Milhares de iranianos se manifestaram nesta sexta-feira no
tradicional Dia de Jerusalém em apoio aos palestinos, em um contexto de
crise pela retirada dos Estados Unidos do acordo nuclear.
“Estados Unidos, Arábia Saudita e Israel querem encurralar o
Irã, mas não sabem que agindo assim colocam em perigo sua própria
segurança”, afirmou o presidente do parlamento, Ali Larijani, frente à
multidão reunida em Teerã.
Na capital e em outras cidades do país, os manifestantes lançaram
seus lemas habituais de
“Morte a Israel!” e
“Morte aos Estados Unidos!” e
queimaram bandeiras dos dois países.
Grupo de manifestantes queima o boneco do presidente Donald Trump vestido com uma bandeira israelense em Teerã - AFP
Em Teerã, os manifestantes também queimaram um boneco gigante do
presidente americano Donald Trump coberto com a bandeira israelense. A chamada
Jornada de Al Quds (“Jerusalém” em árabe) é celebrada todos
os anos desde a Revolução Islâmica do Irã em 1979 na última sexta-feira
do
Ramadã, o mês sagrado de jejum dos muçulmanos.
Este ano a celebração coincidente com a
crise do programa nuclear
iraniano depois que os Estados Unidos se retiraram do acordo firmado em
2015 e restabeleceram as sanções contra o país.
AFP
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