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terça-feira, 14 de maio de 2019

Em Brasília, esqueceram do futuro

Poucos ali se mostram preocupados com a existência de 13 milhões de desempregados

 

Humanos seguem para Marte no final da próxima década, anuncia a Nasa. Nessa época, a Universidade de Durham, no Reino Unido, começa a usar moléculas motorizadas, dirigidas pela luz, para perfurar individualmente células cancerosas, e destruí-las em 60 segundos.  Esses experimentos poderão ser acelerados pela novidade da IBM: um chip capaz de guardar um bit de informações num único átomo — do tamanho da moeda de um centavo — vai reter dados em volume similar ao da biblioteca musical da Apple.

Visto de Brasília, esse panorama global pautado pela fusão de tecnologias, bem como suas consequências sobre a produção, o emprego e as políticas públicas, parece distante da vida real, muito além da Via Láctea. No Palácio do Planalto prevalece a crença de que só o atraso leva ao futuro. São raras as exceções, entre elas a equipe empenhada em retirar o Estado dos escombros fiscais.

O Judiciário se desnorteou, com um Supremo visto como adversário ou parceiro de frações políticas, como define o pesquisador Conrado Hübner. Já o Congresso dá prioridade à vingança contra a Operação Lava-Jato. O futuro sumiu da Praça dos Três Poderes. Poucos ali se mostram preocupados com a existência de 13 milhões de desempregados quando há milhares de vagas não preenchidas em grupos como Cyberlabs. Não se vê aflição com a dependência tecnológica, nem para facilitar a inovação em empresas como a Raízen, que extrai energia da biomassa suficiente para abastecer o Rio por um ano, ou a Embraer, que projeta, com a Uber, um carro voador elétrico.


Na asfixia política produzida em Brasília, não sobra lugar no futuro imediato para gente como Gabriel Liguori desenvolver um gel a partir de células de um paciente para criação de um coração artificial, impresso em 3-D e aplicável em transplantes. Ou ainda, para uma empresa de cartão de crédito eletrônico como a de Henrique Dubugras, 23 anos, e Pedro Franceschi, 24, que já disputa mercado com a Amex. Ambos celebram o primeiro US$ 1 bilhão da Brex, uma década antes da viagem humana a Marte.

sábado, 20 de abril de 2019

Os pobres e os ricos

Tudo aquilo que prejudica quem está tentando não morrer de fome, e não tem tempo para fazer “articulação política”, passa como foguete da Nasa no Congresso


A situação fica definitivamente complicada para os pobres quando quem diz que está cuidando deles serve no exército do inimigo




Publicado na edição impressa de VEJA

E então: depois de ouvir durante meses, ou anos, toda essa discussão sobre a “reforma da Previdência”, você está achando que ela é “contra os pobres”? Ou acha que é exatamente o contrário? Ou, ainda, não acha nem uma coisa nem outra, porque não tem mais paciência para continuar ouvindo essa conversa que não acaba mais? Anime-se. O professor gaúcho Fernando Schüler, conferencista e consultor de empresas, tem a solução definitiva para o seu problema. Se a reforma da previdência fosse contra os pobres, explicou Schüler dias atrás, já teria sido aprovada há muito tempo, e sem a menor dificuldade.

Pela mais simples de todas as razões: tudo aquilo que prejudica o pobre diabo que está tentando não morrer de fome, e não tem tempo para fazer “articulação política”, passa como um foguete da NASA pelas duas casas do Congresso deste país. Passa tão depressa, na verdade, e com tanto silêncio, que ninguém nem fica sabendo que passou. A reforma proposta pelo governo só está encontrando essa resistência desesperada do PT, dos seus satélites e da massa da politicalha safada porque é, justamente, a favor dos pobres e contra os ricos. Cem por cento contra os ricos ─ no caso, algumas dezenas de milhares de funcionários públicos com salário-teto na casa dos 40.000 reais por mês, sobretudo nas camadas mais altas do Judiciário e do Legislativo. São esses os únicos que vão perder, e vão perder em favor dos que têm menos ou não têm nada.

Não parece possível, humanamente, eliminar de maneira mais clara as dúvidas sobre a reforma da previdência. Alguém já viu, em cerca de 200 anos de existência do Congresso Nacional, alguma coisa a favor de rico dar trabalho para ser aprovada? Ainda há pouco, só para ficar num dos exemplos mais degenerados do estilo de vida dessa gente, deputados e senadores aprovaram o pagamento de 1,7 bilhão de reais para a “campanha eleitoral de 2018” ─ dinheiro vivo, saído diretamente dos seus impostos e entregue diretamente no bolso dos congressistas. São os mesmos, em grande parte, que agora viram um bando de tigres para “salvar os pobres” da reforma.

Poderiam ser mencionados, aí, uns outros 1.000 casos iguais, em benefício exclusivo da manada que tem força para arrancar dinheiro do Erário público. No caso da previdência a briga é para conservar os privilégios de ministros, desembargadores, procuradores, auditores, ouvidores, marajás da Câmara dos Deputados, sultões do Senado e toda a turma de magnatas que conseguem ganhar ainda mais que o teto e exigem, ao se aposentar, os mesmos salários que ganham na ativa ─ algo que nenhum outro brasileiro tem.

Não adianta nada, com certeza, apresentar números, fatos e provas materiais que liquidam qualquer dúvida sobre a injustiça rasteira de um sistema que se utiliza da lei para violar o princípio mais elementar das democracias ─ o de que todos os cidadãos são iguais em seus direitos e em seus deveres. A previdência brasileira determina, expressamente, que os cidadãos são desiguais; quem trabalha no setor privado, segundo as regras que se pretende mudar, vale menos que os funcionários do setor público e, portanto, tem de receber aposentadoria menor. Quando se demonstra essa aberração com a aritmética, a esquerda diz que as contas não valem, pois se baseiam em “números ilegais”. Não há, realmente, como continuar uma conversa a partir de um argumento desses ─ e nem há mesmo qualquer utilidade prática em conversar sobre o assunto. Os defensores dos privilégios não estão interessados em discutir número nenhum; estão interessados, apenas, em defender privilégios. Por que raios, então, iriam perder seu tempo se aborrecendo com fatos? [somos contra os privilégios dos privilegiados - mas, lamentavelmente, parte da imprensa insiste em chamar de 'privilégio' o que não é privilégio e omitir que a maior parte dos alcunhados de ''privilegiados", recebem uma aposentadoria maior, pelo fato de terem contribuído sobre um valor maior.
Mas, já estamos de saco cheio de mostrar, e comprovar, tal fato.
Clique no link adiante e conheça com base em fontes fidedignas, com links para sites confiáveis a verdade sobre os privilégios = Eu ganho, tu perdes

Por oportuno, lembramos que estamos entre os poucos Blogs que quando o ministro Moraes estabeleceu a censura no Brasil, visando preservar a imagem do ministro Dias Toffoli = o presidente do Supremo associou sua imagem à instituição SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - fizemos postagens com links abordando novas situações, nada republicanas,  sobre o atual presidente do STF.]
 
O que existe, no fundo, é uma questão que vai muito além da previdência social. É a guerra enfurecida que se trava no Brasil para manter exatamente como estão todas as desigualdades materiais em favor das castas que mandam no Estado ─ todas as desigualdades, sem exceção, e não apenas a aposentadoria com salário integral. Sua marca registrada é um prodigioso esforço de propaganda para fazer as pessoas acreditarem que o agressor está do lado dos agredidos ─ e que qualquer tentativa séria de defender o pobre é uma monstruosidade que precisa ser queimada em praça pública. Acabamos de viver, justo agora, um dos grandes momentos na história dessa mentira que faz do Brasil um dos países mais injustos do mundo ─ quando o ministro Paulo Guedes foi à Câmara para explicar, com paciência de monge beneditino e fatos da lógica elementar, a reforma da previdência. O PT fez o possível para impedir o ministro de falar. Ao fim, tentou ganhar pelo insulto. Um deputado de segunda linha faturou seus 15 minutos de fama dizendo que Guedes era bravo com “os aposentados”, mas “tchutchuca quando mexe com a turma mais privilegiada do nosso país”.

A grosseria serviu para três coisas. Em primeiro lugar, fez o deputado ouvir que “tchutchuca é a mãe”. Em segundo lugar, levou o ex-presidente Lula a dizer, da cadeia, que estava “orgulhoso” com a agressão ─ mais um sinal, entre tantos, do bem que ele fará pelo Brasil se for solto ou premiado com a “prisão domiciliar”. Em terceiro lugar, enfim, abriu mais uma avenida-gigante para se dizer quem é quem, mesmo, em matéria de “tchutchuca” com os ricos, parasitas e piratas neste país ─ “tchutchuca” na vida real, como ela é vivida na crueza do seu dia a dia, e não na conversa de deputado petista. Aí não tem jeito: os fatos, e puramente os fatos, mostram que Lula, guiando o bonde geral da esquerda verde-amarela, foi o maior “tchutchuca” de rico que o Brasil já teve em seus 500 anos de história; ninguém chegou perto dele, e nem de forma tão exposta à luz do sol do meio dia. Pior: o ex-presidente não foi só a grande mãe gentil dos ricos. Foi também a fada protetora dos empreiteiros de obras bandidos, dos empresários escroques e dos variados tipos de ladrão que tanto prosperam em países subdesenvolvidos ─ as “criaturas do pântano”, como se diz.

O desagradável desta afirmação é que ela tem teores mínimos de opinião; só incomoda, ao contrário, porque sua base é uma lista sem fim de realidades que há muito tempo estão acima de discussão. Vamos lá, então, coisa por coisa. Não há dúvida nenhuma, já que é preciso começar por algum lugar, que o maior corruptor da história do Brasil, o empreiteiro Marcelo Odebrecht, passou de mãos dadas com Lula os oito anos de seu governo ─ noves fora o paraíso que viveu com Dilma Rousseff. Quem diz que Odebrecht é um delinquente em modo extremo não é este artigo; é ele mesmo, que confessou seus crimes, delatou Deus e o mundo e por conta disso está preso até hoje ─ em prisão domiciliar, certo, mas preso. Também não foi o seu filho, nem qualquer cidadão que você conheça, quem conseguiu receber 10 milhões de reais da empreiteira Andrade Gutierrez como investimento numa empresa de vídeo games. Foi o filho de Lula. Os 10 milhões sumiram; a empresa faliu. A Andrade Gutierrez lamenta: o negócio não deu certo, dizem eles, e a gente perdeu todo o dinheiro que deu para o Lulinha. Uma pena, não é? Mas acontece com as melhores empresas do mundo. O empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, réu confesso, delator e hoje presidiário, foi o grande protetor e protegido de quem? De Lula ─ a quem, por sinal, denunciou no fatal triplex do Guarujá. Querem mais? É só chamar o Google.

Em dezesseis anos de Lula e Dilma, na verdade, não se conhece um único caso de rico prejudicado pelo governo ─ a não ser os produtores rurais roubados pelos “movimentos sociais” do PT e outras vítimas da criminalidade oficial. Os banqueiros, por exemplo, jamais ganharam tanto dinheiro na história da economia brasileira como durante o reinado da esquerda. Não apenas foram protegidos contra qualquer espécie de concorrência ─ liberdade econômica, no lulismo bancário, só vale na hora de deixar os bancos cobrarem os juros mais altos do mundo. Foram os maiores beneficiários da dívida pública alucinante que Lula e o PT tanto se orgulham de ter criado, pois na sua cabeça isso é sinal de que “o governo está se endividando para ajudar os pobres” ─ quando, na verdade, faz a população pagar 100 bilhões de dólares por ano em juros que vão para os bolso dos “rentistas”, a começar pelos banqueiros. Também não há precedentes de tanta caridade pública para empresários amigos quanto na era Lula-PT. Quem foi mais “tchutchuca” de Eike Baptista, Joesley Batista e outros abençoados do BNDES? Quem inventou a Sete Brasil, uma das aberrações mais espantosas jamais criadas pelo capitalismo de compadres do Brasil?

Do começo ao fim, foi apenas uma arapuca para vender sondas imaginárias à Petrobras e “ressuscitar a indústria naval brasileira” ─ vigarice de terceira categoria que fez obras e empregos virarem fumaça quando a ladroagem toda veio abaixo.
A esses bem-aventurados da elite brasileira, de quem a esquerda se diz tão horrorizada, mas a quem serve com a devoção de moleque de senzala, juntam-se os ladrões puros e simples. Em que outra ocasião da história política do Brasil o roubo do Tesouro Nacional viveu dias de tanta glória como nos governos de Lula e seus subúrbios? Basta, provavelmente, citar um nome para se entender o processo inteiro: Sérgio Cabral. Precisa mais? O homem soma quase 200 anos de prisão, confessou um caminhão de crimes e tornou-se, possivelmente, o governador mais ladrão que a humanidade já conheceu. Mas foi um dos grandes heróis de Lula ─ não se esquecerá jamais o mandamento público do ex-presidente, dizendo que votar em Cabral era “um dever moral, ético e político”. E quem foi o grande inventor de Antônio Palocci?

Nada mais típico do que Palocci, transformado por Lula em vice-rei da sua Presidência. O cidadão se apresentava como “trotskysta”, ou, tecnicamente, como militante da extrema esquerda. Roubou tanto, segundo suas próprias confissões, que jamais se saberá ao certo o prejuízo que deu. Só o apartamento em que mora em São Paulo, e onde cumpre hoje sua “prisão domiciliar” vale mais que o patrimônio que 99% dos brasileiros vão obter durante todas as suas vidas. Isso não é ser rico? E se Palocci não é uma criatura de Lula, de quem seria, então?

A verdade é que durante todo o período em que a esquerda mandou no governo o Brasil continuou sendo um dos países de maior concentração de renda em todo o mundo. Em dezesseis anos de lulismo, foi massacrado sem trégua o principal instrumento de melhoria social que pode existir num país ─ a educação pública. Pelos últimos dados do Banco Mundial, a média da população brasileira só vai atingir o mesmo índice de compreensão da matemática existente nos países desenvolvidos daqui a 75 anos. Essa é a boa notícia; em matéria de leitura, vamos precisar de mais 260 anos para chegar lá. É o resultado direto do abandono da edução dos pobres em benefício da educação dos ricos. Por conta dos programas de “democratização” da universidade de Lula e Dilma, o Brasil gasta quatro vezes mais por ano com um aluno da universidade pública, ou cerca de 21.000 reais, do que com um garoto que está no ensino básico. Queriam o que, com essa divisão do dinheiro público que se gasta na educação?

Em matéria de ação pró-pobre, houve muita propaganda, muito filminho milionário de João Santana ─ mais um réu confesso de corrupção ─ mostrando a clássica “família negra feliz-com mesa farta-carrinho na porta-tomando avião-etc., etc.”, mas essas fantasias quase só existiam na televisão. Dinheiro, que é bom, foi para o bolso dos nababos, dos Marcelos e Eikes e Geddels. Foi para ditadores da África ─ o filho de um deles, por sinal, é um fugitivo da polícia internacional. Foi para obras em Cuba e na Venezuela. Foi para os “prestadores de serviço”, ONGs amigas e artistas da Lei Rouanet. Foi, num país de 200 milhões de habitantes, para os barões mais bem pagos de um funcionalismo público que já soma quase 12 milhões de pessoas entre União, Estados e Municípios ─ 450.000 só nesse Ministério da Educação que produz a catástrofe descrita acima. Para a pobrada sobrou o programa oficial de esmolas do Bolsa Família, ideal para perpetuar a miséria, ou pior que isso ─ segundo o Banco Mundial, de novo, 7 milhões de brasileiros caíram abaixo da linha da pobreza apenas de 2014 para 2016. Quem gerou essa desgraça? Não foi o governo da Cochinchina, nem o ministro Paulo Guedes.

A situação fica definitivamente complicada para os pobres quando quem diz que está cuidando deles serve no exército do inimigo ─ aqueles que têm como principal razão de sua existência, talvez a única, defender direitos e princípios que são apenas presentes pagos com o dinheiro de todos. 
Edição da semana 2631 01/01/1970
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Publicado VEJA, edição nº 2631

domingo, 29 de julho de 2018

“Todos sem vice. E para que vice?” e outras notas de Carlos Brickmann

Além de não servir para nada, o cargo exige palácios, seguranças e verbas imensas


Alckmin anunciou Josué Alencar como vice. Pagou alto para tê-lo. Foi obrigado a curvar-se diante de Valdemar Costa Neto. Mas valia a pena: vice que paga a própria campanha é joia rara. Mas não o teve: Josué desistiu. Alckmin está entre o paranaense Álvaro Dias, que ainda não o quis, Aldo Rebelo e “uma mulher do Nordeste”. Por que não Kátia Abreu? Ela, que era ruralista e virou ministra de Dilma, por que rejeitaria Alckmin?

Bolsonaro tentou Magno Malta, anunciou o general Augusto Heleno, anunciou o general Mourão, anunciou Janaína Pascoal e continua sem vice. Vai tentar Janaína de novo, mas o que ela defende não é o que ele defende. E daí? Alguém precisa preencher a vaga por que não ela? Pensa ainda em Marcos Pontes aquele que foi ao espaço com passagem comprada pelo Tesouro e, na volta, aposentou-se, para ganhar a vida falando da viagem.
Ciro, Marina, O Poste de Lula, nenhum tem vice (e não há sequer vices disputando o posto). Por que não aproveitar a oportunidade e extinguir esse cargo que, além de não servir para nada, exige palácios, seguranças, verbas imensas? Se o presidente viaja, não precisa de vice: hoje há ótimos meios de comunicação. Se por qualquer motivo estiver incapacitado para o cargo, pode ser substituído, sem custos, pelo presidente da Câmara, ou do Senado, ou do STF. Elimina-se a necessidade do Palácio do Jaburu, com toda a sua criadagem, mais a estrutura de mordomias. Chega de gastar o que é nosso!

Quem é quem
Imagine se Marcos Pontes, por exemplo, for o vice da chapa vitoriosa. Há alguns anos, o Governo brasileiro, numa iniciativa da NASA, pagou US$ 10 milhões para que um astronauta brasileiro participasse de um voo espacial americano. Pontes foi o escolhido e teve seus dias no espaço. O que se esperava é que Pontes transmitisse à equipe do programa espacial brasileiro sua experiência cósmica. Preferiu reformar-se. Transmissão de sua experiência à equipe do programa espacial brasileiro? Excluiu-se.

Sua Excelência, a TV
De acordo com a pesquisa IDEIA Big Data, para VEJA, Bolsonaro só perderia hoje para Lula e, como Lula não pode ser candidato, pela Lei da Ficha Limpa, Bolsonaro é o favorito. Mas todos olham com muita atenção para Alckmin: ele terá quase metade do horário eleitoral gratuito, enquanto Bolsonaro mal terá tempo de dizer “Meu nome é Jair”. Bolsonaro e outros candidatos tentam compensar essa desvantagem com o uso da Internet. Ok, as redes sociais têm alguma força mas não se comparam à TV. Há uma ótima ferramenta de WhatsApp que impressionou este colunista: permite enviar centenas de milhares de mensagens com índice zero de falhas. Todas as mensagens chegam a seu destino. É uma compensação mas até agora a TV foi a principal arma. Bem usada, é decisiva. Mal usada, porém, é fatal.

Quem é quem
Antes de votar, conheça bem seu candidato. Zeina Latif, a brilhante economista-chefe da XP Investimentos, analisa dois candidatos que podem chegar ao segundo turno, Haddad e Bolsonaro, cujo pensamento sobre Estado e Economia é pouco conhecido. Zeina faz uma análise serena, sem paixões.

Agora vai
Juros do cartão de crédito caíram: eram de pouco mais de 300% ao ano, estão em pouco menos de 300% ao ano. De boa notícia, é o que temos.

Velha verdade
Do jornalista e escritor Ruy Castro: “Idoso tem direito a andar de graça em ônibus, pagar meia-entrada no teatro e o dobro do preço no plano de saúde”. Citado por Cláudio Humberto neste link.

Yes, it’s Portuguese!
Cansado de pedir tuna fish quando quer sanduíche de atum? Ou chamar notícias falsas de fake news? De, para fazer compras, ter de entender o que significam off, ou sale, e descobrir que delivery é o mesmo que “entrega”?
É um problema antigo: Lamartine Babo já tratava disso na década de 30, na divertida Canção para inglês ver.

Jade, the Cat
Nossa analista sênior, a Gata Jade, está de volta, após merecidas férias, com a língua ainda mais afiada.

Cultura de volta
Depois de muitos anos de índices baixos, a Rede Cultura volta a atrair o público. Mas o carro-chefe de suas atrações é diferente dos habituais shows e Roda Viva: o Programa Papo de Mãe está próximo de 5 pontos no Ibope, muito acima de Roda Viva. O programa é apresentado por suas criadoras, Mariana Kotscho e Roberta Manreza, de segunda a sexta, em dois horários: 11h45 e 17h45. Aos sábados, entra em horário único, às 11h30.

Publicado na Coluna de Carlos Brickmann
 

domingo, 5 de junho de 2016

Estação espacial chinesa na Patagônia é motivo para alarme?

Base de monitoramento espacial operada por uma unidade do Exército chinês na província de Neuquén, na Patagônia, tem inauguração prevista para março de 2017

A China está construindo uma base de monitoramento espacial no coração da Patagônia argentina. O projeto deve ficar pronto em março de 2017, mas já está tirando o sono de muitos analistas dentro e fora do país, principalmente nos EUA. A maior preocupação é que a tecnologia instalada na base seja usada para fins militares. A operadora do projeto, a estatal chinesa Satellite Launch and Tracking Control General (CLTC) é um braço do Exército Popular da China.

A ligação militar é o que diferencia a base chinesa de um projeto semelhante inaugurado em 2012 pela Agência Espacial Europeia, uma entidade civil, na província de Mendoza, mais ao norte do país. Como a estação chinesa será administrada por uma divisão do Exército chinês, analistas acreditam que não se pode descartar o eventual uso militar das tecnologias de monitoramento instaladas na Patagônia.

A estação fica perto da cidade de Bajada del Agrio, na província de Neuquén, em uma área de 200 hectares. A base foi equipada com duas antenas parabólicas direcionáveis de 13,5 metros e 35 metros, capazes de explorar o “espaço profundo”, instalações de computação e engenharia, alojamentos para a equipe técnica e uma usina de energia elétrica que custou à China US$ 10 milhões. O governo chinês tem outras três estações espaciais internacionais — na Namíbia, Paquistão e Quênia –, mas nenhuma com equipamentos tão sofisticados.

O acordo de cooperação autorizando o projeto foi assinado pela ex-presidente argentina  Cristina Kirchner e pelo presidente chinês Xi Jinping em abril de 2014 e ratificado pelo Congresso argentino em votação apertada em fevereiro do ano passado (133 votos a favor e 107 contra). Agora, pressionado, o novo governo de Mauricio Macri tenta renegociar com Pequim mudanças no contrato para garantir que a base não seja usada para fins bélicos ou de inteligência.

De acordo com o contrato, a base na Patagonia será, na prática, parte do território soberano chinês pelos próximos 50 anos. A Comissão Nacional de Atividades Espaciais (Conae), agência argentina encarregada do programa espacial do país, terá acesso a apenas 10% do tempo de uso das antenas chinesas para desenvolver seus próprios projetos. No contrato, a Argentina se compromete em “não interferir ou interromper as atividades normais levadas a cabo no local”.

O jornal argentino La Nacion diz que Macri orientou seu embaixador em Pequim, Diego Guelar, e sua chanceler Susana Malcorra a convencerem o governo chinês a incluir uma cláusula no acordo garantindo que a estação espacial “não terá qualquer propósito militar”, linguagem que não aparece no acordo original. Macri espera chegar a um acordo com os chineses antes de viajar a Pequim em setembro deste ano para a cúpula dos líderes do G-20, onde se reunirá com Xi.

As autoridades chinesas afirmam que a estação servirá apenas para explorar o espaço e apoiar uma missão lunar que a China pretende realizar no ano que vem. No entanto, situada na mesma linha longitudinal que cidades importantes da costa leste dos EUA, como por exemplo a capital, Washington, DC, as antenas chinesas na Patagonia estão bem posicionadas para interferir com o funcionamento de satélites equatoriais que atendem à costa leste dos EUA, o principal rival do gigante asiático. A desconfiança dos EUA com o programa espacial chinês é tamanha que em 2011 o Congresso proibiu a Nasa de colaborar com os cientistas chineses, uma medida que ainda vigora.

A pedido da revista Diplomat, um especialista em comunicações espaciais analisou as imagens aéreas da estação chinesa e confirmou que as duas antenas poderiam ser usadas “para monitorar satélites geoestacionários” e que, operadas em conjunto, poderiam “interferir com satélites de comunicação, redes elétricas, sistemas eletromagnéticos, além de receber informações sensíveis sobre o lançamento de mísseis e outras atividades espaciais, como a movimentação de aviões-robô ou armas estratégicas”.

Aumentando ainda mais a desconfiança, a estatal chinesa que construiu a base na Patagonia é a China Harbour Engineering Company, uma subsidiária da China Communications Construction Company, que tem atuado na construção de outro projeto polêmico: as ilhas artificiais chinesas em territórios disputados do Mar da China Meridional.


Há quem defenda que o novo empreendimento chinês na Patagônia deve ser visto simplesmente como uma extensão lógica das ambições pacíficas de exploração espacial de um gigante em ascensão. De acordo com esse pensamento, a China merece o mesmo voto de confiança dado a outros países desenvolvidos que exploram o espaço. No entanto, o histórico da China de ocultar as reais intenções do seu governo autoritário, seja na construção de ilhas artificiais em águas disputadas, seja no furto de propriedade intelectual, ou nas investidas no mundo cibernético sugerem que há bons motivos para questionar as verdadeiras intenções dos chineses na Patagônia.

Fonte: Opinião & Noticia 

 

 

domingo, 27 de setembro de 2015

Superlua, eclipse lunar = LUA DE SANGUE

Saiba como acompanhar o 'eclipse da Superlua' deste domingo

Pela primeira vez desde 1982, um eclipse total lunar acontecerá junto com uma Superlua, quando ela parece maior e mais brilhante. O belo evento será visível em todo o país

Um dos principais e mais belos eventos astronômicos do ano acontece na noite deste domingo (27). A partir das 23h11, será possível observar um eclipse total da Lua (quando ela fica totalmente encoberta pela sombra da Terra), junto com uma Superlua (momento em que o satélite está o mais próximo possível do planeta). A reunião dos dois fenômenos resultará em um eclipse em que a Lua vai parecer maior e mais brilhante. Essa coincidência é relativamente rara - a última foi em 1982 e irá acontecer novamente apenas em 2032, de acordo com a Nasa.


O que significa a tétrade?

Considerada relativamente rara, a tétrade é o conjunto de quatro eclipses totais da Lua que ocorrem em sequência durante dois anos. A série não é muito comum, pois os eclipses normalmente se intercalam entre totais, parciais (quando a Lua fica parcialmente encoberta pela parte mais escura da sombra da Terra) e penumbrais (quando a parte mais clara da sombra da Terra encobre a Lua). No século XXI, haverá apenas oito tétrades. A que termina neste domingo será a segunda – a primeira aconteceu de 2003 para 2004, e a segunda será de 2032 para 2033. “Não há nada de especial nas tétrades, que são previstas e estão longe de serem incomuns. Esse é apenas um belo evento para se observar”, explica Cristóvão Jacques, do observatório Sonear (Southern Southern Observatory for Near Earth Asteroids Research), em Minas Gerais.
 (Foto: The Grand Rapids Press/Chris Clark/AP)

Durante o eclipse total, a Lua irá adquirir uma cor entre o alaranjado e o vermelho, o que dá ao evento o nome informal de "Lua de Sangue". O tom surge no satélite porque quando a radiação do Sol passa pela atmosfera terrestre, ela é filtrada e ganha a cor vermelha - é o mesmo fenômeno que ocorre durante o pôr do Sol.

Visível em toda a América do Sul, partes da América do Norte, Europa, Ásia e África, o eclipse poderá ser observado em todos os Estados do Brasil. "Teremos uma visão ideal, pois durante o ápice do fenômeno, a Lua estará bem alta, no meio do céu, sem qualquer obstáculo para a observação", explica Cristóvão Jacques, do observatório Sonear (Southern Southern Observatory for Near Earth Asteroids Research), em Minas Gerais.

Por isso, o eclipse poderá ser visto a olho nu, sem a utilização de equipamentos como binóculos e telescópios. Como qualquer evento no céu, lugares sem muita luz são os mais indicados para a visualização, pois potencializam o brilho celeste. "Este eclipse poderá ser visto até mesmo das grandes cidades, mas um lugar mais afastado da iluminação artificial é melhor", diz Gustavo Rojas, astrofísico da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR).

Como a fase com aspecto vermelho-alaranjado vai durar em torno de uma hora e a Lua estará bem no meio do céu durante o ápice do fenômeno, os astrônomos sugerem cadeiras com o apoio para o pescoço, para a melhor observação ."Como o fenômeno é de longa duração, sugiro usar uma cadeira de praia ou espreguiçadeira confortável", diz Rundsthen Nader, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e astrônomo do Observatório do Valongo, na UFRJ.

Fases do eclipse - A sombra da Terra começa a passar pela Lua às 21h12, em uma fase chamada penumbral, a porção mais clara da sombra e quase imperceptível. A partir das 22h07, a Lua começa a entrar a umbra, a parte mais escura da sombra, e às 23h11 tem início a fase total - é nesse momento que a coloração avermelhada começa a surgir.

O auge do fenômeno será às 23h47, quando a Lua estará completamente coberta pela sombra da Terra, etapa que será concluída 0h23. Após esse momento, a Lua começa a deixar a sombra e, às 2h22 volta a aparecer clara e brilhante no céu.
 A "Lua de Sangue" vai levar ao fim do mundo?
Algumas crenças místicas relacionam o eclipse total da Lua à destruição do planeta. Em 2013, o pastor americano John C. Hagee lançou o livro 'Four blood moons: Something Is About to Change' ('Quatro luas de sangue: algo está prestes a mudar', em tradução livre). Na obra, o autor relaciona a tétrade que termina neste domingo a um versículo bíblico do Antigo Testamento, que diz: “O Sol se converterá em trevas, e a Lua em sangue, antes que venha o grande e temível dia do Senhor”. Em agosto, rumores de que um asteroide iria se chocar com a Terra em setembro, entre os dias 15 e 28, originados de uma profecia do reverendo Efrain Rodrigues ganhou tanta repercussão que obrigou a Nasa a desmentir os boatos. Não há qualquer base científica para o fim do mundo após o eclipse deste domingo. De acordo com um comunicado da agência espacial americana, “a única coisa que vai acontecer na Terra, durante o eclipse, é que as pessoas vão acordar, na manhã seguinte, com dor no pescoço de tanto olhar para o céu e admirar a beleza do episódio”.
(Foto: Aly Song/Reuters/VEJA)
Previsão do tempo - Neste fim de semana, o céu claro e com poucas nuvens, condição essencial para a visualização do fenômeno, deve aparecer na maior parte do país. 

De acordo com o Climatempo, nas regiões Sul, Sudeste, Centro Oeste e Nordeste , o tempo deve seguir firme e seco, com algumas pancadas de chuva em Santa Catarina, no Paraná, São Paulo, Sul de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. No Norte do país haverá algumas nuvens e previsão de chuvas no Sudoeste do Amazonas e Acre.

Para quem não puder observar o céu, a Nasa vai transmitir o eclipse em tempo real em seu site.

Saiba mais, em VEJA
http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/saiba-como-acompanhar-o-eclipse-da-superlua-deste-domingo



Leia também em VEJA:
'Lua de Sangue': vídeo mostra como será o eclipse do dia 27
http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/lua-de-sangue-video-mostra-como-sera-o-eclipse-do-dia-27
 
Como a Lua surgiu? Novo estudo pode acabar com o mistério
http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/como-a-lua-surgiu-novo-estudo-pode-acabar-com-o-misterio 
 

 

segunda-feira, 22 de junho de 2015

O asteroide de Deus está de volta e agora já tem local para cair, diz profeta

A volta dos que não foram: o asteroide enviado por Deus, que cairá na Terra entre 22 e 28 de setembro, que punirá os infiéis e tudo mais, agora tem local para cair: Porto Rico, na América Central. Isso tudo, claro, de acordo com o profeta — tá bem, né — Efrain Rodriguez.

A história todos nós já sabemos: Efrain se entitula profeta e diz ter recebido uma mensagem vinda dos céus e que prenunciou que a vida como nós conhecemos acabará. E quem dará cabo em tudo é Deus, por meio de um asteroide. A questão nova é a localização, em Porto Rico, e tudo que ele acarretará ao planeta.

Segundo o profeta, a queda do asteroide divino causará imediatamente terremotos e tsunamis na costa leste dos Estados Unidos, no México, na América Central, é claro, e também na América do Sul. A partir daí o caos se instalará e poucos sobreviverão — isso é, se sobrar alguém.





O que começou — e continua — como repercussão de rede social chegou ao alto escalão das principais agências espaciais do mundo. A Nasa, por exemplo, soltou comunicado oficial negando a possibilidade, afirmando que “não existe a possibilidade de nenhum objeto de grande porte atingir a Terra nos próximos cem anos”.

De qualquer modo, evite Porto Rico entre 22 e 28 de setembro. Só que não.