Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador russos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador russos. Mostrar todas as postagens

domingo, 15 de novembro de 2020

Com Biden, Maduro tentará invadir o Brasil? - Sérgio Alves de Oliveira

Não é de hoje que o tirano e tradicional “balaqueiro” venezuelano Nicólas Maduro faz constantes ameaças ao Brasil, sempre debaixo das “saias” da China, Rússia e Cuba, que de certo modo,tanto pelos aspectos militares, quanto pelos políticos e econômicos, conseguiram fazer da Venezuela uma extensão, um “quintal”,dos seus territórios e respectivas soberanias.

[importante considerar que as ameaças do Maduro são latidos de cão =  'cão que ladra, não morde'.  Além da Venezuela  não possuir tem a menor condição de invadir o Brasil, já que uma ação invasiva exige uma logística completa, de primeira linha - na Venezuela falta tudo, até o básico para a população, já o Brasil estaria em situação  defensiva, com eventual ação ofensiva - , de retaliação, não de invasão -  precisando de menor logística. 
A Venezuela tem alguns aviões modernos, que podem ser eficientes em bombardeio do solo brasileiro, em retaliação  ou até dissuasão. um ataque de retaliação. 
Vale o acima para eventual uso de equipamento terrestres e marítimos dos 'irmãos' venezuelanos. O país de Maduro oferece mais risco se usado como base avançada dos países comunistas citados, nos moldes do que foi a Ilha de ascensão para os ingleses (Cuba fora, sua participação seria de mero apoio logístico.)
Caso o esquerdista se torne presidente dos Estados Unidos poderá tentar algum tipo de boicote,mas, invadir o Brasil não estará entre suas prioridades - os Estados Unidos após perderem feio no Vietnã, invadiram o Iraque em uma gigantesca coalizão de forças de aliados, onde atuaram sozinhos e obtiveram êxito foi ao invadir a ilha de Granada. 
A Rússia também não pode computar sua invasão ao Afeganistão no rol dos estrondosos sucessos. 
O êxito do reino Unido foi consequência da deficiência militar argentina, do apoio velado fornecido por Reagan à força-tarefa da 'Dama de Ferro' e à traição dos franceses aos argentinos - forneciam aos 'hermanos'  misseis 'exocet', que poderiam causar estragos de importância aos navios ingleses -  ao fornecer os códigos operacionais dos misseis. Com isto propiciaram aos britânicos condições de neutralizar uma das principais armas argentinas.
O afundamento do cruzador 'general Belgrano', tripulado quase que exclusivamente por recrutas, por um submarino nuclear inglês quebrou o já estraçalhado moral dos argentinos.]

No aspecto político internacional, mesmo com os horrores e atrocidades cometidos no país vizinho, na verdade é a bandeira comunista que está em jogo. Por isso mesmo os eventuais
“deslizes” e “excessos” do ditador venezuelano nem importam muito e devem até ser “perdoados”. Sabidamente, a Venezuela conseguiu montar uma estrutura bélica bastante poderosa, mediante armamentos fornecidos pelos seus “colegas” mundiais de comunismo. Essas ameaças bélicas contra o Brasil se manifestam inclusive mediante as “desaforadas” instalações militares venezuelanas na fronteira com o Brasil.

Mas enquanto a Venezuela faz os suas constantes ameaças ao Brasil debaixo das “saias” dos russos,chineses e cubanos, concomitantemente o Brasil se “defendia” (retoricamente) debaixo
das saias do Presidente dos Estados Unidos,Donald Trump,que evidentemente impunha muito respeito aos líderes comunistas. O Comandante do Exército Brasileiro, General Edson Pujol, um patriota de primeira linha, que certamente não tem medo da verdade, em recente declaração deixou clara a inferioridade das
forças armadas brasileiras em comparação às mais poderosas do mundo, tanto em armamentos, quanto em investimentos,tecnologia, pessoal e treinamento.

Ora,a “impotência” bélica do Brasil somada à provável vitória presidencial do socialista Joe Biden, nos Estados Unidos, tem força suficiente para potencializar “n” vezes a constante preocupação que o Brasil deve ter em relação às constantes ameaças da Venezuela, por trás dos seus “padrinhos” russos, chineses, e cubanos. Se a experiência histórica valesse para alguma coisa,veja-se o “fiasco” que passou a Argentina na “Guerra das Malvinas”,com as suas forças armadas impotentes, arrogantes e despreparadas, de 2 de abril a 14 de junho de l982, onde levou uma “surra” do Reino Unido,
que com meia dúzia de navios e aviões, distantes milhares de quilômetros das suas “sedes”,”nocautearam” imprimiram humilhante derrota aos argentinos.

O que mais causa preocupação, portanto, é que ao que tudo indica o Brasil não teria mais como se proteger na “saia” do “Tio Sam”, num eventual conflito bélico com a Venezuela - e seus “sócios”, Rússia,China e Cuba - que antes era usada por Donald Trump, e provavelmente passará a ser usada por Joe Biden ,a partir de janeiro de 2021.

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo 

 

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Lava-Jato, morte e ressurreição - Nas entrelinhas

O presidente do Supremo, ministro Luiz Fux, surpreendeu ao esvaziar o poder das duas turmas no julgamento de ações penais e inquéritos criminais, que voltarão a ser analisados em plenário

Em cerimônia no Palácio do Planalto, ontem, bem ao seu estilo, o presidente Jair Bolsonaro disparou: “Queria dizer a essa imprensa maravilhosa nossa que eu não quero acabar com a Lava-Jato… eu acabei com a Lava-Jato”. Entretanto, relativizou: “porque não tem mais corrupção no governo”. Bolsonaro endossou a avaliação feita pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) de que seu grande legado será o “desmonte” da operação, que já teria ocorrido em razão de mudanças no Coaf, na Receita Federal, na Polícia Federal, no Ministério Público Federal (MPF) e estaria em vias de ocorrer no Supremo Tribunal Federal (STF), com a indicação do desembargador federal Kassio Marques para a vaga do decano Celso de Mello, que está se despedindo da Corte.

Mas pode não ser bem assim, porque o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, ontem, surpreendeu a maioria dos pares ao propor a mudança do regimento da Corte e esvaziar o poder das suas turmas no julgamento de ações penais e inquéritos criminais, que voltarão a ser analisados em plenário. A proposta foi aprovada por unanimidade. Desde 2014, depois do processo do mensalão, essas matérias eram apreciadas nas turmas, cada qual com cinco ministros. Agora, serão apreciadas por 11 ministros, inclusive o presidente do Supremo, que não vota nas turmas. A mudança fortalece o ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato, que estava perdendo quase todas as votações na Segunda Turma, presidida pelo ministro Gilmar Mendes.

O argumento utilizado para a mudança foi o fato de que a decisão de atribuir os julgamentos às turmas fora uma decorrência do acúmulo de processos no STF, o que não ocorreria mais. A proposta de Fux pegou os chamados “garantistas” de surpresa. De certa forma, dará uma sobrevida para a Lava-Jato no caso dos processos relatados pelo ministro Fachin, cujas investigações estão concluídas. Os casos que ainda estão sendo investigados pelo Ministério Público Federal (MPF) são outra história: vão depender das medidas adotadas pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, para enquadrar e centralizar a atuação dos procuradores das forças-tarefas no Paraná, no Rio de Janeiro, no Distrito Federal e em São Paulo.

Simbolismo
Renan tem razão quando assinala que o cerco à Lava-Jato se fechou, com as medidas adotadas por Bolsonaro. Entretanto, no plano simbólico, tudo o que é feito contra a operação tem repercussão negativa na opinião pública. A operação continua sendo um vetor importante nas eleições municipais em curso e, provavelmente, o será nas de 2022, mas sem o mesmo efeito catalisador que teve nas eleições passadas. As pesquisas eleitorais em muitas cidades estão mostrando cautela dos eleitores com candidatos desconhecidos e certa tendência à reeleição, bem como preferências por políticos ficha limpa já conhecidos.

Além disso, houve de fato um descolamento de Bolsonaro da Lava-Jato, assumido publicamente ontem, que começou com a demissão do ex-juiz Sergio Moro do Ministério da Justiça. Esse afastamento se consolidou com a aliança do presidente com o chamado Centrão, cujos partidos são liderados por políticos tradicionais, quase todos enrolados na operação. Isso significa que Bolsonaro abdicou completamente da bandeira da ética? Obviamente não. A atuação da Polícia Federal nos escândalos envolvendo a Saúde, em diversos estados, mostra exatamente o contrário. O que há é uma separação entre o combate à corrupção e a Lava-Jato. E a suspeita de que haveria manipulação política nessas ações, mas esse costuma sempre ser o argumento de defesa dos políticos investigados.

Na verdade, o desgaste ético de Bolsonaro ocorre em razão do caso Fabrício Queiroz, no inquérito que investiga as rachadinhas nos gabinetes dos deputados da Assembleia Legislativa fluminense, no qual familiares do presidente são investigados, sobretudo o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), seu filho mais velho. A mudança de rota do Palácio do Planalto tem muito a ver com isso, pois as investigações forçaram Bolsonaro a articular uma base de apoio mais consistente no Congresso, que não quer nem ouvir falar em Lava-Jato, e promover uma aproximação com Supremo. Estava tudo dominado por Bolsonaro na Segunda Turma, na qual tramita o caso de Flávio, mas a decisão de ontem de levar os processos para o plenário da Corte embaralhou o jogo. Faltou combinar com os russos, isto é, com o presidente do Supremo, Luiz Fux, que não tem vocação para rainha da Inglaterra.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo, jornalista - Correio Braziliense



sábado, 9 de maio de 2020

Que Democracia é a nossa? Fábio Chazyn

Era uma vez, muitos anos antes de Cristo, numa terra famosa pelos sábios que sabiam de tudo, dois deles discordavam em um tema que é atual até hoje. Um deles achava que os homens são iguais uns aos outros. O outro achava que são diferentes. O que achava que os homens são diferentes entendia que eles são dotados de doses diferentes de conhecimento, de coragem e de desejo.


O que achava que os homens são iguais, assim pensava porque os via como seres racionais e fracos interiormente. E por causa disso, tinham que viver numa comunidade administrada pela política. Coerente com o seu pensamento, o primeiro achava que, como os homens são diferentes, eles deviam ser administrados pelos mais ricos que, por serem os mais educados, detinham o conhecimento. Já, o sábio que achava que os homens eram iguais era da opinião de que a luta de “um por todos, e todos por um” era o melhor sistema porque configurava o governo do povo, pelo povo e para o povo, ou seja, a Democracia.

Com o passar do tempo, porém, a realidade foi mostrando que ‘na-prática-a-teoria-é-outra’. Quando o poder vem de cima, como no caso dos sistemas de governo com o poder centralizado, esse poder acaba sendo exercido por uma casta burocrática que acaba invertendo a relação entre o Estado e o povo. Ou seja, ao invés do Estado servir ao povo, é o povo que serve ao Estado. É o caso do Brasil atual em que depois de pagar o funcionalismo público, o governo não tem mais dinheiro para melhorar a vida dos cidadãos.

É muito comum também que na escolha os seus representantes, o povo seja seduzido pela lábia de alguns mais aptos na arte de enganar. No final, estes marqueteiros iludem o povo vendendo a imagem de que sabem interpretar a ‘vontade-geral’, mas de fato são melhores na retórica do que na racionalidade. Vendem gato-por-lebre... Apesar de todo esse “defeito-prático”, se passou mais de 2 mil anos e ainda não encontramos uma fórmula infalível que não permita que o Estado seja usurpado do povo por uns metidos-a-déspotas se achando salvadores-da-pátria, por loucura ou por hipocrisia...

A Democracia ainda é vista como o melhor regime para resistir aos avanços dos outros modelos não tão comprometidos com a liberdade individual. A alternância de poder que a Democracia garante, ainda que não seja o melhor meio de escolher os melhores, é um jeito de impedir que os piores fiquem no poder para sempre... Obcecado em blindar a Democracia dos déspotas usurpadores de poder, um calejado juiz bolou um sistema em que um poder controla o outro. Deu o nome de sistema de “separação-de-poderes-por-meio-de-freios-e-contrapesos”.  Deu certo em muitos lugares, mas não aqui na terrinha. Mais “conspiradores” do que em muitas outras paragens, onde o espírito do Patriotismo é genuíno, no papel redigido em 1988, o Brasil adotou o sistema do Barão de Montesquieu, mas, na prática, passou a funcionar no sistema do Centralismo Democrático inventado por Lênin – um dos pais da extinta (?) União Soviética.

No início do século XX, os russos redescobriram a Pedra da Roseta com o ‘mapa-da-mina’: os segredos de como tirar proveito de todo o mundo em nome de todo mundo, isto é, “democraticamente”. A “invenção” do Centralismo Democrático. desde então, fez escola em todos os cantos e recantos da vida de todo mundo, no Mundo todo. Há sempre um “Conselho de Administração”, ostensivo ou clandestino, decidindo nas costas do povo.

Os franceses chamam de ‘petit-comité’ quando se quer designar o grupo de poucos que decide, nas sombras dos gabinetes, o futuro de muitos. Os russos chamaram de “Politicheskoye Byuro”, vulgo Politburo, preconizando que o melhor método é o de sete membros com a “liberdade de discussão, unidade de ação”. Aqui, na terrinha, ainda não ficou claro quem é o sétimo membro...
Vamos augurar para que, no nosso Centralismo Democrático, pelo menos, o obscuro “sétimo membro” não se apoie no corona-vírus para adquirir uma “Golden-Share”... 



Fabio Chazyn, autor dos livros “Consumo Já! Projeto Vale-Consumo” (2019) e “O Brasil Tem Futuro? Projeto A.N.O.R. – Inteligência Artificial Coletiva” (2020)   




sexta-feira, 26 de julho de 2019

Os perigos eletrônicos que ameaçam todos - O Globo - Editorial

Esclarecer a invasão dos telefones de Moro e Dallagnol é vital para se começar a coibir este tipo de crime

Ainda faltam informações mais sólidas e conclusivas sobre se os hackers encontrados pela Polícia Federal no interior de São Paulo — Walter Delgatti Neto, o provável chefe deles — estão mesmo por trás da invasão dos aplicativos de mensagens do ex-juiz Sergio Moro, e do procurador Deltan Dallagnol, de onde retiraram conversas que poderiam comprometer a lisura da Lava-Jato.  Há vários indícios de que é possível a participação dos detidos no crime. Gustavo Henrique Elias Santos e mulher, Suelen Priscila, com rendas declaradas de menos de R$ 3 mil mensais, movimentaram R$ 627 mil nos períodos de abril a junho de 2018 e de março a maio deste ano. Aqui, um alerta ao Pleno do Supremo para que avalie com a devida atenção a proibição baixada pelo ministro Dias Toffoli a que o Ministério Público tenha um acesso mais amplo aos dados do Coaf sobre movimentações bancárias.

A ficha criminal de Gustavo e de dois outros envolvidos no caso, Walter Delgatti Neto e Danilo Cristiano Marques, é suja — estelionatos em geral, clonagem de cartões de crédito etc.  O advogado de Gustavo disse que o cliente lhe contara que sua intenção era vender o material ao PT. Deve-se aguardar as investigações, nas quais é imprescindível que se levante a origem do dinheiro encontrado com o casal.  O caso de hackeamento de incontáveis autoridades, até do presidente, se confirmado, amplia a discussão em torno da invasão de privacidade. Por inevitável, militantes e simpatizantes do lulopetismo desejam invalidar condenações no âmbito da Lava-Jato, principalmente de Lula, mesmo que o veredicto do ex-presidente tenha sido confirmado por mais duas instâncias.

O debate persistirá. Juristas nada viram de anormal nas supostas conversas entre Moro e Dallagnol, que negam a veracidade das mensagens. E elas não podem ser periciadas porque o site Intercept não dá acesso à íntegra do material, que também passou a ser divulgado pela “Folha de S.Paulo” e “Veja”. Mas não parece haver dúvidas de que os textos são editados.  Um aspecto a destacar são as amplas possibilidades que a tecnologia digital permite a invasões de privacidade. Na quarta, ao comparecer ao Congresso americano para depor, o procurador especial Robert Mueller, responsável pela equipe que investigou durante longo tempo a campanha do presidente Trump, disse que os russos continuarão a intervir na política americana. Como fizeram em 2016 pelo Facebook, em apoio à candidatura de Trump. No Brasil este tipo de interferência eletrônica já tem sido detectado.

O que não está em questão é a publicação do material, porque há garantias constitucionais à liberdade de imprensa e de expressão. A não ser que haja conivência com os hackers.  Mas é preciso saber como a privacidade foi quebrada, por quem, por quais meios e se houve interessados por trás. Só assim, não o deixando impune, será possível criar algum desestímulo a este tipo de crime. [oportuno ter presente, que as atividades dos hackers sempre foram no sentido de obter lucro, grana, nada faziam de graça;

tal perfil torna óbvio que eles jamais iriam realizar uma operação desse porte e doar o produto do crime.
Foram contratados e regiamente pagos para isso.
Por sorte, estão presos e Polícia Federal cuidará para que não ocorra uma 'queima de arquivo'.]

Editorial - Jornal O Globo


domingo, 21 de julho de 2019

Nonsense - Eliane Cantanhêde

Bolsonaro se suplantou com uma série de erros e declarações chocantes

Por onde começar? A fome no Brasil é uma “grande mentira”, a tortura da Miriam Leitão também, o desmatamento idem. E temos “filtro cultural”, o “programa” do FGTS, a multa de 40%, os governadores “paraíba”, “vou beneficiar meu filho, sim”, a embaixada nos EUA como filé mignon e, além da fritura de hambúrguer, a entrega de pizza... Ufa! Sempre muito inspirado, o presidente Jair Bolsonaro se suplantou na semana passada. O Brasil amanheceu no sábado de ressaca.



[Jair Bolsonaro, presidente da República Federativa do Brasil, nosso presidente - inclui todos os brasileiros, gostem ou não,  exceto os que optarem por abrir mão da nacionalidade  - infelizmente vez ou outra comete alguns excessos verbais, faz comentários que permitem dupla interpretação e é sempre interpretado o lado negativo.


Esquece que sendo presidente da República seu comentário sempre terá maior peso que na boca de um cidadão comum.



Bolsonaro deveria adotar, em termos de comunicação o estilo Geisel, Médici ou mesmo do ministro Armando Falcão - sempre através de porta voz e, quando pessoalmente,optar por  ser lacônico.



Vamos tentar destrinchar o sentido real de alguns dos comentários abaixo. Voltamos já.]


Segundo o presidente da República, brasileiros passando fome é “uma grande mentira”: “Você não vê gente, mesmo pobre, pelas ruas, com o físico esquelético como se vê em outros países”. Foi tão chocante quanto a defesa do trabalho infantil e, novamente, foi o próprio presidente quem tentou se corrigir mais tarde, admitindo, a contragosto, que “uma pequena parte” da população passa fome. Ele, porém, não corrigiu os ataques à produção audiovisual no Brasil. [qualquer um sabe que Bolsonaro ao se referir ao físico esquelético, se referia as crianças do Iêmen, exemplo de fome extrema e que, felizmente ainda não chegou ao Brasil (queira DEUS que nunca chegue).




Trabalho infantil com certeza não tem o apoio do presidente - só que as vezes ele dana a falar e diz coisas de forma inadequada e que podem motivar a opção por uma interpretação destacando o  lado negativo. 




A Ancine é um cabine de empregos e suas produções são medíocres, divulgam coisas inapropriadas, as vezes exageram na pornografia.
A Ancine não deve sofrer modificações e sim ser extinta.
Filme sobre heróis nacionais, nos parece que a Ancine produziu um, naturalmente que com dinheiro público = Lula, o filho do Brasil... esqueceram?].


O governo vai parar de financiar “filmes pornográficos”, instituir “filtros” na cultura e enaltecer “heróis nacionais”. Ai, que medo! Bolsonaro vai assumir pessoalmente o controle da produção cultural, trocando o que considera “pornográfico” por seus próprios valores – talvez, quem sabe, por filmes evangélicos... E o que entende como “herói”? Brilhante Ustra, como Pinochet e Stroessner? Do outro lado, estão os “mentirosos”, como a brilhante jornalista Miriam Leitão, torturada aos 19 anos, grávida. E a mania do presidente de desqualificar as pesquisas dos nossos melhores institutos e fundações? Depois do IBGE, da Fiocruz, do ICMBio, do Ibama, entre outros, é a vez do Inpe, pelos dados do desmatamento: “Parece até que está a serviço de alguma ONG”, acusou, e logo para jornalistas estrangeiros. Lá vem punição! As ONGs, aliás, são outro alvo permanente dos Bolsonaro. 



[outro comentário insensato e mostrou ideias que com certeza ele não defende - onde já se viu fazer críticas negativas a instituições modelares tais como IBGE, Fiocruz, Inpe, Ibama?

BRILHANTE USTRA foi um herói nacional e graças ao seu trabalho os terroristas tiveram menor número de oportunidades de assassinar inocentes;  

PINOCHET fez um brilhante trabalho em defesa de sua Pátria e comandou com bravura e eficiência o combate aos inimigos do Chile - muitos deles nascidos no Chile, portanto traidores.
Quanto as ONG's, em sua maioria se dedicam a defender bandidos e também ideologias nefastas. Estar do lado de algumas delas significa estar contra o Brasil.]


Milhares, ou milhões, se frustraram com o “adiamento” da liberação de contas ativas do FGTS, mas a história é simples. Bolsonaro achou a ideia bacana (é mesmo) e jogou no ar. Casa Civil, Economia, CEF, empreiteiros, todos levaram um susto. Dessa vez, foi Onyx Lorenzoni o destacado para consertar o erro do presidente e avisar, antes da solenidade dos 200 dias de governo, que não ia ter anúncio nenhum sobre o FGTS

Liberar os saques é só uma ideia. Para uma ideia virar programa, é preciso fazer contas, traçar metas, porcentuais, cronograma e os detalhes operacionais, além de combinar com os “russos”: o setor de construção, que depende das linhas de financiamento da CEF para casa própria, inclusive o Minha Casa, Minha Vida. 

[Bolsonaro, conforme é público e notório - declarado aos quatro cantos, por ele mesmo - não entende de economia. Foi sincero.

Apesar de não ser um 'posto ipiranga', atrevo-me a considerar o entendimento do nosso presidente sobre liberação do FGTS, precipitado e com, no mínimo, duas consequências negativas:
- a curto prazo reduz o dinheiro disponível para os programas imobiliários, não será em um montante que os paralise, mas reduzirá o ritmo;
- a médio e longo prazo cada liberação de FGTS reduz o patrimônio do trabalhador = um dinheiro a ser utilizado para reduzir os efeitos de um eventual e indesejado desemprego,é utilizado para resolver problemas imediatos do trabalhador, mesmo empregado - que podem ser graves, mas, quando atinge um desempregado se torna mais imediato e grave.
Sem esquecer, que reduz também um dinheiro que pode socorrer o trabalhador em caso de doença grave  e também ser utilizado após aposentado.

Conforme a ilustre articulista bem destaca, é algo a ser estudado, pensado, analisado.]



Segundo Onyx, o anúncio será na próxima quarta-feira. Será mesmo? No embalo, o presidente também manteve o desequilíbrio: sempre protege o empregador, coitado, mas desdenha do trabalhador, esse ganancioso. Assim, criticou a multa de 40% do FGTS para as demissões sem justa causa. Em seguida, como quem se flagra falando demais, ressalvou que “a ideia ainda está em estudo”. Desse conserto, Onyx se livrou.



O que dizer das declarações sobre Eduardo Bolsonaro – que, além de fritar hambúrguer, também entregou pizza – para Washington? “Pretendo beneficiar meu filho, sim. Se eu puder dar um filé mignon para meu filho, eu dou.” Alguém precisa ensinar ao presidente uma diferença: qualquer um pode comprar filé para a família, mas um presidente não tem o direito de nomear o próprio filho, e só por ser seu filho, para a mais importante embaixada no mundo. Família é família, Estado é Estado. Elementar, meu caro Watson! Quanto aos governadores “paraíba”, por favor: ideologia, ideologia; questões institucionais à parte. E mais: toda a solidariedade e admiração ao lindo Nordeste e ao querido, acolhedor e batalhador povo nordestino. Dúvida: o general Augusto Heleno acha mesmo tudo isso normal? [o dito pelo presidente neste parágrafo é algo cabível em uma conversa entre familiares.
Quanto ao uso do termo 'paraíba', provavelmente, foi utilizado no mesmo sentido que se usa 'candango' para se referir ao brasiliense - sem nenhum sentido pejorativo.] 


Eliane Cantanhêde - O Estado de S. Paulo