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segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Sobre o jogador de vôlei e a homofobia - VOZES

Francisco Razzo

“Leonardo Santos, travesti linchada e executada a tiros em 2017. Kelly da Silva, travesti negra, teve o coração arrancado; o assassino confesso falou que um dos motivos ‘foi que ele era um demônio’. Uma travesti, recentemente em Colatina, teve sua cabeça decapitada e seus olhos arrancados. São três mortes severinas, as três mortes matadas e tantas outras em vida que parecem não importar para o nosso Congresso Nacional.” 
 
"Gostaria de falar sobre Dandara dos Santos, torturada por oito homens e levada por uma carrinho de mão. [Ela foi] torturada até a morte, e morta com diversos tiros. Filmada e exposta na internet, esse caso foi qualificado pelo Tribunal de Justiça, Tribunal do Júri do Ceará, como motivação homofóbica. Houve um erro no caso, porque deveria ter sido [qualificado] por motivação transfóbica. Mesmo assim o Tribunal do Júri entendeu a motivação por homofobia.”

Homofobia se tornou termo tão elástico que, por homofobia, você pode criminalizar tanto a fúria odiosa do psicopata que decapita alguém como, por homofobia, você também pode condenar o jogador de vôlei que comenta um gibi com beijo gay

Os casos acima foram relatados por duas sustentações, na qualidade de amicus curiae, quando, em 2019, o Supremo Tribunal Federal discutia a criminalização da homofobia. Para ser mais preciso, quando julgavam a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) 26 e o Mandado de Injunção (MI) 4733, por suposta omissão do Congresso Nacional em editar lei que efetive a criminalização para atos de homofobia e transfobia.

Na época, escrevi o seguinte:as sustentações a favor da criminalização da homofobia apelam para casos de extremo requinte de crueldade, coisas que a gente só vê em séries como Mindhunter.  
Mas sabe quem acabará sendo criminalizado caso passe? 
Tia Lurdes, que vai à igreja aos domingos”. Não deu outra. 
Homofobia se tornou termo tão elástico que, por homofobia, você pode criminalizar tanto a fúria odiosa do psicopata que decapita alguém como, por homofobia, você também pode condenar o jogador de vôlei que fez o seguinte comentário a respeito de um gibi do Super-Homem com beijo gay: “Ah, é só um desenho, não é nada de mais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar”.
Qual o parâmetro para decidir o que é homofobia? Se homofobia é crime, e Mauricio Souza foi homofóbico, então Mauricio deve ser condenado como criminoso por um tribunal de Justiça e não simplesmente perder o emprego por causa da pressão do tribunal de exceção instaurado pelos proponentes das políticas identitárias.  
Para ser condenado por um tribunal de Justiça, Mauricio precisa ser julgado. 
Para ser julgado, precisa ser processado... sim, a espada da justiça é lenta.

Veja Também: O Talibã – e agora?
Os justiceiros da história
Só pode ser fanático

Porém, boa parte da imprensa e toda a comunidade LGBT se apressaram no justiçamento e já sentenciaram: “Mauricio fez comentários homofóbicos”. Mauricio é, portanto, homofóbico. Obviamente o clube em que ele jogava e os patrocinadores são livres para não querer em seu portfólio de atletas um representante condenado por homofóbico pelo tribunal de exceção. De fato, nenhuma marca é obrigada a estar associada com alguém que amanhã poderá figurar como personagem em uma série policial sobre psicopatas que trituram suas vítimas por ódio e dão opinião sobre gibis de super-heróis.

Encerro com a reflexão que um amigo cristão. Não sou capaz de escrever melhor. O pastor e escritor Yago Martins escreveu: “Já que homossexualidade é pecado, o normal é ser heterossexual. A Bíblia é heteronormativa, e a sociedade se afasta da influência cristã quando trata como algo normal a imagem de dois homens se beijando. Nisso, não há nada errado na fala do jogador."

Dito isto, algo incomoda: Não gosto do tipo de seletividade que se incomoda com homossexualidade nas mídias como se fosse pior que adultério, divórcio, violência, orgulho, ganância, ira, exibicionismo etc. O que leva alguém a lamentar homossexualidade em revistinha, mas não o sexo antes do casamento? Essa ênfase na homossexualidade como marca do fim da civilização ocidental é boba, infantil e contraproducente.

Esse é só mais um assunto, no meio de um mundo totalmente oposto à fé. Só mais um, no meio de tantos. Não vale o incômodo. No entanto, algo chama atenção nisso tudo: grupos LGBT se tornaram poderosos e mimados. Guiam decisões sociais e financeiras com base em pressão pública, e se ofendem com tudo, o mínimo que seja. Perdoa-se tudo, de roubo à assassinato. O pecado imperdoável é não os aprovar.

Agora que tudo é homofobia e até questionar beijo gay em quadrinho virou motivo para demissão, caminhamos para tornar insustentável a existência em sociedade. Não existe mais diálogo e opiniões, apenas poder. Hoje, o poder é deles. Será triste quando a roda girar.

Conservadores querem calar os gays e trans. Estes militam pela demissão e exclusão da vida social de quem acredita em família tradicional. Cristãos, por outro lado, deveriam estar fora deste cabo de guerra: lembrando que o mundo está podre, e que a solução está fora do mundo. Ainda assim, estamos aqui para defender as liberdades mais profundas. Que gays não percam seus empregos por isso, que conservadores não percam seus empregos por isso. E que todos possamos nos permitir em sociedade – pelo bem da civilização, contra o estabelecimento da barbárie. Quer criminalizar homofobia? Então que seja qualificado: homofobia é um discurso de incentivo à violência, e ponto.  
Questionar se homossexualidade é desviante ou não, se suas uniões são equivalentes à família nuclear, se deveria estar em material infanto-juvenil NÃO É HOMOFOBIA.  
Você pode discordar, pode achar retrógrado, pode não gostar do discurso. No entanto, criminalizar o que te ofende é tomar o mundo de arrasto pela força.  
É quase como um ministro do STF terrivelmente evangélico tentar criminalizar discursos contra a crença em Deus.”

Francisco Razzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Escolhido por Bolsonaro foi contra a extradição do terrorista Cesare Battisti

Nas redes sociais, advogados conservadores associam Kassio Nunes à esquerda e ao Centrão; suas preferências são outras 

Grupos de direita se mobilizam contra a escolha de Bolsonaro para o STF

Logo que conhecida a escolha de Jair Bolsonaro para o lugar de Celso de Mello no STF, as redes sociais de direita e conservadora se mobilizaram. Esses aliados do presidente foram buscar informações  sobre Kassio Nunes, do TRF-1, e, ao deparar com o perfil do desembargador – indicado ao tribunal por Dilma Rousseff e ter se posicionado contra a extradição de Cesare Battisti – caíram de pau.

“Presidente Bolsonaro, por que não nos ouve? Por que não ouve seus eleitores? Presidente, para que comunicar antes ao STF? Para quê?”, escreveu um desses advogados num grupo de direita. Outras postagens apontavam seus favoritos para a vaga do decano, como de Ives Gandra Filho e do ministro da Justiça, André Mendonça, que tem o endosso da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure). 

“É um nome que goza de alta confiança e prestígio no governo e entre nós juristas evangélicos e mostra-se o mais consistente no atual cenário. De notável saber jurídico e reputação ilibada.  Além  disso, tem recebido o apoio das organizações religiosas, agências missionárias e instituições confessionais de ensino com as quais temos nos relacionados, sendo, portanto, um nome de consenso dentro do segmento evangélico”, diz a nota de anteontem, assinada pelo conselho da Anajure. 

[Ives Gandra ultrapassa André Mendonça em todos os quesitos - sua condição de evangélico o aproxima de Ives Gandra, católico praticante, grande experiência e antes de tudo CRISTÃO = condição que é também a do ministro da Justiça.]

Blog Radar - Revista VEJA


domingo, 27 de setembro de 2020

Mudanças nas cortes supremas - Merval Pereira

O Globo

A direita no Supremo

[Presidente Bolsonaro: Ives Gandra Martins Filho, o melhor entre os melhores. é e continuará sendo a melhor indicação.]

A conformação do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Corte Suprema dos Estados Unidos está sendo alterada no mesmo momento histórico de viés direitista nos dois países. Nos Estados Unidos, a morte da juíza Ruth Bader Ginsburg, um ícone dos progressistas americanos, pode dar lugar a um plenário majoritariamente conservador, marcando por décadas o entendimento da Suprema Corte. 

No Brasil, a aposentadoria antecipada do ministro Celso de Mello, um exemplo de coerência e defesa da democracia, permitirá que o presidente Bolsonaro nomeie um ministro claramente conservador, embora não reverta a tendência progressista da Corte brasileira.  [presidente Bolsonaro, o melhor dos melhores, o nome mais adequado - que une, ensina e propicia segurança jurídica por possuir realmente o notório saber jurídico, a experiência de Magistrado somada à de Mestre em Direito propiciará a necessária segurança jurídica - é o de IVES GANDRA MARTINS FILHO.

Ele é e sempre será a melhor indicação. Cristão devoto e praticante, conservador, cultor dos BONS COSTUMES, dos VALORES CRISTÃOS, da FAMÍLIA, da MORAL e dos BONS COSTUMES - valores tão necessários ao Brasil e que andam em falta e o pouco que resta tentam destruir.

Além de ser uma pessoa possuidora de idoneidade induvidosa em todos os campos, leva uma  uma vida de asceta. Conheça mais, clicando aqui.].
A tentativa de controlar as decisões da última instância do Judiciário provoca crise política nos Estados Unidos, pois a nomeação da substituta de RBG deveria ficar para o próximo presidente a ser eleito dentro de 38 dias. Quando o ministro Antonin Scalia morreu, em fevereiro de 2016, o Senado americano, dominado pelos Republicanos como agora, não permitiu que o presidente Obama nomeasse o sucessor, sob alegação de que estava em seu último ano de mandato. Hoje, os mesmos Republicanos defendem a nomeação por Trump do novo ministro da Suprema Corte.  

O golpe parlamentar dos Republicanos, que fará com que a Suprema Corte fique com uma maioria de 6 conservadores contra 3 progressistas, está provocando grande discussão política, e surge a tese de que os Democratas, se ganharem a eleição para presidente com Joe Biden e o controle do Senado nas próximas eleições, aumentem o número de juízes da Corte Suprema. O democrata Franklin Roosevelt também ameaçou aumentar o número de integrantes da Suprema Corte para conseguir aprovar medidas de seu programa New Deal, lançado para combater as conseqüências da Grande Depressão de 1929, que estava sendo barrado pela maioria conservadora.   

Propôs ao Congresso, em 1937, lei aumentando a composição da corte para 15 juízes, e estabelecendo a nomeação de um juiz adicional, até o máximo de seis, para quem superasse a idade de 70 anos, quando o mandato, até hoje, é vitalício. A juíza Ruth Bader Ginsburg morreu no cargo aos 87 anos Em meio a uma crise institucional sem precedentes, a Suprema Corte mudou de posição devido ao juiz moderado Owen Roberts, cujo voto ficou conhecido como “the switch in time that saved nine” (“a mudança no tempo que salvou nove”, em tradução livre), e uma maioria a favor do “New Deal” foi formada.  

Entre nós, no regime militar, através do Ato Institucional 2, de 1965, o presidente Castello Branco aumentou de 11 para 16 o número de ministros do STF, para controlar a maioria, considerada de esquerda pelos militares. Com o AI-5, três juízes foram aposentados Evandro Lins e Silva, Hermes Lima e Victor Nunes Leal e dois renunciaram em protesto: ministros Antônio Gonçalves de Oliveira, presidente do tribunal, e Antônio Carlos Lafayette de Andrada.  

Podendo nomear cinco novos ministro, Costa e Silva restabeleceu a composição da corte com 11 ministros, número vigente até hoje. O presidente Jair Bolsonaro já defendeu o aumento de cadeiras do Supremo de 11 para 21, alegando que a atual composição da Corte é muito esquerdista. Depois de desistir de manter uma guerra aberta com o Supremo, Bolsonaro não insistiu mais no golpe parlamentar, mas pretende nomear um ministro “terrivelmente evangélico” para tentar reverter decisões como a lei do aborto, que é também um ponto central na campanha dos conservadores nos Estados Unidos.  [presidente Bolsonaro, Com Ives Gandra o Brasil não terá um ministro terrivelmente evangélico, mas um dedicado cristão e que defenderá os valores católicos e também dos evangélicos = os pontos a serem defendidos são convergentes.]

O provável indicado é Jorge Oliveira, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República. [Jorge Oliveira, nada contra o cidadão, o policial militar, Jorge Oliveira;

tudo contra a falta do notório saber jurídico e a pouco experiência como operador de direito - não tem sequer um décimo da experiência de IVES GANDRA MARTINS FILHO.]Há outros conservadores na disputa, como o “terrivelmente evangélico” ministro da Justiça André Mendonça, o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, que tem se esforçado para se mostrar próximo a Bolsonaro, e o ministro do Superior Tribunal de Justiça, João Noronha.

Nos Estados Unidos, o presidente Trump indicou a juíza da Corte de Apelação de Chicago Amy Coney Barret, uma professora da Universidade de Notre Dame que já tem explicitado posições conservadoras em relação a temas polêmicos como aborto, imigrantes e posse de armas.  Com 48 anos, garantirá aos conservadores uma longa supremacia na Corte Suprema dos Estados Unidos.  

Merval Pereira, colunista - O Globo


Conceito de cristofobia, mencionada por Bolsonaro em discurso na ONU

Em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente Jair Bolsonaro fez apelo à comunidade internacional “pela liberdade religiosa e pelo combate à cristofobia”. A declaração, realizada na última terça-feira, 22, levantou debates acerca da existência do preconceito contra cristãos. Para alguns, o conceito é equivocado, pois, segundo afirmam, “ninguém morre por ser cristão no Brasil”. Outros acreditam que o termo é uma tentativa de negar o extremismo religioso. Mas, afinal, o que seria a cristofobia?

De acordo com o padre Rafhael Maciel, sacerdote eleito pelo papa como Missionário da Misericórdia, o termo cristofobia se refere à aversão ou ridicularização pública de uma pessoa, em razão da sua fé em Jesus Cristo. “A igreja é repleta de mártires, vários santos no passado foram perseguidos porque acreditavam em Cristo. Naqueles primeiros tempos, não chamávamos de cristofobia”, esclarece o padre, recordando que a perseguição contra os cristãos se tornava testemunho de fé.

Em 2019, de acordo com o Vaticano, foram mortas 29 pessoas que decidiram não negar sua fé em Jesus Cristo, segundo o VaticanNews. Também no ano passado, 260 milhões de cristãos foram perseguidos em todo o mundo, segundo dado divulgado pela agência de notícias AFP, a partir de um relatório publicado em janeiro pela organização não governamental Open Doors (em português, Portas Abertas).

A ONG Portas Abertas entende a perseguição como “qualquer hostilidade experimentada como resultado da identificação de uma pessoa com Cristo”. Dessa forma, atitudes hostis, palavras e ações contra cristãos são consideradas perseguição religiosa. A definição, contudo, não é aceita universalmente, afirmam. Convencionalmente, ela é vista como uma ação realizada ou respaldada pelo Estado. Para a entidade, outros agentes sociais, étnicos ou religiosos podem praticar ações que se configuram como perseguição.

Os principais tipos de perseguição contra cristãos listados pela entidade são por motivos de autoritarismo, paranoia ditatorial, antagonismo étnico, opressão islâmica e nacionalismo religioso. Anualmente, a Organização divulga a lista dos 50 países mais perigosos para os cristãos, a partir de levantamento realizado por instituições ligadas à promoção da liberdade religiosa. Entenda a metodologia

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Discurso de extrema direita

Para Christian Dennys, professor do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC), que estuda religião há 25 anos, o conceito de cristofobia é um termo que tem sido utilizado por supremacistas de direita para afirmar que maiorias cristãs são vítimas “das esquerdas”. Segundo o pesquisador, o termo ganhou novo significado a partir da midiatização (via redes sociais) e da judicialização (via bancadas evangélicas). [FATO: a perseguição aos cristãos ocorre de forma mais exacerbada em países dominados pela esquerda, de igual modo nos países que não cultuam valores como a FAMÍLIA, a MORAL, os BONS COSTUMES, e o ateísmo é sempre a 'religião' principal de tais regimes.

Aliás, o comunismo impõe o ateísmo como 'religião' única do estado.]

Em O Povo, MATÉRIA COMPLETA


quinta-feira, 18 de junho de 2020

Todos erraram, mas as mancadas da OMS foram as piores - VEJA - Mundialista



Diante de um vírus totalmente novo, a reação natural de todos, cientistas e leigos, foi procurar parâmetros nas epidemias do passado.
Procedem daí muitos equívocos. Entre eles, a concepção de que “a ciência” tem uma única e uniforme posição sobre tudo – quando, na verdade, debates, discussões e contestações são seu terreno natural até que os pares cheguem a um consenso. Governantes procuraram amparo na “ciência”, usada como um habeas corpus preventivo. Se fizessem besteiras, poderiam alegar que haviam seguido conselheiros inatacáveis.
Os erros mais gritantes ficaram com diferentes modelagens matemáticas. 
Vendendo certezas e entregando incertezas, projetaram números assustadores, como 500 mil mortos no Reino Unido ou 165 mil no Brasil. Muitos se esqueceram de ler as letras pequenininhas, onde se faz a ressalva de que as projeções virariam realidade se nada fosse feito para conter o vírus. Governos e populações assistiriam inermes à matança. Inclusive não ocorreria a ninguém a ideia de isolar por conta própria. Inquéritos parlamentares e até processos na justiça ainda virão apurar o que foi erro justificado e o que não foi. Mas quem vai investigar os equívocos da Organização Mundial de Saúde?

Como um braço da ONU, ela construiu um histórico de credibilidade, especialmente em campanhas de vacinação e orientações para países sem recursos assolados por doenças transmissíveis. Tudo bancado pelos Estados Unidos, o maior contribuidor – 893 milhões de dólares para 2018 e 2019. Até que Donald Trump cortou a verba, em abril.
Em segundo lugar está a Fundação Bill e Melinda Gates, com 531 milhões de dólares. A China, segunda maior potência econômica, aspirando a ser a primeira, só aparece em décimo-quinto lugar, com 71 milhões.

Para uma organização voltada aos países pobres, pois os ricos não precisam dela, pareceu positiva a escolha de seu atual diretor, um biólogo professoral chamado Tedros Adhanom Ghebreyesus, de nome complicado e origem mais ainda. Tedros, como é chamado, nasceu no território etíope que depois viraria a independente Eritreia, É cristão, fez doutorado em saúde pública e foi ministro da Saúde da Etiópia. Para entender melhor suas atitudes, ajuda conhecer a enorme influência chinesa na Etiópia. De usinas hidrelétricas a shopping centers, praticamente tudo que está sendo construído num país arrasado pela guerra civil é com dinheiro da China. Não é possível sustentar se houve má fé ou simplesmente impotência no caso do maior erro da OMS, a demora em qualificar corretamente a doença originada em Wuhan.

Nos bastidores, integrantes da cúpula da organização internacional sabiam muito bem que a China só “entregou” o genoma, em 11 de janeiro, porque ele havia sido publicado num site especializado em epidemiologia.
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É claro que países podem tomar iniciativas individuais, como fez Trump ao proibir os voos procedentes da China no começo de abril. Sob críticas todo mundo já sabe de quem. Muitos países fariam o mesmo, mas os Estados Unidos foram especialmente condenados. Em compensação, adversários tradicionais da China foram os primeiros a criticar a OMS. 
Deveria se chamar de “Organização Chinesa de Saúde”, disse o vice-primeiro-ministro do Japão, Taro Aso.
Taiwan, a ilha de chineses anticomunistas que o regime chinês sabota como pode, disse que foi simplesmente excluída pela OMS. Seus alertas precoces sobre o vírus passaram em branco. “A falta de sorte teve um papel na pandemia de Covid-19, mas o comportamento criminalmente negligente e maléfico da China colocou o mundo numa posição em que coisas ruins têm maior probabilidade de acontecer”, escreveu o microbiólogo Alex Berezow, do Conselho Americano de Ciência e Saúde, uma ONG especializada no tema.

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Outros erros: a taxa de mortalidade, colocada pela OMS em 3,4% (o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos calcula – o números ainda não pode ser finais – que fique na casa de  0,25%) e a trapalhada sobre a transmissão por assintomáticos.
Como é a mais perigosa, presumindo-se que os sintomáticos não saem de casa, houve uma corrida para esclarecer a declaração da epidemiologista americana Maria Van Verkhove
“Eu não estava anunciando uma política da OMS ou coisa assim”, esclareceu a médica. “Estava respondendo uma pergunta numa entrevista coletiva”.
Deu para entender?

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Comum na África, por tradição e necessidade, além de regiões do Brasil,  e na Ásia, especialmente na China, onde são considerados um prato fino, os animais selvagens estão na origem dos vírus mais perigosos.  Aids, Ebola e o novo coronavírus estão na categoria. Não teria efeitos mais imediatos propor a proibição desse consumo, especialmente perigoso quando animais vivos se misturam aos domesticados, “facilitando” a ponte para os humanos? Estabelecer mecanismos de vigilância? Ter um instrumento de inspeção em cooperação com a China?
Que nada. A OMS quer a revolução ambiental. 

[O Brasil está entre os países do mundo que deu o maior crédito as decisões da OMS - foram consideradas supremas, verdadeiros dogmas.
corrigindo: o Brasil não - quem fala pelo Brasil em assuntos internacionais é o presidente da República, por si,  ou representado pelo Itamaraty - e sim a turma inimiga do Brasil, da liberdade e da democracia = inimigos do presidente Bolsonaro.
Capitaneados pelo ex-ministro da Saúde, palanqueiro = cada entrevista um comício e sem qualquer noção de ética ou disciplina = fizeram um verdadeiro linchamento virtual do presidente, que ousou pensar diferente da OMS.  Grande parte da mídia, já tinha um bordão, quando alguém ousava contestar um decreto da OMS "desrespeitando as recomendações da Organização Mundial de Saúde".
Antes da OMS cair no descrédito, três práticas se tornaram crimes hediondos
- realizar  qualquer ação que fosse contrária, ou interpretada, aos decretos da OMS; 
- EXPRESSAR qualquer opinião crítica ao Supremo; e, 
- apoiar o presidente Bolsonaro.
A primeira foi revogada, as demais ainda vigem.] 

Blog MundialistaVilma Gryzinski, jornalista - VEJA


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Selva!

Há cerca de uma centena de pessoas com origem nas Forças Armadas atuando em cargos decisórios

“Seguindo a determinação de transparência e responsabilidade com os recursos públicos, prioridade em nosso governo, a ministra Damares Alves realizará auditoria dos benefícios suspeitos concedidos a ‘vítimas da ditadura’ nos últimos anos pela Comissão da Anistia”. Assim determinou o presidente Jair Bolsonaro, agora em pleno exercício de suas funções em Brasília, por decreto no Twitter. Embora seu ministro Paulo Guedes esteja empenhado na reforma da Previdência, esse sim o verdadeiro compromisso com a transparência e com os recursos públicos, o presidente escolheu enfatizar a caça às bruxas da ministra pastora. Ironia pouca é bobagem. [com o devido respeito à articulista: as indenizações, pensões e outras benesses que são pagas aos anistiados por decreto supremo da 'comissão de anistia' custam dinheiro público e a maior parte dos privilégios dados a criminosos é fruto de inúmeras fraudes perpetradas pelo conluio 'anistiados' e 'comissão de anistia'.
Todas as concessões precisam ser analisadas - sendo milhares talvez a opção da escolha aleatória seja a indicada - e as fraudes denunciadas criminalmente, suspensas por via administrativa e os fraudadores, cúmplices e beneficiários serem obrigados a devolver o pago indevida mente e ir para a cadeia.
Tem sentido o Lula, que foi aposentado por perder um dedo, receber uma indenização do INSS de mais de 50 mil reais?
E ainda ser anistiado político?

A reforma da Previdência é importante, mas, parte do déficit das contas públicas está no saco sem fundo representado por fraudes no INSS, nas indenizações de anistiados e outras ladroagens.

Presidente Bolsonaro, tem que investigar.
- Tem sentido um bandido do tipo Diógenes do PT, especialista em explosivos (que explodiu, entre outros, o soldado Mario Kozel Filho) ter sido anistiado, pensionado e indenizado - só de atrasados recebeu mais de R$400.000,00 - pela 'comissão de anistia', enquanto os familiares do soldado morto só recentemente passaram a receber uma pensão de pouco mais de um salário minimo mensal?
- tem sentido um bandido igual o 'clemente' que matou dezenas ter recebido indenização, pensão também autorizada pela dita comissão?
O aqui  AFIRMADO pode ser  comprovado mediante simples pesquisa no YOU TUBE, no Google.

Toda essa pressão que está sendo feita sobre o senhor (infelizmente seus filhos ajudam um pouco os adversários do capitão) tem como objetivo principal tirar o seu governo do foco.]
Vejam as palavras escolhidas pelo capitão da brigada democrática brasileira composta por generais de estrelas variadas: os benefícios concedidos são suspeitos. As vítimas da ditadura estão entre aspas, supostamente ou porque não são consideradas vítimas ou porque não houve ditadura no País como afirmam os revisionistas cuja cautela se foi após a vitória de Jair. Será Damares, a ministra pastora que advertiu famílias com filhas para deixarem o Brasil em clara demonstração de que não confia lá muito na capacidade do governo para o qual trabalha de entregar promessas de campanha no âmbito do combate ao crime e à violência, a encarregada de dar maior transparência e credibilidade aos recursos públicos perseguindo vítimas da ditadura. Apenas para sublinhar fatos, o Brasil teve ditadura e vítimas da dita cuja. [e centenas de brasileiro do bem foram covardemente assassinados pelas 'vítimas' da ditadura - afinal se indenizam bandidos confessos atribuindo-lhes a classificação de vítimas da ditadura, qual o motivo deles terem matado vários inocentes e estarem vivos?
indicador seguro de que não foram tão vítimas.]


São tuítes decreto como esse que ganham imensa atenção nas redes sociais. Referências à reforma da Previdência não têm lá muita graça. Estados brasileiros que declararam recentemente calamidade financeira tampouco são merecedores de atenção. Legal mesmo é ver o filho de Bolsonaro brigar abertamente no Twitter com o presidente da sigla que ainda ocupa, fritando-o antes que o pai pudesse emitir palavra. A lavação de roupa suja da semana passada que terminou com a saída de Gustavo Bebianno do governo junto com as novas atribuições de Damares deixam claro que as urgências do governo Bolsonaro passam bem longe do ajuste das contas públicas brasileiras sem o qual os sonhos do mercado financeiro e, mais do que isso, de milhões de brasileiros não se concretizaram assim tão facilmente. Bolsonaro já deu sinais de sobra de que prefere as intrigas às medidas, talvez porque não entenda muita coisa de medidas, sobretudo as econômicas como ele próprio já admitira.
Deturpadas as urgências, segue a ocupação militar do governo Bolsonaro apresentando inovação inédita na América Latina: com 8 ministros generais, incluindo o general Floriano Peixoto instalado no cargo de Bebianno, o Brasil é o primeiro país da região a formar um governo militar democraticamente eleito. [oportunamente lembrado: DEMOCRATICAMENTE ELEITO.] Ou melhor, um governo militar-cristão. Afinal, comecei esse artigo com Damares e vi a foto deslumbrante do Twitter com os três ministros ferrenhamente religiosos quase abraçados – o trio Damares-Ernesto-Ricardo.
De acordo com o jornal gaúcho Zero Hora, há cerca de uma centena de pessoas com origem nas Forças Armadas no governo de Jair Bolsonaro. Atuam em cargos decisórios de primeiro escalão, em gerências na Petrobrás, Eletrobrás, e Zona Franca de Manaus, além da gestão de recursos hospitalares, segurança pública e por aí vai. [até o presente momento, todas as suspeitas de falcatruas sobre integrantes do governo Bolsonaro, envolveram civis.]   O Exército concentra o maior número de cargos nos três escalões, segundo o Zero Hora. Há 29 oficiais-superiores com patente acima da do presidente: 18 generais e 11 coronéis. Não por acaso, as redes sociais já nos ensinam saudações militares que qualquer civil, hoje, deveria saber para não ser alvo de chacotas ou ataques pessoais. A utilizada na semana passada por Bolsonaro para saudar seu vice-presidente, algoz de seus filhos ambiciosos, é uma delas. Selva!
Selva, leitores! Esse, afinal, é o Brasil que herdamos das urnas em 2018. Na selva, será mais complicado do que se imagina fazer as reformas de que o Brasil necessita, mais difícil será crescer em ritmo suficiente para reduzir rapidamente o desemprego. Mas, isso não importa. O que importa é observar de perto os protagonistas do reality show Survivor com tonalidades unicamente tupiniquins.

Monica De Bolle - Economista, pesquisadora e professora