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domingo, 27 de agosto de 2023

O milagre das pensões do andar de cima ou STF fez um milagre para litigantes do andar de cima - Elio Gaspari


O regime jurídico da Previdência brasileira tem uma singularidade. Quando ele avança num direito do andar de baixo, sempre em nome da modernidade, ele vira fumaça. 
Quando a moralidade pega o andar de cima, aos poucos a prebenda é restabelecida. 
 
Até 2020, sete ex-governadores do Paraná recebiam pensões vitalícias de R$ 30 mil mensais. Em agosto, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) considerou inconstitucional a concessão do benefício. Em novembro, os ex-governadores recorreram, mas em fevereiro de 2021, a ministra Cármen Lúcia, relatando o recurso na Segunda Turma do STF, negou-lhes provimento
Seu colega Gilmar Mendes pediu vista. Em abril passado Gilmar votou, divergindo:“Não há cruzada moral que justifique, à luz das garantias constitucionais, a abrupta supressão dos benefícios recebidos de boa-fé durante décadas por pessoas idosas, sem condições de reinserção no mercado de trabalho.” 
 
Foi acompanhado pelos ministros Ricardo Lewandowski e Kassio Nunes Marques. Bingo, a pensão renasceu. 
 Três ex-governadores da Paraíba e quatro viúvas também querem as pensões de volta. (Uma delas, desembargadora, com vencimentos superiores a R$ 50 mil, veio a desistir.)

Um levantamento de 2014 mostrou que, à época, 157 ex-governadores ou suas viúvas recebiam pensões de até R$ 26,5 mil. Sabe-se lá quantos seriam hoje. O precedente do Paraná levou o ex-governador Roberto Requião a pedir o restabelecimento de sua pensão de R$ 43 mil mensais. Ele governou o Paraná por 13 anos e, em março, comemorou seu 82º aniversário. No mesmo barco, como mostrou Murilo Rodrigues Alves, entrou o ex-governador João Elísio Ferraz de Campos, que governou o estado por dez meses.

Assim é a vida. O Supremo Tribunal Federal decide que as pensões vitalícias de ex-governadores são inconstitucionais e o mesmo tribunal decide que são constitucionais. 
Com sua decisão, o STF fez um milagre para litigantes do andar de cima.


As pensões do acidente de 1958
Em junho de 1958, caiu nas cercanias do aeroporto de Curitiba o avião em que viajavam o ex-presidente Nereu Ramos, o então governador de Santa Catarina, Jorge Lacerda, e um deputado. Todos catarinenses, emocionaram o estado, e a Assembleia Legislativa votou uma pensão vitalícia para as três viúvas. Como se fosse um gás, ela se expandiu.

Em 1991, a situação era a seguinte, nas palavras do então governador Vilson Kleinubing (1944-1998):   “A pensão passou a cobrir todas as viúvas de todos os deputados, mesmo aqueles que tivessem exercido o mandato apenas por um dia, de todos os desembargadores e juízes, inclusive os substitutos, todos os procuradores e conselheiros de Tribunal de Contas.
A pensão tornou-se também cumulativa. Assim, se um cidadão foi funcionário público, elegeu-se deputado estadual, depois federal e terminou a carreira no Tribunal de Contas, a viúva recebia as quatro pensões
Se a viúva morresse deixando filhos homens menores e filhas solteiras, a pensão sobrevivia até a maioridade ou o casamento. 
Assim, deram-se inúmeros casos de senhoras que jamais casaram no civil.
Em 1991, o valor destas pensões era quase equivalente ao orçamento da universidade do estado.”


As pensões de Adam Smith brasileiro
O andar de cima cuida de si há séculos.
Torturando os fatos, chega-se a dizer que José da Silva Lisboa, o Visconde de Cairu (1756-1835), foi o Adam Smith brasileiro, num sacrilégio contra a memória do economista inglês. Smith lecionava na Universidade de Glasgow e, ao trocar de emprego, devolveu aos alunos o que eles haviam pagado pelo curso que não daria.

O Smith brasileiro era um defensor da liberdade de comércio, mas estudou em Coimbra com dinheiro da Viúva
De volta ao Brasil, arrumou um emprego público e aposentou-se aos 50 anos. 
Arrumou outro emprego público, manteve a aposentadoria e tornou-se o primeiro professor de “Ciência Econômica”. 
Preservou a aposentadoria, mais os vencimentos do outro emprego e nunca deu uma aula.

Virou senador e visconde, publicou seu livro “Observações sobre o Commercio Franco no Brazil” pela Imprensa Régia e trabalhou como censor. Ele ainda estava vivo quando suas filhas pediram à Coroa pensões vitalícias (não se sabe se foram concedidas).   Cairu amarrava sua mula na sombra, mas, em 1823, defendia a concessão da cidadania para os negros libertos e condenava a proteção aos contrabandistas de escravizados. Perdeu.
 
(...) 

O espinho de GDias
O general Gonçalves Dias,
ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Lula, tornou-se um espinho no pé do governo.

Noves fora o fato de ter recebido mais de dez alertas da Abin antes das invasões do dia 8 de janeiro,
fica difícil entender por que ele achou que a situação era normal se, às 8h12m do dia 6, sentindo cheiro de queimado, retransmitiu à agência uma mensagem do grupo Patriotas, que dizia o seguinte:

“Vamos atuar em 3 frentes”.
1ª frente: acampar em frente às distribuidoras nas cidades (não tem combustível, ninguém trabalha).

2ª frente: fechar a entrada dos 3 Poderes em Brasília: Executivo, Legislativo e Judiciário (quem puder ir para Brasília, vá!).

3ª frente: quem estiver em lugares afastados, fiquem nos quartéis!”.

Vale lembrar que às 8h15m o diretor da Abin, Saulo Cunha, respondeu a GDias: “Ao que tudo indica, são bravatas.”

Às 18h19m, um grupo anunciava: “Festa da Selma nesse fim de semana no Plano Alto !!! Sem hora pra terminar Bora !!!”.

Cunha argumentava que não haviam chegado ônibus fretados a Brasília.

À CPI, GDias disse que nas mensagens dos dias 2 a 7 “não havia informações relevantes”.

Até 9h43m do dia 7, a PM de Brasília havia monitorado a chegada de 18 ônibus, com cerca de 600 pessoas. 
Às 18h17m, os ônibus eram 74 e haviam trazido 5.500 pessoas.

 Jornal O Globo  E Folha de S. Paulo - Elio Gaspari, colunista


terça-feira, 11 de outubro de 2022

Carta de um cidadão mineiro ao povo de sua terra - Idico Luiz Pellegrinotti

Povo da nossa grande Minas Gerais, terra de grandes heróis como "Joaquim José da Silva Xavier, também conhecido pelo apelido de "Tiradentes", consagrou-se por sua participação ativa na Inconfidência Mineira."

Agora, neste momento de extrema sensibilidade eleitoral, vocês elegeram para governá-los o honesto e competente Romeu Zema, salvando mais uma vez o Estado das mãos dos obscurantistas e do atraso.

Neste 2º turno das eleições voltem a se posicionar votando no nosso Presidente Jair Bolsonaro, salvando-o das mãos dos difamadores e da velha e mentirosa grande mídia. 
Não deixem que eles façam com Bolsonaro o que fizerem com o grande Tiradentes.

Neste momento, os brasileiros necessitam do povo mineiro que conheceu de perto a desatenção dada aos prefeitos pelo PT, pois esteve nas mãos do partido e sabe das intenções obscuras e devastadora da administração petista.

A Pátria brasileira nunca precisou tanto dos mineiros. Os que faltaram no primeiro turno, compareçam no segundo turno, os que por algum motivo votaram no candidato do PT, votem em Bolsonaro no dia 30/10/22, para conquistar para sempre a liberdade de todos.

Povo das Minas Gerais, sua terra que além de Tiradentes, deu Juscelino Kubitschek de Oliveira e Tancredo Neves como excelentes políticos da liberdade; o Grande Rei Pelé que encantou o mundo com sua arte e Santos Dumont que venceu a gravidade e voou.

Agora chegou o momento de fazer eclodir a valentia desse povo de grandes heróis, votando no Bolsonaro com a glória do dístico de sua bandeira: "Liberta Quae Sera Tamen" - Liberdade mesmo que tardia.

Os nomes dos quatro mineiros citados, realça com o Rei Pelé que veio do município mineiro denominado Três Corações.

Neste momento de sensibilidade política, os patriotas deste imenso Brasil pedem a junção de todos os corações mineiros para levar o Presidente Bolsonaro a dirigir nosso país rumo a felicidade de milhões de corações livres.

Não esmoreçam desse compromisso, O Brasil pede em nome dos mineiros heróis, a votação de todos ao nosso presidente Bolsonaro, que teve sua vida salva nesse chão abençoado por Deus.

Idico Luiz Pellegrinotti - amante da liberdade.


segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Lula segura Bolsonaro

Sem Lula, eleitores que declaram voto no ex-presidente elevariam o militar reformado a patamar acima de 20%

Não é só ao PT que convém manter viva a candidatura presidencial de Lula, pelo menos por enquanto. Aos partidos que buscam ocupar o centro do espectro político também – especialmente ao PSDB. A mais recente pesquisa Datafolha mostra que, hoje, o petista é um obstáculo ao crescimento mais acelerado de Bolsonaro. Sem Lula, eleitores que declaram voto no ex-presidente elevariam o militar reformado a patamar acima de 20%, um passaporte para o 2º turno. [Lula é um pedrinha no caminho do Bolsonaro e que na hora certa será simplesmente chutada para o lado;
aceitem, Lula é um cadáver político, um zumbi,  que oscila entre a tornozeleira eletrônica ou as grades de uma cela em penitenciária - de preferência a de Brasília, que ele terá a honra de inaugurar, na condição de primeiro preso.
A única dúvida sobre Bolsonaro é se ele ganha já no primeiro turno ou espera pelo segundo.]
Com Lula fora do páreo, Bolsonaro aumenta em 26% sua intenção de votos no Datafolha. O militar reformado cresce 4,5 pontos na média dos cenários testados: vai de 16,8% a 21,3% quando o ex-presidente não aparece na lista. Mais: Bolsonaro se distancia de Alckmin e abre 12 pontos do tucano. Esse nem é o único problema do PSDB causado por uma eventual saída prematura de Lula.

Marina Silva e Ciro Gomes herdam ainda mais eleitores lulistas do que Bolsonaro: 6 e 5 pontos, respectivamente. Como resultado, ambos se destacam de Alckmin quando o candidato petista é outro. Com Fernando Haddad, Marina vai de 10% para 16%, e Ciro quase dobra, de 7% para 12%. Ambos deixam o tucano sozinho no quarto lugar, com 9%, e a sete pontos de uma vaga no 2º turno. [Maria e Ciro Gomes estão juntos ao Alckmin na tarefa de perder - segundo turno para eles nem pensar, mesmo que o segundo turno fosse entre os três primeiros colocados;
Maria quando pensam que vai em frente, cai;
Ciro Gomes já perdeu duas ou três eleições e vai somar mais uma derrota em 2018;
Alckmin, quando não perde sozinho atrapalha os aliados.
Lula está na mesma situação de Marcola e Fernandinho Beira-Mar - nem candidatos são;
a propósito Lula vai vencer os dois: no total de anos de cadeia que vai ter que puxar =  resultado de várias condenações; ]
É certo que a esta altura da corrida presidencial as pesquisas de intenção de voto não passam de simulações que, olhando-se eleições passadas, guardam pouca relação com o resultado das urnas. Mesmo assim, são ferramentas fundamentais para entender as afinidades, simpatias e antipatias do eleitorado. O que o Datafolha confirma é que Alckmin é o mais atrasado na disputa.  Não estivesse o líder sob grande risco de ser sacado da corrida pela Justiça, os adversários imediatos do tucano estariam ainda mais adiantados do que ele na conquista de votos. O problema de Alckmin não é se tornar conhecido, mas ficar palatável aos eleitores mais pobres, principalmente do Nordeste. É um eleitorado que sabe quem ele é, só não votaria nele.

Hoje, o tucano é apenas a quarta ou quinta opção da massa de eleitores que esteve do lado vencedor da disputa presidencial em 2006, 2010 e 2014. Se, em vez do ex-prefeito paulistano Fernando Haddad, o ex-governador baiano Jaques Wagner vier a substituir Lula na chapa petista, ainda mais tortuoso será o caminho nordestino de Alckmin para chegar a Brasília. Por isso o governador paulista precisa do tempo que a candidatura-tampão de Lula lhe dá, para tentar melhorar sua imagem fora de São Paulo. [o Nordeste nas eleições passadas, esteve do lado vencedor - sem esquecer, que o povo nordestino foi quem mais perdeu com as vitórias lulopetistas = acabaram as ilusões que haviam sido promovidos da classe D e E para C, surgiram as contas a pagar e as bolsas perderam valor.]
 
O raciocínio também vale para o PT. Se Lula deixasse hoje a disputa, as chances de ele conseguir transferir votos para seu substituto seriam muito menores do que se isso viesse a ocorrer na reta final da campanha, quando a candidatura petista disporá de tempo garantido de TV e rádio para martelar a troca e pregar na cabeça do eleitorado lulista o nome de Wagner ou de Haddad.  Quanto a Bolsonaro, a pesquisa confirma que ele é um fenômeno sem precedente na história das disputas presidenciais pós-ditadura. Nunca antes um candidato que vai ter muito pouco tempo de TV no horário eleitoral na reta final da campanha partiu de um patamar tão elevado quanto Bolsonaro. Collor teve 10 minutos em 1989 – uma eternidade se comparado ao tempo do Patriotas.  A intenção de voto em Bolsonaro só faz se consolidar. É o único que segue crescendo na pesquisa espontânea. ´

Saiu de 3% um ano atrás para 7% em abril, foi a 9% em setembro e chegou agora a 11%. Fora ele e Lula, ninguém supera 1% nesse tipo de pergunta, em que o eleitor responde sem que lhe informem quem são os concorrentes. Bolsonaro tem um eleitorado convicto, que comunga um ideário com ele e é menos propenso a mudar de candidato.

José Roberto de Toledo  - O Estado de S. Paulo


sábado, 2 de setembro de 2017

Fufuca no comando

Aos 28 anos, bochechas rosadas e rala experiência parlamentar, o rebento do clã Fufuca tomou conta do Congresso. 


Retrato dos novos tempos da política. Fufuca no comando é como adolescente de 17 anos dirigindo carro sem carta. Consequências perigosas à frente. Não somente pela tenra idade que salta aos olhos (é o mais novo na história a ocupar o posto). Falta-lhe traquejo. Jogo de cintura. Esperteza para o melindroso baile dos conchavos e acertos parlamentares. Levado na conversa logo nos primeiros dias de interinidade, encantou-se com os rapapés. Com o assédio e as mesuras dos oportunistas da vez. 

Ficou no encantamento. A pauta extensa a ser votada tinha de tudo: reforma política, ajuste fiscal, novo teto do déficit público. Nada andou como deveria. Fufuca tergiversou: “semana que vem, voto”. Fufuca pai é prefeito de uma cidadezinha no interior do Maranhão. Fufuca filho, no plantel de conquistas, já foi mais longe. Assumiu – se bem que temporariamente e por obra e graça do acaso – o controle da “casa dos espertos”. 

Sobrou pra ele numa equação na qual seu nome se encontrava como reserva do reserva. Sejamos realistas: sobrou para Fufuca por falta de opção mesmo. Apadrinhado de Eduardo Cunha, a quem se referia carinhosamente com o epíteto de “papi”, lamentou quando o tutor foi parar atrás das grades. Espere de Fufuca tudo, menos ingratidão. Fufuca não tripudia do mau destino de quem lhe abriu as portas da esperança. Fufuca, como terceiro reserva, por deliberação de Cunha, angariou vantagens incomuns a um estreante. 

Pôde, por exemplo, nomear um vasto time de assessores e indicar candidatos a vagas estratégicas. Nos enviesados códigos de poder do parlamento é isso que conta. Na semana passada, logo ao despontar para os holofotes da fama na nova função, Fufuca exibiu, de cara, aquele olhar perdido e semblante de quem ali caiu de paraquedas e não sabia bem como ou o que fazer. Mas, convenhamos, poucos naquela casa sabem. A maioria leva os afazeres na embromação e lero-lero. Cada um só pensa agora na reeleição. Fufuca não. Saboreia os dias de glória como quem se lambuza com um melado que nunca experimentou. O titular da cadeira, Rodrigo Maia, que também desceu por acidente no posto, foi parar na presidência da República. Quem diria. De Santiago, terra natal, ao Planalto. Maia pai, fazendo expediente na assembleia de vereadores da falida Cidade Maravilhosa, também não se contém de alegria. Os Fufuca e os Maia decerto nunca sonharam ir tão longe. Por essas e outras, a nação bananeira encontra-se no momento sob o comando de um escrete de infantes da política. 

Ambos filhos de caciques engalanados da velha política. A mesma velha política que agora fala em renovação. Cosmética, diga-se de passagem. Partidos vão tirar um “P” da sigla. Outros lançarão palavras de ordem: “Avante”, “Patriotas” como siglas de batismo. E por aí vai. Mas querem mesmo é manter o status quo. À revelia da vontade do eleitor. Deverão dar com os burros n’água. Se não forem reais as intenções de mudança, o voto vai pesar contra. As agremiações ainda não perceberam a avassaladora onda da busca pelo novo que embala o País. Não o novo como Fufuca. O novo programático. De ideias e candidatos alternativos a enterrar erros do passado. No topo das reviravoltas, PMDB faz das suas. DEM, PDT, PEN também. No tucanato, para ficar em um exemplo emblemático de racha quando o assunto é renovação, sobrou pena pra todo lado quando alguns resolveram realizar em programa nacional uma mera autocrítica. 

Dirigentes da sigla bateram cabeça e seguem batendo. Pesquisas e empresas de consultoria falam em rejeição absoluta aos velhos comandantes. A Consultoria Eurásia disse que o sentimento antiestablishment será grande em 2018. O Instituto Ipsos detalhou a desaprovação nome a nome dos antigos representantes. A Universidade de Brasília (UNB), em pleno canteiro das disputas, apontou que as próximas eleições vão reconfigurar por completo o cenário político com índice de 80% de volatilidade nos nomes partidários. É nesse caldeirão de movimentos que os Fufucas da vida surgem como cortina de fumaça, tipo bucha de canhão para enganar a turba enquanto os caciques de sempre tocam em frente. Será que não percebem? Não é de Fufucas que o Brasil precisa.

 Fonte: Editorial - Isto é - Carlos José Marques

 

sábado, 6 de junho de 2015

General, quem fica deitado acaba estuprado

Pela tendência à indolência, não foi bom para nós brasileiros ficarmos sob a inspiração do Hino Nacional, que induz a todos a um indecente: Deitado eternamente em berço esplêndido.” Creio piamente ser intencional esta perniciosa afirmação – quem acredita estar em berço esplêndido, jamais imporá a Ordem, sequer forjará o Progresso. O sentimento de brasilidade, e a cultura do patriotismo, têm sido diuturnamente esmaecidos.

Excetuando os militares e escassos Patriotas, são raras as pessoas que respeitam os Hinos, os símbolos nacionais, o patrimônio público, os heróis... Não respeitam a Escola, nem Professores... Um povo que não respeita, permite que não o respeite... Assim é que vemos empresas, políticos e autoridades tratarem os brasileiros como palhaços e idiotas...

Os governos negligenciam Educação/Cultura, condição sine qua non para o respeito mútuo.

Um País sem Educação, sem Patriotismo e infestado POR parasitas que sugam suas riquezas, só tem dois destinos: SER ESCRAVIZADO ou SE INSURGIR. Permitir a escravidão é próprio dos estiolados... INSURGÊNCIA denota Fibra – amor próprio – amor à Pátria.

Enquanto estamos nos embalando no “berço esplêndido” - já nos tiraram quase tudo, inclusive a dignidade... Nossas crianças já estão expostas nas escolas à sanha da promiscuidade, graças aos psicopatas do PT e a cumplicidade de professores e omissão da mídia... O momento é de extrema gravidade e exige ação célere e enérgica – não tem como esperar pela Educação, que é lenta e gradual. A ameaça que se nos avizinha impõe – INTERVENÇÃO MILITAR JÁ!

Não dá pra continuar: Deitado eternamente em berço esplêndido.” Está na hora de reincorporar o grito libertário contido no 1º estribilho do Hino Nacional:

“Espera o Brasil que todos cumprais com vosso Dever, er.
Eia avante, brasileiros, sempre avante!
Gravai com buril, nos pátrios anais do vosso poder, er.
Eia avante, brasileiros sempre avante!
 
Servi o Brasil sem esmorecer, com ânimo audaz,
cumpri o dever na guerra e na paz, à sombra da lei,
à brisa gentil o lábaro erguei do belo Brasil, il.
Eia sus, Oh! Sus!”

VÍDEO: Você sabia que a introdução do Hino Nacional tinha letra?

General!
Um povo que fica eternamente deitado – acaba estuprado... - Aqui o estupro consentido, como sói acontecer, é por omissão de quem por dever de ofício deve obstá-lo...

NB: O link abaixo deve ser visitado pelos que teimam em tergiversar...

 
Tergiversação, conduta permanente dos descompromissados com a honra.

Que venham! Por aqui não passarão!

BRAÇO FORTE!

ARMAS ENSARILHADAS ENFERRUJAM E EMPERRAM A
LIBERDADE!

É GRAÇAS AOS SOLDADOS E NÃO AOS POLÍTICOS QUE A DEMOCRACIA SE ETERNIZA!

S E L V A !


Por: Sarides Ferreira de Freitas, Sargento na Reserva do EB. www.militar.com.br


sexta-feira, 17 de abril de 2015

A VITÓRIA PERTENCE AOS BRAVOS!



O último domingo, 12/04 não empolgou. Longe disso. Em termos numéricos menos da metade das pessoas que foram para a rua em 15/03 voltaram em 12/04. E todos nós nos perguntamos: qual a razão? Com certeza não é porque os indicadores do Brasil tenham melhorado. Ou a corrupção tenha diminuído. Ou os políticos tenham dado mostra de terem um pouco mais de respeito pelos brasileiros. Ou Dias Toffoli tenha resolvido se dar por suspeito no julgamento do “Petrolão”. A última pesquisa feita pelo Datafolha, que entrevistou milhares de pessoas em 10 e 11/04 confirma isso: os brasileiros estão tão insatisfeitos quanto em 15/03. E continuam sem ver a famosa luz no fim do túnel...

Se as melhoras não vieram, então por que 12/04 não repetiu a dose? Ou, reformulando a questão: por que não foram para a rua as esperadas cinco milhões de pessoas, como os mais otimistas previam? O motivo é simples: o brasileiro não está acostumado a lutar pelos seus direitos. O brasileiro típico é avesso à discussão política. Aliás, famoso bordão vaticina: não se discute religião, política ou futebol. Muitos achavam que bastava ir para as ruas em 15/03 e já no dia seguinte o Brasil teria mudado. E para melhor. Ledo engano. Mudanças não acontecem da noite para o dia.

Os organizadores das manifestações argumentam que apesar do menor número de pessoas nas ruas, houve uma maior adesão de cidades pelo Brasil. E que uma coisa compensa a outra. Permito-me, com todo respeito pelas opiniões divergentes, discordar. Movimentos de massa devem ser realizados pelas massas. E quanto mais gente melhor. Se no dia 12/04 tivessem ido dez milhões de pessoas para as ruas, já na segunda feira políticos inquietos nas suas cadeiras estariam dando explicações e buscando alternativas para acalmar as multidões. Ou mesmo preparando o impeachment de Dilma Rousseff.  

Como já se previra que 12/04 não repetiria 15/03, a Presidente Dilma sequer se deu ao trabalho de acompanhar pessoalmente com seu staff de ministros as manifestações. Aliás, alguém sabe onde ela estava no domingo? Brasil, Panamá ou a caminho entre os dois países? Verdade seja dita, se em 15/03 o povo na rua incomodou a alta cúpula do Planalto, dessa vez foi mais ou menos como soltar alguns rojões em festa de São João: você sabe que aconteceu, mas ninguém dá a menor importância.

A pergunta que não quer calar nesse momento é exatamente essa: e agora? O que acontecerá? Salvo se houver um fato novo e espetacular, a tendência do movimento popular nas ruas do Brasil é ir paulatinamente se esvaziando. Infelizmente, os escândalos de corrupção estão aí todos os dias. Cada um pior que o outro. E o brasileiro parece que vai “levando” sem realmente se importar... A questão da implantação dos ideais do Foro de São Paulo no Brasil também não parece incomodar o brasileiro. Estimo que menos de 1% da população brasileira saiba sequer da existência do Foro de São Paulo e das suas implicações. Comunismo? Que bobagem, isso nunca existiu, dirá a maioria dos jovens brasileiros que foi doutrinada em escolas e faculdades por anos.

Devemos então continuar nos importando? Uma pergunta que martelou a minha cabeça desde as manifestações de domingo resume bem esse dilema: devemos salvar o Brasil dos brasileiros? Essa não é uma pergunta que terá uma resposta simples. Porém, afirmarei aqui com toda a convicção: sim! Devemos! E explicarei o motivo. Os brasileiros não sabem exatamente o que está acontecendo com seu país. E não sabem porque à cúpula governamental não importa que os brasileiros conheçam a sua história

Reformulo: Dilma, Lula, e a alta direção do Partido dos Trabalhadores contam com isso. Quantas vezes já citei esse fato? Incontáveis! Vários amigos ou leitores (civis ou militares) que mantém contato comigo por variados meios, e pessoas cultas, de todas as classes sociais, de todos os níveis de escolaridade, revelam imensa surpresa pelos fatos históricos que eu narro em meus artigos. Muitos afirmaram desconhecer o que era o Grupo G-11 de Leonel Brizola. Ou que José Genoíno tinha sido guerrilheiro. Ou a ocorrência do atentado do Aeroporto dos Guararapes. Isso só para citar três pequenos exemplos...

Por isso, quando o brasileiro, com a sua inércia dá a entender que não se importa, ele o está fazendo sem levar em consideração todos os elementos para formar convicção. Desconhece a própria história. E desconhece, porque todos nós, e aí eu mesmo faço a minha ‘mea culpa’, fomos omissos. Nos calamos quando deveríamos ter gritado. Nos omitimos quando deveríamos ter divulgado a verdade. E com nosso silêncio permitimos que a mentira fosse disseminada. E essa mentira hoje predomina em corações e mentes do povo brasileiro, especialmente em significativa parcela da nossa juventude.

Existe aqui uma questão fundamental que deve ser levada em consideração por todos nós, patriotas. Nós temos, e especialmente, nossas lideranças têm algo que eles, que hoje ocupam transitoriamente os corredores do poder não possuem: PATRIMÔNIO MORAL! Escrevi em caixa alta, quase gritando essas duas palavras propositadamente. 

Nossas lideranças patrióticas (e o inteligente amigo leitor sabe exatamente a quem me refiro) têm PATRIMÔNIO MORAL. Quando se manifestam ou quando agem colocam sempre o BRASIL e o povo brasileiro em primeiro lugar. Não tergiversam com o patriotismo. Isso não tem preço. Se um dia ocuparam o Palácio do Planalto foi a pedido de significativa parcela da população, para salvar o Brasil do iminente risco de se tornar um satélite da União Soviética. E deixaram o Planalto justamente atendendo ao pedido dos brasileiros. Infelizmente, no vácuo, abriu-se espaço para aqueles que hoje usam e abusam da posição que ocupam para o seu próprio e pessoal projeto de poder.

Repetindo então, para que dúvidas não possam restar: temos a obrigação moral de continuar realizando o nosso trabalho! Divulgar as verdades. Denunciar as mentiras. De todas as formas e todos os meios que estiverem ao nosso alcance. Não podemos deixar diminuir nosso ímpeto. Devemos continuar requerendo a punição para todos aqueles que lesam e espoliam a nossa Pátria. A vitória final pertence aos Bravos. E para alcançar a vitória precisamos repensar estratégias, adaptarmo-nos ao meio, buscar alternativas.

Essa é a nossa sagrada obrigação com a Nação Brasileira. Não somos Patriotas de ocasião. Não somos Patriotas porque é fácil, é cômodo, é bonito ou dá ibope. Longe disso: somos Patriotas porque amamos o Brasil. Somos Patriotas porque acreditamos na justeza de nossos ideais e conhecemos perfeitamente quais são os riscos que a nação brasileira é hoje submetida.

Somos Patriotas porque nosso coração é verde e amarelo e quando ouvimos o Hino Nacional, ainda que na reserva, ficamos em posição de sentido e sentimos um arrepio percorrer o nosso corpo. Somos Patriotas porque não nos esquecemos do juramento que um dia fizemos, e com ele nos comprometemos por toda uma vida. Somos Patriotas porque estamos dispostos a defender o Brasil, de todos os seus inimigos, internos ou externos, ainda que com o sacrifício da nossa própria vida. Mas é sempre bom lembrar as palavras do General Álvaro Pinheiro, a quem peço licença para citar: “morrer pela Pátria é coisa de amador”.

Encerro essas linhas com um pensamento de Sun Tzu, que acredito bem apropriado para a ocasião: a vitória está reservada para aqueles que estão dispostos a pagar o preço!

A vitória pertence aos Bravos!

Por:  Robson Merola de Campos - Advogado 

Publicado originalmente no TERNUMA – Terrorismo Nunca Mais