rejeição ou não das contas do governo de 2014. Se rejeitar, a tendência do Congresso será confirmar o parecer do tribunal.

Se isso de fato ocorrer, estará aberto o espaço para a apresentação de um pedido de impeachment de Dilma por crime de responsabilidade. 

[lembrando sempre que o nome técnico é crime de responsabilidade, mas, nada impede que também punam os crimes de irresponsabilidade cometidos por Dilma e estes não estão vinculados apenas ao mandato em curso.]


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