Para lideranças de PT, PSDB e PMDB, operação provocará refundação do sistema político
O ex-presidente da OAS José Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro, e o ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht - Montagem sobre fotos de Jorge William e Michel Filho
A revelação do explosivo conteúdo de uma série de delações premiadas
já concluídas ou em andamento envolvendo personagens de diversos
partidos levará o sistema político brasileiro a refundar suas bases,
caso seja confirmado o teor das acusações. A avaliação é feita por
lideranças das três legendas que se revezaram na Presidência da
República nos últimos 21 anos. Políticos estão apreensivos com o teor
das delações, temerosos de virarem alvos. O
GLOBO revelou que o ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado relatou aos
investigadores o pagamento de R$ 70 milhões a caciques do PMDB,
entre eles o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), o senador
Romero Jucá (RR) e o ex-presidente da República José Sarney (AP).
A
revista “Veja” deste fim de semana apontou que as negociações de
delações premiadas de Marcelo Odebrecht (Odebrecht) e Léo Pinheiro (OAS)
trazem acusações contra a presidente afastada Dilma Rousseff, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do PSDB, Aécio
Neves, os ministros Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves, e ainda
falariam de 13 governadores e 36 senadores. Na delação do ex-diretor da
Petrobras Nestor Cerveró, tornada pública na semana passada, há também
denúncias que envolvem Dilma.
Embora façam discurso de que as acusações contra os adversários são mais fortes do que as que envolvem seus aliados, a avaliação de líderes de PT, PSDB e PMDB é semelhante sobre a gravidade do momento político. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, por exemplo, acredita que somente com o desenrolar das investigações será possível saber “o que vai sobrar”. Ele afirma que será necessário construir uma nova forma de fazer política.
— Vamos ter que conviver com essa transição, até passar por todos esses episódios da Lava-Jato, de delações, declarações e depoimentos. E aí vai ver o que vai sobrar para a gente recomeçar uma outra forma de fazer política, porque, seguramente, o estilo antigo de fazer política foi embora — avalia Padilha.
Embora façam discurso de que as acusações contra os adversários são mais fortes do que as que envolvem seus aliados, a avaliação de líderes de PT, PSDB e PMDB é semelhante sobre a gravidade do momento político. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, por exemplo, acredita que somente com o desenrolar das investigações será possível saber “o que vai sobrar”. Ele afirma que será necessário construir uma nova forma de fazer política.
— Vamos ter que conviver com essa transição, até passar por todos esses episódios da Lava-Jato, de delações, declarações e depoimentos. E aí vai ver o que vai sobrar para a gente recomeçar uma outra forma de fazer política, porque, seguramente, o estilo antigo de fazer política foi embora — avalia Padilha.
O líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), afirma
que as próprias práticas da sociedade serão alteradas como decorrência
das investigações:
— São indícios de revelações gravíssimas. Tem que aguardar com responsabilidade a oficialização desses dados, para confirmar a veracidade, e exigir uma rigorosa apuração. Essa Operação Lava-Jato segue independente de qualquer vontade. Ela vai seguir adiante e vai promover uma revisão de prática, procedimentos e condutas de importantes membros da sociedade brasileira.
O fim do financiamento empresarial das campanhas políticas, que já valerá nas eleições municipais deste ano, é, para o líder petista na Câmara, Afonso Florence (BA), um caminho. Ele reconhece que, com as sucessivas denúncias, há um choque de credibilidade sobre o sistema. — É verdade que o sistema político derrete. Não se deve isentar quem tiver responsabilidade. Mas é preciso também ficar claro que, para condenação, tem que ter prova. Precisamos cumprir o rito democrático — afirma o petista.
Procuradores e advogados que estão na linha de frente das negociações afirmam, no entanto, que não há acordo firmado entre o Ministério Público e os ex-presidentes da Odebrecht e OAS. Segundo um investigador, as promessas dos executivos ainda não foram colocadas no papel. Ele sustenta ainda que os executivos precisam falar muito mais do que têm prometido, se quiserem, de fato, viabilizarem acordos de colaboração.
Caso sejam concretizadas, as possíveis delações de Marcelo Odebrecht e Léo Pinheiro podem atingir duramente a estrutura dos maiores partidos, PT, PSDB e PMDB, já desgastados desde o início das investigações da Lava-Jato. Segundo a Veja, nas negociações com vista à um acordo de delação, o ex-presidente da Odebrecht prometeu fazer revelações comprometedoras sobre governadores e senadores que teriam sido destinatários de doações legais e ilegais da empreiteira. Só nas eleições passadas, a Odebrecht teria desembolsado R$ 100 milhões para financiar candidatos de vários partidos.
Marcelo teria prometido também contar que pagou R$ 22,5 milhões para o marqueteiro João Santana no exterior por serviços prestados à campanha eleitoral de Dilma. A força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba já teria até rastreado pagamento de US$ 3 milhões da Odebrecht para Santana na Suíça. Santana coordenou o marketing das últimas três eleições presidenciais do PT, uma do ex-presidente Lula e duas de Dilma, e também do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.
Segundo a revista, parte das negociações entre a empreiteira e a campanha de Dilma teria sido coordenada por Giles Azevedo, ex-chefe de gabinete da presidente. Marcelo teria prometido ainda revelar que pagou R$ 50 mil para Douglas Franzoni, suposto laranja de Anderson Dornelles, ex-secretário particular de Dilma. O ex-presidente da Odebrecht também deverá falar sobre repasses para pagamento do cabeleireiro de Dilma Celso Kamura, conforme revelou o GLOBO sexta-feira.
A artilharia deve ser reforçada por Léo Pinheiro. Segundo a revista, o ex-presidente da OAS deverá acusar os ministros Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e Henrique Eduardo Alves (Turismo) como beneficiários de recursos. Também reafirmará acusações contra Renan, Jucá e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afastado do mandato e da presidência da Câmara. O executivo também deverá dizer que bancou reformas no sítio de Atibaia usado por Lula e no apartamento tríplex no Guarujá que, segundo ele, seria destinado ao ex-presidente.
A novidade, neste caso, é que Pinheiro diria que fez a obra a pedido do próprio presidente, que sempre negou isso. Em nota, Dilma afirma que as denúncias contra ela são mentirosas e que tomará medidas judiciais cabíveis. “A presidenta da República Dilma Rousseff reitera: jamais intercedeu pessoalmente junto a qualquer pessoa ou empresário buscando benefícios financeiros para si ou para qualquer pessoa”. Segundo o texto, “cabe aos acusadores provarem as várias denúncias, vazadas de maneira seletiva”.
Giles Azevedo disse que “nunca tratou de campanha com o Marcelo Odebrecht”. — Atendi ele como chefe de gabinete nas agendas com a presidenta para falar de investimentos. Nunca tratei com ele de recursos para campanha eleitoral — disse ao GLOBO
O GLOBO ligou e mandou mensagens para Anderson Dornelles, mas ele não respondeu. Renan disse que não recebeu vantagens. “O senador reitera que jamais recebeu vantagens de quem quer que seja. As relações do senador jamais ultrapassaram os limites institucionais”, afirmou por meio de sua assessoria.
O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse, em nome dos senadores Jucá e Sarney, que a reportagem da revista “Veja” se baseia em “vazamento de um anexo” e que a delação propriamente dita ainda não existe. — Estamos vivendo um momento em que a delação tem um foro de verdade e nós discordamos dessa premissa, até conhecer o tema da delação. Estão distribuindo o vazamento de um anexo, algo surreal. Não tem delação, mas uma pretensa delação — disse o advogado.
Henrique Eduardo Alves disse que todas as doações recebidas pela campanha foram de acordo com a lei e registradas nos tribunais eleitorais. A reportagem da revista “Veja” traz novas denúncias contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) na Operação Lava Jato. Segundo a revista, o ex-presidente da construtora OAS, Léo Pinheiro, disse nas negociações para o acordo de delação que o senador teria recebido uma comissão das empresas que construíram o centro administrativo do Estado de Minas Gerais, que custou R$ 1,2 bilhão.
— São indícios de revelações gravíssimas. Tem que aguardar com responsabilidade a oficialização desses dados, para confirmar a veracidade, e exigir uma rigorosa apuração. Essa Operação Lava-Jato segue independente de qualquer vontade. Ela vai seguir adiante e vai promover uma revisão de prática, procedimentos e condutas de importantes membros da sociedade brasileira.
O fim do financiamento empresarial das campanhas políticas, que já valerá nas eleições municipais deste ano, é, para o líder petista na Câmara, Afonso Florence (BA), um caminho. Ele reconhece que, com as sucessivas denúncias, há um choque de credibilidade sobre o sistema. — É verdade que o sistema político derrete. Não se deve isentar quem tiver responsabilidade. Mas é preciso também ficar claro que, para condenação, tem que ter prova. Precisamos cumprir o rito democrático — afirma o petista.
Procuradores e advogados que estão na linha de frente das negociações afirmam, no entanto, que não há acordo firmado entre o Ministério Público e os ex-presidentes da Odebrecht e OAS. Segundo um investigador, as promessas dos executivos ainda não foram colocadas no papel. Ele sustenta ainda que os executivos precisam falar muito mais do que têm prometido, se quiserem, de fato, viabilizarem acordos de colaboração.
Caso sejam concretizadas, as possíveis delações de Marcelo Odebrecht e Léo Pinheiro podem atingir duramente a estrutura dos maiores partidos, PT, PSDB e PMDB, já desgastados desde o início das investigações da Lava-Jato. Segundo a Veja, nas negociações com vista à um acordo de delação, o ex-presidente da Odebrecht prometeu fazer revelações comprometedoras sobre governadores e senadores que teriam sido destinatários de doações legais e ilegais da empreiteira. Só nas eleições passadas, a Odebrecht teria desembolsado R$ 100 milhões para financiar candidatos de vários partidos.
Marcelo teria prometido também contar que pagou R$ 22,5 milhões para o marqueteiro João Santana no exterior por serviços prestados à campanha eleitoral de Dilma. A força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba já teria até rastreado pagamento de US$ 3 milhões da Odebrecht para Santana na Suíça. Santana coordenou o marketing das últimas três eleições presidenciais do PT, uma do ex-presidente Lula e duas de Dilma, e também do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.
Segundo a revista, parte das negociações entre a empreiteira e a campanha de Dilma teria sido coordenada por Giles Azevedo, ex-chefe de gabinete da presidente. Marcelo teria prometido ainda revelar que pagou R$ 50 mil para Douglas Franzoni, suposto laranja de Anderson Dornelles, ex-secretário particular de Dilma. O ex-presidente da Odebrecht também deverá falar sobre repasses para pagamento do cabeleireiro de Dilma Celso Kamura, conforme revelou o GLOBO sexta-feira.
A artilharia deve ser reforçada por Léo Pinheiro. Segundo a revista, o ex-presidente da OAS deverá acusar os ministros Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e Henrique Eduardo Alves (Turismo) como beneficiários de recursos. Também reafirmará acusações contra Renan, Jucá e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afastado do mandato e da presidência da Câmara. O executivo também deverá dizer que bancou reformas no sítio de Atibaia usado por Lula e no apartamento tríplex no Guarujá que, segundo ele, seria destinado ao ex-presidente.
A novidade, neste caso, é que Pinheiro diria que fez a obra a pedido do próprio presidente, que sempre negou isso. Em nota, Dilma afirma que as denúncias contra ela são mentirosas e que tomará medidas judiciais cabíveis. “A presidenta da República Dilma Rousseff reitera: jamais intercedeu pessoalmente junto a qualquer pessoa ou empresário buscando benefícios financeiros para si ou para qualquer pessoa”. Segundo o texto, “cabe aos acusadores provarem as várias denúncias, vazadas de maneira seletiva”.
Giles Azevedo disse que “nunca tratou de campanha com o Marcelo Odebrecht”. — Atendi ele como chefe de gabinete nas agendas com a presidenta para falar de investimentos. Nunca tratei com ele de recursos para campanha eleitoral — disse ao GLOBO
O GLOBO ligou e mandou mensagens para Anderson Dornelles, mas ele não respondeu. Renan disse que não recebeu vantagens. “O senador reitera que jamais recebeu vantagens de quem quer que seja. As relações do senador jamais ultrapassaram os limites institucionais”, afirmou por meio de sua assessoria.
O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse, em nome dos senadores Jucá e Sarney, que a reportagem da revista “Veja” se baseia em “vazamento de um anexo” e que a delação propriamente dita ainda não existe. — Estamos vivendo um momento em que a delação tem um foro de verdade e nós discordamos dessa premissa, até conhecer o tema da delação. Estão distribuindo o vazamento de um anexo, algo surreal. Não tem delação, mas uma pretensa delação — disse o advogado.
Henrique Eduardo Alves disse que todas as doações recebidas pela campanha foram de acordo com a lei e registradas nos tribunais eleitorais. A reportagem da revista “Veja” traz novas denúncias contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) na Operação Lava Jato. Segundo a revista, o ex-presidente da construtora OAS, Léo Pinheiro, disse nas negociações para o acordo de delação que o senador teria recebido uma comissão das empresas que construíram o centro administrativo do Estado de Minas Gerais, que custou R$ 1,2 bilhão.
Segundo a reportagem, Léo Pinheiro informou que a OAS teria pagado a
Aécio 5% do valor recebido pela sua parte no empreendimento, construído
por nove empreiteiras. Pinheiro, segundo a revista, deu detalhes sobre o
pagamento da propina que era entregue por operador da empreiteira em
dinheiro vivo a um intermediário do senador.
Em nota divulgada no sábado, a assessoria de Aécio rebateu as acusações: “O senador Aécio Neves rechaça de forma veemente mais essa tentativa de vinculá-lo e a seu governo em Minas a supostas delações ainda não ocorridas e cujos conteúdos são, portanto, desconhecidos e afirma que, se as citações a seu nome ocorreram, são absolutamente descabidas”.
O texto menciona que todas as etapas da obra foram acompanhadas por órgãos de fiscalização. “Acusações como essa, pela gravidade do que sugerem, devem vir acompanhadas de fatos que as comprovem sob o risco de servirem a interesses pouco claros apenas para atingir a honra das pessoas citadas”, diz a nota do tucano.
LÉO PINHEIRO PRETENDE CONFIRMAR QUE TRÍPLEX ERA DE LULA
Em nota divulgada no sábado, a assessoria de Aécio rebateu as acusações: “O senador Aécio Neves rechaça de forma veemente mais essa tentativa de vinculá-lo e a seu governo em Minas a supostas delações ainda não ocorridas e cujos conteúdos são, portanto, desconhecidos e afirma que, se as citações a seu nome ocorreram, são absolutamente descabidas”.
O texto menciona que todas as etapas da obra foram acompanhadas por órgãos de fiscalização. “Acusações como essa, pela gravidade do que sugerem, devem vir acompanhadas de fatos que as comprovem sob o risco de servirem a interesses pouco claros apenas para atingir a honra das pessoas citadas”, diz a nota do tucano.
LÉO PINHEIRO PRETENDE CONFIRMAR QUE TRÍPLEX ERA DE LULA
Em tentativa de fechar um acordo de delação premiada com a Lava-Jato,
o ex-presidente da OAS José Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro, teria
dito aos procuradores que pagou por reformas no tríplex do edifício
Solaris, no Guarujá, e em um sítio de Atibaia (SP) a pedido do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo reportagem da revista
“Veja” publicada neste fim de semana. Pinheiro também teria afirmado que
o tríplex 164-A do edifício Solaris sempre foi tratado, na empresa,
como “o apartamento de Lula”. Ainda segundo a revista, Pinheiro teria
afirmado que Lula atuava como “lobista da OAS” e teria tratado
diretamente com ele sobre as melhorias que gostaria que fossem
realizadas no sítio Santa Bárbara.
De acordo com a publicação, o executivo teria citado pagamento de propina para pelo menos 30 políticos de partidos diversos, como PT, PMDB e PSDB. Entre eles está o senador e ex-candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB-MG); o secretário de Governo da Presidência, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA); e o senador Romero Jucá (PMDB-RR). Estariam ainda na lista o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afastado do mandato e da presidência da Câmara.
O sítio Santa Bárbara era usado pelo ex-presidente em momentos de folga e registrado em nome de sócios de seu filho, Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha. A pedido de Lula, a OAS teria construído um campo de futebol e um tanque de peixes, entre outras melhorias.
Pinheiro também teria afirmado que o tríplex no Guarujá sempre foi tratado, na empresa, como “o apartamento de Lula”. E dito que, a pedido de Lula, teria dado emprego para o marido da ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo Rosemary Noronha, amiga do ex-presidente. Ela foi demitida do cargo, depois de ser flagrada em tráfico de influência. De acordo com a revista, Pinheiro também teria pagado, a partir de então, uma mesada para Rosemary, a pedido do ex-presidente.
Por meio de nota, o Instituto Lula não comentou as informações trazidas pela reportagem, mas criticou os autores e a revista “Veja” pelo que chamou de “publicação sistemática de mentiras, calúnias e difamações” contra o ex-presidente.
Em depoimento à PF, no início do ano, Lula negou ter solicitado à OAS que realizasse reformas no sítio usado por ele, em Atibaia. Em nota divulgada depois de o imóvel ser alvo de operação da PF, Lula sustentou que amigos e parentes “acompanharam parte da reforma e auxiliaram no que era possível”.
“A partir de janeiro de 2011, quando o ex-presidente e seus
familiares passaram a frequentar o sítio em dias de descanso juntamente
com os proprietários, também houve o auxílio para a manutenção do
local”, escreveu a assessoria do ex-presidente, na época. Em outra nota, Lula também admitiu ter acompanhado as reformas no
apartamento do Guarujá, mas teria desistido depois que o caso foi
noticiado pela imprensa. Ele sustenta que pagaria pelas reformas no
imóvel.
No sábado, Renan disse que não recebeu vantagens. “As relações do senador jamais ultrapassaram os limites institucionais", afirmou por meio de sua assessoria. A assessoria de Romero Jucá negou que o senador tenha recebido quaisquer recursos ilegais da OAS. Geddel disse não estar surpreso com o conteúdo da citação porque, segundo ele, todas as vezes em que se dirigiu a Léo Pinheiro foi para solicitar recursos de campanha. Ele negou ter feito caixa 2.
Fonte: O Globo
De acordo com a publicação, o executivo teria citado pagamento de propina para pelo menos 30 políticos de partidos diversos, como PT, PMDB e PSDB. Entre eles está o senador e ex-candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB-MG); o secretário de Governo da Presidência, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA); e o senador Romero Jucá (PMDB-RR). Estariam ainda na lista o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afastado do mandato e da presidência da Câmara.
O sítio Santa Bárbara era usado pelo ex-presidente em momentos de folga e registrado em nome de sócios de seu filho, Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha. A pedido de Lula, a OAS teria construído um campo de futebol e um tanque de peixes, entre outras melhorias.
Pinheiro também teria afirmado que o tríplex no Guarujá sempre foi tratado, na empresa, como “o apartamento de Lula”. E dito que, a pedido de Lula, teria dado emprego para o marido da ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo Rosemary Noronha, amiga do ex-presidente. Ela foi demitida do cargo, depois de ser flagrada em tráfico de influência. De acordo com a revista, Pinheiro também teria pagado, a partir de então, uma mesada para Rosemary, a pedido do ex-presidente.
Por meio de nota, o Instituto Lula não comentou as informações trazidas pela reportagem, mas criticou os autores e a revista “Veja” pelo que chamou de “publicação sistemática de mentiras, calúnias e difamações” contra o ex-presidente.
Em depoimento à PF, no início do ano, Lula negou ter solicitado à OAS que realizasse reformas no sítio usado por ele, em Atibaia. Em nota divulgada depois de o imóvel ser alvo de operação da PF, Lula sustentou que amigos e parentes “acompanharam parte da reforma e auxiliaram no que era possível”.
No sábado, Renan disse que não recebeu vantagens. “As relações do senador jamais ultrapassaram os limites institucionais", afirmou por meio de sua assessoria. A assessoria de Romero Jucá negou que o senador tenha recebido quaisquer recursos ilegais da OAS. Geddel disse não estar surpreso com o conteúdo da citação porque, segundo ele, todas as vezes em que se dirigiu a Léo Pinheiro foi para solicitar recursos de campanha. Ele negou ter feito caixa 2.
Fonte: O Globo
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