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sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Raquel e Carmen

Feliz 2018: duas mulheres acabam de nos salvar de mais uma sandice irresponsável de Michel Temer. 

[movidos pela grande admiração que temos por Lillian Witte Fibe, cuja carreira sempre acompanhamos, inclusive antes dela ser âncora do Jornal Nacional,  é que decidimos não silenciar diante do seu artigo, extremamente parcial e que levou a ilustre jornalista, ao escrever o artigo, cometer o mesmo ato que ela atribui ao presidente Temer com o qualificativo de irresponsável.

Mas, pedimos vênia para sugerir aos que nos lêem estender a leitura da matéria para o que adiante sugerimos:  "A verdade sobre o indulto" na qual fica bem claro a improcedência das acusações assacadas contra o presidente Temer, esclarecendo também a limitação temporal do alcance do combatido decreto;

Leiam também: O Poder do Poderes ou ditadura do Judiciário?  Matéria com pareceres técnico que põe por terra qualquer acusação de eventual favoritismo. 

Finalizamos o comentário lembrando que com o devido respeito as mulheres - que admiramos, respeitamos e a algumas até amamos - temos o DEVER de lembrar que o Brasil está na ... que está devido a uma mulher = a MULHER SAPIENS.]

Mas o que será que passa pela cabeça de Temer para assinar um escárnio como o desse decreto do indulto geral aos criminosos do colarinho branco, que a presidente do Supremo acaba de abortar?  Não era um decreto. Era um deboche. Era o governo dando uma banana para todos os brasileiros.

E enviando um impagável presente de Natal especialmente ao eterno amigo, o presidiário Geddel Vieira Lima. E a tantos outros, claro – principalmente a futuros condenados.
Como sabemos, foi Raquel Dodge, a procuradora-geral, quem provocou o Supremo com a ação direta de inconstitucionalidade contra o texto assinado por Temer. Nas últimas horas, andei me perguntando ainda o que seria do Brasil se fosse Gilmar Mendes o encarregado do plantão de fim de ano no Supremo, e não Cármen Lúcia, que deferiu a liminar.

Para melhorar o meu, o seu, o nosso réveillon, vejo também que o assunto voltará a ser examinado pelo mesmo Supremo em fevereiro.
Nome do relator: Luís Roberto Barroso. [Barroso é aquele ministro que aproveitou um 'habeas corpus' para tornar legal o aborto nos três primeiros meses de gravidez;
habeas corpus é recurso jurídico para libertar pessoas de eventuais constrangimento em sua liberdade especialmente de locomoção;  
jamais pode ser utilizado para autorizar assassinatos de seres humanos inocentes e indefesos.
O direito à vida - que alcança o nascituro - é garantido em CLÁUSULA PÉTREA da Constituição Federal, o que impede sua abolição até mesmo pelo voto unânime  dos onze ministros do STF.]
 
Antes assim.  Porque ainda ontem vi Temer falando na TV sobre a imprescindível tungada na previdência social. Com o tom ameaçador de sempre quanto ao futuro do pagamento a aposentados em geral.  [Temer fez menção a atrasos havidos no passado no pagamento de aposentados em alguns países, entre eles a Grécia.] Ele fala como se a anunciada liberação seletiva de dinheiro dos bancos públicos só para os governadores que o apoiarem nessa votação não fosse, em si, uma indecência.

Foi o novo ministro Carlos Marun, com a biografia que conhecemos, o encarregado de avisar que, sem ‘reciprocidade’, não haveria dinheiro.  Reciprocidade coisa nenhuma. É mais uma edição da feira livre que está para acontecer no Congresso. E que só vai agravar o mesmo déficit público que, cinicamente, alegam ser preciso conter com a redução das aposentadorias e benefícios do povo. Que a gente não baixe a guarda em 2018. [o Governo Temer não está sendo o melhor, mas, é mais conveniente para o Brasil manter Temer do que inventar  um mandato tampão com uma Carmen Lúcia ou um Rodrigo Maia.]

Lillian Witte Fibe
 

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