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sábado, 7 de novembro de 2020

Juiz da Suprema Corte dos EUA manda Pensilvânia separar votos enviados pelo correio

O Globo e AFP

Decisão será apreciada neste sábado pelo plenário e pode beneficiar o presidente Donald Trump 

[Talvez, por enquanto  apenas um provável talvez, a esquerda e seus apoiadores mais uma vez fracassem.
A Suprema Corte mandou separar os votos enviados pelo correio e se decidir que tais votos são inválidos - valendo  apenas os conferidos pelos  eleitores que compareceram às seções eleitorais - ou que sejam considerados apenas os presenciais e os enviados via postal (no caso destes,  valendo que chegaram ao destino até o dia das eleições, 3 nov 2020) abre espaço para que a decisão seja válida para todos os estados = TRUMP VENCE.]
Várias pessoas foram às ruas exigindo que todos os votos fossem contados Foto: Getty Images
Várias pessoas foram às ruas exigindo que todos os votos fossem contados Foto: Getty Images
O juiz Samuel Alito, da Suprema Corte dos Estados Unidos, determinou que votos recebidos na Pensilvânia após 3 de novembro sejam contados separadamente, de acordo com uma ação do Partido Republicano. Uma decisão colegiada dos nove juízes da Corte deverá ser tomada neste sábado. A quantidade de votos nesta situação, no entanto, é pequena e provavelmente não influenciará no resultado final, segundo imprensa americana.

Mesmo que Trump consiga uma improvável virada, ele ainda precisaria ultrapassar Biden na Geórgia, onde haverá uma recontagem devido à pequena margem entre os candidatos, e em ao menos mais um estado um dos estados onde a apuração ainda está pendente — Arizona, Nevada Carolina do Norte, para ter chances de se reeleger. Dos cinco estados, o presidente só lidera neste último.

A Pensilvânia é a mais provável fiel da balança das eleições americanas, cuja apuração se prolonga desde a noite de terça-feira. Com 96% dos votos apurados, Biden lidera com 49,6% dos votos, contra 49,1% de Trump. A vantagem do ex-vice-presidente, que ultrapassou Trump na manhã de sexta-feira, não para de crescer e deve continuar a se expandir, já que parte dos votos restantes são postais ou originários de redutos eleitorais democratas.

O secretário de estado da Pensilvânia já ordenara que todas as cédulas que chegassem entre quarta-feira, 4 de novembro, e sexta-feira, 6 de novembro, fossem separadas daquelas que chegaram até o dia da eleição, enquanto se aguarda um litígio em andamento, a pedido dos republicanos, para decidir a validade desses votos. "Dados os resultados da eleição geral em 3 de novembro de 2020, a votação na Pensilvânia pode muito bem determinar o próximo presidente dos Estados Unidos", disseram os republicanos. "Não está claro se os 67 conselhos eleitorais do condado estão deixando de lado as votações tardias".

Pela lei do estado, votos que chegassem até três dias após a eleição poderiam ser normalmente computados — extensão aprovada para garantir que atrasos no correio não impedissem que votos por correspondência entregues dentro do prazo fossem aferidos. Como os EUA não têm uma Justiça Eleitoral unificada, cada estado define suas próprias regras.[conforme o caso uma decisão da Suprema Corte  tem validade nacional; 

decisões monocráticas de grande repercussão, são proferidas em situações excepcionais e, de imediato,  são submetidas do plenário para decisão final.]

Em razão da pandemia de Covid-19, mais de 65,4 milhões votaram desta maneira em 2020 — em sua maciça maioria, eleitores do Partido Democrata. Diante disso, Trump tenta há meses pôr em xeque a lisura da modalidade, mesmo sem quaisquer evidências de irregularidade.Os ataques se consolidaram após Biden ultrapassar o presidente na disputa em uma série de estados disputados, consolidando-se como favorito para vencer a eleição. Como votos pelo correio levam mais tempo para ser apurados que os presenciais, modalidade mais popular entre os republicanos, já se esperava que as primeiras parciais mostrassem uma ilusória vantagem republicana e que os democratas ganhassem força com o tempo.

Diante da derrota iminente, o presidente Trump reiterou que contestará judicialmente os resultados nos estados em que a vitória de Biden ocorre por pequena margem  —  apesar de ele próprio ter vencido nos estados de Michigan, Wisconsin e Pensilvânia em 2016 por uma margem total de apenas 80 mil votos. Além da Pensilvânia, a campanha republicana entrou com ações judiciais na  quinta para suspender a contagem em Michigan, Geórgia e Nevada, além de recontagem em Wisconsin, e dois de seus pedidos já foram rejeitados pela Justiça.[nada ainda definido, mas os pedidos rejeitados foram por juízes singulares ou de instância inferiores.]

 O Globo e AFP

sábado, 18 de maio de 2019

Perseguição orquestrada?

Tendo como principal algoz o antigo funcionário Rogério Raucci, apanhado em desvios e fraudes, Laerte Codonho, criador dos refrigerantes Dolly, enfrenta uma cruzada judicial que, segundo ele, visa a inviabilizá-lo pessoal e empresarialmente

 No último dia 25 de abril, movido – conscientemente ou não pelos célebres ensinamentos de Sócrates, para quem os magistrados devem ouvir cortesmente, responder sabiamente, considerar sobriamente e decidir imparcialmente, o juiz Luiz Gustavo de Oliveira Martins Pereira revestiu-se de cautela para impedir que a Justiça se envolvesse ainda mais numa contenda no mínimo muito controversa. Contrariando pedido do Ministério Público de São Paulo, ele negou a prisão do empresário Laerte Codonho, suspeito de desmatar uma área de preservação permanente na cidade de São Lourenço da Serra, interior de São Paulo. Para o Ministério Público de São Paulo, o criador dos refrigerantes Dolly e mais 11 pessoas teriam supostamente destruído mais de cinco hectares de Mata Atlântica para construir uma distribuidora de água mineral paga com dinheiro de propina num terreno às margens da rodovia Regis Bitencourt, que liga São Paulo à região sul do País. Codonho nega enfaticamente. 

Garante ter reunido todas as autorizações para retirar parte da mata e erguer a distribuidora. “É um imóvel que eu comprei com uma lavra de água mineral, com autorização para montar o envasamento de água mineral e eu só pedi para uma pessoa que tinha que fazer uma obra maior para implantar uma fábrica de água mineral na qual eu vou gerar emprego na região”, afirma ele. O juiz, além de estranhar o fato de que apenas Codonho num grupo de 12 suspeitos tenha sido alvo de pedido de prisão preventiva, argumentou não ser possível afirmar que o empresário tivesse conhecimento ou concordava com os atos praticados.

 

Seria esse apenas mais um caso que se somaria a tantos outros no País de entrevero jurídico em torno de uma área ambiental não fossem por dois personagens comuns dos enredos envolvendo o nome de Laerte Codonho há pelo menos três anos. O primeiro é Rogério Raucci, sócio da RD Assessoria Contábil. Raucci atuou por 16 anos como representante jurídico da empresa de Codonho, mas está em litígio com ele desde 2016 sob a acusação de fraude. Raucci, no episódio do terreno em São Lourenço da Serra, atuou como uma espécie de agente duplo: é ele quem assina pela Dolly como testemunha da compra da área, segundo documento obtido por ISTOÉ, e ao mesmo tempo é o principal denunciante do MP no alegado crime ambiental. Ou seja, quem acusa seria partícipe direto do suposto crime praticado. “Cheguei a entregar um estudo sobre o custo dos serviços (para desmatamento do local) realizado por uma empresa do ramo, salvo engano Terran, mas tal custo ultrapassava R$ 2 milhões”, confessou Raucci em depoimento. O outro personagem é o próprio Ministério Público, mais precisamente a Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo – o que torna a prudência do magistrado em evitar a segunda prisão de Codonho em menos de um ano ao menos compreensível. 

Explica-se: no dia 21 de dezembro do ano passado, o empresário e seus advogados ingressaram com duas ações de indenização contra quatro procuradores federais e oito do Estado de São Paulo. Eles foram os responsáveis por decretar a prisão e o sequestro de bens do dono dos refrigerantes Dolly num processo assentado num erro já admitido pela Justiça. Codonho passou oito dias detido, acusado de fraude fiscal e lavagem de dinheiro, e mesmo depois de libertado foi impedido de entrar nas próprias empresas. Transcorridos doze meses, no entanto, não há sequer denúncia formal contra o empresário.

Para sustentar a prisão, os procuradores se fundamentaram aparentemente num equívoco. Segundo o MP, Codonho comprava imóveis no Brasil por meio de uma offshore com sede em Nevada (EUA): a Lumia Capital Industries LLC. O empresário não refuta ter criado empresas no exterior, mas a de sua propriedade é outra, a Lumia Industries. “A ideia era me quebrar, mesmo não achando nada contra mim”, alega Codonho. A detenção do criador da Dolly embute outra história nebulosa. Um dos relatórios da investigação foi elaborado pela empresa Neoway Tecnologia Integrada, contratada pela Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo numa licitação para fornecimento de análise de dados. A logomarca da empresa aparece na primeira página do PIC (Procedimento de Investigação Criminal) contra a Dolly e seu controlador. Haveria, porém, conflito de interesses, uma vez que a empresa, segundo Codonho, seria ligada à Coca-Cola, sua principal concorrente, por meio de investidores e parcerias. “Vivo esse tormento até hoje por causa da Coca-Cola. Desde 2003, eles usam práticas desleais para me prejudicar”, acusou o empresário. Quando foi detido, ele chegou a exibir um cartaz com os dizeres: “preso pela Coca-Cola”.

Se a disputa contra o MP é mais recente, o mesmo não se pode dizer do embate de Laerte Codonho com Raucci: remonta a junho de 2016. Foi nesta época que o empresário descobriu que Raucci falsificava chancelas de autenticação bancária em guias de recolhimento de impostos e se apropriava de cheques destinados a encerrar dívidas fiscais e acordos trabalhistas. Em depoimento à Polícia Federal, ao qual ISTOÉ teve acesso, o sócio minoritário da RD Assessoria Contábil, Esaú Vespúcio Domingues, confirma que as fraudes eram realizadas e arquitetadas por Rogério Raucci, mentor de tudo o que acontecia na firma. Um dos esquemas, segundo o depoente, consistia em falsificar sentenças trabalhistas já arquivadas e o objetivo era “arrecadar desvio de dinheiro e quebrar a empresa Dolly”. Recursos das empresas prejudicadas, acrescentou, eram sacados em espécie e na boca do caixa de bancos com Bradesco e Itaú. A própria esposa de Raucci, de acordo com Esaú Vespúcio, recebia na conta pessoal cheques provenientes da fraude. 

Uma perícia realizada pela empresa Dynamics constatou que as operações fraudulentas somaram R$ 5,7 milhões. “Foram elaborados documentos com informações falsas destinadas a obter cheques de valores expressivos (mais de R$ 163 mil) sob justificativa de pagamento de multa imposta pela Receita. Tais cheques nunca foram depositados em favor da Receita”, atestam os peritos segundo os quais os atos foram praticados entre março de 2013 e junho de 2016. A Dynamics ainda reiterou que, descoberta a trama, o advogado Luis Alberto Travassos da Rosa, contratado da RD de Raucci, acompanhado de uma “outra pessoa”, subtraiu documentos da empresa e abandonaram o local de trabalho. Procurado por ISTOÉ, Raucci preferiu não se manifestar. A PGE disse que agiu de acordo com a lei, “em virtude de fraudes fiscais estruturadas, origem de vultosa dívida tributária”.

 
Em litígio com Laerte Codonho, Rogério Raucci, com quem o controlador da Dolly cultivava uma relação de confiança de quase duas décadas, acabou se tornando o seu principal algoz e fonte do Ministério Público. Foi por ter descoberto a traição do então funcionário que o empresário se dirigiu ao MP, por iniciativa própria, em março de 2017. Na reunião, ele se propôs a celebrar um acordo para pagamento de débitos com a Secretaria de Fazenda do Estado de R$ 8 milhões. Mesmo com as tratativas avançadas, acabou surpreendido pela Operação Clone, por suspeita de fraude no recolhimento do ICMS, quando suas inscrições estaduais foram cassadas. Em maio, segundo o empresário, ele teve de efetuar o pagamento de R$ 33 milhões – quatro vezes o montante do valor inicial. Para Laerte Codonho, iniciava-se ali uma escalada de “erros” – para não dizer “perseguições” – que culminaram com sua detenção, sequestro de bens, quebra de sigilos bancário e fiscal e busca e apreensão.

MATÉRIA COMPLETA, em IstoÉ


segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Pai mata o filho a tiros depois de descobrir que ele é gay



Um homem foi preso por matar o filho depois de descobrir que ele era gay em Henderson, no estado americano de Nevada. Wendell Melton, de 53 anos, atirou em Giovanni Melton, de 14, quando ele contou que era gay e tinha um namorado.  “Eu tenho certeza de que, na cabeça dele, preferia ter um filho morto do que gay”, afirmou Sonia Jones, mãe adotiva do garoto ao Daily Mail.

Giovanni chegou a ser levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Wendell foi preso e acusado de homicídio, abuso de menor e posse ilegal de arma. Ainda não se sabe se ele vai ser acusado de crime de ódio.

Nas redes sociais, Giovanni foi lembrado pelos amigos como um jovem enérgico e capaz de fazer qualquer um sorrir.  “Eu espero que ele nunca mais veja a luz do dia. Espero que todos os dias quando ele se olhar no espelho veja o rosto do filho dele”, declarou a mãe adotiva sobre Wendell.

Yahoo! Notícias


segunda-feira, 6 de novembro de 2017

EUA vivem luto por tiroteio no Texas mas Trump pede que não culpem as armas

Os Estados Unidos estavam de luto nesta segunda-feira (6), após o assassinato de 26 pessoas em uma igreja no Texas, massacre que o presidente Donald Trump pediu para não ser considerado erro da legislação das armas.  O massacre aconteceu apenas cinco semanas depois do ataque em Las Vegas, o tiroteio com o maior número de mortos registrado no país com 58 vítimas fatais, o que reativou mais uma vez o debate sobre a legislação do porte de armas nos Estados Unidos.

Donald Trump, atualmente em uma visita pela Ásia, chamou o ataque de “tiroteio assustador” e um “ato de maldade”, mas voltou a descartar que o acesso às armas nos Estados Unidos represente um problema.  “Eu penso que a saúde mental é o problema aqui. Este era – baseado em informações preliminares – um indivíduo muito perturbado”, afirmou durante uma entrevista coletiva em Tóquio, primeira escala de sua viagem à Ásia.
“Esta não é uma questão de armas”, insistiu, antes de citar um “problema de saúde mental no mais alto nível”.

As vítimas, com idades entre cinco e 72 anos, participavam do serviço religioso na Primeira Igreja Batista de Sutherland Springs, uma cidade rural de cerca de 400 habitantes localizada 50 quilômetros a sudeste de San Antonio.  O atirador, identificado como Devin Kelley, de 26 anos, foi descrito pelas autoridades como um jovem branco que foi encontrado morto em seu carro após uma perseguição.  A Força Aérea informou que Kelley serviu em uma base no Novo México desde 2010, antes de ser julgado por uma corte marcial em 2012 por agredir sua esposa e filho.

Sentenciado a 12 meses de prisão, sofreu uma baixa desonrosa por má conduta, segundo indicou à AFP Ann Stefanek, porta-voz da Força Aérea.  No domingo às 11h20 locais (15h20 de Brasília), o jovem, vestido totalmente com roupas pretas, abriu fogo em frente à igreja antes de entrar no recinto e seguir atirando, afirmou Freeman Martin, diretor regional do Departamento de Segurança Pública do Texas.  “Quando deixava a igreja, um morador conseguiu pegar o fuzil e enfrentou o suspeito, que fugiu. O cidadão perseguiu então o suspeito”, indicou Martin.

Segundo o xerife Joe Tackitt falando à cadeia CBS, Kelley teria cometido suicídio durante a perseguição que se seguiu a sua fuga.  Kelley foi perseguido por dois homens em uma caminhonete quando seu carro bateu na beira da estrada e o xerife acredita que foi nesse momento que o indivíduo se suicidou com uma arma de fogo.
Um cidadão armado o viu sair da igreja depois do tiroteio e parou uma caminhonete para pedir ajuda ao motorista. “Preciso de ajuda, aquele homem atirou na igreja. Vamos segui-lo”, contou Tackitt.

– Várias armas –
Várias armas foram encontradas em seu veículo, que foi periciado por especialistas.
“Temos várias cenas de crime. Temos a igreja, a parte externa da igreja. Temos o local onde o veículo do suspeito foi encontrado”, afirmou Martin.
“A tragédia é maior por ter acontecido em uma igreja, um lugar de adoração”, declarou o governador do Texas, Greg Abbott, alertando que o número de vítimas fatais poderia aumentar.
Os feridos foram levados a vários hospitais com “ferimentos que vão de menor gravidade até muito severos”, explicou Martin.

Entre os mortos está a filha de 14 anos do pastor Frank Pomeroy, segundo indicou o líder da igreja à ABC News.
Annabelle Renee Pomeroy “era uma menina muito especial”, declarou seu pai, que não estava no momento do massacre.
Entre as vítimas, um menino de seis anos chamado Rylan passava por uma cirurgia após receber quatro tiros, informou seu tio à CBS News. Outro menino de dois anos também foi ferido, de acordo com um jornal local.

– “Apoio total” –
Favorável ao porte de armas de fogo, Trump não se arriscou nesta segunda-feira a debater o tema, limitando-se a prometer “total apoio” de seu governo ao “grande estado do Texas e a todas as autoridades locais que investigam este crime horrível”.
“Estamos com o coração partido. Nos reunimos, unimos nossas forças (…) Através das lágrimas e nossa tristeza permanecemos fortes”, disse o presidente em Tóquio.
“Nos faltam palavras para expressar a pena e a dor que sentimos”, completou.
Mais cedo, já havia se manifestado pelo Twitter: “Que Deus esteja com o povo de Sutherland Springs, Texas. O FBI & agências da lei estão na cena. Estou monitorando a situação do Japão”.

Como em tiroteios anteriores, os democratas renovaram os pedidos por um controle e uma legislação das armas de fogo, uma tema complexo em um país que considera quase sagrado o direito ao porte de armas. Denunciando um “ato de ódio”, o ex-presidente Barack Obama declarou: “Que Deus conceda a todos nós a sabedoria para perguntar que medidas concretas podemos tomar para reduzir a violência e as armas entre nós”. [tudo indica que há entre Lula e Obama um parentesco; 
percebam que ambos agem de forma indigna: 
Lula aproveitou o enterro de sua falecida mulher, dona Marisa, para fazer política inclusive acusando-a da prática de atos ilícitos cometidos por ele;
- o 'cara' seu amigo dos Estados Unidos aproveita a tragédia do Texas para fazer política a favor do desarmamento.]
 
Em 1º de outubro, os Estados Unidos tiveram o pior tiroteio de sua história recente, quando o aposentado Stephen Paddock de 64 anos atirou a esmo de um quarto de hotel de Las Vegas, Nevada. Matou 58 pessoas e feriu cerca de 550 das 22 mil que assistiam a um show de música country ao ar livre.
O tiroteio no Texas não foi o primeiro em um templo religioso. Em junho de 2015, Dylann Roof, um supremacista branco, matou nove pessoas na igreja de Emanuel, em Charleston (Carolina do Sul), símbolo da luta dos negros contra a escravidão. Em janeiro deste ano, ele foi condenado à pena de morte em janeiro.

Transcrito de: AFP 

 

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Conexão Argentina

Ministério Público de São Paulo e procuradores da Lava Jato investigam a relação entre empresários argentinos que se favoreceram de negócios com a Petrobras e imóveis no condomínio onde fica o tríplex de Lula

As investigações do Petrolão desembarcarão, em breve, em países vizinhos. Trata-se da “Conexão Argentina”: a ligação entre empresários próximos aos ex-presidentes daquele país Néstor e Cristina Kirchner e personagens ligados aos desvios na estatal brasileira durante as gestões petistas. Delegados e procuradores da Lava Jato focam principalmente na venda de ativos da Petrobras ao kirchnerista Cristóbal López. 

Em 2010, ele adquiriu uma refinaria, estoques de petróleo e cerca de 350 postos de gasolina da estatal por um terço do valor, numa transação com forte suspeita de irregularidades, entre elas  pagamentos de propina. Dois documentos obtidos por ISTOÉ mostram que Cristóbal López e investigados da Lava Jato utilizaram os mesmos intermediários e rotas para ocultar recursos com origem ilícita. 

No primeiro documento, o juiz Cam Ferenbach, do estado americano de Nevada, além de detalhar a suspeita parceria de López com Lázaro Báez, pivô de um dos principais escândalos de corrupção das gestões Kirchner, sugere também como ele teria aberto a offshore Val de Loire. Num despacho de 27 páginas de uma ação movida pelos credores da dívida argentina, o juiz diz que a companhia-lavanderia de López foi criada pela M.F. Corporate Services, em Nevada. A mesma MF está por trás da offshore Murray, alvo da última fase da Lava Jato. Proprietários de uma dezena de imóveis, inclusive um tríplex vizinho ao atribuído à família do ex-presidente Lula, os sócios da Murray buscaram se beneficiar do anonimato, garantido pela legislação estrangeira, para esconder propina da Petrobras. Há fortes indicativos de que os seus beneficiários, de fato, sejam ligados ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

Em outro documento, a ex-responsável pela M.F. Corporate, de Nevada, Patrícia Amunategui confirma que empresas, como a Val de Loire, de Cristóbal López, e a Murray, investigada na Lava Jato, são de fachada. Patrícia diz, no depoimento às autoridades americanas em setembro de 2014, que a MF era um braço em Nevada da panamenha Mossack Fonseca, conhecida mundialmente por auxiliar corruptos e sonegadores. E vai além. Afirma que a MF contava até com empresas de prateleira para atender a demanda. Se um cliente precisasse de uma offshore em menos de um dia, eles já tinham uma para pronta entrega. 
PREJUÍZO
Petrobras assumiu perdas de mais de US$ 50 milhões com a venda da
refinaria de San Lorenzo para empresário argentino

Em 2014, ISTOÉ detalhou os negócios camaradas do empresário kirchnerista Cristóbal López com a estatal brasileira. Como parte do plano de desinvestimento, a Petrobras colocou ativos na Argentina à venda. A refinaria de San Lorenzo, seus estoques de petróleo e 360 postos foram comprados pela Oil Combustibles, do Grupo Indalo - de Cristóbal López - em 2010. A companhia desembolsou US$ 110 milhões. Avaliações de consultoria independentes, como a Ernest  Young, estimaram os bens em aproximadamente US$ 350 milhões. É praticamente uma Pasadena ao contrário. Para adquirir a refinaria americana, a Petrobras pagou elevado sobrepreço. Na venda da argentina, recebeu menos de um terço do valor de mercado. A própria estatal reconheceu os prejuízos em comunicado enviado a Securities and Exchange Commission (SEC), agência americana reguladora do mercado de capitais. Afirmou, em cálculos otimistas, que as perdas alcançaram US$ 55 milhões, o equivalente a R$ 220 milhões. O fato é que, como ficou claro nas investigações do Petrolão, algum apadrinhado recebeu e repassou recursos para que um negócio tão controverso como este pudesse ter ocorrido. Em breve, a Lava Jato poderá responder.  

Integra na Isto É - http://www.istoe.com.br/reportagens/445931_CONEXAO+ARGENTINA?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage



 

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Triplex de Lula pode ter sido repassado para offshore acusada de financiar ações terroristas



Empresa Mossack: a serviço de ditadores e delatores
Responsável pela abertura de offshore dona de tríplex é acusada de financiar ações de terrorismo e corrupção no Oriente Médio e na África
As investigações da Operação Lava-Jato chegaram ao edifício Solaris, no Guarujá, onde está o tríplex em nome da OAS que pertenceu ao ex-presidente Lula e a sua mulher, Marisa Letícia. O tríplex faz parte de uma lista de 11 apartamentos que o Ministério Público Federal suspeita terem sido usados para lavar dinheiro de contratos da Petrobras, beneficiando pessoas ligadas ao PT e ao ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto, preso desde abril de 2015 e já condenado em um dos processos.
Citado pela revista “The Economist” como "líder impressionantemente discreto da indústria de finanças de fachada no mundo", o escritório de direito e finanças Mossack Fonseca teve sua representação brasileira transformada em um dos principais alvos desta nova fase da Lava-Jato.
 
Quatro funcionários da empresa tiveram prisão temporária decretada e seus telefones grampeados. Situado no coração de São Paulo, na Avenida Paulista, o escritório era uma “fábrica de offshores’’ à disposição de empresários e agentes públicos interessados em ocultar bens no exterior, segundo o MPF. A expectativa dos investigadores é de que novos esquemas de corrupção sejam descobertos a partir de agora.
Acusada de financiar ações de terrorismo
Em outros países, a Mossack Fonseca é acusada de financiar ações de terrorismo e corrupção em nome de interlocutores de ditadores como o sírio Bashar Al-Assad, o líbio Muammar Gaddafi e o presidente do Zimbabwe Robert Mugabe. 

No Brasil, já se sabe que a empresa abriu offshores para três réus da Lava-Jato: os ex-funcionários da Petrobras Renato Duque e Pedro Barusco, além do operador Mário Góes.
O escritório também é o responsável pela abertura da offshore Murray, oficialmente dona de um dos tríplex vizinhos ao reservado ao ex-presidente Lula, no edifício Solaris, no Guarujá, alvo de investigação nesta fase da Lava-Jato. Passaram ainda pelo escritório offshores investigadas na Operação Ararath, iniciada no Mato Grosso e que já está em sua 10ª Fase. 
A Murray utiliza o mesmo endereço em Nevada, nos EUA, onde estavam registradas duas offshores que apareciam como sócias da Global Participações, que teve como administrador o empresário Wesley Batista, do grupo JBS. A investigação da Ararath segue em segredo de Justiça.  O elo entre o Mossack e o prédio do Guarujá é a publicitária Nelci Warken, presa na quarta-feira. Dona de uma pequena empresa de panfletagem, ela é proprietária de pelo menos 14 imóveis transferidos à Murray, entre eles um dos tríplex do Solaris.  “Há indícios suficientes de que a Mossack pode ser utilizada na estruturação de operações por meio de offshores, visando à ocultação e à dissimulação da natureza, origem, localização, disposição e propriedade’’, escreveu o MPF.
A Mossack foi fundada no Panamá em 1977 pelo alemão Jurgen Mossack e o panamenho Ramón Fonseca. Hoje, tem escritórios afiliados em 44 países. Na quarta-feira, a Mossack não comentou a operação. Advogados dos funcionários presos disseram que colaboram com a investigação.
Lula diz que não ocultou patrimônio
Para a Polícia Federal, que na quarta deflagrou a 22ª fase da Operação Lava-Jato, batizada de Triplo X, essas unidades do edifício têm “alto grau de suspeita quanto à sua real titularidade”.

Ler na íntegra....................