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domingo, 3 de novembro de 2019

Os BolsoLulas- Elio Gaspari

O Globo

Em um país com 12 milhões de desempregados eles brigam, aqui e alhures, para nada 

Até agora, o radicalismo da inépcia foi monopólio do governo

Em abril de 2018, horas antes de se entregar à Polícia Federal, Lula discursou para sua militância diante do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e disse: “eu não sou um ser humano, sou uma ideia”. Foi adiante: “Eu fico imaginando o tesão da Globo colocando a minha fotografia preso. Eles vão ter orgasmos múltiplos. (...) Eles têm de saber que vocês, quem sabe, são até mais inteligentes que eu, e queimar os pneus que vocês tanto queimam, fazer as passeatas, as ocupações no campo e na cidade; parecia difícil a ocupação de São Bernardo, e amanhã vocês vão receber a notícia que vocês ganharam o terreno que vocês invadiram.” 

Era sonho. Lula foi para a cadeia, ninguém foi para a rua, seu candidato a presidente foi derrotado por 55% a 45% e, em janeiro de 2019, o capitão Jair Bolsonaro tomou posse na Presidência da República. Logo o capitão, que Lula achava fácil derrotar.
Passaram-se dez meses, Lula conta o tempo para deixar a carceragem de Curitiba, e os Bolsonaros deixaram na porta da sua cela a bandeira da pacificação. Num país com 12 milhões de desempregados eles brigam, aqui e alhures, para nada. 

Se Lula vai empunhar essa bandeira, só ele sabe, mas vale a pena lembrar que há poucas semanas o PT foi para a Avenida Paulista com poucas camisas vermelhas. A deputada Gleisi Hoffmann vestia uma camiseta branca com o rosto de Lula enfeitado por flores. Em sua entrevista a Leda Nagle, o deputado Eduardo Bolsonaro disse que “vai chegar um momento em que a situação vai ser igual ao final dos anos 1960 no Brasil, quando sequestravam aeronaves, quando sequestravam-se e executavam-se autoridades, cônsules, embaixadores, com execuções de policiais e de militares. Se a esquerda radicalizar a esse ponto, a gente vai precisar de uma resposta. Ela pode ser via um novo AI-5”.[um novo AI-5, o artigo 142 da Constituição Federal, o resultado de um plebiscito - a opção da  Itália pelo plebiscito foi citada - as opções são muitas.]

Eduardo Bolsonaro corrigiu-se, e seu pai condenou a fala. Mesmo assim deve-se registrar que no fim dos anos 1960 havia também um terrorismo de direita, cujo núcleo clandestino era composto por militares e civis. Era menos letal, mas buscava estimular a tensão política. O nervo da formulação do deputado esteve na frase “se a esquerda radicalizar”. E se a esquerda não radicalizar? Até agora, o radicalismo da inépcia foi monopólio do governo. Ademais, o último atentado terrorista ocorrido no Brasil, em 1981, foi a bomba do Riocentro, mas ele saiu do DOI-Codi do I Exército.
Há radicais na esquerda, mas no Brasil o que está na vitrine é outro radicalismo tosco, demófobo e desorientado. Ele teceu a bandeira da pacificação, levou-a a Curitiba e deixou-a na porta da cela de Lula. 

Porteiros e polícia
Além do fantasma de Marielle Franco, outra assombração ronda o movimento de carros no condomínio onde viviam Jair Bolsonaro e o miliciano Ronnie Lessa no dia do assassinato da vereadora. É o risco de que acabe sobrando para o porteiro que registrou a entrada de Élcio Queiroz na propriedade.[e prestou depoimento mentiroso à polícia.]
Não se sabe o que aconteceu naquele dia, mas uma velha história ensina que polícia e porteiros produzem situações fantásticas. 

Em maio de 1976, Íris Coelho, ex-secretária do general Golbery do Couto e Silva e do presidente Castelo Branco, escreveu-lhe uma carta contando o que havia acontecido ao porteiro de seu edifício. Haviam roubado objetos de carros que estavam na garagem e ele foi preso. Com 11 anos de serviço e pai de três filhos, soltaram-no 24 horas depois: “O pobre estava todo machucado, os tímpanos perfurados. Aplicaram-lhe choque, bateram-lhe a cabeça contra a parede. Foi fichado como ladrão de automóveis e arrombador.”

Iris não era uma novata. Depois de uma audiência com o embaixador soviético, Castelo chamou-a para ditar uma minuta da conversa secreta.
Passaram-se seis meses e o governador do Rio remeteu o resultado da investigação a Golbery, o então poderoso Chefe da Casa Civil da Presidência. Resultava que depois de novos depoimentos e acareações, a polícia apurou o seguinte:
1- O porteiro disse que conversou com Iris, expressou-se mal ou ela não entendeu o que ele falou. Além disso, não a autorizou a fazer qualquer reclamação.
2- As marcas que tinha pelo corpo eram produto de uma alergia.
Íris Coelho voltou a escrever:
“Sinto muito, acredite que lastimo realmente ter sido causa de tanto trabalho e perda de tempo. Do modo como o processo se encaminhava, achei que a melhor solução seria aquela que foi dada na acareação com o porteiro.
Creia-me, aprendi uma grande lição.”
Seja qual for versão, sempre que se chega à conclusão de que o porteiro mentiu, vale a pena perguntar quem estava interessado nisso.

(...)

 
Folha de S. Paulo e O Globo - MATÉRIA COMPLETA - Elio Gaspari, jornalista 
 

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Maia fala em punição por apologia à ditadura; para Alcolumbre, é 'afronta' - O Estado de S. Paulo

Renato Onofre, Camila Turtelli e Daniel Weterman

Já Davi Alcolumbre, presidente do Senado, divulgou nota em que chama fala de "absurdo" e uma "inadmissível afronta à Constituição"

Em resposta às declarações do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a apologia à ditadura é passível de punição. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) classificou a fala do filho do presidente como um "absurdo" e uma "inadmissível afronta à Constituição".
Além dos presidentes das duas casas legislativas, partidos políticos também criticaram as falas e pediram punição para o filho do presidente Jair Bolsonaro.
 
[o que torna as reclamações dos políticos  incabiveis, desrespeitosas à inteligência dos cidadãos, é que eles focalizam apenas um  aspecto da questão.
 
O deputado Bolsonaro quando foi questionado sobre a situação do Chile, incluiu em sua resposta a menção de que se a situação interna do Brasil apresentasse um quadro de sequestro de aviões, assaltos a bancos com motivação política e outras práticas resultantes da radicalização da esquerda, se tornaria necessário adotar medidas para reverter tal quadro.
 
De forma democrática, Eduardo Bolsonaro citou várias possibilidades incluindo, sem limitar, mudanças via plebiscito (destacando que a Itália, país democrata, se valeu de tal opção) e outras medidas, incluindo entre elas a edição de medidas nos moldes do AI-5.
Em nenhum momento, o deputado ameaçou fechar instituições, golpe ou algo do gênero.
 
Apenas apresentou a necessidade de medidas e, por óbvio, ficou implícito que ações seriam realizadas conforme tais medidas.Onde está à apologia ao crime? ou sugestão de desrespeito a algum dos Poderes da República?
Em suma: a repórter fez uma pergunta, o deputado respondeu e agora um número variados de pessoas que presidem instituições, organizações e outras coisas do gênero, simplesmente, manifestaram de forma clara que são favoráveis a sequestro de aviões, assaltos a banco com motivação política e outros malfeitos do tipo - afinal, foram veementes em condenar medidas que poderiam conter as desordens, atentados e outros crimes.]

Maia disse que as declarações do filho do presidente de um “novo AI-5” se a esquerda radicalizar são “repugnantes” e “têm de ser repelidas como toda a indignação possível pelas instituições brasileiras”. “Manifestações como a do senhor Eduardo Bolsonaro são repugnantes, do ponto de vista democrático, e têm de ser repelidas como toda a indignação possível pelas instituições brasileiras. A apologia reiterada a instrumentos da ditadura é passível de punição pelas ferramentas que detêm as instituições democráticas brasileiras. Ninguém está imune a isso. O Brasil jamais regressará aos anos de chumbo”, diz Maia em nota divulgada nesta quinta-feira, 31.

De acordo com o presidente da Câmara, uma “nação só é forte quando suas instituições são fortes”. “O Brasil é um Estado Democrático de Direito e retornou à normalidade institucional desde 15 de março de 1985, quando a ditadura militar foi encerrada com a posse de um governo civil”, disse.

Maia lembrou que Eduardo Bolsonaro “jurou respeitar a Constituição de 1988”. “Foi essa Constituição, a mais longeva Carta Magna brasileira, que fez o país reencontrar sua normalidade institucional e democrática. A Carta de 88 abomina, criminaliza e tem instrumentos para punir quaisquer grupos ou cidadãos que atentem contra seus princípios - e atos institucionais atentam contra os princípios e os fundamentos de nossa Constituição”.

Davi Alcolumbre, que assinou a nota lembrando que é presidente do Congresso Nacional, divulgou nota afirmando que "é lamentável que um agente político, eleito com o voto popular, instrumento fundamental do Estado democrático de Direito, possa insinuar contra a ferramenta que lhe outorgou o próprio mandato". "Mais do que isso: é um absurdo ver um agente político, fruto do sistema democrático, fazer qualquer tipo de incitação antidemocrática. E é inadmissível esse afronta à Constituição", afirmou.

Eduardo Bolsonaro deu a declaração em entrevista à jornalista Leda Nagle ao ser questionado sobre a participação do Foro de São Paulo nas manifestações de rua que ocorrem atualmente no Chile. "Se a esquerda radicalizar a esse ponto, vamos precisar dar uma resposta. E essa resposta pode ser via um novo AI-5, pode ser via uma legislação aprovada via plebiscito, como ocorreu na Itália. Alguma resposta vai ter que ser dada", afirmou Eduardo.

O Ato Institucional nº 5 foi o mais duro instituído pela ditadura militar, em 1968, ao revogar direitos fundamentais e delegar ao presidente da República o direito de cassar mandatos de parlamentares, intervir nos municípios e Estados. Também suspendeu quaisquer garantias constitucionais, como o direito a habeas corpus. A partir da medida, a repressão do regime militar recrudesceu. O filho "03" do presidente Jair Bolsonaro já havia afirmado em discurso no plenário da Câmara, na última terça-feira, 29, que a polícia deveria ser acionada em caso de protestos semelhantes e o País poderia ver a "história se repetir". Na ocasião, ele não disse a que período se referia. Partidos da oposição, como PT e PSOL, pretendem entrar com representação contra Eduardo, que é líder do PSL, no Conselho de Ética da Câmara e no Supremo Tribunal Federal. 
 


 
 

sexta-feira, 17 de maio de 2019

Não ao Golpe tucanalha do Parlamentarismo!

Toda vez que se fabrica uma crise política no Brasil, aventando-se o risco de armação para derrubar um Presidente, a tucanalhice meliante articula a conversa fiada do “Parlamentarismo”. É para lamentar que o decadente senador José Serra (PSDB-SP) esteja articulando, nos bastidores, uma Proposta de Emenda Constitucional para instituir o regime que a população brasileira já rejeitou em um plebiscito. O núcleo militar considera a intenção “um golpe inaceitável”.

O Relatório Reservado, tradicional jornal eletrônico editado pela Insight, revelou que “José Serra garante ter o apoio de 42 senadores à apresentação de uma PEC instituindo o parlamentarismo no Brasil – um velho projeto do tucano”. O RR pondera que, “se as contas de Serra estiverem certas, são cinco assinaturas a mais do que o mínimo necessário para dar partida na tramitação da proposta”. A História se repete como golpe em Bruzundanga...

 

Agora fica fácil entender por que o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso – considerado o maior conspirador da República e o mais letrado dos petistas – especula sobre um eventual impeachment de Jair Messias Bolsonaro. Em reunião com sindicalistas, terça-feira passada, FHC teria comentado sobre o possível impedimento, destilando a habitual falsidade de um petista emérito: “Eu, a princípio, não sou favorável. O custo é alto. Mas, às vezes, é inevitável”.

Inevitável é a instabilidade política em um País que vive em meio a uma guerra sem fim de todos contra todos os poderes. Tudo piora e se agrava com a combinação de uma crise artificialmente plantada no seio do Governo Federal. Inevitáveis são as crises geradas pelo esgotamento da Constituição vilã de 1988, que até agora já foi emendada 105 vezes e, com certeza, receberá muitos outros remendos. As conflitantes interpretações permitidas pela Lei Maior são as causas originárias do caos institucional brasileiro. Precisamos de uma nova Constituição, urgentemente...

 

Sem ainda ter completado o primeiro dos oito semestres previstos de governo, o próprio Presidente Jair Bolsonaro, na visita aos Estados Unidos, cometeu o sincericídio de admitir o risco de sofrer pedido de impedimento, caso seja forçado a descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal. Bolsonaro fica sob ameaça se o Congresso não conceder crédito adicional ao orçamento estourado ou se os parlamentares não modificarem o limite para endividamento no pagamento de despesas inevitáveis de custeio.  [Bolsonaro exagera; 

afinal, ele não pode reclamar se descumprir uma lei e ser alvo de pedido de impeachment - quem descumpre uma lei, ainda que seja o presidente da República, ou de qualquer um dos outros dois poderes, ou o chefe do Ministério Público, TEM QUE SER PUNIDO.

No caso do nosso presidente é simples, cumprir a LEI e deixar claro de quem é a responsabilidade pelo desastre de não estar efetuando pagamentos inevitáveis e, em consequência, descumprindo outras leis.]

O Governo não entrou em pânico, porém perdeu a tranqüilidade diante da agressividade dos inimigos institucionais e da absoluta falta de vergonha da extrema mídia. Aliás, seria muito bom que o General Santos Cruza quem está subordinada a área de publicidade do governo – respondesse a uma provocativa indagação do José Márcio Castro Alves, via Twitter: “Se o Presidente Bolsonaro ainda não cortou a ZERO a publicidade do governo para as mídias comunistas, é um caso de internação, de manicômio”. O porta voz, General Rego Barros, bem que poderia informar...

Acertar a Comunicação Institucional de Bolsonaro é a prioridade estratégica urgentíssima. O Executivo precisa de uma Comunicação oficial, direta, objetiva e bem explicada tecnicamente. Tudo que for divulgado precisa sempre, antes, passar por uma avaliação crítica de risco, impacto, oportunidade e consequências (boas ou ruins). [regra que precisa ser seguida pelo presidente da República, haja vista que falar de improviso, responder 'pegadinha' de alguns repórteres a serviço da turma do 'quanto pior, melhor', é ruim quando qualquer membro do governo assim procede e, catastrófico, quando quem fala é o presidente da República - este não pode ser um boquirroto. 

Por óbvio, vale também para os filhos do presidente, que devem usar a palavra no Plenário das casas legislativas que integram. O 'aiatolá de Virginia' deve simplesmente ser desprezado  e FHC receber a sugestão, e cumprir, dada pelo rei da Espanha ao Hugo Chávez.]

Impõe-se que só porta-voz pode e deve falar.]

O Alerta Total recomenda o mantra sugerido pelo ativista digital David Svaiter, no grupo de debates “Brainstorm de Direita”: “O que falta no Governo é de fato capitanear a grande massa de indignados, tornando-a apoiadores atuantes e efetivos. E isso se faz com Economia, Segurança, Saúde e Comunicação”. Fica mais um conselho para o Presidente Jair Bolsonaro adotar, antes que seja tarde demais.

Também vale toda mobilização para as manifestações de rua dos dias 26 de maio 13 de junho, em favor da Agenda Conservadora e da pauta Pró-ativa do Governo Bolsonaro. A esquerda corrupta, que perdeu a eleição presidencial, não pode ter sucesso em sua armação golpista. Bolsonaro tem o direito legítimo de cumprir seu governo de transição – cuja missão máxima é neutralizar – e se possível vencer - o Establishment do Crime Institucionalizado em todos os poderes.

 

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net


 

 

domingo, 16 de dezembro de 2018

Eduardo Bolsonaro defende plebiscito para implantar pena de morte no Brasil

Em entrevista, deputado federal propôs uma "excessão" para aprovar a pena de morte no Brasil para traficantes de drogas e autores de crimes hediondos, o que é vedado pela Constituição em uma cláusula pétrea 

[tem sentido a Constituição ser maior que a vontade do povo cujos direitos ela se propõe garantir?
 
Fazer plebiscito no Brasil para tudo, seria tornar nosso Pátria uma 'república plebiscitário' - foi por esse caminho que a Venezuela se transformou no que é atualmente -  mas, certos assuntos, justificam um plebiscito.
 
Inaceitável é que os erros cometidos pelos 'constituintes' de 88 se tornem pétreos, mediante uma decisão equivocada daqueles legisladores.]

Eduardo Bolsonaro quer exceção para implantar pena de morte no país 

Filho do presidente eleito, deputado federal defende plebiscito ou referendo para avalizar mudança, que é proibida pela Constituição 


O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente eleito Jair Bolsonaro, defende que o Brasil siga os passos da Indonésia e aprove a pena de morte para traficantes de drogas e autores de crimes hediondos. O parlamentar revelou a ideia em entrevista concedida ao jornal O Globo divulgada neste domingo (16).

A medida, no entanto, é inconstitucional. Uma das cláusulas pétreas da Constituição veda a pena de morte e impossibilita que sejam feitas alterações mesmo com uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Eduardo Bolsonaro sabe disso e, para levar adiante sua ideia, propõe um plebiscito.




“Eu sei que é uma cláusula pétrea da Constituição, artigo 5º etc. Porém, existem exceções. Uma é para o desertor em caso de guerra. Por que não colocar outra exceção para crimes hediondos?”, questionou. O pai de Eduardo, no entanto, se apressou para adotar um discurso oposto, já que a pauta, que antes defendia, foi deixada de lado para viabilizar sua candidatura à presidência. Pelo Twitter, o presidente eleito pontuou: “Além de tratar-se de cláusula pétrea da Constituição, não fez parte de minha campanha. Assunto encerrado antes que tornem isso um dos escarcéus propositais diários”. [o Brasil que votou em Bolsonaro espera que logo que seja empossado no cargo de presidente da República, Jair Bolsonaro, passe a adotar medidas que só devem ser propostas por quem está no exercício do cargo.

Cláusulas pétreas são, em sua maioria, um artificio inventado pelos constituinte de 88 para perenizar alguns dos muitos erros que cometeram.
Errar é humano, permanecer no erro é diabólico.

O plebiscito - desde que não seja usado de forma excessiva (vide Venezuela)- é um remédio adequado para remover e/ou modificar pontos considerados pétreos da Constituição Federal e que o tempo mostra que são inadequados.]






Forum


Eduardo Bolsonaro quer exceção para implantar pena de morte no país


Filho do presidente eleito, deputado federal defende plebiscito ou referendo para avalizar mudança, que é proibida pela Constituição 


[tem sentido a Constituição ser maior que a vontade do povo cujos direitos ela se propõe garantir?
 
Fazer plebiscito no Brasil para tudo, seria tornar nosso Pátria uma 'república plebiscitário' - foi por esse caminho que a Venezuela se transformou no que é atualmente -  mas, certos assuntos, justificam um plebiscito.
 
Inaceitável é que os erros cometidos pelos 'constituintes' de 88 se tornem pétreos, mediante uma decisão equivocada daqueles legisladores.]


Em entrevista a O Globo, Eduardo Bolsonaro defendeu a possibilidade de pena de morte para traficantes e para autores de crimes hediondos.  O contexto da entrevista foram telegramas diplomáticos que revelam como o deputado tentou visitar o complexo prisional da Indonésia onde dois brasileiros condenados por tráfico foram fuzilados em 2015.

Eduardo Bolsonaro fala em pena de morte para autores de crimes hediondos e traficantes.
 
“Eu sei que é uma cláusula pétrea da Constituição, artigo 5º etc. Porém, existem exceções. Uma é para o desertor em caso de guerra”, disse sobre a pena de morte. “Por que não colocar outra exceção para crimes hediondos?”, questionou Eduardo.

O Globo
 
 

 

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Bolsonaro critica proposta de Marina sobre aborto e maconha

Em entrevista a VEJA, presidenciável da Rede defendeu plebiscito sobre os dois temas; adversário diz que ex-senadora se 'esquiva e lava suas mãos'

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL)-RJ), pré-candidato à Presidência da República na eleição deste ano, criticou neste final de semana a proposta de sua provável adversária na disputa eleitoral, Marina Silva (Rede), que, em entrevista a VEJA, defendeu a realização de plebiscito para discutir as questões do aborto  e da legalização da maconha.

Leia em VEJA desta semana a entrevista na íntegra.
“Marina, ao sugerir plebiscito, sem dizer sua posição para temas tão relevantes, se esquiva e lava suas mãos no politicamente correto”, escreveu Bolsonaro no Twitter – no mesmo post, ele lembrou que sempre se posicionou contra a liberação das drogas e do aborto. Em entrevista na seção Amarelas, da edição desta semana de VEJA, Marina Silva defendeu a discussão dos dois temas. Leia a pergunta e a resposta:
Como o fato de ser evangélica influencia sua avaliação sobre a descriminalização do aborto e da maconha? 
O aborto envolve questões de natureza ética, de saúde pública e religiosa. Defendo para esse tema, assim como para a descriminalização da maconha, que se faça um plebiscito. Esse é o caminho de ampliar o debate. Não se resolve o problema das drogas e do aborto rotulando alguém de conservador ou fundamentalista. Nós não queremos que mulher alguma tenha uma gravidez indesejada. Qual é a melhor forma para chegar a isso? Debatendo.

Na entrevista, Marina, que está em segundo lugar nas pesquisas atrás de Bolsonaro -, também criticou o adversário. Ela disse acreditar que a indignação popular, consequência dos escândalos de corrupção, terá peso fundamental nestas eleições, mas diz desejar que esse sentimento não “ceda ao radicalismo”. Para a ex-senadora, as intenções de voto atribuídas ao rival são expressão de protesto que tende a arrefecer quando as pessoas perceberem que “saídas mágicas para o Brasil não têm base na realidade”. Veja pergunta e resposta sobre isso.
Em que medida a crise política do Brasil tem relação com o apoio de parte do eleitorado a um candidato com o perfil radical de Bolsonaro? A sociedade está indignada. Não consegue mais aceitar que o dinheiro que deveria estar indo para uma creche está sendo desviado pela corrupção. Um primeiro momento da indignação sai muitas vezes como um berro de protesto. Mas ninguém fica berrando o tempo todo. Chega uma hora em que a consciência sussurra mais alto, e as pessoas começam a perceber que as saídas mágicas não têm base na realidade. [estar bem colocada nas pesquisas e de repente desaparecer é situação que a evangélica pró-aborto e pro maconha conhece bem.]

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

A conversa fiada da liberação das drogas

A relação direta de causa e efeito entre o consumo de drogas e a criminalidade gera, quase necessariamente, a ideia da legalização. 

Seus defensores sustentam que se o consumo e o comércio forem liberados, a maconha, a cocaína, a heroína e produtos afins serão formalmente disponibilizados, inviabilizando a atividade do traficante. Extinto o comércio clandestino, dizem, cessariam os lucros que alimentam o crime organizado e se reduziria o nível de insegurança em que vive a população. [extinguindo o consumo e, por consequência, a nefasta figura do usuário, o tráfico cessaria - não existe oferta não havendo demanda.] Muitos alegam, ainda, que a atual repressão agride o livre arbítrio. Entendem que os indivíduos deveriam consumir o que bem entendessem, pagando por isso, e que os valores correspondentes a tal consumo, a exemplo de quaisquer outros, deveriam ser tributados para gerar recursos ao setor público e não ao mundo do crime. A aparente lógica dos argumentos tem um poder muito forte de sedução.

No entanto, quando se pensa em levar a teoria à prática, surgem questões que já levantei em artigo anterior e não podem deixar de ser consideradas. Quem vai vender a droga? As farmácias? As mesmas que exigem receita para uma pomadinha antibiótica passarão a vender heroína sem receita? Haverá receita? Haverá postos de saúde para esse fim? Os usuários terão atendimento médico público e serão cadastrados para recebimento de suas autorizações de compra? O Brasil passará a produzir drogas? Haverá uma cadeia produtiva da cocaína? Uma Câmara Setorial do Pó e da Pedra? Ou haverá importação? De quem? De algum cartel colombiano? O consumidor cadastrado e autorizado será obrigado a buscar atendimento especializado para vencer sua dependência? E os que não o desejarem, ou que ocultam essa dependência, vão buscar suprimento onde? Tais clientes não restabelecerão fora do mercado oficial uma demanda que vai gerar tráfico? A liberação não aumentará o consumo? Onde o dependente de poucos recursos vai arrumar dinheiro para sustentar seu vício? [será criada um bolsa droga?] No crime organizado ou no desorganizado?


A Holanda, desde os anos 70 vem tentando acertar uma conduta que tolerância restritiva. É proibido produzir, vender, comprar, e consumir drogas. A liberação da maconha recuou 30 gramas para apenas 5 gramas nos coffeeshops, que acabaram sendo municipalizados para maior controle e diversos municípios se recusam a assumir a estranha tarefa. Bélgica se tornou a capital europeia da droga. Um plebiscito realizado na Suíça em 2008 rejeitou a liberação, mas autorizou trabalhos de pesquisa que envolvam a realização de estudos e testes com usuários de maconha. O país, hoje, fornece, com supervisão de enfermagem, em locais próprios para isso, quotas diárias de heroína para dependentes…

O uso da droga, todos sabem, não afeta apenas o usuário. O dependente químico danifica sua família inteira e atinge todo seu círculo de relações. Ao seu redor muitos adoecem dos mais variados males físicos e psicológicos. A droga é socialmente destrutiva, e o poder público não pode assumir atitude passiva em relação a algo com tais características.

“Qual a solução, então?”, perguntou-me um amigo com quem falava sobre o tema. E eu:Quem pensa, meu caro, que todos os problemas sociais têm solução não conhece a humanidade”. O que de melhor se pode fazer em relação às drogas é adotar estratégias educativas e culturais que recomponham, na sociedade, valores, tradições, espiritualidade, disciplina, dedicação ao trabalho, sentido da vida e vida de família, para fortalecer o caráter dos indivíduos e os afastar dos vícios. Mas, como se sabe, é tudo intolerável e “politicamente incorreto”. Então, resta ampliar o que já se faz. Ou seja, mais rigor legal e penal contra o tráfico [penalizando com rigor o usuário ou qualquer um que porte ainda que quantidade mínima de droga.] Mais campanhas de dissuasão ao consumo, menos discurso em favor da maconha, menos propaganda de bebidas alcoólicas, e mais atenção aos dependentes e às suas famílias.

Alguém aí acredita que, legalizado o tráfico e vendidas as drogas em farmácia ou coffeeshops, todos os aparelhos criminosos estruturados no circuito das drogas se transmutarão para o mundo dos negócios honestos? Que os chefões das drogas se tornarão CEOs de empresas com código de ética corporativa e política de compliance? Que os traficantes passarão a bater ponto e terão carteira assinada? Pois é.

Percival Puggina