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quinta-feira, 11 de julho de 2019

Polícia Civil do DF - PCDF será beneficiada por mudanças a serem feitas na reforma da Previdência

O acordo por meio da emenda prevê a integralidade da aposentadoria policial, ou seja, o último salário recebido

Correio Braziliense

A equipe econômica cedeu, e o governo chancelou o acordo costurado pela Câmara para conceder aposentadoria especial a policiais federais, rodoviários federais, legislativos e civis do DF. [é malhar em ferro frio, mas, continuamos sem entender qual o  'risco de vida'  que correm os policiais legislativos para terem beneficios, serem equiparados aos policiais de que realmente colocam a vida em risco e vivem sob stress.
Ser policial legislativo é exercer uma função quase totalmente burocrática.

Quando a coisa pega eles chamam a polícia. Ontem mesmo, o ambiente ficou meio tenso na Câmara e eles chamaram a PMDF.

A propósito a PM-DF, a exemplo das polícias militares dos demais entes federativos, sempre é lembrada na hora de arcar com o ônus e esquecida na hora do bônus.] A articulação foi feita na madrugada desta quarta-feira (10/7) pelo Podemos, com apoio de DEM, PSD, PSL, entre outros, dando fim a um dos principais impasses para a aprovação da reforma da Previdência no plenário da Casa. O compromisso de líderes é votar nesta quinta-feira (11/7) favoravelmente a emenda aglutinativa apresentada nesta quarta-feira (10/7).

O acordo por meio da emenda prevê a integralidade da aposentadoria policial,
ou seja, o último salário recebido. A categoria também terá direito à paridade, de modo que os benefícios serão corrigidos por reajustes iguais aos servidores da ativa. A idade mínima será de 53 anos para homens e 52 para as mulheres, além de pensão integral para a família dos policiais.

O principal obstáculo ao aval era a equipe econômica. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que capitaneia as interlocuções na Casa, deixou claro a líderes que só encamparia articulações por inclusão de categorias retiradas da reforma na Comissão Especial com o “sim” do ministro da Economia, Paulo Guedes. O titular da pasta chegou a fazer críticas ao substitutivo apresentado no colegiado em junho e gerou ruídos na relação com o Congresso.

Ciente do constrangimento causado, Guedes deixou o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, encarregado de dar a resposta final sobre alterações no texto, como modificações às regras de aposentadoria de mulheres e policiais. Com sinal verde do titular da pasta, Marinho deu o aval, nesta quarta-feira (10/7), ao líder do Podemos na Câmara, José Nelto (GO), por volta das 11h. O consentimento do articulador governista, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, havia sido concedido ainda na terça.

Com isso, Nelto se reuniu com deputados oriundos das polícias, como Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), para apresentar o acerto feito e pôr fim ao impasse. O Executivo foi representado pelo líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), que assinou o acordo. Outros deputados engajados na articulação também marcaram presença, como Luis Miranda (DEM-DF).

Pacificação
O presidente Jair Bolsonaro foi informado da articulação por Vitor Hugo e deu sinal verde para o encaminhamento das conversas. “Esse movimento em prol dos policiais está para ser analisado pela Casa, mas o presidente reforça que o mais importante é a aprovação da nova Previdência dentro de um contexto maior de apoio à sociedade para alavancar economicamente o país”, declarou, nesta quarta-feira (10/7), o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros. O governo se comprometeu a orientar a Advocacia-Geral da União (AGU) a apresentar um parecer concordando com a integralidade e a paridade.


A costura foi ampla e articulada com todas as bancadas que orientaram voto favorável à reforma da Previdência. Os contatos começaram ainda na madrugada, entre Nelto, o líder do Podemos no Senado, Álvaro Dias (PR), e outros deputados do partido: Aluísio Mendes (MA), José Medeiros (MT) e Léo Moraes (RO). “Depois que a sessão de terça-feira foi suspensa e adiada para hoje (nesta quarta-feira — 10/7), ‘varamos’ a noite conversando com os líderes no WhatsApp. Fui dormir às 4h e acordei às 6h para retomar as conversas”, destacou Nelto. O acordo foi comemorado por Miranda. “Não é o que esperávamos, mas foi o possível após muita luta. Vale lembrar que o governo federal foi quem mandou a PEC, esquecendo da segurança pública, e coube ao Parlamento ajudar dentro do possível em plenário”, destacou.
 

sábado, 12 de janeiro de 2019

Charada em construção

Profissões inteiras vão se tornando obsoletas por conta dos avanços da inteligência artificial, da impressão em 3D, da robotização e outras mudanças

(Publicado na edição impressa de VEJA)

As coisas seriam relativamente simples no Brasil se todas as preocupações, dúvidas e problemas a resolver se resumissem ao novo governo do presidente Jair Bolsonaro. Mas aí é que está: a vida nem sempre nos dá a oportunidade de lidar só com uma questão de cada vez. Além de tudo o que precisa dar certo aqui dentro, hoje em dia é preciso encarar, também, uma quantidade ainda maior de coisas que têm de dar certo lá fora – e essas coisas, positivamente, não parecem estar a caminho de acabar bem. Trata-se das exigências do “novo pensamento mundial”, ou do “globalismo”, ou alguma outra combinação de palavras parecida – uma espécie de consenso ainda frouxo, mas cada vez mais ativo, que vai se criando na elite europeia e americana sobre como o planeta deveria ser ordenado daqui para frente.

A nova ordem que prescrevem para o mundo vai mal, e nem daria mesmo para esperar que fosse bem, levando-se em conta que inclui praticamente tudo o que deveria estar indo melhor com a humanidade. Mas a complicação realmente não parece estar na quantidade de problemas existentes. Parece, isso sim, estar na qualidade geral das soluções com as quais se pretende tornar o mundo e o homem melhores do que são hoje.

É uma sinuca, no caso particular do Brasil deste momento. O governo Bolsonaro, definitivamente, se declara disposto a fazer o contrário do que o pensamento mundial recomenda para resolver os problemas do universo. Do outro lado, o consenso ora em formação entre os intelectuais, burocratas, governantes e outros “influenciadores” da vida diária do primeiro mundo demonstra um aberto horror a tudo o que o governo brasileiro imagina que vai fazer nos próximos quatro anos. De Bolsonaro já sabemos o que é preciso saber. Do outro lado, porém, o que existe é uma charada em construção. Quando você começa a achar que entendeu alguma coisa na lista de deveres a ser obedecida hoje por pessoas e nações, os deveres mudam, ou entram em choque entre si, ou exigem ações que você não sabe como executar, ou sequer imagina como podem ser executadas. É mais ou menos natural, porque os propositores do novo pensamento não sabem direito, eles próprios, o que querem. 

Nem todos querem as mesmas coisas. A maioria não calcula direito as consequências das propostas que fazem. Acreditam-se capazes de organizar fatos que estão acima e além do seu controle. Não seguem, no fundo, uma ideologia, mesmo porque ainda não se identificou nenhuma ideia de verdade em nada do que prescrevem para o bem geral. Há apenas uma tumultuada coleção de desejos – e a exigência de que sejam removidas do mundo, em geral por atos do governo, todas as situações de frustração, carência e ressentimento que hoje incomodam as consciências.

Não é fácil enxergar com clareza no meio desse nevoeiro. Dá para dizer, em todo caso, que o grande traço de união entre as diversas seitas do novo pensamento é a certeza de que a mãe de todos os pecados do mundo de hoje é a falta de igualdade – tanto entre as pessoas, individualmente, quanto entre as nações. Tudo que há de errado na vida atual se deve, de uma forma ou de outra, à desigualdade; por via de consequência, de acordo com as crenças básicas do consenso mundial que está se formando no mundo rico, a redução ou a eliminação das diferenças levará à solução de todos os problemas que estão aí e não sabemos como resolver – dos quebra-quebras em Paris ao derretimento das geleiras no sul da Patagônia. Quase tudo pode entrar na lista. Guerras tribais na África, massacres de civis na Síria ou a fome no Congo não têm, por exemplo, nenhuma relação com as forças e governos que provocam essas desgraças. São, pelo novo sistema de pensar o universo, resultado da desigualdade e, portanto, têm de ser curadas com mais igualdade. Imigração ilegal em massa para os países bem sucedidos? Escassez de água? Emissões de carbono? É tudo mais ou menos a mesma coisa. Se o mundo fosse mais igual, nada disso existiria.

Como muito pouca gente está disposta a argumentar em favor da desigualdade, basicamente lembrando que esforços desiguais devem resultar em recompensas diferentes, nada mais fácil hoje em dia do que encontrar combatentes da igualdade. Estão por toda a parte. Em geral, acham que a redução do número de pobres se fará através da redução do número de ricos, e nunca da criação de riqueza entre os pobres. Têm uma mal definida hostilidade ao progresso, visto que o progresso não conseguiu eliminar a desigualdade; acham que mais eletricidade ou mais estradas, por exemplo, trazem benefícios desiguais, e portanto são desaconselháveis, sobretudo quando você já tem as duas.

O novo pensamento não gosta da ciência – não admite mais pesquisas e investigações sobre fenômenos considerados fatos já definitivos pelas suas crenças, como o aquecimento global ou a destruição das florestas brasileiras. Não gosta de religião, a não ser do islamismo, que deve ter estímulo, inclusive oficial, para se propagar nos países cristãos do primeiro mundo e aumentar com isso os índices de igualdade religiosa. Não gosta de hábitos nacionais; a grande virtude de hoje é a “diversidade cultural”, que torna um país tanto mais correto quanto mais ele substituir sua cultura pela cultura de outros países. Não gosta das liberdades individuais. Naturalmente, há um declarado horror pelo “agronegócio”, que, segundo a sabedoria predominante, destrói a natureza, produz carne de boi e faz muita gente ganhar dinheiro.

O New York Times e outros centros da nova inteligência mundial estão convencidos, por exemplo, que praticamente toda a produção da agricultura brasileira poderia ser substituída no futuro, e com vantagens, pelo consumo de insetos, capazes de fornecer todos os nutrientes necessários ao organismo humano. Com isso, seria possível eliminar fazendas nocivas ao meio ambiente, que hoje desperdiçam com a produção de alimentos terras que deveriam estar destinadas à florestas. Além disso, utilizam “agrotóxicos” e, eventualmente, perturbam a vida indígena. É mais ou menos a mesma visão que atribui aos “direitos dos animais” importância equivalente aos direitos humanos – isso para não falar nos direitos dos vegetais e da camada de gelo do Polo Norte. De modo geral, consideram a sobrevivência do meio ambiente mais importante que a sobrevivência das pessoas de carne e osso. Numa espécie de cavalo-de-pau filosófico, acham natural que os recursos naturais não devam ser utilizados em favor do bem estar humano; ao contrário, estão convencidos que é obrigação do homem e dos governos não tocar em nada que esteja presente na natureza.

Nada disso parece ter alguma coisa diretamente relacionada com a redução das desigualdades – mas o fato é que todas essas crenças, de um modo ou de outro, são apresentados como parte do mesmo pacote de salvação do mundo que vai sendo embrulhado hoje em dia por funcionários de burocracias como a ONU, Comissão Europeia e outros organismos internacionais, governos de países ricos, universidades do primeiro mundo, a mídia em geral, o cantor Bono Vox e por aí afora. Como de costume, as dificuldades mais complicadas que a construção da igualdade enfrenta estão nas suas incompatibilidades com o mundo real. Desde o início, o movimento parece cada vez mais tentado a aceitar a ideia de que é possível obter o bem estar independente do trabalho. Há bem estar na Alemanha, por exemplo, e miséria na África? A solução é abrir a Alemanha à imigração dos africanos – onde se espera que passem a desfrutar da mesma prosperidade sem ter feito os últimos 100 anos de trabalho que os alemães fizeram para chegar até onde estão hoje. É essa, por sinal, a grande ideia que sustentou a aprovação do recente acordo internacional declarando que todos os habitantes do planeta têm agora o direito legal de imigrarem para o país que quiserem.

Pouca ou nenhuma atenção é dedicada nisso tudo à criação de mecanismos de produção capazes de gerar as riquezas a serem distribuídas para eliminar a desigualdade. Distribuir a fortuna dos ricos parece ser uma ótima ideia até você ver que só dá para fazer essa distribuição uma vez – depois que é consumida a riqueza acaba, e é preciso criar outra em seu lugar, para continuar havendo alguma coisa a distribuir. Não está claro quem vai ficar encarregado dessa tarefa. Outro problema é a tecnologia – quanto mais progresso se cria, mais se aumenta a desigualdade, e a menos que se declare uma moratória no avanço tecnológico o futuro promete a multiplicação acelerada de desiguais. Hoje as revoluções industriais se sucedem mais de pressa que as fases da Lava Jato; na verdade, ninguém sabe direito em qual revolução, exatamente, estamos hoje. Quarta? Quinta?

O certo é que a cada avanço mais gente se vê excluída dos benefícios do progresso; nem todos têm capacidade para ocupar um emprego no Silicon Valley ou seus equivalentes através do mundo. Os que não têm cacife para isso se veem, cada vez mais, relegados às ocupações menos atraentes, mais frustrantes, pior remuneradas. Profissões inteiras vão se tornando obsoletas, por conta dos avanços da inteligência artificial, da impressão em terceira dimensão, da robotização e outras mudanças desagregadoras do mundo profissional como ele é hoje. Para que pilotos de jato se os aviões voarão sozinhos, e com muito maior segurança, de Nova York a Tóquio? Para que médicos, se o computador vai fazer um transplante de coração melhor do que eles? Para que o marceneiro, se a impressão em 3D lhe entrega sua cadeira pronta e sem defeito nenhum?

É um mundo no qual só as pessoas com alto grau de conhecimento serão realmente cidadãos de primeira classe. Por mais que as leis digam que todos são iguais, e por mais que as elites pensantes escrevam programas estabelecendo regras de igualdade, as diferenças estarão cada vez mais evidentes. É para essas realidades que o Brasil tem de se preparar. Será preciso, nesta caminhada, contar com ideias muito melhores do que as que apareceram até agora.

J R Guzzo - Publicado na Edição Impressa de Veja  
Edição da semana 2617 16/01/2019 
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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Militares se unem para ficar fora da proposta de reforma da Previdência

Em informe divulgado na terça-feira, integrantes das Forças Armadas reforçam a necessidade de esclarecer à sociedade diferenças da categoria. Caso regras sejam igualadas, ANMB lutará para estender direitos de civis, como FGTS, a todos 

Intocados pela proposta de reforma na Previdência divulgada em dezembro pelo presidente Michel Temer, os militares começam a se preocupar com a possibilidade de terem que se submeter a algumas das regras que começarão a ser votadas pelo Congresso Nacional este mês. Entre elas, a idade mínima de 65 anos para aposentadoria e benefício máximo de R$ 5.578. Em informe divulgado na última terça-feira, os militares, que costumam ser discretos quando o assunto é Previdência, deixaram clara a necessidade de discutir essa diferenciação com a sociedade.

“Nossa maior preocupação é inserir a discussão na sociedade sobre a importância das Forças Armadas e como funciona o sistema”, explicou o general Otávio Santana do Rêgo Barros, chefe do Centro de Comunicação Social do Exército. Segundo o informe, assinado por ele, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, e as Forças Armadas montaram grupos de trabalho com o objetivo de defender a necessidade de haver um regime separado do dos civis. A ideia é usar estudos técnicos sobre o assunto para esclarecer as peculiaridades da atividade, “inclusive com a interlocução com vários órgãos públicos”, disse Rêgo Barros.

Para ilustrar essa relação, ele citou a conclusão de um estudo recente da Fundação Getulio Vargas (FGV), que considera “a inclusão das Forças Armadas na PEC da reforma da Previdência seria um grave erro”. Opinião compartilhada pelo coronel Elizeo Ferraz Forquim, presidente da Associação de Defesa dos Direitos dos Policiais Militares Ativos, Inativos e Pensionistas (AMAI), que define a ideia como “uma grande injustiça”. “Essa decisão não deve ser baseada apenas em números, precisa ser também capaz de fazer justiça aos militares. O governo não pode impor as mesmas condições que os trabalhadores civis. As Forças Armadas não vão permitir que isso aconteça”, declarou Forquim.

Entre as justificativas para a necessidade de regras próprias, o coronel lembrou que os policiais militares trabalham, no mínimo, 60 horas semanais, alcançando 80 em alguns casos. Além das condições de trabalho serem diferentes, os direitos garantidos a eles não são os mesmos propostos aos civis. “O militar recebe salário médio muito menor que outras profissões, dedica-se exclusivamente à carreira e não possui os direitos assegurados a qualquer trabalhador, como, por exemplo, direito de greve, remuneração por horas extras, FGTS etc”, listou Rêgo Barros. “Soluções simplistas, genéricas ou que contenham apenas o viés contabilista não podem ser aplicadas à atividade militar”, defendeu.

Fonte: Correio Braziliense
 
 

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Israel é denunciado pela Autoridade Palestina no Tribunal Penal Internacional



Autoridade Palestina apresenta pela primeira vez acusações contra Israel no TPI
Chanceler entrega documentos à corte europeia sobre conflito em Gaza, assentamentos israelenses e tratamento a prisioneiros
A Autoridade Nacional Palestina fez sua primeira apresentação sobre supostos crimes de guerra praticados por Israel ao Tribunal Penal Internacional (TPI) nesta quinta-feira, tentando acelerar uma investigação da corte europeia sobre os abusos cometidos durante o conflito na Faixa de Gaza no ano passado.

Do lado de fora do TPI após uma reunião com o promotor-chefe do tribunal, Fatou Bensouda, o ministro das Relações Exteriores palestino, Riyad al-Maliki, disse que tinha entregado à corte documentos sobre a guerra em Gaza, os assentamentos israelenses e o tratamento dado prisioneiros palestinos detidos por Israel. A Palestina é um teste para a credibilidade dos mecanismos internacionais. Um teste que mundo não pode se permitir falhar. A Palestina decidiu procurar a Justiça, não a vingança — ressaltou Maliki.

A Autoridade Palestina se juntou ao tribunal sediado em Haia em abril, e Bensouda iniciou um inquérito preliminar sobre a situação. Investigadores da Organização das Nações Unidas (ONU) disseram na segunda-feira que grupos militantes israelenses e palestinos cometeram graves abusos da lei humanitária internacional durante o conflito de Gaza em 2014, que podem ser considerados como crimes de guerra.
 
Cabe a Bensouda decidir se e quando uma investigação formal de crimes de guerra será iniciada. Israel se opõe ao TPI e informou que não iria cooperar com os procuradores.  Israel nega alegações de crimes de guerra praticados por suas forças durante a guerra de Gaza e acusa militantes islâmicos que controlam o território de atrocidades ao dispararem milhares de foguetes contra cidades israelenses. [na ótica israelense e dos seus apoiadores, matar civis desarmados, incluindo crianças e mulheres não é crime e sim uma forma de testar o treinamento dos soldados israelenses.]

Um cessar-fogo em agosto terminou com 50 dias de combates entre militantes de Gaza e Israel. Mais de 2.100 palestinos, a maioria civis, foram mortos no conflito. Do lado de Israel, 67 soldados e seis civis foram mortos.

Fonte: O Globo

domingo, 10 de maio de 2015

Modificação do Estatuto do Desarmamento está próxima - o cidadão tem o direito sagrado de andar armado e possuir quantas armas desejar

Baixa mobilização do governo estimula proposta de alteração do Estatuto do Desarmamento

Armas recolhidas no ano passado, quando propagandas foram suspensas, foi o menor em três anos
A articulação no Congresso em torno do projeto que modifica o Estatuto do Desarmamento, tornando mais fácil o acesso de civis a armas, ocorre depois de uma desmobilização da campanha de entrega voluntária dos artefatos. Sem verba para publicidade, o governo federal suspendeu, desde 2014, peças na TV, rádio e mobiliário urbano. Coincidência ou não, o número de unidades recolhidas caiu pela metade: apenas 16.565 armas foram entregues no ano passado. Em 2013, foram 31.264.

O resultado de 2014 foi o pior desde 2011, quando as estatísticas passaram a ser divulgadas por ano. Os números de 2015 mostram que a população entregou voluntariamente, até abril, 3.683 unidades. Mantida a média, o ano pode acabar com menos armas coletadas que 2014. Embora as ações de propaganda não tenham sido retomadas, o governo defende que a campanha, com os serviços de recebimento em postos policiais e em algumas ONGs parceiras, nunca parou. Essa rede, no entanto, não é suficiente para engajar a população, avalia Ubiratan Angelo, coronel aposentado da PM do Rio e coordenador de Segurança Humana do Viva Rio, entidade que atua na campanha do desarmamento:  — Vem desse enfraquecimento da campanha a força do grupo armamentista. Se não mantivermos a mobilização acesa, abriremos brecha para que o discurso pró-arma chegue mais rapidamente às pessoas.

Para Bene Barbosa, presidente do Movimento Brasil, que é contra o Estatuto do Desarmamento, o recolhimento voluntário de armas vem diminuindo simplesmente porque, diante dos atuais índices de violência, a população mudou de ideia sobre a conveniência de andar armada. — Com o passar dos anos e com o aumento da criminalidade, as pessoas deixaram de acreditar nessa campanha. O governo convidou a população a entregar as armas, mas, em contrapartida, não garantiu sua proteção — diz Barbosa. 

Defensor do projeto de lei do deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC) que altera o Estatuto do Desarmamento, Barbosa afirma que o principal problema da lei atual é que, embora preveja a possibilidade de o civil adquirir uma arma, na prática é “quase impossível”. Além de pagar taxas que podem chegar a R$ 1,5 mil, diz, a palavra final sempre fica a cargo de um delegado federal.

ACESSO MAIS FÁCIL A ARMAS TEM MAIORIA EM COMISSÃO ESPECIAL NA CÂMARA
O sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, autor das últimas 26 edições do Mapa da Violência no Brasil, é enfático no ataque à proposta que modifica o Estatuto do Desarmamento, analisada numa comissão especial da Câmara em que 14 dos 27 integrantes apoiam o projeto. — Haverá uma explosão de homicídios se essa liberalização das armas passar. Vivemos numa cultura de violência, em que qualquer desavença pode se tornar motivo para matar. Imagine com uma arma de fogo disponível — diz Jacobo.

Ele ressalta que a taxa de homicídios no país cresceu em torno de 6% ao ano entre 1980 e 2003, quando o índice de homicídios subiu de 11,7 assassinatos por 100 mil habitantes para 28,9. Com a vigência do Estatuto do Desarmamento, que entrou em vigor no fim de 2003, afirma Jacobo, os indicadores se estabilizaram. Em 2004, foram 27 mortos por 100 mil habitantes, taxa pouco menor que a de 2012, último ano disponível, que foi de 29 por 100 mil habitantes.[são dados manipulados; com o Estatuto do Desarmamento o número de assaltos com morte da vítima - latrocínio - aumentou. O bandido se tornou mais atrevido, afinal ele sabe que as chances da vítima estar armada diminuiu muito.
o bandido sabendo da certeza da reação, ele deixa de ter a certeza do êxito, e na maior parte das vezes desiste.
Atualmente o bandido sabe que tem que ser muito azarado para levar a pior em um assalto.] Se não conseguiu diminuir, o Estatuto ao menos conseguiu estagnar a taxa de violência letal. Nunca se disse que era o instrumento suficiente para reduzir a criminalidade, mas apenas uma das ferramentas — afirma Jacobo. 

Estudo divulgado pelo Ministério da Justiça, em 2010, mostrou que o Brasil tinha 16 milhões de armas em circulação. Foram entregues 666.437 unidades voluntariamente, desde o início da campanha do desarmamento, em 2004. Há, portanto, um grande número de armas que poderiam ser entregues se os donos se sentissem mobilizados peia ideia de se desarmar. Sem recursos para uma nova campanha, o governo pretende apoiar nova edição do Mapa da Violência, com redução de mortes desde o desarmamento, e relançar o site com a lista de pontos para entrega de armas.

Fonte: O Globo
 


sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

CONTANDO CADÁVERES



Publicado na Veja desta semana, um artigo de Reinaldo Azevedo sobre os bajuladores nacionais de Fidel Castro provocou entre os referidos a clássica reação desproporcional de ódio insano, camuflado em indignação moral e vertido abundantemente em cartas à redação e e-mails ao blog do colunista. O que mais irritou os remetentes foi a comparação entre o número de vítimas da ditadura brasileira e as da cubana – quatro centenas aqui, cem mil lá, num país de população quinze vezes menor --, mostrando, pela enésima vez, que os protestos humanitários tão típicos da tagarelice esquerdista se baseiam na total inversão das proporções e numa reivindicação psicótica do direito ao genocídio abençoado.

Contra esses números que falam por si, o beautiful people fidelista reagiu em massa mediante argumentos que, somados, se resumem a dois, o primeiro enunciado pelo diretor teatral Gerald Thomas, o segundo pelo tom geral das mensagens. Esses argumentos são: (1) O colunista escreve essas coisas porque está insatisfeito sexualmente; (2) Contar cadáveres não vale. Dessas duas premissas, o cérebro coletivo daquela entidade ruminante tirava a seguinte conclusão: Demitam esse desgraçado.

Como essa investida grotesca imita outras tantas das quais eu mesmo já fui alvo, aliás, pelas mesmíssimas razões, permito-me aqui acrescentar ao artigo de Reinaldo Azevedo três observações que, numa discussão séria do assunto – coisa que não se pode esperar de um Gerald Thomas e similares --, jamais deveriam ser esquecidas:
1. Quando os comunistas e seus amantes protestam contra a contagem de cadáveres, alegando que a quantidade não vem ao caso, eles o fazem porque sabem que seu partido é o recordista mundial de homicídios em massa. Abstraída a quantidade, os crimes do comunismo ficam parecidos com os de qualquer outra ditadura ou mesmo com os efeitos de erros acidentais ou de catástrofes naturais, camuflando sua fisionomia hedionda no confortável anonimato das generalidades. Reinserido no panorama o fator quantidade, o comunismo, como já afirmei, matou mais gente do que duas guerras mundiais, somadas a todas as ditaduras de direita, epidemias e desastres aéreos do século XX. É natural que os advogados de cliente tão ruim tenham de apagar da sua folha corrida o traço distintivo que faz dele aquilo que é: o mais temível flagelo que já se abateu sobre a espécie humana.

2. No exame da violência estatal, as comparações quantitativas são não apenas legítimas, mas indispensáveis e obrigatórias. Sem a quantidade, fica impossível distinguir entre homicídio e genocídio, entre crimes contra a pessoa e crimes contra a humanidade. Fazer abstração do fator quantitativo, como os esquerdistas invariavelmente fazem nessas discussões, é abolir toda a legislação internacional de direitos humanos, à qual no entanto eles mesmos apelam quando lhes convém, reduzindo-a a mero instrumento de propaganda.

3. No caso específico do Brasil e de Cuba, não se trata de uma comparação entre governos quaisquer, nem mesmo entre violência estatal “de direita” e “de esquerda”, mas da comparação entre dois exércitos em combate: de um lado, o Estado brasileiro; de outro, a guerrilha internacional planejada, comandada e subsidiada pelo governo cubano. Em todas as discussões do tema na mídia nacional, os guerrilheiros do MR-8, da ALN ou da VAR-Palmares são sempre apresentados como puros dissidentes internos, quando na verdade faziam parte de um organismo político-militar supranacional, a OLAS, Organização Latino-Americana de Solidariedade – antecessora do Foro de São Paulo –, que obedecia estritamente ao comando estratégico de um governante estrangeiro, o ditador Fidel Castro.

Ora, num confronto entre um Estado e uma força militar fundada no exterior, a única possibilidade de uma tomada de posição moral responsável é examinar quem começou as hostilidades e qual dos lados representava a alternativa mais razoável e humana. Que a iniciativa agressora partiu de Fidel Castro, é coisa que ninguém tem o direito de ignorar desde que a historiadora Denise Rollemberg – insuspeita de direitismo – demonstrou que a guerrilha nordestina de 1963 já era subsidiada pelo governo cubano, sendo, portanto uma fraude completa explicar a eclosão do terrorismo no Brasil como reação ao golpe militar que sobreveio meses depois.

Quanto ao segundo fator, a contagem das vítimas de um regime e do outro – quatro centenas de guerrilheiros em comparação com cem mil civis desarmados – fornece o dado essencial para o julgamento justo da situação. O Brasil foi agredido por uma força comandada do exterior, orientada pelo regime mais brutal e homicida do continente. Que na resposta nacional houve excessos e que eles devem ser investigados e punidos, ninguém jamais duvidou. Mas a reação em si, tanto quanto o uso da violência militar para implementá-la, foi inteiramente justa, necessária e moralmente obrigatória. Só mentalidades deformadas pelo culto autolátrico da santidade esquerdista podem negar uma verdade tão patente.

Fonte: Olavo de Carvalho