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segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Segurança descobre mordomias na cela de Zé Dirceu e Vaccari

Agentes encontram pendrive com filmes na cela de Dirceu e Vaccari

Como punição, os dois vão ficar 20 dias sem visitas, exceto de seus advogados
Agentes penitenciários encontraram um pendrive e dois carregadores durante varredura de rotina na cela ocupada pelo ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu (Governo Lula) e pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto na prisão que abriga réus da Lava-Jato, nos arredores de Curitiba.

A vistoria ocorreu em 1º de agosto. Como nem Dirceu nem Vaccari - ambos condenados por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa - assumiram a propriedade do material, o Conselho Disciplinar do Complexo Médico Penal de Pinhais aplicou aos dois "falta média".

Na prática, eles vão ficar vinte dias sem visitas - exceto seus advogados. A vistoria ocorreu na quinta galeria e na sexta - são seis galerias no Complexo. A sexta galeria abriga todos os réus da Lava-Jato. Dirceu e Vaccari ocupam uma cela. Os agentes penitenciários acharam duas sacolas plásticas na cela dos condenados. Nelas estavam o pendrive e os dois carregadores.  No pen-drive só havia arquivos com filmes e músicas, nenhum documento da Lava- Jato.

O Conselho Disciplinar do Complexo Médico Penal advertiu Dirceu e Vaccari que se houver nova falta média eles serão punidos por "falta grave", o que vai retardar a progressão do regime penal em que se encontram. 


 Fonte: Correio Braziliense

 

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Assassinado do prefeito Celso Daniel pode envolver Dirceu? Pode sobrar para Lula e Gilberto Carvalho

STF autoriza investigação contra Dirceu por suspeita de desvio em Santo André

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, autorizou nesta quinta-feira, 30, uma investigação contra o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu para apurar o suposto desvio de recursos da prefeitura de Santo André entre 1997 e 2001, durante a gestão de Celso Daniel, que foi assassinado em 2002.

O processo estava parado desde 2006 porque uma liminar impedia o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) de continuar as investigações. Na época, o então ministro do STF, Eros Grau, decidiu suspender o procedimento instaurado pelo MP-SP por entender que o órgão reutilizou um depoimento colhido em uma investigação que havia sido arquivada pela Justiça.

A procuradoria-geral de Justiça de São Paulo, no entanto, se manifestou dizendo que se tratavam de provas novas. As suspeitas são de que Dirceu teria recebido propina desviada de Santo André para abastecer campanhas políticas do PT na época em que ele era presidente nacional do partido.  O esquema foi mencionado pelo irmão de Celso Daniel, João Francisco Daniel, no processo que apura a morte dele. Outros depoimentos reiteravam a suspeita de que Dirceu também tinha conhecimento da arrecadação de propina em Santo André e não escondia o esquema em reuniões no gabinete do prefeito.

João disse que o ex-ministro Gilberto Carvalho retirava malas de dinheiro fruto de crime em Santo André e as entregava no escritório de Dirceu. Além disso, na época, Waldomiro Diniz, ex-assessor de Dirceu e lobista do ramo de jogos de azar, foi flagrado em um aeroporto recebendo uma mala de dinheiro de Carlinhos Cachoeira, dono de casas de bingos nos arredores de Brasília.  “Há que se frisar que os fatos apurados são da mais elevada gravidade. Revela-se necessário apurar se tal fato tem correspondência com a afirmação de João Francisco Daniel, feita em seu depoimento judicial, no sentido de que Gilberto Carvalho retirava malas de dinheiro oriundo dos delitos praticados pela quadrilha denunciada em Santo André e as entregava no escritório de José Dirceu em São Paulo”, escreve Fux.  O ministro foi designado relator do processo após a aposentadoria de Eros Grau. As investigações do caso serão conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial Regional para Repressão ao Crime Organizado (Gaerco/ABC).

Crime político
Familiares de Celso Daniel defendem a tese de que o assassinado do ex-prefeito de Santo André foi crime político. Segundo a hipótese, ele teria sido morto para evitar denúncias sobre esquemas de corrupção em financiamento de campanhas do PT e de aliados.
Em uma das fases da Lava Jato, os investigadores afirmaram haver evidências de envolvimento de Dirceu e Gilberto Carvalho no caso da morte de Celso Daniel. A chamada Carbono 14 apontou elo entre o assassinato em Santo André e o esquema de corrupção da Petrobrás. Dirceu e Gilberto Carvalho negam participação no esquema em Santo André. O primeiro foi condenado no julgamento do mensalão, em 2013, e, atualmente, está preso em Curitiba depois de também ter sido implicado no esquema investigado na Operação Lava Jato.

Fonte: Revista VEJA

 

 

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Como o recesso do Judiciário só termina em fevereiro, José Dirceu vai passar o ano novo atrás das grades, decreta STJ pelo Twitter

Deputados do PT reclamam que STJ debochou de Dirceu no Twitter

'José Dirceu vai passar o ano novo atrás das grades', diz texto do tribunal na rede

Deputados do PT reagiram à publicação de uma mensagem na conta que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) mantém no Twitter. Segundo eles, a corte debochou da situação do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, que teve um pedido de liberdade negado pelo presidente do STJ, o ministro Francisco Falcão. Os deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e w d (PT-RJ) enviaram um ofício a Falcão solicitando a imediata abertura de sindicância interna para apurar o caso, a retirada da postagem, e um pedido de desculpas.
[ Onde está a ofensa? a postagem apenas comunica que devido o recesso do Judiciário um conhecido bandido - condenado pela Justiça no processo do MENSALÃO - PT e preso, preventivamente, devido sua participação em crimes do PETROLÃO - PT - passará o Ano Novo preso, devido o Poder Judiciário se encontrar em recesso e a pretensão dos advogados do 'reeducando' só será analisada após o recesso forense.
Não houve nenhuma ofensa. Noticias um fato, não é crime nem representa qualquer ato ilicito. 
O desespero petista é que o famigerado criminoso Zé Dirceu - também conhecido entre os comparsas petistas como 'guerreiro do povo brasileiro', embora na verdade seja apenas um bígamo, um covarde 'guerrilheiro de festim' e ladrão praticante - corre sérios riscos de passar uma temporada na cadeia, tendo em vista que sua participação no PETROLÃO - PT, mesmo após condenado no MENSALÃO - PT, deixa sérias dúvidas se o bígamo Zé Dirceu tem direito ao indulto pretendido.

Mesmo que seja favorecido pelo indulto, continuará preso tendo em vista que o decreto de prisão preventiva - que o está mantendo atrás das grades - não é alcançado pelo indulto.
Sofrendo o facínora Zé Dirceu nova condenação, pelos crimes cometidos no PETROLÃO - PT, o 'guerrilheiro de festim' não será beneficiado pelo indulto que só alcança condenações anteriores a sua edição.
Bem está fazendo o facínora Zé Genoíno, que de tanto tentar padecer de doença grave, conseguiu prisão domiciliar e optou por agir como morto vivo.]
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"Como o recesso do Judiciário só termina em fevereiro, José Dirceu vai passar o ano novo atrás das grades", diz mensagem publicada em 29 de dezembro, mesmo dia em que Falcão determinou que o pedido seja analisado pela 5ª Turma da corte. Como o STJ está de recesso, a turma volta a trabalhar somente em fevereiro.

A postagem foi a segunda de uma série de três sobre a decisão. A primeira diz: "STJ determina que pedido de habeas corpus de José Dirceu seja analisado pelo MPF para depois ser julgado pela 5ª Turma". A última conclui: "'Com o retorno, remetam-se os autos para análise da Egrégia Turma', decidiu o presidente do STJ, Min. Francisco Falcão".

O teor do ofício enviado ao presidente do STJ foi reproduzido no site do PT. Lá, também foi publicada uma montagem, acrescentando imagens de tucanos ao texto. Trata-se de uma referência ao PSDB, principal adversário do PT. “Não podemos aceitar que a comunicação de um órgão que representa um poder da República seja aparelhada por militantes do PSDB ou da direita que destila ódio diariamente contra o PT”, afirmou Pimenta no site do partido.


Os deputados dizem ter tomado conhecimento do texto com surpresa e indignação. "A comunicação institucional do STJ se vale de linguagem e termos inadequados para um Tribunal Superior. A comunicação de qualquer órgão público deve, ao informar, apresentar postura neutra e respeitosa, ainda mais quando se trata da comunicação de um órgão que tem a nobre função de julgar", diz trecho do ofício.[a linguagem adequada ao Twitter não comporta os termos comuns em um ofício, mandado judicial e em nenhum momento faltou com a verdade, deturpou fatos ou ofender quem quer que seja.
Limitou-se a noticiar fatos utilizando a linguagem adequada ao meio utilizado para veicular o noticiado.]

As reclamações continuam: "A divulgação revela, ainda, o já conhecido uso da prisão como espetáculo. Dessa forma, não basta o ex-ministro estar preso preventivamente — sob critérios com justeza questionados por sua defesa. Ele precisa ser exposto e ter a dignidade aviltada. A comunicação oficial do STJ agiu de maneira parcial. Sancionou, assim, o uso do sistema penal como instrumento político, o que absolutamente não é condizente com o Estado Democrático de Direito. Não é crível que essa postagem na rede social tenha tido a anuência da direção do Tribunal, que se intitula como aquele da Cidadania."
[o facínora Zé Dirceu perdeu sua honra, dignidade, caráter - se é que em alguma época de sua vida possuiu tais qualidades -  quando se tornou guerrilheiro e passou a conspirar contra a SOBERANIA e SEGURANÇA NACIONAL.
Aliás, referido elemento se tornou apátrida em função de DECRETO DE BANIMENTO que o expulsou do Brasil em troca da vida de um representante diplomático sequestrado.]

No julgamento do mensalão, Dirceu foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a sete anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa. Ele foi preso em novembro de 2013 e começou a cumprir pena no complexo penitenciário da Papuda, em Brasília. Depois conseguiu o benefício de cumprir o restante da pena em casa, também em Brasília. Mas em agosto foi preso novamente, desta vez preventivamente, por suspeitas de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras, investigado na Operação Lava-Jato.

Fonte: O Globo
 
 

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

O Grilo Falante de Lula



Nem Pinóquio teve uma ajuda tão generosa. Mas Pinóquio não tinha um BNDES, só um Gepeto
O palestrante Luiz Inácio da Silva é um sujeito de sorte. Antes de se consagrar com suas palestras internacionais, ele passou pela Presidência da República, onde não ganhava tão bem. Mas tinha bons amigos, especialmente na empreiteira Odebrecht, que lhe sopravam o que dizer nas reuniões com outros chefes de Estado. Os recados eram passados ao futuro palestrante, então presidente, sob o título “ajuda memória” – ou seja, os empreiteiros estavam ajudando o presidente a se lembrar de coisas úteis, uma espécie de transplante de consciência. A Odebrecht era o Grilo Falante de Lula.

Nem Pinóquio teve uma ajuda-memória tão generosa. A de Lula se transformou em negócios de bilhões de reais – mas é bem verdade que Pinóquio não tinha um BNDES, só um Gepeto. É uma desvantagem considerável, especialmente porque Gepeto não fazia operações secretas, ao que se saiba. “O PR fez o lobby”, escreveu o então ministro da Indústria e do Comércio aos amigos da Odebrecht, respondendo à cobrança da empreiteira sobre a defesa de seus interesses pelo PR Lula junto ao PR da Namíbia. Essa e outras ajudas-­memórias valiosas, reveladas pelo jornal O Globo, não tiveram nada de mais. Segundo todos os envolvidos, isso é normal.

A normalidade é tanta que a parceria foi profissionalizada. Quando Luiz Inácio terminou seu estágio como PR, foi contratado pela Odebrecht como palestrante. Nada mais justo. Com a quantidade de ajuda-­memória que ele recebera da empresa durante oito anos, haveria de ter muita coisa para contar pelo mundo. Foi uma história bonita. Lula soltinho, sem a agenda operária de PR, viajando pelos países nas asas do lobista da Odebrecht, fazendo brotar obras monumentais por aí e mandando Dilma e o BNDES bancá-las, enquanto botava para dentro cachês astronômicos como palestrante contratado da empresa ganhadora das obras. Normal.

A parceria também funcionou no Brasil, claro, com belos projetos como o estádio do Corinthians – que uniu seu time do coração com a sua empreiteira idem. Num drible desconcertante dos titãs, o Morumbi foi desclassificado para a Copa de 2014 e brotou em seu lugar o Itaquerão, por R$ 1 bilhão. Como não dava para Gepeto fazer a mágica, o Pinóquio PR chamou o bom e velho BNDES para operar mais esse milagre. Após alguns anos fazendo os bilhões escorrerem dos cofres públicos para parcerias interessantes como essas – incluindo as obras completas da Petrobras –, o palestrante e seu partido levaram o Brasil à breca. Ainda hoje, em meio à mais terrível crise das últimas décadas, que derrubou o aval para investimento no Brasil e fará dele um país mais pobre, a opinião pública se pergunta: como foi que isso aconteceu?

Graças a essa pergunta abilolada, o esquema parasitário que tomou de assalto o Estado brasileiro ainda permanece, incrivelmente, sediado no Palácio do Planalto. O tráfico de influência como meio de privatização de recursos públicos – através de parcerias, consultorias, convênios, mensalões e pixulecos mais ou menos desavergonhados – foi institucionalizado, de cabo a rabo, no governo petista. Lula, o palestrante, é investigado pelo Ministério Público por tráfico de influência internacional. O Brasil se surpreende porque quer: esse é o modus operandi de todos os companheiros que já caíram em desgraçaVaccari, Delúbio, Erenice, Palocci, Dirceu, Valério, Youssef, Duque, Vargas, João Paulo, Rosemary... Faltou alguém? Ou melhor: sobrou alguém?

Marcelo Odebrecht recomendou que Lula ressaltasse o papel de “pacificador e líder regional” do presidente de Angola. E assim foi feito. Deu para entender? O dono da empresa e cliente do governo era quase um adido cultural do presidente. Se o Brasil não consegue ver promiscuidade (ou seria obscenidade?) nesse enredo, melhor botar o Sergio Moro em cana e liberar o pixuleco.

Acaba de ser arquivado o inquérito contra Lula no mensalão. No auge do escândalo com a Odebrecht e demais envolvidas no petrolão, o PT bate seu próprio recorde de cinismo advogando a proibição das doações eleitorais de empresas. Pixuleco nunca mais. Ajuda-memória ao gigante: ou abre os olhos agora ou não verá as pegadas companheiras sendo mais uma vez apagadas. Aí os inocentes profissionais estarão prontos para o próximo golpe. 

Fonte: Guilherme Fiuza – Revista Época


quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Moro deve decidir sobre denúncia contra Dirceu entre hoje e amanhã



Contratos de consultorias, incompatibilidade patrimonial, pagamentos de obras e jato integram rol de provas que embasarão abertura de ação penal, por juiz da Lava Jato, contra ex-ministro, que despachava ao lado do gabinete presidencial
O juiz federal Sérgio Moro, titular da 13ª Vara Federal em Curitiba - onde estão os autos em primeira instância da Operação Lava Jato -, deve aceitar a primeira denúncia criminal contra o ex-ministro e ex-presidente nacional do PT José Dirceu por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, entre esta quinta-feira, 10, e sexta-feira, 11.

Contratos de falsas consultorias com empreiteiras do cartel acusado de fraudar obras na Petrobras, incompatibilidade patrimonial, aquisições e reformas de imóveis suspeitas, notas, ligações, visitas, trocas de mensagens e confissões de pelo menos cinco réus formam o arcabouço de provas que servirão para o julgamento na Justiça Federal.

Dirceu ocupou a sala ao lado do gabinete presidencial entre 2003 e 2005, quando saiu do governo alvo das denúncias do mensalão. Dez anos após, o Ministério Público Federal agora aponta que mensalão e o esquema alvo da Lava Jato no Petrobras são a mesma coisa. Além de Dirceu - ex-presidente do PT entre 1995 e 2002 -, outras figuras do partido devem ir ao banco dos réus, como o ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto e o lobista Fernando de Moura. A denúncia do MPF relaciona 17 nomes.

O ex-ministro da Casa Civil é apontado como um dos líderes de um dos núcleos políticos alvos da Lava Jato ligado ao PT. Pelo esquema, o partido da presidente Dilma Rousseff, com os aliados PMDB e PP, fatiaram cargos na Petrobras e sistematizaram, em conluio com empreiteiras que se cartelizaram, um esquema de arrecadação de 1% a 3% em propina, em troca de contrato dirigidos e superfaturados.

O esquema, que teve sua gênese na Petrobras - maior caixa de investimentos do governo federal -, teria sido sistematizado em outras áreas, como setor de comunicação e publicidade, Ministério do Planejamento, Ministério da Saúde, Eletrobrás, Caixa Econômica Federal, entre outros.

O criminalista Roberto Podval, que defende o ex-ministro José Dirceu, disse que vai aguardar intimação da Justiça Federal para apresentar seus argumentos. "O que posso dizer é que está comprovado que o Milton (Pascowitch, delator) enriqueceu às custas de Dirceu, usando o nome de Dirceu", afirmou Podval, que também representa o irmão e a filha de Dirceu. Ele disse que a defesa terá dez dias para entregar a resposta ao juiz Sérgio Moro. "No momento certo vamos à Justiça esclarecer tudo
." [desde que Dirceu continue preso, enjaulado – lugar de bandido é na cadeia ou na vala -  a defesa pode usar até dez anos para apresentar seus argumentos.]

O advogado Luiz Flávio Borges D'Urso, que defende João Vaccari Neto, afirmou que o ex-tesoureiro do PT 'jamais arrecadou propinas'. "Ainda não tivemos acesso à integra da denúncia, mas pelas notícias veiculadas verifica-se que, mais uma vez, temos uma denúncia baseada exclusivamente em delação premiada sem que haja qualquer prova a corroborar tal delação." D'Urso é taxativo. "O sr. Vaccari jamais recebeu qualquer doação ilegal. Todas as doações foram realizadas ao PT, depositadas na conta bancária e prestado contas às autoridades. Tudo absolutamente legal."

Fonte: Revista IstoÉ

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Dilma fica. Lula está em perigo!



Talvez – quem sabe? – o inesperado faça uma surpresa. Mas se não fizer, Dilma governará até 31 de dezembro de 2018, cedendo o lugar ao seu sucessor. Está escrito nas estrelas. Não estava.  Mas foi escrito nos últimos 10 dias como resultado de um acordo informal assinado por representantes das forças políticas e econômicas que de fato importam no país. Que tal? Haverá ironia maior do que essa?

Para se eleger pela primeira vez, governar apesar do escândalo do mensalão, se reeleger, eleger Dilma e reelege-la, Lula valeu-se do discurso de ser um perseguido pelas elites, coitadinho. E não somente ele, mas também o PT e Dilma.  Falso! Lula pode posar de pai dos pobres, mas não pode negar que foi uma mãe para as elites. Essas mesmas elites que, hoje, preferem Dilma ao desconhecido.

Foi como palestrante exclusivo e lobista ativo das maiores empreiteiras brasileiras que Lula ficou rico de 2011 para cá. Enriquecer não desmerece ninguém. Quantas fortunas não se devem ao espírito empreendedor dos seus donos? À capacidade deles de enxergar o futuro? Ocorre que a fortuna de Lula tem mais a ver com o passado do que com o futuro. E aqui mora um problema. A Operação Lava Jato investiga as relações de Lula com as empresas que mais lucraram superfaturando contratos com a Petrobras e pagando propinas a agentes políticos.

Pois bem: a empresa de palestras de Lula arrecadou em quatro anos R$ 27 milhões, sendo R$ 10 milhões de empreiteiras envolvidas com a roubalheira que causou à Petrobras o maior prejuízo de sua história. A empreiteira que mais se beneficiou dos dois governos de Lula foi a Odebrecht. Foi também a que mais pagou pelos serviços de Lula como palestrante e lobista - R$ 2,8 milhões.

Só por uma palestra em maio de 2013, o estaleiro Quip pagou a Lula R$ 378.209,00. Ou a bagatela de R$ 13 mil por cada um dos 29 minutos de duração da palestra. Nascido de uma associação entre as empreiteiras Queiroz Galvão, UTC, Iesa e Camargo Corrêa, o estaleiro foi criado ainda no período de Lula no poder para construir plataformas de petróleo destinadas à Petrobras.

Lula apadrinhou o projeto do estaleiro. Que logo que pode lhe retribuiu, digamos assim, o favor. Para dizer o mínimo. Ou então lavou dinheiro à custa dele.  Há pouco mais de dois meses, desconfiado de que seria preso outra vez, o ex-ministro José Dirceu confidenciou a amigos: “Estamos no mesmo saco, eu, Lula e Dilma”. Dois dias depois da nova prisão de Dirceu, Lula reuniu-se com deputados do PT paulista e avaliou: nem uma possível melhora da economia será suficiente para salvar o partido. E ele também.

Dirceu acertou na mosca.
Lula e o PT sobreviveram ao mensalão com a desculpa não confessada de que roubaram para financiar a chegada deles ao poder. Somente assim poderiam fazer o bem aos pobres.  O petrolão contém fortes indícios de enriquecimento pessoal dos envolvidos. Se isso restar provado, qual narrativa inventar para enganar os bobos de sempre?  Só apelando para que o inesperado faça uma surpresa. 

De resto, os bobos de sempre estão aprendendo a serem menos bobos desde que saíram às ruas em junho de 2013. Da primeira vez pediram da redução do preço das passagens a um governo melhor. Dilma fingiu que não era com ela. Ontem, pediram fora Dilma, Lula, o PT e a corrupção.  O número de manifestantes diminuiu. Aumentou a rejeição a Dilma, a Lula e ao PT. Piorou para eles, pois.

Fonte: Blog do Noblat – O Globo

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

"PT, A MARCA DA CORRUPÇÃO"



O que resta ao PT dizer hoje em dia sobre a avalanche de provas, testemunhas e evidências que expõem o partido como artífice do mais escabroso esquema de corrupção da história da República? Sua imagem e a de seus principais líderes – arrastando, por tabela, a de seus três seguidos governos- estão indissoluvelmente ligadas à roubalheira sem limites que tomou conta do Estado. A legenda saqueou os cofres públicos de maneira sistemática e disseminada ao longo dos últimos 12 anos. Isso já está mais do que bem documentado e dito abertamente pelas autoridades que investigam o caso. 

Deveria ser o suficiente para que sua cúpula optasse por uma retirada estratégica de cena, um ensaio de adeus com um mínimo de dignidade - se ainda resta - da sigla, buscando talvez depois, quem sabe, uma refundação em novas bases programáticas e com outros protagonistas. Mas o PT faz de conta que não é com ele. Atribui as denúncias a um complô­ das elites. 
Desdenha de relatos que falam de pagamentos de propina, como os R$ 10,5 milhões entregues em espécie diretamente na sede paulista da agremiação. Uma vergonhosa sequência de pilhagens vem sendo revelada, uma atrás da outra, num roteiro sem fim. Cegos e indiferentes às acusações que transbordam por todos os lados, os cabeças da agremiação tentam com promessas vazias dissimular os erros. Tanta desfaçatez e petulância foram, mais uma vez, transmitidas em cadeia de rádio e TV, na semana passada, durante programa eleitoral. Alheios a panelaços e buzinaços que tomaram conta de inúmeras cidades, do Oiapoque ao Chuí, Lula, Dilma & Cia. voltaram a falar em “problemas passageiros” e em “pessoas tentando se aproveitar disso para criar uma crise política”. Qualquer brasileiro minimamente informado sabe que a crise que está aí foi criada por atos e decisões do próprio PT. Nada além disso! A caravana petista não desce do pedestal. Não pede desculpas – talvez por achar mesmo que não tem nada do que se arrepender. 
E tamanha empáfia provoca ainda mais repulsa na sociedade. De uma maneira ou de outra, mesmo que os mais aguerridos filiados não enxerguem assim, o prestígio do PT virou pó. Não restou sequer fiapo. Num breve lampejo de clarividência e autocrítica, Lula, como mentor e comandante-mor da nau, avaliou que “nem a melhora da economia salva o PT”. Outro cacique da esquadra petista, o gaúcho Tarso Genro, disse que “o PT chegou ao fim de um ciclo”. A prisão de um dos seus ícones, o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, tido e havido como herói pelos militantes – aclamado como “guerreiro do povo” – talvez seja o sinal mais eloquente dessa desmoralização da legenda

O efeito dela é devastador e joga por terra, em definitivo, a “desculpa” de que o esquema urdido nos gabinetes do Planalto tinha por objetivo essencial dar base de sustentação financeira ao projeto do partido. Dirceu, um larápio contumaz, que se transformou de líder estudantil em líder de quadrilha, encheu os próprios bolsos e de vários correligionários, servidores públicos e políticos da corriola com o dinheiro de práticas criminosas. 
Certamente não agiu sozinho, por conta própria, e nem arquitetou e executou tamanha lambança em órgãos oficiais sem conhecimento superior. Dirceu se reportava diretamente à presidência e deixava transparecer que atuava com o aval do Governo. Em uma de suas célebres declarações disse: “nunca fiz nada que o Lula não soubesse”. Uma confissão, em tom acusatório, com todas as letras. Condenado em última instância no Mensalão e agora reincidente com o Petrolão, ele é o elo original entre as duas cadeias já conhecidas de operações fraudulentas que se abateram sobre o aparato estatal. Não há dúvida: outras tantas picaretagens da gestão petista, de igual ou maior monta, estão ainda por ser desvendadas pela polícia
Da hierarquia petista, como Dirceu, foram parar atrás das grades dois ex-tesoureiros de campanha (Vaccari e Delúbio), o ex-presidente do partido (José Genoíno), além do deputado André Vargas. Quantos quadros mais deverão seguir para a cadeia? A lista parece interminável. E mesmo Lula sabe que não pode se considerar totalmente livre desse risco. Ao contrário. Como bem lembrou um dos procuradores da Lava-Jato, ninguém, absolutamente ninguém, está isento de investigação e condenação. Olhando pelo prisma da trajetória histórica, é difícil aceitar a ideia de um partido que nasceu no berço dos trabalhadores e que depois, em seu nome, se apoderou descaradamente do dinheiro dos brasileiros para se perpetuar no poder e locupletar a patota de aliados e apaniguados. Fizeram a festa enquanto deixavam o País à míngua. Que as instituições solidamente plantadas em nossa democracia punam exemplarmente o mau exemplo e que ele não se repita jamais!
Fonte: Editorial Revista IstoÉ - Carlos José Marques, diretor editorial