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quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

INsegurança Pública no DF - Operação Cruciatus: 9 PMs são investigados por extorsão e espancamentos

Está difícil prender bandidos no DF; se a Polícia prende a Justiça quer multar; se usa interrogatórios enérgicos o policial também é acusado - tem que convidar o bandido oferecendo rosas

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) deflagrou nesta manhã (07/12) a Operação Cruciatus, com cumprimento de 10 mandados de busca e apreensão para esclarecer suspeita de crimes de tortura e extorsão atribuídos a policiais militares do Grupamento Tático Operacional (GTOP) do 21° Batalhão, de São Sebastião, da Polícia Militar do DF.

Na investigação, três supostas vítimas relataram ao MPDFT terem sido alvo da extorsão praticada pelos policiais militares. Eles exigiam a entrega de armas em poder dessas pessoas em troca de não prendê-las e autuá-las em flagrantes forjados de posse ou tráfico de drogas. Nove policiais estão sob investigação.  As vítimas também relataram terem sido espancadas pelos policiais militares. Num dos depoimentos, uma pessoa disse que foi ameaçada de morte por um PM que utilizava uma arma fria, ou seja, sem registro na corporação e que pode ter sido tomada criminosamente de outras vítimas. [curioso: essa 'uma pessoa' mesmo sendo ameaçada de morte por um PM, teve condições de constatar que a arma empregada pelo policial não era registrada na corporação e que pode ter sido tomada criminosamente  de outras vítimas.
Burro é o bandido que perde tempo atirando em policial - corre o risco de ser preso ou mesmo sair ferido;
a forma mais fácil de ferrar com a vida de um policial é só denunciar que foi espancada pelo policial, ou ameaçada, qualquer coisa assim e o policial é imediatamente retirados das ruas, afastado do serviço.
No Brasil, vale o principio de que acusações apresentadas contra policiais, que tenham como autores bandidos ou suspeitos da prática de crimes, possuem fé pública, devem ensejar o imediato afastamento dos policiais do serviço e motivar abertura de inquérito e mesmo a decretação de prisão preventiva contra o policial acusado.]

A apuração das denúncias e a Operação Cruciatus estão sob a responsabilidade dos promotores de Justiça do Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (NCAP), que atuam também no combate à tortura policial, e da Promotoria de Justiça Militar. As vítimas procuraram o MPDFT para relatar os crimes. A Corregedoria da Polícia Militar do DF participa das investigações e da operação.

As buscas são realizadas, com autorização da Auditoria Militar, no 21° Batalhão e na casa dos  PMs investigados. A Auditoria Militar determinou ainda o afastamento dos nove policiais militares sob investigação do trabalho de policiamento ostensivo, a suspensão do porte de armas e qualquer contato com as vítimas.
Cruciatus, o nome da operação, é uma referência à maldição da tortura, prática voltada a causar dores psicológicas e físicas.

Correio Braziliense

 

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