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domingo, 10 de junho de 2018

Candidato de Lula é Luiz Marinho, o rei das licitações fraudadas

O candidato encrencado de Lula

Durante a gestão de Luiz Marinho à frente da prefeitura de São Bernardo do Campo, a OAS recebeu R$ 1 bilhão, fruto de um grande esquema de corrupção, com licitações dirigidas e obras superfaturadas, que envolveu o ex-presidente Lula e o então sócio da empreiteira Léo Pinheiro

A OAS, uma das cinco maiores empreiteiras do Brasil, não apenas brindou o ex-presidente Lula com um tríplex no Guarujá. Nem somente atuou como uma espécie de mestre-de-obras da reforma do sítio do petista em Atibaia. A construtora, envolvida até o talo na Operação Lava Jato, tomou de assalto os cofres da Prefeitura de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, durante a gestão do petista Luiz Marinho como prefeito da cidade (2009 a 2016). Em oito anos, a OAS nadou de braçada na administração petista instalada no berço do PT escorada em um mega esquema de corrupção, arquitetado por meio de um conluio triangular entre o presidente da empreiteira José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, o então prefeito Marinho, hoje candidato a governador de São Paulo pelo PT, e o ex-presidente da República, cuja família ainda mora na cidade. Com generosos recursos do governo federal petista, a OAS foi contratada, por meio de licitações direcionadas e fraudulentas, para executar as principais obras da gestão Marinho, sobretudo a partir de 2012, sob orientação direta e explícita de Lula.
 
Naquele ano, interessado em turbinar o pupilo, o ex-presidente recomendou que Léo Pinheiro procurasse o então prefeito petista para que as obras fossem direcionadas à empreiteira. Como resultado da conversa, a OAS faturou em torno de R$ 1 bilhão, mas nenhuma das obras foi concluída, já que a empreiteira quase faliu depois da Lava Jato em 2014 e Léo Pinheiro, inclusive, acabou preso em 2015, deixando um cemitério de ferros retorcidos pelas principais ruas da cidade.  O esquema envolvendo Lula, OAS e Luiz Marinho começou a ser desvelado durante a delação premiada de Léo Pinheiro ao Ministério Público Federal. Pinheiro revelou aos procuradores que, orientado por Lula e com o aval de Luiz Marinho, a OAS aliada à Serveng venceu de maneira dirigida a licitação do chamado “Centro Seco”, que previa a construção de um piscinão para armazenar 220 milhões de litros de água das chuvas.

R$ 3 bilhões Foi o total de recursos do Governo Federal (Lula e Dilma) despejados na prefeitura petista de São Bernardo do Campo (de 2009 a 2016)
O contrato foi fechado com a OAS por R$ 296 milhões. Só um túnel de canalização de água, com um quilômetro de extensão e diâmetro equivalente ao de uma obra de metrô, custou R$ 100 milhões.

(...) 

Gripen, um lobby suspeito -  O caça comprado pela FAB com a ajuda de Marinho nunca foi a uma guerra
Durante a era petista no poder, Lula e Dilma cultivaram raras divergências. Uma delas girou em torno da compra de 36 aviões caça, de guerra, para a Força Aérea Brasileira (FAB), ao custo de US$ 5,4 bilhões (R$ 20 bilhões). Lula queria comprar os aviões da Rafale (França). O acerto já havia sido feito com o então presidente francês Nicolas Sarkozy. Em 2010, tão logo eleita, Dilma contrariou seu criador: demonstrou interesse em fechar negócio com americana Boeing. O lobby de Luiz Marinho desequilibrou o jogo. 

CONTESTADO O caça comprado pela FAB                      com a ajuda de Marinho nunca foi a uma guerra (Crédito:Divulgação)
Só que em favor de outra empresa: a sueca Saab, fabricante dos caças Gripen. Numa das cartadas para convencer Dilma a bater o martelo pelos suecos em 2014, Marinho garantiu que a produção de peças para o avião aconteceriam em São Bernardo, gerando empregos na cidade. Mais uma empreitada frustrada. A Saab chegou a montar um escritório no 23º andar do Edifício Domo Office, em São Bernardo, informando que lá seria seu centro de pesquisas, a um valor de R$ 50 milhões. Hoje, apesar do governo já ter desembolsado grandes somas à empresa sediada na Suécia, o negócio ainda não decolou.

Para piorar, o advogado Edson Asarias, ligado a Luiz Marinho, está sendo investigado pela PF por ter recebido pagamentos da Saab de outubro de 2010 até o início de 2016, numa apuração que também inclui o ex-prefeito petista. Além deles, Lula e seu filho Luiz Cláudio são réus por conta da operação que envolveu a compra dos caças. Três meses antes de ser condenado pelo juiz Sergio Moro no episódio do tríplex, Lula prestou depoimento sobre o caso.

O superfaturado “Museu do Lula”
As obras da construção do Museu do Trabalhador, conhecido como “Museu do Lula”, viraram uma tremenda dor de cabeça para o ex-prefeito Luiz Marinho. Responsabilizado pelo superfaturamento, Marinho tornou-se réu duas vezes.  

MATÉRIA COMPLETA, IstoÉ - Germano Oliveira

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Sem fato novo



Às vésperas do julgamento do recurso do ex-presidente Lula contra sua condenação pelo Juiz Sérgio Moro no caso do triplex do Guarujá, os aliados do ex-presidente pretendem ser um fato novo a decisão de uma juíza em Brasília de penhorar o imóvel em um processo contra a OAS, o que seria a prova incontestável de que ele pertence à construtora, e não a Lula.

Entretanto, como se sabe, a acusação contra o ex-presidente não é de que a propriedade formal seja dele. Ao contrário, ele seria o proprietário de fato, e essa situação é encoberta através de artifícios justamente para esconder o produto de um crime. Por isso está sendo condenado também por lavagem de dinheiro.
Na verdade, o imóvel não é nem mais da OAS, pois foi confiscado na sentença de condenação do ex-presidente, está sequestrado criminalmente, sequer poderia ter sido penhorado. Os advogados do Lula diziam também que, ao afirmar que o triplex não está diretamente ligado à corrupção na Petrobras, Moro desfigurou a denúncia do Ministério Público.

Mas ao mesmo tempo, o Juiz determinou que os R$ 16 milhões da multa do triplex fossem para a Petrobras, o que seria incoerente. A explicação que rebate esses argumentos é de foi reconhecido na sentença que houve acerto de corrupção em contratos da Petrobras, e que parte do dinheiro da propina combinada foi utilizada em benefício do ex- presidente.    Para a acusação, não tem nenhuma relevância para caracterização da corrupção ou lavagem de onde a OAS tirou o dinheiro para o imóvel e reformas.
 
Dinheiro é fungível.  Moro explicou em uma das respostas à defesa que "Este juízo jamais afirmou , na sentença ou em lugar algum, que os valores obtidos pela construtora OAS nos contratos da Petrobras foram usados para pagamento indevido para o ex-presidente",  justamente porque não importa de onde a OAS tirou o dinheiro, mas somente que a causa do pagamento tenha sido contrato da Petrobras.  No caso da Odebrecht, por exemplo, o dinheiro usado para pagar os diretores da Petrobras vinha de contratos no exterior sem relação com a Petrobras.

 Toda movimentação de petistas, quase sempre agressivas, em torno do julgamento do recurso do ex-presidente Lula contra a condenação no caso do triplex do Guarujá, pelo Tribunal Regional Federal em Porto Alegre (TRF-4), revela que eles compreendem bem a situação-limite em que se meteram. No dia 24 começa uma corrida de obstáculos na tentativa do partido de limpar seu nome e o de seus líderes numa eleição presidencial que, esperam, levará à consagração de Lula e a uma virtual absolvição do partido. Lula precisa do PT como nunca, e o PT, como sempre, precisa de Lula.

Uma eventual absolvição de Lula o colocaria praticamente no Palácio do Planalto, pois teria condições de resgatar um eleitorado que já foi seu e que hoje o repudia e ao PT. [não pode ser olvidado que Lula responde a mais seis processos e que no mínimo até as próximas eleições ele será condenado em dois ou três.]  Uma condenação reafirmará sua culpa já definida na primeira instância do Juiz Moro, e o colocará à beira da prisão, conseqüência natural da condenação em segunda instância.  É evidente que, embora não seja o julgamento definitivo, pois ainda existe uma infinidade de recursos até a decisão final, se confirmada a condenação, este será o começo da derrocada daquele que ainda é um político popular e busca nas urnas escapar das acusações que lhe são feitas em diversas instâncias judiciais.

Não é de espantar que o site do PT tenha partido para uma acusação pessoal aos desembargadores que julgarão Lula no dia 24: João Pedro Gebran Neto estaria impedido de julgar por ter se declarado em um livro amigo de Moro, Leandro Paulsen acusado de ter sido muito rápido como relator e Victor Laus de receber um salário acima do teto.  O PT diz, oficialmente, que os três são piores do que aquele que vão julgar, numa clara tentativa de intimidação. Roberto Veloso, presidente da Associação de Juízes Federais, ontem fez também visita à presidente do Supremo Tribunal Federal, assim como o presidente do TRF-4, ministro Thompson Flores. Todos em busca de garantias à ordem pública e tranquilidade para a realização do julgamento.

Para ele, “Os juízes decidem de acordo com a prova dos autos, não movidos por coações, intimidações ou ameaças. Em uma democracia, as decisões judiciais são respeitadas.” Para acalmar os petistas, lembrou que no Brasil “o sistema recursal é muito amplo” e que se a segunda instância confirmar a condenação aplicada por Sergio Moro, Lula poderá recorrer.   “As ameaças estão sendo públicas, não estão sendo veladas. Temos assistido a vídeos com ameaças públicas de que serão depredados prédios públicos, que irão tomar de assalto as dependências do tribunal, que irão fazer e acontecer, até de atear fogo nós ouvimos.” Ele pediu “calma, tranquilidade e paz”.

Merval Pereira - O Globo






quinta-feira, 13 de julho de 2017

A fuga pela política

O ex-presidente Lula poderá concorrer às eleições mesmo sendo condenado à interdição para o exercício de função pública, porque a sentença valerá depois do processo transitado em julgado. A lei da ficha limpa não o impedirá porque só seria aplicada após eventual condenação em segunda instância. Lula continuará travando na política a briga judicial como forma de escapar da lei.

Suas contas com a Justiça ainda vão produzir ainda muitos eventos. Há outras ações em curso. Ele terá novos depoimentos a fazer na ação de corrupção na Lils Palestra, e na ação, cuja denúncia ainda não foi recebida, pelo sítio de Atibaia. Nessas duas, ele tem novos encontros marcados com o juiz Sérgio Moro.  A chance que Lula tem de escapar da sentença da Justiça é a de buscar uma saída política. Por isso, toda a defesa se baseia na tese delirante de que ele é um perseguido político. Se a condenação for confirmada no TRF-4, o que dirão os advogados, já que o argumento é que ele é pessoalmente perseguido pelo juiz Sérgio Moro? Os desembargadores também serão acusados de praticarem a guerra jurídica contra o Lula? Bom, o que a defesa imagina é que até lá a política daria a ele uma situação inatacável, porque ele seria candidato com chances de vitória. E, vencendo, todos esses processos seriam paralisados. Se o Tribunal da quarta região levar um ano e dois meses para analisar o recurso à sentença de Moro, a decisão sairia às vésperas das eleições.

Esse é o plano: aproveitar a contradição das leis brasileiras que dizem que um réu não pode ser presidente da República, mas um réu, mesmo condenado em primeira instância, pode ser candidato a presidente. Lula pode se candidatar a um cargo que pela Constituição ele não pode exercer. Essa é a contradição louca da lei brasileira. E disso se aproveita Lula. [o Brasil é um país de legisladores tão sem noção, tão estúpidos, que consegue promulgar uma lei que autoriza que se gaste milhões de recursos públicos na candidatura de um indivíduo que é candidato a um cargo eletivo, mesmo sendo réu; só que a mesma legislação proíbe que um réu seja presidente da República.
A stiuação é tão absurda que o condenado Lula pode ser candidato, com uso de recursos públicos, a um cargo que, sendo eleito, não poderá exercer.] 

A candidatura seria assim, em seu plano, uma posição para fugir da Justiça, um esconderijo.  A defesa repete que o imóvel nunca foi de Lula e que ele “tem sido objeto de uma investigação politicamente motivada”. Esse discurso é perfeito para ser usado na briga política que ele tenta fazer. Ele aproveitaria em palanque a tese do perseguido. O ex-amigo do peito de Lula, Léo Pinheiro, disse que o triplex sempre foi de Lula e que a OAS foi informada disso desde que assumiu a continuidade das obras do edifício Solaris. E Léo disse também que os custos desse presente não foram da OAS, mas descontados das propinas que a empresa teria que pagar pelas obras da Refinaria Abreu e Lima. Ou seja, não apenas Lula recebeu vantagens indevidas, como o custo disso foi pago indiretamente pela Petrobras no sobrepreço cobrado pela empreiteira naquela obra cujo preço disparou e multiplicou-se por dez. Além disso, Moro apontou os documentos rasurados como provas materiais, confirmando que o imóvel era para o ex-presidente.

A tese da defesa é a de que o juiz e o grupo de procuradores de Curitiba perseguem politicamente o ex-presidente Lula. E que isso “ataca o Estado de Direito, a democracia e os direitos humanos”. Segundo os advogados, “o juiz Sérgio Moro deixou seu viés e sua motivação política clara desde o início do processo”. E mais: “o julgamento prova que o juiz Sérgio Moro e a equipe do Ministério Público da Lava-Jato foram conduzidos pela política e não pela lei.”

Se tudo isso fosse verdade, as instituições da República assistiriam a tudo de braços cruzados? E a segunda instância continuaria a confirmar as sentenças de Moro com a frequência com que isso acontece? Do ponto de vista jurídico, essa estratégia leva o réu a um beco sem saída. Contudo, quem politizou tudo foi o próprio Lula e seus advogados porque esta porta foi escolhida como a única saída possível do presidente.

O que levou Lula ao poder foi a mudança da estratégia de campanha. Em vez do Lula raivoso, que se dizia perseguido pelas elites, entrou o candidato moderado que conseguiu atrair a classe média. Uma grande parcela do seu eleitorado ele perdeu para sempre. Ele sabe disso, mas o importante para Lula é ser candidato para que quanto mais perto fique do pleito, mais difícil seja para o tribunal de segunda instância condená-lo. É uma corrida contra o tempo, que será atravessada em um período de aumento da tensão política no país.

Fonte: Coluna da Miriam Leitão -  O Globo

Sentença de Moro traz “saltos” interpretativos óbvios; não existe decisão previsível na 2ª instância

O juiz dá o primeiro salto quando ignora a evidência em favor dos indícios que alimentam a sua interpretação. E dá o segundo quando liga o apartamento a contratos celebrados com a Petrobras. TRF4 pode fazer uma coisa ou seu contrário. Já demonstrou ser mais rigoroso do que Moro tanto para condenar como para absolver

Ninguém tinha dúvidas de que o juiz Sérgio Moro condenaria o ex-presidente Lula no famoso caso do tríplex de Guarujá. O que havia era uma justa curiosidade de saber como ele o faria, segundo quais termos. Ah, quanta pancada tomei por afirmar que o Ministério Público Federal não havia reunido as provas incontestes de que o imóvel pertence a Lula! E, no entanto, eu estava obviamente certo. O juiz admite explicitamente que os documentos de fé pública atestam que a dona do dito-cujo é a OAS. O que ele reúne é um conjunto de circunstâncias que o leva, por indução, a concluir que Lula é o proprietário oculto do bem. Esse é, vamos dizer, o primeiro salto da sentença.
[Leia na íntegra a sentença com 238 páginas que condenou Lula; na sentença Moro cita o nome de Lula 557 vezes.]
 


Uma nota: as provas indiciárias artigo 239 do Código de Processo Penal estão no direito brasileiro faz tempo. A questão é saber se elas se sobrepõem à materialidade das evidências em contrário. Eu me alinho, intelectualmente, com os que acreditam que não. Para usar um caso conhecido: a Justiça assegura que a modelo Elisa Samúdio foi assassinada porque o conjunto dos testemunhos e dos fatos que antecederam o seu desaparecimento autorizam essa conclusão, não havendo nenhum sinal que alimente suspeita razoável de que esteja viva.


O que fazer no entanto, com os documentos que atestam que o imóvel pertence à OAS? Convenham: afirmar que é próprio da lavagem de ativos a produção de evidências em contrário corresponde a sequestrar o contraditório em favor de uma tese. Não é intelectualmente honesto. Teríamos, como corolário, a seguinte maravilha: a melhor prova de que o crime aconteceu é haver provas em contrário. Noto que o Ministério Público Federal não demonstrou ser o atestado de propriedade da OAS uma farsa.


E, no entanto, atenção, querido leitor: eu estou convicto de que o imóvel estava destinado a Lula. Mas caberia ao MP provar que “sim”. No direito penal, o ônus da prova cabe exclusivamente a quem acusa. E fim de conversa.  O segundo salto da sentença de Moro se dá quando ele atribui a origem dos recursos que resultaram no apartamento a contratos celebrados entre a OAS e a Petrobras. Infelizmente, o liame entre uma coisa é outra também é pura matéria interpretativa. Reitero um pedido que já fiz ontem a ouvintes, leitores e telespectadores: leiam a sentença ante de sair por aí disparando, vá lá, sentenças adicionais. O PT viciou os brasileiros na guerra do “nós” contra “eles” e do “eles contra nós”. A ponderação é sempre a primeira a apanhar. Não me rendo a esse jogo. Ou o jornalismo é também um instrumento de pensamento ou servirá para bem pouca coisa.


Por que é importante que se coloquem essas questões? Para evitar surpresas adiante. Moro sabe, e sabem-no todos os especialistas da área, que ele recorreu, inclusive, a elementos que estão fora desse processo, que dizem respeito a uma leitura genérica do que é o petrolão, para associar o apartamento a contratos da Petrobras. E, como resta evidente, a delação de Léo Pinheiro teve papel central na decisão do juiz. E estamos a falar, cumpre lembrar, da sua segunda delação. A primeira, a que não acusava Lula, foi eliminada, e ninguém sabe até agora por quê.


Outra questão que me custou caro diz respeito a prender ou não prender Lula. Nesse caso, há unanimidade entre os especialistas: Moro errou feio na sentença. Errou quando afirmou que “caberia cogitar a decretação da prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”. E por quê? Ele acusa o petista de intimidar o juiz (ele próprio), procuradores e jornalistas “com a propositura de ações de indenização por crimes contra a honra.” Lembra ainda que Leo Pinheiro acusa o ex-presidente de ter orientado a destruição de provas.


Vamos ver: desde quando recorrer à Justiça é, como diz Moro, um modo de “intimidação da Justiça”? Quanto à destruição de provas, o que se tem, reitere-se, é só uma delação, sem provas. E o juiz se enrola de vez quando diz por que não mandou prender. Escreve: “Entretanto, considerando que a prisão cautelar de um ex-presidente da República não deixa de envolver certos traumas, a prudência recomenda que se aguarde o julgamento pela Corte de Apelação antes de se extrair (sic) as consequências próprias da condenação”.


Em síntese: as razões por que Moro diz que poderia prender Lula não estão previstas em lei. Seria puro direito criativo. As razões por que ele diz que não prendeu também não estão escritas em lugar nenhum e acabaram soando como concessão de um privilégio. Errou quando disse que poderia fazer o que não pode. Errou mais ainda quando explicou por que não fez.


Isso quer dizer que eu acho que a turma do TRF4 vai absolver Lula? Não! Mas lembro que absolveu João Vaccari Neto de sentença ainda mais pesada 15 anos e quatro meses de prisão — porque não encontrou as provas nos autos: só delações e circunstâncias que levaram a uma interpretação.  Qual é a minha torcida? Ah, é pela condenação! Mas a Justiça não tem de atender a torcidas, minha ou de qualquer outro. Há indícios que podem levar à conclusão de que o apartamento pertence a Lula? A resposta é “sim”. Há a prova indubitável de que pertence? A resposta é “não”. A evidência que se tem, diga-se, e que Moro usa como prova do contrário, é a de que a dona do imóvel é a OAS. [com pesar reconhecemos que mesmo sendo Lula culpado - não só neste processo mas em outros que responde - há grandes possibilidades que mais um bandido seja absolvido na Segunda Instância.

Retirando do processo em que Lula foi condenado o que Temer chama de ilações -  quando se refere a denúncia feita contra ele por Janot - só resta contra Lula a delação do Léo Pinheiro, que sabemos ser verdade, mas, em matéria penal, apenas saber que é verdade não é suficiente para condenar.

O que resta é rogar a DEUS, que com a infalível Justiça Divina, mostre ao integrantes da turma do TRF-4, que vai julgar o recurso de Lula, que a delação de Léo Pinheiro  mais os outros indícios, suprem a falta de materialidade e com isso mantenham e aumentem a pena de Lula.
Condenar Lula a dezenas e dezenas de anos de prisão, em regime fechado, nada mais é do que FAZER JUSTIÇA.
Lamentamos, e muito, o vacilo do juiz Sergio Moro em não decretar a prisão imediata do Lula e com isso satisfazer ao desejo de milhões e milhões de brasileiros - com destaque para os 14.000.000 de desempregados, herança maldita dos governos Lula e Dilma.
Óbvio que as possibilidade de um 'habeas corpus' livrar Lula da prisão, deixando-o recorrer em liberdade, seriam muitas, mas, por pelo menos algumas horas teríamos o gostinho de saber que Lula estava encarcerado na carceragem da PF.]

Não apostem alto na decisão da turma do TRF4. Ela já demonstrou mais rigor do que Moro tanto para condenar, com elevações consideráveis de penas, como para absolver.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo

 

 

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Maia acha que Temer “já caiu”

Apesar de negar qualquer conspiração contra o presidente 

 Apesar de negar conspirar contra o presidente Michel Temer, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirma a pessoas próximas que Temer “já caiu”. O que Maia faz é se preparar para as eleições indiretas.

Temer considera que Janot poupa Maia em investigações

Apesar de a Polícia Federal ter entregue relatório em fevereiro contra o presidente da Câmara, PGR ainda não o denunciou 

O presidente Michel Temer está desconfortável com os discretos, porém efetivos, movimentos do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no sentido de lhe suceder no Palácio do Planalto. 

Temer gosta de lembrar a um pequeno círculo de assessores que o aspirante ao cargo responde a dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF). Em um dos casos, a Polícia Federal já concluiu relatório, mas a Procuradoria-Geral da República ainda não apresentou denúncia no Supremo Tribunal Federal contra ele. Diz respeito à suspeita de que Maia recebeu R$ 1 milhão da OAS para ajudar a empreiteira na Câmara dos Deputados. Maia já negou irregularidades.

>> A articulação de Maia

Fonte: Revista Época

 


segunda-feira, 12 de junho de 2017

Operação de salvamento

Corrupção e projetos mal feitos faliram a empresa, que não pode contar com o Tesouro

Maior empresa do país, a mais atingida pelo esquema lulopetista de drenagem de dinheiro público para financiar o projeto de poder do PT sem deixar de melhorar a vida de companheiros —, a Petrobras seria, também, por óbvio, a maior vítima corporativa do esquema.  A derrocada foi proporcional à decolagem da empresa no período em que o petróleo subiu para a faixa acima dos US$ 100 o barril, que fez a estatal mudar de patamar no ranking mundial das petroleiras. Já tendo descoberto reservas importantes na região do pré-sal, nas costas paulista e fluminense.

O ufanismo contagiou o Planalto de Lula e Dima. Mas o pior é que induziu o governo, inspirado na clássica ideologia estatista e dirigista do velho PT, a usar a estatal como alavanca para a execução de um temerário programa de substituição de importações de equipamentos diversos usados na indústria do petróleo (sondas, navios, plataformas etc.).
Chegou-se a idealizar, dentro da Petrobras, aparelhada por dirigentes indicados por partidos (PT, PMDB e PP), como comprovado na Lava-Jato, um projeto mirabolante: a criação de uma empresa, a Sete Brasil, com a participação da estatal, de bancos privados e fundos de pensão de empresas públicas, para fazer encomendas bilionárias de sondas a estaleiros criados com a participação de empreiteiras. Os equipamentos seriam arrendados à Petrobras. Não funcionou, como previsto, e a Sete Brasil quebrou. É um dos maiores processos de recuperação judicial do país (quase R$ 20 bilhões).

Por inevitável, a Petrobras passou a acumular prejuízos, em função do atraso na entrega de obras, custos em alta, tudo isso amplificado pelo esquema de corrupção instalado na empresa. Ele foi responsável por enormes superfaturamentos para gerar bilhões em contratos com empreiteiras (Odebrecht, OAS etc.) para serem usados como propinas, destinadas a financiamento de campanhas (de Lula e Dilma, por exemplo) e benefícios pessoais, conforme comprovado pela força-tarefa com base em Curitiba.


Pode-se não aceitar, por fé ideológica, mas estes são fatos. A estatal, com a maior dívida corporativa mundial (meio trilhão de reais) teve o risco de crédito rebaixado no mercado internacional, junto com o país. Os títulos de Petrobras e Brasil passaram para o conjunto dos “lixos”, junks, papéis de elevados risco.  A gestão de Pedro Parente na empresa segue uma linha óbvia, mas rejeitada por quem enxerga estatais como bandeiras e não empresas que podem ajudar a sociedade ou prejudicá-la, por exigir apoio constante dos contribuintes, representando pelo Tesouro.

A Petrobras já foi obrigada a explicitar em balanço uma perda de R$ 6,2 bilhões causada pela corrupção. Teve, ainda, de fazer outras baixas contábeis bilionárias indiretamente pelo mesmo motivo. E com seu principal acionista, representado pelo Tesouro, quebrado, não tem outra alternativa a não ser se capitalizar-se com a venda de subsidiárias e de participações não estratégicas. Quem chama isso de “entreguismo” parou na década de 1950, esqueceu ou não aprendeu aritmética.

[os interessados em saber o quanto um petista pode ser cara de pau leiam:
publicado em O Globo
O artigo é do "ilustre" petista Zé Guimarães, irmão do condenado Zé Genoíno e pioneiro no transporte de dólares da corrupção em locais não convencionais um aspone do Zé foi flagrado no aeroporto transportando  100 mil dólares na cueca;
o Zé continua deputado - nada faz de útil, mas encontra sempre otários para votar nele e com isso garante o sustento da família e um palanque para defender o abominável PT - e no artigo destacado na maior cara de pau ignora que foram os petistas quem f ... a Petrobras.]

Fonte: O Globo