Por Ricardo Noblat
Relator do caso, o
ministro Gilmar Mendes decidiu deixar para o próximo ano o julgamento
na Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal do pedido de suspeição do
ex-juiz Sergio Moro, acusado pela defesa de Lula de ter sido parcial na
condução do processo do triplex do Guarujá que o condenou por corrupção.
Embora ainda responda a
meia dúzia de processos, Lula quer recuperar seus direitos políticos
para disputar as eleições de 2022. Mas para isso sua condenação terá de
ser anulada. A Segunda Turma é formada pelos ministros Celso de Mello,
Gilmar Mendes, Carmen Lúcia, Edson Fachin e Ricardo Lewandowski.
Ali, Cármen e Fachin são
considerados votos certos para derrotar o pedido de suspeição de Moro.
Gilmar e Lewandowski, para acolher o pedido. A sorte de Lula depende do
voto de Celso de Mello, o decano do tribunal. Por ora, Gilmar ainda não
faz a menor ideia de como Celso deverá votar.
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Por Ricardo Noblat
Supremo deve confirmar decisão de Toffoli
Em jogo, o compartilhamento de informações financeiras sigilosas
Refeitas as
contas, o ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal,
está convencido de que contará, hoje, com o apoio dos seus pares para
manter a decisão que beneficiou o senador Flávio Bolsonaro e Fabrício
Queiroz ao suspender todas as investigações em curso com base em
informações financeiras sigilosas compartilhadas sem prévia autorização
judicial.
Estão parados no país
cerca de 950 processos que apuram crimes de lavagem de dinheiro e de
corrupção. Se mantida a decisão de Toffoli, caberá ao Supremo fixar o
destino deles. Se todos voltarão à estaca zero sendo obrigados a
recomeçar, ou se só alguns – e quais. Toffoli guarda alguns trunfos para
reforçar sua posição na hora dos debates. Ainda não sabe se se valerá
deles.
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