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quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Eduardo bate de frente com o governo. Renan, de lado

A fúria de Eduardo contra o governo só faz crescer depois que ele se convenceu de que deverá ser denunciado pelo Procurador Geral da República
É mais séria do que parece a situação do governo da presidente Dilma.

O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, está disposto a por para votação o pedido de impeachment de Dilma caso o Tribunal de Contas da União rejeite as contas do governo do ano passado. E se ele achar que há clima no Congresso para aprovar a rejeição das contas.

Eduardo e a oposição jogam juntos quanto a isso. Ainda não sabem como jogará Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado. A fúria de Eduardo contra o governo só faz crescer depois que ele se convenceu de que deverá ser denunciado pelo Procurador Geral da República por corrupção ativa. Ele será acusado de ter cobrado uma propina de 5 milhões de dólares em um negócio da Petrobras. O PT ficará de fora das presidências e relatorias das novas CPIs na Câmara. 

O governo perdeu mais uma parada para Renan. Joaquim Levy, ministro da Fazenda, apostava na aprovação em breve pelo Senado do projeto de lei que reduz a desoneração da folha de salários, uma das medidas do ajuste fiscal. Caso vigorasse a partir de dezembro próximo, o projeto daria ao governo  uma folga fiscal este ano de cerca de R$ 2 bilhões.

Renan disse a Levy que o Senado não tem prazo para votar o projeto. Ao contrário de Eduardo, Renan espera livrar-se da ameaça de ser denunciado pelo Procurador Geral da República.


Fonte: Blog do Noblat – Ricardo Noblat 


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