Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.
Era uma vez um menino muito travesso chamado Dino. Ele só gostava de usar camisa vermelha desde criança.
Mais tarde, assumiu que era um comunista, graças a Deus!
Como bom comunista, Dino enaltecia os piores regimes do planeta. Quanto mais totalitarismo, censura, perseguição a inocentes, mais Dino aplaudia.
Dino virou ministro da Justiça numa aliança "para salvar a democracia".Era a piada pronta,pois o país não era bem uma nação que merecesse tal título, mas sim um grande circo. Logo no começo de seu mandato, uns arruaceiros desesperados resolveram invadir instituições de estado.
Dino ficou lá, com seu sorriso diabólico, só acompanhando os acontecimentos que poderia impedir. Ele mesmo meio que confessou para a imprensa aliada, sem saber que haveria uma CPMI em que a oposição cobraria as imagens.
Tanto o governo de Dino como a mídia subserviente trataram os acontecimentos daquele fatídico dia como o maior atentado golpista contra a democracia na história do país. Com base nisso, o aliado ministro supremo chegou a prender, de férias em Paris, mais de mil "meliantes", que teriam tentado dar um golpe usando algodão doce como arma.
Os parlamentares da CPMI exigiram, então, as tais imagens. O governo, que chamou aquilo tudo de ato golpista e não queria a abertura da CPMI para investigar, ficou de embromação e mandou a pelota para o campo supremo. Autorizado a entregar as imagens, Dino disponibilizou somente duas câmeras de segurança, enquanto um deputado da oposição provou existirem várias outras.
Os jornalistas prostituídos não se incomodaram, pois para eles basta a narrativa de Dino. Mas os insistentes opositores não desistiram, pois Dino ainda não conseguira transformar esse grande circo num típico país comunista, sua eterna inspiração. Aí algo teve de ser dito para dar alguma explicação, por mais fajuta que fosse, aos deputados e senadores. "Imagens do Ministério da Justiça e Segurança Pública em 8 de janeiro foram apagadas", dizia a chamada. "A justificativa é que as gravações ficam salvas por 15 dias e são excluídas para abrir espaço de armazenamento no sistema", constava no subtítulo. Puxa vida! Logo as imagens daquele dia tão importante, que o próprio Dino chamou de golpe terrorista?!
Quanto custa um hard disk com terabytes de capacidade de armazenamento?É bem baratinho, não é mesmo?
Para salvar a democracia, então, creio que o valor compensasse.
Mas nada disso importa. O tal país, como já disse, é um enorme circo, e o povo assume compulsoriamente o papel de palhaço.
Dino apenas sorriu uma vez mais, imaginando o contorcionismo dos jornalistas que comprou e transformou em militantes. Com sua pança esparramada no sofá caríssimo pago pelos trabalhadores, Dino se lembrou de quando era apenas um travesso menino na escola, e chegou sem seu dever feito.
A professora cobrou explicações, pois valia ponto, e o garoto Dino, rindo, apenas disse: "O cachorro comeu meu dever, professora". E depois saiu gargalhando, direto para o circo com tenda vermelha... Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
Você já reparou no quanto a esquerda detesta o Brasil? Observe o mimimi
histórico que nos é despejado em salas de aulas e em fake analysis da
mídia ideologicamente manipulada: o Brasil explorado, suas riquezas
drenadas, “veias abertas” ao longo dos séculos por um colonialismo de
péssima origem, que nada de bom produziu e a ninguém dignifica. Bem ao
contrário de todos os povos, o brasileiro é ensinado a se constranger de
sua história e a repudiar suas raízes. Rompidos nossos elos com o
passado, o mesmo mimimi se volta para as sujeições internas, para a
odiosa burguesia europeia, branca, machista, racista, capitalista e sei
lá mais o quê. Tudo construído para que nos vejamos como palermas
necessitados da inteligência, sagacidade e discernimento dos
“intelectuais” e políticos que disponibilizam esse condensado de
desinformação.
Você jamais
ouvirá uma só palavra que nos dignifique. Elogiam a
latino-americanidade, a pátria grande do Foro de São Paulo e da UNASUL, e
vilipendiam nossas origens ibéricas e lusitanas.
Nessa infeliz
preleção, o pequeno Portugal, cujo território é uma terça parte do meu
Rio Grande do Sul, que foi o primeiro Estado Nacional europeu, torna-se
objeto de ressentimento e desprezo.
Oculta-se o fato de aquela
minúscula nação se haver erguido à liderança mundial nos séculos XV e
XVI, assumido a tarefa quase impossível de povoar o continente
brasileiro e ter trazido a esta parte do mundo civilização a ocidental e
cristã. Aliás, minimiza-se a própria importância dessa civilização que
nos proporcionou idioma, fé e cultura.
Até a comemoração dos 500 anos
do Descobrimento foi repudiada!
Grandes
figuras da nossa história precisam sumir em breves referências que não
exaltam sua importância e, menos ainda, os propõem ao reconhecimento e à
gratidão nacional:José Bonifácio, Pedro I, Diogo Feijó, Duque de
Caxias, Barão de Mauá, Pedro II, D. Leopoldina, Barão do Rio Branco,
Joaquim Nabuco, Rui Barbosa. Eles e tantos outros, em qualquer país que
os contasse entre seus filhos, seriam credores de louvor e admiração. No
contrapelo, os que viram pelo avesso nossa história oferecem o culto a
José Dirceu, José Genoíno, Carlos Marighella, Luís Carlos Prestes...
Por isso,
multidões se emocionam com os vídeos do Brasil Paralelo. Eles enfatizam
nossa dignidade, nossos méritos, os fundadores da pátria. Sobram-nos
razões para o justificado orgulho nacional que todos os povos têm e no
qual fundam parte de suas energias.
Não somos filhos da macega! Não se
trata de ocultar recantos sombrios de nosso passado (qual país não os
tem?), mas de fazer o que os demais fazem, valorizando os muitos
aspectos positivos para neles cravar raízes e com eles estabelecer nossa
identidade nacional.
A conta
política da história mal contada se materializa em submissão aos
narradores que também se apresentam como redentores da riqueza nacional.
Em cinco séculos, apenas os 14 anos de governo petista mereceriam
respeito. Tenho ouvido, como sedutor relato contado e aprendido, que o
Brasil tem riquezas abundantes das quais e graças às quais todos
poderiam viver na fartura. É parte do processo de dominação cultural
preservar e reforçar a atitude dependente e subalterna em relação ao
Estado, entendido como inesgotável provedor de nossas necessidades
comuns e de nossa segurança individual. O Estado precisa ser grande e
forte para que à sua sombra possamos viver em meio a muitas estatais,
empregos públicos e pressuroso atendimento de todas as demandas sociais.
Os sedutores que nos querem dominar se apresentam como portadores desse
cardápio de muitos direitos e escassos deveres, a preços de liquidação,
embora no delivery só disponibilizem miséria e totalitarismo.
Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto,
empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores
(www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país.
Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia;
Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
“Para sair de um universo cerrado – e não é necessário de modo algum que seja um campo de concentração, prisão ou uma outra forma de encarceramento, pois a teoria se aplica a qualquer tipo de produto do totalitarismo – existe a solução (mística) da crença. A esse respeito não se vai dizer nada no que se segue, sendo a crença consequência da graça divina, seletiva por essência. As três soluções a que nos referimos são estritamente do mundo, têm caráter prático e se mostram acessíveis a qualquer um.”
É como começa o testamento político de Nicolae Steinhardt, publicado em seu O Diário da Felicidade, terminado de ser escrito em 1972, fruto de sua experiência nas prisões e campos de trabalhos forçados da Romênia comunista por ter se recusado a colaborar com o regime.
Foi condenado a 12 anos de prisão em 1960 e libertado em 1964. Eis suas três soluções: Primeira solução: a de Solzhenitsyn
“Essa solução consta, para quem passa pelo limiar da Securitate ou outro qualquer órgão análogo de inquérito, em dizer a si mesmo, com decisão: neste exato instante, morro mesmo. (...) Se pensar assim, sem hesitação, o indivíduo está salvo. Já não se pode fazer nada contra ele: já não tem nada com que possa ser ameaçado, chantageado, iludido, enganado. (...) Já não existe a moeda com que se possa pagar o preço da traição. Exige-se, todavia, naturalmente, que a decisão seja firme, definitiva.”
A condenação do humorista Léo Lins e a cassação do mandato de Deltan Dallagnolsão sinais mais do que evidentes de que a corda totalitária em torno do pescoço da sociedade brasileira está no ponto certo para ser puxada e nos enforcar
Segunda solução: a de Alexander Zinoviev
“A solução reside na total inadaptação ao sistema (...). Não entra no sistema por nada deste mundo, nem mesmo no serviço mais insignificante, mais inútil, mais desengajado. (...) Tal homem, situado à margem da sociedade, é também imune: não há de onde possam exercitar sobre ele nenhuma pressão, não têm o que lhe tirar nem lhe oferecer. (...) Tem a língua solta, fala até cansar, dá voz às mais arriscadas anedotas, não sabe o que é respeito, vê tudo de cima, diz o que lhe passa pela mente, pronuncia verdades que os outros nem sequer poderiam imaginar sussurrar. É o menino do conto de fadas de A roupa nova do imperador, de Andersen. É o bufão do Rei Lear.”
Terceira solução:a de Winston Churchill e de Vladimir Bukowski
“Resume-se ela: em presença da tirania, da opressão, da miséria, das adversidades, das desgraças, das calamidades, dos perigos, não só não te abates, mas, ao contrário, tira delas a vontade louca de viver e lutar. (...) Quanto mais as coisas vão mal para ti, quanto mais imensas são as dificuldades, quanto mais és ferido, mais cercado e submisso aos ataques, quanto mais não entrevês nem sequer uma esperança probabilística e racional, quanto mais o cinzento, a escuridão e o viscoso se intensificam, se inflam e se enredam de modo mais inextricável, quanto mais o perigo te desdenha mais diretamente, tanto mais tens desejo de lutar e conheces um sentimento (crescente) de inexplicável e eminente euforia.”
Na conclusão de seu testamento, Steinhardt responde aos prováveis discordantes de suas soluções, que considera cada uma como sendo “boa, suficiente e salvífica”, duvidando existirem outras:
“Protestareis, quem sabe, considerando que essas soluções subentendem uma forma de vida equivalente à morte, ou pior que a morte, ou implicando o risco da morte física a qualquer instante. Isso é assim, admirai-vos? Porque ainda não lestes Igor Safarevich, porque ainda não vos destes conta de que o totalitarismo não é tanto a solidificação de uma teoria econômica, biológica ou social, mas muito mais a manifestação de uma atração pela morte. Mas o segredo dos que não podem enquadrar-se no abismo totalitário é simples: eles amam a vida, não a morte.”
Lembrei deste testamento político nesta semana, com as notícias da condenação do humorista Léo Lins e a cassação do mandato de Deltan Dallagnol, sinais mais do que evidentes de que a corda totalitária em torno do pescoço da sociedade brasileira está no ponto certo para ser puxada e nos enforcar.
Considerada do ponto de vista “estritamente do mundo”, essa solução de se dar por morto não significa amar a vida. Sem uma perspectiva transcendente, a morte é só a morte, não uma solução
Já reli esse trecho da obra de Steinhardt dezenas de vezes, como um memento mori, aquele exercício diário de aceitação da morte que monges fazem. Sei que, das três soluções, somente a primeira eu talvez conseguisse aplicar. As outras duas, só por graça divina. E reconhecer isso não deixa de ser uma aplicação da primeira.
Não é à toa que o próprio Steinhardt termina seu testamento contradizendo a premissa inicial de que nada falaria sobre a “solução (mística) da crença”, dizendo: “Mas a morte, quem sozinho a venceu? Aquele que com a morte a morte pisou”. Quem? Jesus Cristo. Ou seja, somente aquele que se dá por morto por amor a Cristo irá realmente se salvar.Esta é a única solução.
O povo paraguaio acaba de eleger novo presidente.Santiago Peña, de 44
anos, sucede a seu correligionário do Partido Colorado, Mário "Marito"
Abdo, amigo paraquedista do ex-presidente Jair Bolsonaro.Peña fez 43%
dos votos, superando a coligação centro-esquerda, com 27%.
Foi também
uma derrota da igreja progressista, que apoiou o perdedor.
É a maior vitória da centro-direita, porque elegeu 15
dos 17 governadores e a maioria da Câmara e do Senado.
Mais do que isso,
o vitorioso em confiabilidade foi o sistema eleitoral eletrônico com
comprovante impresso.
Em duas horas, resultado confiável. Um modelo para
o Brasil.
O eleitor paraguaio parece estar bem informado.
Percebeu que os governos de esquerda da América Latina não andam bem.
O
da Argentina é um fiasco.
No câmbio livre, são necessários 300 pesos
para comprar um dólar. E pensar que o ministro da Fazenda do Brasil,
Fernando Haddad, [vulgo 'poste'.] queria moeda única com o Mercosul…[e, aproximadamente 60 pesos para comprar um Real e o genial 'poste' queria o sur; em outras palavras = 1 sur valeria um real. É o pt, a esquerda, tentando pensar governar.]
Financiamento No entanto, o governo do Brasil quer ajudar com financiamentos, pois lá é ano eleitoral.O problema é achar garantias.
O chileno Gustavo Boric, depois que um plebiscito
recusou sua constituição neoesquerdista, perdeu o rumo e já não sabe o
que fazer. [uma coisa é certa: o apedeuta que preside o Brasil também está sem rumo - ele e seu séquito.
Sob o Desgoverno Lula o Brasil não aguenta nem até o final deste ano.
Lula vai pedir para sair ou sairá sob impeachment.]
Na Bolívia, a vitória de Luis Arce parecia dar força a Evo
Morales, mas o país ficou capenga com a hostilidade ao investimento
privado e o câmbio fixo. Sem reservas, está com dificuldades de
importar.
Na Colômbia,o presidente Gustavo Petro perde maioria
no Congresso e ganha protestos nas ruas.No Peru, acabou na prisão o
presidente esquerdista Pedro Castillo e a vice, Dina Boluarte, anda
perdida — os protestos nas ruas já deixaram 39 mortos. No México, Manuel
López Obrador tentou restringir a oposição numa lei eleitoral e, agora,
enfrenta as ruas.
Quando não produz apenas fracassos, a esquerda
latino-americana tem sucesso ao implantar ditaduras, como é de sua
ideologia. Cuba é a mais antiga delas — além de antiga, antiquada.
Nicarágua e Venezuela seguem-lhe os passos. É de sua natureza: censura,
prisões, autoritarismo. Uma vitrina para os brasileiros mirarem, com
espelhos ao fundo. Votamos assim, teremos um destino assim.
Deixamos de amar a Constituição, que nos garante como
Estado Democrático de Direito. O descumprimento de leis é corrente,a
existência de Três Poderes é lesada pela hegemonia do Supremo Tribunal
Federal (STF) — o único poder sem a chancela do voto popular.
O Paraguai atrai investimentos brasileiros com um
sistema tributário sensato e segurança jurídica. No Brasil, há fuga de
capitais e de gente, por insegurança pessoal, patrimonial e jurídica.
Se
tivéssemos o comprovante do voto eletrônico, como no Paraguai,
poderíamos garantir mais a vontade dos eleitores.
Por enquanto, vivemos mais um degrau para o
totalitarismo:o projeto para censurar as redes sociais, sem respeitar
Constituição, que em 1988 baniu "toda e qualquer censura".
A História
nos conta que ganhamos a Guerra do Paraguai. Mas foi em 1870. Agora eles
estão ganhando.
A
receita do totalitarismo não começa com a censura da opinião. Esta é uma
fase posterior, abrutalhada e menor. O primeiro ingrediente da receita é
a censura do pensamento.
Sei que você dirá, leitor, ser impossível
impedir as pessoas de pensar.
No entanto, é perfeitamente viável
restringir, com determinação e êxito, o acesso das mentes ao
contraditório, ao pluralismo, às fontes da sabedoria, à informação ampla
sobre o passado, o presente e as perspectivas para o futuro. Ou seja, é
possível trazer o horizonte do saber para a ponta do nariz do cidadão,
encurralando sua mente e confinando seu pensamento a uma preconcebida
gaiola. E isso está em pleno curso.
Não estou
falando de alguma distopia. Estou descrevendo, enquanto posso, o que
vejo acontecer através dos mais poderosos mecanismos de formação e
informação em nosso país: Educação, Cultura, Imprensa e Igrejas
(Teologia da Libertação). A censura, em fases que vão dos direitos do
texto aos direitos individuais do autor, é o arremate, o retoque sobre o
trabalho de um mecanismo de ação muito mais intensa, extensa e
profunda. A primeira fase é dos intelectuais; a segunda, dos
brutamontes.
Não deixa
de ser contraditório que, no Brasil, a censura seja exercida,
notoriamente pelos andares mais altos do Poder Judiciário.
Afinal, o
direito à liberdade de expressão do mais humilde e derrotado mané é
superior ao de qualquer ministro do Supremo Tribunal Federal. Não se
zanguem estes, nem se surpreenda o leitor:os manés não exercem
atividade jurisdicional, não têm qualquer compromisso ético e funcional
com imparcialidade, neutralidade, isenção, equanimidade, equilíbrio,
etc.
Ministros do STF e magistrados, por todas as razões, deveriam
evitar a própria expressão pública, falar nos autos e deixar para os
políticos as tagarelices e ativismos da política.
Dezenas de
milhões de brasileiros perceberam que, proclamada a vitória de Lula na
eleição presidencial, fechava-se o cerco às divergências.
Anteviu que a
inteira cúpula dos três poderes de Estado estaria trabalhando conjunta e
afoitamente na criação de distintas e múltiplas estruturas de controle
das opiniões expressas pelos manés da vida.
A judicialização da Política
coligar-se-ia com a politização da Justiça. Passaram a pedir socorro.
Silenciosamente, muitos, em diálogo com seus travesseiros; outros, em
desacertos e desconcertos familiares; outros ainda acamparam às portas
dos quartéis. Inutilmente, como se viu.
O
vandalismo de uns poucos foi o instrumento para o inacreditável arrastão
judicial do dia 9 de janeiro, mas – estranho, não é mesmo? – em quase
dois mil brasileiros cumpriu-se a profecia do ministro Alexandre de
Moraes quando, no dia 14 de dezembro, apenas três semanas antes, com um
sorriso irônico, anunciou haver ainda muita gente e multa para aplicar.
Estranho, também, que sobre todos incidiu a mesma acusação comum: foram
arrebanhados porque expressavam diante dos quartéis medo do que, bem
antes do esperado, acabou se abatendo sobre eles de modo impiedoso.
Só não se
angustia com isso quem aceita que a liberdade seja protegida com a
supressão da liberdade.E só aceita esse contrassenso quem, usando
neologismo da moda, apoia a esquerdonormatividade que, em outubro,
fechou cerco e tomou o Estado brasileiro.
“E qual é a
saída?”, perguntará o leitor afoito. Meu caro, não há porta de saída. O
que há é caminho.Porta da esperança é programa de auditório, crença
que levou à derrota em outubro. Há o caminho da política, percorrido com
coragem, determinação, formação, organização e ação contínua.
Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto,
empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores
(www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país.
Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia;
Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
A tirania é viciante para os tiranos. A vontade de mandar
aumenta a cada dia na razão direta da vontade de calar a crítica, as
vozes que alertam sobre o avanço do totalitarismo
O TSE acaba de diplomar Lula e Alckmin, isto é, atestou
que eles ganharam a eleição presidencial e estão aptos a tomar posse
diante do Congresso Nacional.
O presidente do TSE e o presidente eleito
fizeram discursos em que defenderam as mesmas teses.
Disseram que o
outro lado ataca a democracia, que precisa ser defendida evitando
mentiras,enquanto controlam a liberdade de expressão.
Explicaram que a
ação do Supremo e do TSE é defesa da democracia, num Estado de direito.
E
a gente aceita, porque temos a fraqueza de engolir discursos que são o
oposto do que testemunhamos e comprovamos — é da nossa cultura. Moraes
afirmou que jamais houve uma fraude no sistema eletrônico, e Lula ousou
apregoar que as urnas digitais"são de confiança reconhecida no mundo
todo". Nós achamos natural esse tipo de discurso. [COMENTANDO e SUGERINDO: Lula mentiu sobre o alcance universal do reconhecimento da confiabilidade das urnas eletrônicas - mentir para ele é tão essencial quanto respirar.
Também temos que considerar a total ausência de conhecimentos geográficos do analfabeto eleito = em um dos seus mandatos pretéritos ele apregoou a necessidade de fortalecer a fronteira do Brasil com os Estados Unidos da América.
Aproveitamos para sugerir ao presidente Bolsonaro que mantenha firme sua posição de NÃO RECONHECER a vitória do cidadão sob comento - o NÃO RECONHECIMENTO, cuja manutenção sugerimos, não constitui ato antidemocrático.]
A bandeira de São Paulo traz a inscrição latina non
dvcor dvco, que significa "não sou conduzido, mas conduzo". Em
democracia, isso deveria estar cunhado na alma de cada cidadão. Mas na
nossa cultura,agimos como súditos, vassalos, dependentes, tutelados,
esquecendo que somos cidadãos, pagadores de impostos, eleitores.
Quem
escolhe e sustenta deputados, senadores, vereadores, prefeitos,
governador, presidente é o povo. Por isso, cada um de nós é origem do
poder. Por nós, povo, é que fizeram uma Constituição, para submeter o
Estado a nós,e nos submetermos todos as leis feitas com base na lei
maior.
Nós, o povo, não somos uma massa uniforme; cada um de nós é uma
pessoa para a qual até Deus permitiu o poder do arbítrio.
As leis que
nos desencorajam a cometer crimes são as mesmas que nos garantem a vida,
a propriedade, as liberdades de ir e vir, de reunião, de expressão, de
opinião.
Mas, com a cultura da vassalagem, muitos de nós acham natural
que alguma autoridade decida o que podemos e o que não devemos dizer.
Lula e Moraes, na diplomação, defenderam uma liberdade
restrita ao que eles julgarem ser a verdade.
Precisou de uma eleição
para que pelo menos metade da nação despertasse na defesa da
Constituição e das liberdades.
O devido processo legal foi violentado há
três anos, sob silêncio da mídia, do Senado, da OAB. Mas,
principalmente, do povo, para quem existe o Estado.
Durante a Copa no
Catar, percebeu-se o quanto é conveniente para os que se apropriaram das
instituições do Estado a alienação pelo futebol.Um gol do time
preferido serve para não se perceber omissão no Senado, ou ativismo no
Supremo.
E os senhores do patrimonialismo — que alguns chamam de
mecanismo — vão pondo em prática, passo a passo, a volta à apropriação
do Estado e aos privilégios e benesses com poder aquisitivo, ante o
silêncio dos verdadeiros senhores, o povo.
A tirania é viciante para os tiranos. A vontade de
mandar aumenta a cada dia na razão direta da vontade de calar a crítica,
as vozes que alertam sobre o avanço do totalitarismo.
Vão repetindo os
discursos sobre democracia e liberdade, e quem está viciado em ser
vassalo aceita, porque é cômodo. É mais fácil ser conduzido que
conduzir.
O antídoto para isso é popularizar a Constituição como bíblia
da cidadania.Eliminaria a intermediação de intérpretes, que acabam
sucumbindo à tentação de serem donos e condutores da lei maior. [o pior, inevitável mesmo, é eliminar a intermediação dos intérpretes, que sem nenhuma dúvida passaram a confundir interpretação como meio hábil para modificação do que é objeto de interpretação.]
Não
sou de esquerda porque essa posição ideológica é baseada em três
crenças equivocadas: a de que totalitarismo produz liberdade, a de que a
distribuição da riqueza é mais importante que sua criação, e a de que o
Estado deve dirigir nossas vidas nos mínimos detalhes.
Essas
crenças são a base do comunismo e do socialismo, que são a mesma coisa:
sistemas filosóficos, morais e políticos mórbidos, usados por psicopatas
e aventureiros para transformar o ser humano em um farrapo corroído por
fome, miséria e degradação.
Esse é o resumo breve do que é “esquerda”.
Faltou
dizer que a esquerda sempre contou com o apoio dos intelectuais e, por
isso, tem um marketing incomparável: foi assim que uma ideologia
totalitária, violenta e empobrecedora se tornou promotora da “justiça
social”(seja lá o que for isso) e ganhou o apelido de “progressista”.
Quando as
revoluções sangrentas saíram de moda, a esquerda abraçou as bandeiras
das minorias, do feminismo e da ecologia para se manter no poder.
Percebam a ironia de ter esquerdistas liderando movimentos feministas,
antirracistas e ecológicos: basta contar quantos negros já foram
presidentes de Cuba ou Venezuela, quantas mulheres já foram chefes do
Partido Comunista Russo ou Chinês, ou lembrar do desastre ambiental da
China e da usina nuclear russa de Chernobyl.
Todo os
regimes comunistas da história foram ditaduras. NÃO HÁ UMA ÚNICA
EXCEÇÃO. Opositores são perseguidos, presos, torturados e mortos. Os
países são cercados de muros para que ninguém escape.
Apesar
disso, o comunismo ainda é apresentado como o regime da solidariedade e
do amor, onde“cada um dá o que pode e recebe o que precisa”.O comunismo
é um remédio que mata 100% dos doentes, mas que continua sendo vendido
até para crianças.“Pode confiar”, diz o fabricante. “Da próxima vez vai
dar certo”.
Essa
mentira assombrosa é divulgada nas artes plásticas, na literatura, na
arquitetura, no teatro, no cinema e na TV como verdade. Livros
escolares usados por nossos filhos plantam, em suas mentes imaturas, uma
ideia que significará, para muitos, uma vida de frustração, revolta
vazia, vício e pobreza.
Escolas de
direito doutrinam futuros juízes, promotores e defensores públicos no
ódio ao capitalismo e à prosperidade, e na promoção de um Estado
intervencionista, autoritário e onipresente. O
esquerdismo, socialismo ou “progressismo” é isso: um equívoco moral e
lógico, um instrumento de violência e opressão, e uma armadilha
emocional e intelectual, glamourizada, divulgada e promovida pelos
segmentos mais influentes e charmosos da sociedade.
Quem paga o preço disso são os que não podem se informar ou se defender.
Como disse Theodore Dalrymple, “os pobres colhem o que os intelectuais semeiam”.
E é por isso que eu não sou de esquerda.
Transcrito do site Percival Puggina - Publicado na página do autor no Facebook
O Brasil se tornou uma distopia. Quem poderia imaginar que as páginas de ficção de 1984, escritas por George Orwell em 1949, se tornariam o cotidiano do brasileiro em 2022?
Ministros do TSE, durante sessão que ampliou os poderes da Corte no
combate à suposta 'desinformação' nas eleições - 20/10/2022 | Foto:
Antonio Augusto/Secom/TSE
Depois de vivermos tempos sombrios durante a
pandemia, quando“duas semanas até achatar a curva”se tornaram dois
anos de opressão, coação, tirania e insanidade promovidos por
governantes, legisladores e até juízes no Brasil e no mundo, agora o
brasileiro ganha a versão estendida de um cenário de ações e medidas só
vistas em ditaduras e regimes totalitários.
Já durante a pandemia, o
Brasil pôde sentir o gostinho das canetadas inconstitucionais que
viraram febre em nove entre dez juízes, magistrados e projetos de
tiranetes. Mas não parou por aí.
O preço do silêncio de muitos diante de
incontáveis atos de claro desrespeito à nossa Constituição não ficou
apenas nos históricos anos de 2020 e 2021.
Totalitarismo e tirania,
pilares de ditaduras, não são implantados da noite para o dia, e o 2022
dos brasileiros, ano de eleição presidencial, seguiu as páginas
distópicas de Orwell.
Depois de sermos cerceados e guilhotinados por
questionar um vírus que pode ter sido criado em laboratório, vacinas
experimentais sendo forçadas na população, tratamento, lockdown
e medidas restritivas inconstitucionais, fomos cerceados de questionar e
debater medidas de maior segurança para o nosso sistema eleitoral.
O “Ministério da Verdade”, presente na ficção de Orwell e
transportado para a nossa realidade em assustadora velocidade, vem
ditando há mais de dois anos o que pode ou não ser debatido ou
questionado no Brasil. A tirania do judiciário brasileiroque temos
vivido através de ministros do STF e do TSE, que fere prerrogativas
exclusivas do legislativo e executivo, deu passos gigantes nesta semana
em direção ao absoluto totalitarismo.
Em algumas decisões para lá de autoritárias, ministros do (P)TSE/STF
proferiram votos tão absurdos que ninguém precisa ser advogado ou
jurista para entender a bizarrice das palavras ditas por aqueles que
deveriam apenas aplicar o que já está escrito em nossa Constituição.
Na
toada que censurou veículos de imprensa como a Jovem Pan e a produtora
Brasil Paralelo nesta semana, Alexandre de Moraes bradou as seguintes
palavras em seu voto a favor da censura: “(o conteúdo) …é a manipulação
de algumas premissas verdadeiras, onde se juntam várias informações
verdadeiras, que ocorreram, e que traz uma conclusão falsa, uma
manipulação de premissas”. Ou seja, você até pode estar diante de fatos
verídicos e documentados nas páginas da história, mas o ministro achou
melhor você não ver ou ouvir algo que — embora verdadeiro! — pode fazer
com que você tire as conclusões erradas — leiam-se conclusões de que
eles não gostam.
Não pudemos questionar, debater e até opinar em 2020 e
2021.
Em 2022, não podemos questionar, debater, opinar e concluir.
O curioso é que no livro do próprio Alexandre de Moraes,Direito Constitucional,
no capítulo 12 podemos ler: “A liberdade de expressão e de manifestação
de pensamento não pode sofrer nenhum tipo de limitação prévia, no
tocante à censura de natureza política, ideológica e artística”. E
continua: “A censura prévia significa controle, o exame, a necessidade
de permissão a que submete, previamente e com caráter vinculativo,
qualquer texto ou programa que pretende ser exibido ao público em geral.
O caráter preventivo e vinculante é o traço marcante da censura prévia,
sendo a restrição à livre manifestação de pensamento sua finalidade
antidemocrática. O texto constitucional repele frontalmente a
possibilidade de censura prévia.”
Vídeo comprovando o sinal de 'degola' aos 40'
Para o caso da Jovem Pan, os comentaristas e o próprio noticiário
foram proibidos de informar os brasileiros sobre os fatos que envolvem a
condenação de Lula. Debates que permeiam o próprio campo jurídico no
país sobre o assunto foram categoricamente suspensos. A emissora
argumenta que a decisão da Corte Eleitoral foi proferida“ao arrepio do
princípio democrático de liberdade de imprensa”, que proíbe qualquer
forma de censura e obstáculo para a atividade jornalística. “Não importa
o contexto, a determinação do Tribunal é para que esses assuntos não
sejam tratados na programação jornalística da emissora. Enquanto as
ameaças às liberdades de expressão e de imprensa estão se concretizando
como forma de tolher as nossas liberdades como cidadão neste país,
reforçamos e enfatizamos nosso compromisso inalienável com o Brasil.
Acreditamos no Judiciário, nos demais Poderes da República e nos termos
da Constituição Federal de 1988. Defendemos os princípios democráticos
da liberdade de expressão e de imprensa e fazemos o mais veemente
repúdio à censura”, diz o comunicado oficial da emissora que mais
cresceu em audiência no último ano no Brasil.
O respeitado jurista Modesto Carvalhosa disse nesta semana que o TSE
promove uma “censura prévia” à Jovem Pan, ao impedir que a emissora
veicule determinados conteúdos sobre o ex-presidente Lula, como
corrupção e condenações: “A medida feriu o artigo quinto da
Constituição, inciso XIV, que assegura o acesso à informação a todos.
Não temos um regime democrático efetivo, a partir da clara tendência do
tribunal de defender uma das partes do candidato. E a Corte Eleitoral
está fazendo isso de uma maneira grosseira e antijurídica. A censura é
uma forma de impedir que os eleitores tenham acesso aos fatos. O
resultado da eleição está maculado por esse ato de força do TSE contra
um dos veículos de imprensa brasileiros”, afirmou Carvalhosa.
Em mais decisões tirânicas completamente desenfreadas, a ministra
Cármen Lúcia, vetando a veiculação de mais um documentário da produtora
Brasil Paralelo (Quem Mandou Matar Jair Bolsonaro?), ensaiou
uma defesa da liberdade de expressão e de imprensa, mas acabou
sucumbindo ao tosco corporativismo da Corte. Durante a votação que
guilhotinou mais uma vez a liberdade de expressão, ela disse: “Não se
pode permitir a volta de censura sob qualquer argumento no Brasil.
Medidas como esta, mesmo em fase de liminar, precisam ser tomadas como
algo que pode ser um veneno ou um remédio. Vejo isso como uma situação
excepcionalíssima. Se, de alguma forma, isto se comprovar como
desbordando para uma censura, deve ser imediatamente reformulada esta
decisão”, completou. Apesar de sua declaração, Cármen Lúcia, que já
bradou as “corajosas” palavras “cala a boca já morreu” para defender a
liberdade de expressão, votou favoravelmente às restrições de veiculação
do documentário.[confira o áudio e vídeo do voto da ministra, o qual chamamos de 'voto envergonhado'.]Disse ser uma situação “excepcionalíssima”e que as
determinações serviriam para assegurar a segurança do pleito. Segurança
de quem?
Por que hoje a corte que deveria manter a ordem no país só consegue trazer caos e divisão?
Não custa trazermos, enquanto ainda podemos, parte da decisão do STF
na ADI 4451, de 2018,quando a suprema corte no Brasil declarou
inconstitucionais — por unanimidade — dispositivos da Lei das Eleições
que vedavam sátira a candidatos. Curiosamente, todos os ministros
seguiram o voto do relator — sim, Alexandre de Moraes —, segundo o qual
os dispositivos violavam as liberdades de expressão e de imprensa e o
direito à informação. Em um trecho do documento, a Corte decidiu: “São inconstitucionais os dispositivos legais que tenham a nítida
finalidade de controlar ou mesmo aniquilar a força do pensamento
crítico, subordinação ou forçosa ou adequação programática da liberdade
de expressão a mandamentos normativos cerceadores durante o período
eleitoral”.
Tem mais.
“Tanto a liberdade de expressão quanto a participação política em uma
democracia representativa somente se fortalecem em um ambiente de Total
visibilidade e possibilidade de Exposição crítica das mais variadas
opiniões sobre os governantes.”
Não acabou, não.
“O direito fundamental à liberdade de expressão não se direciona
somente a proteger as opiniões supostamente verdadeiras, admiráveis ou
convencionais, mas também aquelas que são duvidosas, exageradas,
condenáveis, satíricas, humorísticas, bem como as não compartilhadas
pelas maiorias. Ressalte-se que, mesmo as declarações errôneas estão sob
a guarda dessa garantia constitucional.”
A cereja do bolo dessa votação, que pode ser encontrada no YouTube, é
a declaração do atual traidor da Constituição e da pátria, Alexandre de
Moraes. Na época, ele disse: “Quem não quer ser criticado, quem não
quer ser satirizado fique em casa. Não seja candidato, não se ofereça ao
público, não se ofereça para exercer cargos políticos. Essa é uma regra
que existe desde que o mundo é mundo, e querer evitar isso por meio de
uma ilegítima intervenção estatal na liberdade de expressão é
absolutamente inconstitucional”.
O que mudou?Por que hoje a corte que deveria manter a ordem no país
só consegue trazer caos e divisão? Diante de nossos olhos, a clara
devoção não apenas a um corrupto condenado em três instâncias por
magistrados apontados por esse mesmo político corrupto, mas a vontade de
fazer parte de um projeto nefasto de poder.
A obra 1984, de George Orwell, foi publicada em 1949 como
uma advertência contra o totalitarismo. Na Oceania de Orwell, um dos
três estados totalitários em guerra perpétua (os outros dois são a
Eurásia e a Lestásia), o território é governado pelo Partido, que
controla tudo e que fez uma lavagem cerebral na população para uma
obediência impensada ao seu líder, o Grande Irmão.
O Partido criou uma
linguagem propagandística conhecida como Novilíngua, destinada a limitar o livre pensamento e promover as doutrinas do Partido.
Suas palavras incluem oduplipensar,
crença em ideias contraditórias simultaneamente, que se reflete nos
slogans do Partido: “Guerra é paz”, “Liberdade é escravidão” e
“Ignorância é força”.
Para quem não leu o livro, não espere mais nenhum segundo. Sem maiores spoilers,
o herói do livro, Winston Smith, vive em uma Londres que ainda está
devastada por uma guerra nuclear que ocorreu pouco depois da Segunda
Guerra Mundial. Ele pertence ao Partido Externo (Outer Party) e
seu trabalho é reescrever a história do Ministério da Verdade,
alinhando-a com o pensamento político atual.
No entanto, o desejo de
Winston pela verdade e decência o leva a se rebelar secretamente contra o
governo. Ele embarca em um caso proibido com Julia, uma mulher que
pensa da mesma forma, e eles alugam um quarto em um bairro habitado por
Proles. Winston também se interessa cada vez mais pela Irmandade, um
grupo de dissidentes. Sem o conhecimento de Winston e Julia, no entanto,
eles estão sendo observados de perto pelo Grande Irmão (Big Brother).
Quando Winston é abordado por O’Brien, um oficial do Partido que
parece ser um membro secreto da Irmandade, a armadilha está armada.
O’Brien é, na verdade, um espião do Partido, à procura de “criminosos de
pensamento”, e Winston e Julia são eventualmente capturados e enviados
ao Ministério do Amor para uma reeducação violenta. Algo como o atual
“ódio do bem”.
O aprisionamento, a tortura e reeducação de Winston que
se seguiram destinam-se não apenas a quebrá-lo fisicamente ou fazê-lo se
submeter, mas a erradicar sua independência e destruir sua dignidade e
humanidade.
Na Sala 101, onde os prisioneiros são forçados à submissão
pela exposição aos seus piores pesadelos, Winston entra em pânico quando
uma gaiola de ratos é presa à sua cabeça. Ele grita para seus algozes:
“Faça isso com Julia!” e afirma que não se importa com o que aconteceria
com ela. Com esta traição, Winston é libertado. Mais tarde, ele
encontra Julia, e nenhum deles está interessado no outro. Em vez disso,
Winston passa a amar o Big Brother que agora o protege.
Winston é o símbolo dos valores da vida civilizada, e sua derrota é
um lembrete pungente da vulnerabilidade de tais valores em meio a
estados todo-poderosos e totalitários, seja pelas mãos de presidentes,
monarcas ou togados. A obra foi escrita como um aviso após anos de
reflexão de Orwell sobre as ameaças gêmeas do nazismo e do stalinismo.
Sua representação de um estado onde quem ousar pensar diferente e
questionar será “premiado” com tortura, onde as pessoas são monitoradas a
cada segundo do dia e onde a propaganda do Partido supera a liberdade
de expressão e pensamento é um lembrete sóbrio dos males de governos
irresponsáveis.
Em 2018 o então candidato Jair Bolsonaro levou uma facada e quase
morreu. Quatro anos se passaram e, nesse período, demonizaram e
desumanizaram um homem que foi eleito democraticamente e que jamais
ousou rasgar uma página de nossa Constituição.
Em 2020 e 2021,
silenciaram o mundo “pela saúde”, “pelo bem coletivo”. Desumanizaram
médicos, pais, cientistas, cidadãos.
Guilhotinaram virtualmente todos
aqueles que ousaram questionar o atual Big Brother.
Em 2022, silenciaram
brasileiros preocupados com nossas urnas, silenciaram empresários
livres, prenderam e silenciaram parlamentares eleitos pelo povo,
silenciaram um ex-ministro da Suprema Corte do Brasil que ousou dizer
que Lula não foi inocentado.
E agora silenciaram a imprensa.
Em 2022, a democracia no Brasil sofreu um duro golpe e corre risco de
morte. Mas não se preocupem, a censura é “apenas por duas semanas”, só
até achatar a curva.
"Quem ainda acha que não existe perseguição contra aqueles
que desafiam o pensamento único de esquerda nas universidades, e pede provas de
que isso realmente acontece, precisa ler a entrevista
feita pela jornalista Cristina Graeml, da Gazeta do Povo.
Ela falou com o professor Gabriel Giannattasio, do Departamento de História da
UEL, que acaba de publicar "O livro proibido - Totalitarismo, intolerância
e pensamento único na Universidade”.
A obra reúne relatos documentados de intolerância e violência em sala de aula,
com a tentativa de cancelamento daqueles que questionam o pensamento hegemônico
de esquerda no ambiente acadêmico.
Na conversa, Giannattasio relata como a
universidade foi sequestrada pela esquerda, principalmente a partir da
década de 1960. Foi um trabalho de ocupação dos centros de produção do
conhecimento e nos órgãos de disseminação da informação, relatados pelos próprios
intelectuais de esquerda, como Roberto Schwarz.
O problema, diz Giannattasio, não é o pensamento de esquerda em si, mas a
proibição de questionar e apresentar novas ideias:
“Sem contestação, sem crítica, como é que eu vou desenvolver,
enraizar, o pensamento? Se ele não está exposto ao contraditório?”, afirma.
O professor explica que os conservadores têm
reagido, de diferentes formas, no ambiente acadêmico. E a resposta da
esquerda tem sido vergonhosa muitas vezes: como não está acostumada a ser
questionada, não tem argumentos e acaba respondendo com agressão.
"Nós podemos falar de 50 anos de hegemonia da esquerda sem
contestação. Na hora que esse questionamento aparece, a esquerda entra em
polvorosa e o mecanismo que eles encontram é o cancelamento, a perseguição
e não o debate, como deveria ser”, diz Giannattasio."
É
proibido pensar diferente, ler e citar autores que não seguem a
cartilha marxista, usar argumentos fora do acervo ideológico da
esquerda, que domina o meio acadêmico desde os anos 1960. Não se permite
sequer questionar. As universidades viraram um ambiente onde imperam o
totalitarismo, a intolerância e o pensamento único.
A
denúncia é do professor de História, Gabriel Giannattasio, da
Universidade de Londrina (UEL). Ele é uma das raras vozes conservadoras
em cursos de Humanas e, justamente por isso, tem histórico de boicotes,
isolamento e perseguição no meio acadêmico.
"Basta
pegar o meu currículo Lattes e ver. Você para de ser chamado para
participar de banca, você para de ser chamado para participar de mesas,
congressos. É um boicote, uma política de cancelamento."
Gabriel Giannattasio, professor de História da UEL.
Há
quase 15 anos Giannattasio sofre o que hoje convencionou-se chamar de
"cancelamento". Luta praticamente sozinho para defender o direito dos
poucos alunos que costumam questionar o pensamento marxista dominante na
Universidade.
São tantas as histórias que coletou de
autoritarismo na elite acadêmica universitária, que encheu dezenas de
páginas, transformadas agora em livro.
O Livro Proibido "O livro proibido: totalitarismo, intolerância e pensamento único na Universidade" será lançado em Londrina nos próximos dias em eventos que, com certeza, não atrairão os colegas de docência de Giannattasio, alguns deles protagonistas das histórias relatadas no livro.
O
compilado destroi a narrativa de que marxismo cultural e doutrinação em
sala de aula são teorias da conspiração. Começa com o primeiro episódio
de cancelamento e perseguição vivido pelo autor e por um aluno seu,
orientando de mestrado, que ousou questionar os autores marxistas
impostos pelos professores.
Há saída para tanta intolerância e doutrinação? Assista para saber o que pensa o professor.