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quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Caged foi pior do que o previsto, mas corte de empregos formais é menor do que há um ano



A previsão era de um saldo positivo, mas o Caged revelou perda de 12.292 vagas em novembro. O registro de trabalhadores formais, que vinha de uma série de sete altas consecutivas, agora acumula a criação de 299 mil vagas em 12 meses. A situação do mercado de trabalho já foi muito pior, mas permanece complicada.

No ano passado, o fechamento de vagas com carteira assinada em novembro foi pior, de 116 mil; em 2015, naquele mês o mercado de trabalho havia fechado 130 mil postos de trabalho formais. O cenário já foi pior do que o atual. Esse mesmo indicador registrava, no acumulado em 12 meses até março de 2016, saldo negativo de 1,8 milhão. 

Mas o panorama permanece complicado.  O dado negativo de novembro lembra o ritmo dessa recuperação. Há sempre um resultado negativo rondando os indicadores. A saída da crise é devagar. Depois desse tropeço em novembro, em dezembro o dado muito provavelmente será negativo, como costuma acontecer no Caged.   O comércio foi o único setor a fechar o mês passado com saldo positivo, de 68.602. Tanto a indústria de transformação quanto a construção civil e a agropecuária fecharam mais de 20.000 vagas no mês.

O Caged acompanha um universo de 38,5 milhões de pessoas com carteira assinada. É apenas um pedaço do mercado de trabalho; na contagem do IBGE, o país tem algo como 92,2 milhões de pessoas trabalhando. O que se vê, contudo, é que o emprego não se recuperou completamente e não vai melhorar de maneira significativa nos próximos meses. Ainda é cedo para constatar os efeitos da reforma trabalhista, que começou a vigorar exatamente em novembro.

Coluna da Miriam Leitão - O Globo
 

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