Saiba qual...
Após a maior crise enfrentada pelo Gabinete de Segurança Institucional em quase 100 anos de existência, o novo general a assumir o cargo, Marcos Antonio Amaro, já errou.
O general Marcos Antonio Amaro dos Santos toma posse como chefe do Comando Militar do Sudeste, em 2019 (Rovena Rosa/Agência Brasil)
E errou feio.
Na verdade, bastaram quatro dias para ele provar que a crise político-militar brasileira é ainda mais grave do que se imaginava.
Em entrevista ao Valor Econômico desta segunda, 8, Amaro afirmou: “Acho meio forte afirmar que houve um processo de politização [das Forças Armadas]”!
Meio forte?
O ministro não deve ter acompanhado os quatro anos do governo Jair Bolsonaro, os tenebrosos pedidos de volta do AI-5 ou a tentativa de golpe do dia 8 de janeiro (que levou à queda do seu antecessor). A politização do Exército, da Marinha e da Aeronáutica trasladou o país a crises institucionais em série, fragilizando a democracia e o Estado Democrático de Direito.
Marcos Antonio Amaro se referia ao projeto de lei costurado pelo presidente Lula e pelo ministro da Defesa, José Múcio, para que militares que se candidatarem não voltem para a ativa. Uma medida acertada que enfrenta um grande mal deixado por Bolsonaro.[os militares são cidadãos iguais aos demais e assim devem ser candidatos com os mesmos DIREITOS e DEVERES dos outros candidatos.]
Mesmo assim, disse o novo chefe do GSI: “Eu não acho que é uma medida muito adequada. Essa é a minha opinião pessoal. Não estou falando como chefe do Gabinete de Segurança Institucional”.
Sinceramente. Como não fala pelo GSI?
Revelada pela coluna, a ideia de Múcio é muito boa – já foi elogiada aqui [se o ilustre jornalista gostou, elogiou, deve ser analisada com mais cuidado; o jornalista, por razões familiares, não consegue resistir ao pecado de, sempre que possível, debochar das FF AA. A política brasileira precisa de mais generais Pazzuelos.] ]. – porque evita que “novos Pazzuellos” surjam na política nacional. Generais que assumirem ministérios terão que, simplesmente, ir para reserva.
Também evita que militares sejam candidatos e voltem para a fileira militar contaminados por ideologias.
Querem ser políticos? Que abandonem a carreira militar.
Para se ter uma ideia, foram mais de mil candidatos de diversos partidos nas eleições passadas. Eles subiram em palanques, fizeram discursos, se impregnaram de ideologias e voltaram para os quartéis.
Um verdadeiro horror que Lula tem razão de querer acabar! [a única coisa que o atual presidente faria de correto seria RENUNCIAR - poupando tempo e gastos públicos para expulsá-lo via impeachment, cada dia mais próximo.]
Aparentemente, o novo chefe do Gabinete de Segurança Institucional, um general, discorda do chefe. [bem informado e observador, o general já percebeu o que só os devotos mais fanáticos do demiurgo de Garanhuns ainda não perceberam, ou fingem que não notaram que o mandato do petista não resiste até o final do ano - será encerrado conforme a Constituição Federal vigente.]
Matheus Leitão, coluna em VEJA