[Gás de cozinha em falta = efeito colateral cascata do isolamento total]
[ATENÇÃO ISOLACIONISTAS - ALERTA sobre FATO - não é fake, nem motivo de alarmismo. Apenas de prevenção.
Começa a faltar GLP - o popular 'gás de cozinha' - no DF praticamente não encontramos GLP - quando é encontrado cobram R$ 120, pelo bujão de 13 Kg.
Em entrevista hoje no Bom Dia DF o presidente do sindicato das distribuidoras de gás disse que a Petrobras justifica a falta devido a quedo no consumo de gasolina - devido a política de isolamento o consumo caiu demais e com isso o refino do GPL pela Petrobras também caiu.
A produção do GLP está atrelada ao refino de gasolina.
Com a queda do consumo o refino da gasolina caiu e, consequentemente, o do GLP, só que o consumo deste aumentou.
Um efeito colateral cascata, não previsto, do isolamento total.]
“Não saia de casa!”. A ordem universal reflete a vitória da tradição filosófica do contrato social, que inscreve os direitos do indivíduo na moldura das normas de segurança coletiva. A tradição não é monolítica, fragmentando-se em tonalidades que se estendem do liberalismo progressista, numa ponta, ao totalitarismo, na ponta oposta. A Peste Negra em curso testa essas diferenças, colocando-nos diante de um espelho de cristal. Quem quer ser China?
A OMS exibe a China como modelo de eficiência, calando-se sobre a camuflagem inicial, a repressão aos médicos que davam o alerta, a brutalidade estatal do isolamento de Wuhan e, agora, sobre as suspeitas estatísticas chinesas, contaminadas pelo vírus do triunfalismo. Na Hungria, Viktor Orbán quer ser China: o primeiro-ministro obteve poderes de exceção por prazo indefinido de um parlamento controlado por seu partido, manipulando a crise sanitária para converter o país na primeira ditadura da União Europeia. “Não saia de casa!” — ou te coloco na cadeia por oito anos, ameaça o ídolo húngaro de Bolsonaro.
A vida ou a liberdade, o que vale mais? Da Itália à Suécia, passando por Espanha, França e Alemanha, estende-se um gradiente de medidas emergenciais que vão da quarentena severa a moderadas reduções de contatos sociais. Há penalidades, desde multas até processos criminais. Mas os governos estabelecem normas claras e temporárias, operando pela persuasão. Não é assim no Reino Unido, onde regras obscuras convivem com inumeráveis atos de arbítrio: drones filmam casais que passeiam com o cachorro no campo, motoristas são convocados a tribunais por dirigirem numa estrada aberta, policiais advertem alguém que fazia compras “não essenciais”.
O vigilantismo escorre para baixo, despertando instintos latentes numa sociedade assustada. Moradores de edifícios cujas janelas se abrem para o longo viaduto do Minhocão, em São Paulo, vaiam, xingam, agridem pedestres e ciclistas que se atrevem a “caminhar, fazer algum esporte” na via elevada deserta. “Vai pra casa!” — o grito de guerra santifica, purifica, desinfeta. Fechamos fronteiras nacionais, trancamos rodovias intermunicipais.
Por que não montar barreiras de vigilantes em torno de bairros ou quarteirões?
“Juntos vamos derrotar o coronavírus” — a capa unificada dos jornais brasileiros de 23 de março, cópia da iniciativa argentina, traz implícita uma curiosa mensagem jornalística contra a pluralidade de opiniões. “Juntos”, como quem? China ou Suécia? Alemanha ou Reino Unido?
E com quem: Mandetta ou Witzel?
Orbán decretou penas de prisão para quem divulgar notícias sobre a pandemia classificadas como falsas pelo seu governo.
A imprensa está pronta a aceitar qualquer medida formulada sob o alegado propósito de derrotar o “inimigo comum”? [no caso o inimigo comum da totalidade (assim se espera) é o coronavírus, e de grande parte é o Presidente da República JAIR BOLSONARO.]
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