Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
EUA
já reconhecem o Brasil como um aliado prioritário extra-Otan, mas
ingresso do país no Tratado do Atlântico Norte dependeria de mudança de
estatuto
[a noticia, ou narrativa, sobre o Brasil integrar a Otan, é mais uma ação dispersiva, uma fake news, para desviar atenção da TOTAL INÉRCIA do DESgoverno petista; o desgoverno do estadista Lula, hoje completando 97 dias, não fez absolutamente nada, exceção de três insignificantes ações*, que em nada favoreceram a população do Brasil, especialmente a mais pobre.
Apesar de um ministério com 37 integrantes - quase todas enrolados com a Justiça e/ou Polícia, os quatro dedos que restam na mão esquerda do 'nine fingers', são suficientes ara contar os honestos e/ou não enrolados - não conseguiu realizar nada.
Até o arcabouço, 'apresentado' ao Congresso, teve apenas uma função = impedir que o retorno do ex-presidente Bolsonaro ocupasse todo o noticiário - já foi recolhido pelo 'poste' Haddad, para ajustes: tentar produzir algo com começo, meio e fim.
Então, o recurso é tentar vender a imagem de que o estadista vai conseguir elevar o Brasil aos píncaros do prestígio - ambição demais, visto que o Brasil já tem um título inédito: é o único país do mundo que tem na presidência da República um ex-presidiário condenado por crime comum, condenação confirmada por 9 juízes e por três instância - foi descondenado, porém, não foi inocentado.
O ingresso do Brasil na Otan NÃO é interessante nem ao Brasil, nem aos países que integram aquela aliança.
Além da necessidade de alterar estatutos, impedimentos geográficos, a própria Otan perde prestígio e força - nos tempos das guerras convencionais, seu poderio impressionava.
Agora, com armamento nuclear, ela é mais simbólica = pode destruir seu principal adversário - que entendemos ser a Rússia - porém ao custo da destruição do planeta Terra. VALE A PENA?]
Militares do Exército Brasileiro durante treinamento- Ailton de Freitas
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) cresceu nesta semana. Com a adesão da Finlândia,
a aliança militar chegou a 31 países-membro, unindo quase todo o
território da América do Norte ao Leste Europeu sob um compromisso de
defesa coletivo em caso de agressão externa. O ingresso dos finlandeses
no bloco reacendeu uma pergunta antiga: o Brasil pode se tornar um membro da Otan?
A última vez em que o assunto esteve em alta foi em 2019, quando Donald
Trump e Jair Bolsonaro ainda ocupavam as presidências deEstados Unidos e Brasil, respectivamente. Após um encontro dos dois mandatários em Washington, os EUA reconheceram o Brasil como um aliado prioritário extra-Otan. À época, Bolsonaro afirmou em Brasília:— Nós tratamos disso na última viagem que eu fiz aos EUA. Conversei com
o Trump. A ideia dele era até nos colocar, mas teria que mexer no
estatuto dentro da Otan —, disse o então presidente em frente ao
Alvorada um dia depois da confirmação.
O limite estatutário ao qual o ex-presidente se referiu em 2019 é o
Artigo 10° do tratado fundador da aliança, que dispõe sobre a inclusão
de novos membros ao acordo. O texto diz: "As partes podem, por acordo
unânime, convidar qualquer outro Estado europeu em posição de promover
os princípios deste Tratado e contribuir para a segurança da área do
Atlântico Norte a aderir a este Tratado".
A limitação a Estados europeus tem a ver com a própria fundação da
aliança. Criada em 1949 para conter a influência da União Soviética no
Ocidente, o acordo previa a defesa de um grupo de países muito
específico. De acordo com o professor de Relações Internacionais
Vinicius Rodrigues Vieira, do Centro Universitário FAAP, aspectos
culturais foram e são definidores para a própria existência da
organização.
"A Otan não é apenas uma aliança militar para a defesa de Estados.
Muitos analisam que ela é a defesa do coração da chamada civilização
ocidental. Ela possui um contexto civilizacional, lembrando que, aos
olhos da política internacional, o Brasil não é parte do Ocidente, mas
sim da América Latina", disse o professor em entrevista a O GLOBO.
A outra aliança Se apenas uma mudança profunda no centro da Otan poderia fazer o Brasil entrar na organização, não significa dizer que o país fica sem nenhuma possibilidade de defesa coletiva diante de uma ameaça estrangeira. Vieira aponta que o Brasil já é parte de um tratado — visto por alguns como uma aliança, ao menos em sua concepção — de defesa coletiva com os EUA anterior a própria Otan, o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR), criado pelo presidente americano Harry Truman, em 1947.
"O Brasil já tem um tratado de assistência mútua com os EUA. No campo
dos estudos estratégicos, o TIAR é considerado uma aliança, porque é um
tratado de assistência recíproca. Ou seja, se há um ataque a qualquer um
dos territórios, os EUA teriam a obrigação de nos defender. E nós
teríamos a obrigação de defender os americanos", explicou o professor.
Apesar de propor uma garantia coletiva de segurança, o histórico de
aplicação (ou não aplicação) do tratado e o peso político perante sua
principal potência militar, põem em dúvida o que ele realmente tem a
oferecer."Quando ocorreu a Guerra das Malvinas, convenientemente esse tratado
não foi invocado, porque envolvia o Reino Unido, um aliado americano de
longa data, e a Argentina, integrante do TIAR", disse Vieira, apontando a
diferença de prioridades.
Aspectos operacionais também limitam um aprofundamento do TIAR. "Ele é
um tratado e não uma organização como a Otan, que tem autonomia,
burocracia e comando próprios."
Aliado prioritário extra-Otan [nenhum valor prático,]
Embora não seja uma etapa prévia para a entrada na Otan, o status concedido pelos EUA possui serventia prática, funcionando como uma espécie de selo de verificação para a interação militar dos dois países. O benefício, no entanto, não é exclusivo do Brasil. O mesmo status é concedido a um grupo de cerca de 20 países da América Latina, África, Oriente Médio, Ásia e Oceania, como Austrália, Japão, Argentina, Israel e Egito.
- apresentação do rascunho, melhor dizendo MINUTA, do que pretendem que seja um 'arcabouço fiscal' - não passa no Congresso;e,
- inauguração de uma placa de identificação/localização da sede do 'ministério da cultura' - uma repartição que ele denominou 'ministério', que seria substituída com vantagens por uma subsecretaria pendurada no Ministério da Educação.]
Alexandre de Moraes inventou o perseguido político meio preso e meio solto
É improvável que a Guerra das Malvinas tivesse acontecido se o general
Leopoldo Galtieri, ditador da Argentina, não fosse tão parecido
fisicamente com o ator George C. Scott, que interpretou no cinema a
figura do general George Patton, que fez bonito na Segunda Guerra
Mundial. Em 2 de abril de 1982, o tirano portenho exagerou no uísque,
meteu na cabeça que era uma reencarnação do militar americano, decidiu
que chegara a hora de retomar da Inglaterra o arquipélago que só o país
vizinho chama de Malvinas e ordenou a invasão das ilhas que o resto do
mundo chama de Falkland. A Marinha britânica topou o desafio, atravessou
o oceano com um filho da rainha Elizabeth na nau capitânia e liquidou a
pendência a tiros de canhão. Galtieri rendeu-se em 14 de junho,
renunciou ao poder quatro dias depois e sumiu na poeira da História até
morrer, em 2002. Confundir o intérprete com o personagem é um perigo.
Deputado federal Daniel Silveira - Foto: Michel Jesus
O general argentino Leopoldo Galtieri e o ator americano George C. Scott
Alexandre
de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, acha-se parecido com o
ator Yul Brynner, que em 1960 fez bonito no papel do pistoleiro do bem
Chris Adams em Sete Homens e um Destino. (O título original é ainda mais excitante: The Magnificent Seven.
A tradução literal resultaria em algo como Os Sete Magníficos, Os Sete
Gloriosos, Os Sete Soberbos ou Os Sete Grandiosos. Não é pouca coisa.) O
protagonista, vivido por Brynner, é contratado por moradores de um
lugarejo na fronteira com o México, atormentados pela opressão da
quadrilha chefiada pelo brutal Calvera, e cumpre a missão de libertá-los
da rotina de violências liderando outros seis anti-heróis. Pelo que
anda fazendo, Moraes também parece enxergar no espelho não um sósia de
Yul Brynner, mas um Chris Adams de toga.
Os
acordes da lira do delírio que já há alguns anos ditam o ritmo da
trilha sonora do STF se tornaram especialmente agudos quando Dias
Toffoli, então presidente da Corte, promoveu Moraes a gerente do
inverossímil inquérito das fake news.
Impetuoso como um
Leopoldo Galtieri à paisana, o ministro fez da maluquice conhecida como“inquérito do fim do mundo” a arma mais letal na guerra contra solertes
inimigos do STF, das instituições e da democracia.
Na fase de
aquecimento, o juiz durão pendurou no peito uma imaginária estrela de
xerife para censurar revistas digitais, intimar meia dúzia de possíveis
admiradores de ditaduras e colocar na alça de mira sites infectados por
ideias caras ao presidente Jair Bolsonaro.
No passo seguinte, Moraes
procurou inibir com arbitrárias temporadas na cadeia quem usa a internet
para criticar o Supremo.
No começo deste ano, acumulando os papéis de
vítima, investigador, acusador e juiz de todos os processos que tratem
de fake news, a versão nativa de Chris Adams enfim encontrou
seu Calvera na figura de Daniel Silveira, eleito deputado federal em
2018 pelo PSL do Rio de Janeiro.
O mais imbecil dos alunos da pior
faculdade de Direito do Brasil sabe recitá-la em latim, vertê-la para o
português e apreender o significado da frase que resume um irrevogável
mandamento jurídico: Nullum crimen, nulla poena sine praevia lege.
Perfeito: “Não há crime, nem pena sem lei anterior que o defina”.[que também consta no art. 5º, inciso XXXIX, da CF e no artigo 1º do Código Penal.]
O
gordo currículo de Alexandre de Moraes avisa que o futuro jurista deve
ter declamado esse latinório dois minutos depois de aprender a falar.
O
autor de uma pilha de livros sobre temas associados ao Direito
Constitucionalestá cansado de saber que um“mandado de prisão em
flagrante”, como o que expediu para engaiolar Silveira, tem o mesmo
valor de uma cédula de R$ 4.
Sabe que o instituto da imunidade
parlamentar impede que um integrante do Congresso seja punido por
palavras que pronunciou ou escreveu, opiniões que emitiu ou votos que
efetivaram alguma opção. Sabe que a proibição de ser juiz em casos em
que se é vítima é um dos pilares do Poder Judiciário.
Mas Moraes também
sabe que, no Brasil destes tempos estranhos, ministros do Supremo são
tão inimputáveis quanto os bebês de colo, os índios de tribos isoladas
ou os Napoleões de hospício.
Aos olhos das autoridades americanas, o jornalista apenas exerceu o direito à liberdade de expressão
Disposto
a tudo para mostrar quem manda no País do Carnaval, o ministro resolveu
que a melhor maneira de manter a democracia intocada era mandar às
favas o Estado Democrático de Direito.
Inventou o flagrante perpétuo,
demitiu por justa causa a imunidade parlamentar, exonerou princípios
jurídicos seculares, atropelou cláusulas pétreas da Constituição e, com a
insolência de um fora da lei de nascença, deformou o Código Penal e o
Código de Processo Penal com interpretações paridas às pressas.
Ao
concluir as manobras que resultaram no encarceramento de Daniel
Silveira, Moraes havia ressuscitado a figura do preso político,
incompatível com o regime que simultaneamente louva e espanca. Óscar
Arias, ex-presidente da Costa Rica contemplado com o Prêmio Nobel da
Paz, ensina que “não existem presos políticos nas democracias. Se houver
algum, o país não é democrático”. Na América Latina, só há presos
políticos em Cuba, na Venezuela, na Nicarágua e, graças ao STF, no
Brasil.
No momento, permanecem ilegalmente na cadeia o ex-deputado
Roberto Jefferson e o caminhoneiro Zé Trovão.O jornalista Allan dos
Santos teria engordado a lista se não estivesse vivendo nos Estados
Unidos.
Para abrandar a frustração, o carcereiro compulsivo transformou
Allan em foragido, determinou sua inclusão nos cartazes da Interpol e
solicitou à Justiça americana que o extraditasse.
Só então descobriu que
o tratado subscrito pelo Brasil e pelos Estados Unidos restringe a
extradição a autores de atos considerados criminosos por ambos os
países. Aos olhos das autoridades americanas, o jornalista apenas
exerceu o direito à liberdade de expressão.
Se o caso chegasse à Corte
Suprema dos EUA, Alexandre de Moraes é que viraria réu por abuso de
autoridade. E acabaria enquadrado nos artigos que tratam de juízes que
perseguem e punem — sem a indispensável participação do Ministério
Público, sem o acesso dos advogados aos autos, sem o devido processo
legal, sem o direito de ampla defesa — quem ousar dizer ou escrever
coisas que pareçam ofensivas a algum titular do Timão da Toga ou à
equipe inteira.
No começo desta semana, ao decretar o fim da
“prisão preventiva” de Daniel Silveira, o ministro deixou claro que é
ele o seu perseguido predileto.
Se fosse assaltado por um surto de
humildade, reproduziria a grande imagem de Nelson Rodrigues: sentado no
meio-fio, estaria chorando lágrimas de esguicho e pedindo perdão aos
transeuntes.
Se não fosse um prepotente de berço, ele simplesmente
determinaria a soltura do deputado — e ponto final.
Em vez disso,
mostrou que nunca perde a chance de afrontar a sensatez, zombar dos
genuínos juristas e esticar as filas que se estenderão, no próximo
Carnaval, diante das barracas abarrotadas de máscaras que simularão a
carranca do campeão de impopularidade. “Os atos criminosos cometidos
pelo réu são gravíssimos”, reiterou Moraes, “e ainda serão julgados pelo
plenário do STF.”
Tais atos, fantasiou, “não só atingiram a
honorabilidade e constituíram ameaça ilegal à segurança dos ministros do
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, como se revestiram de claro intuito de tentar
impedir o exercício da judicatura, notadamente a independência do Poder
Judiciário e a manutenção do Estado Democrático de Direito, em claro
descompasso com o postulado da liberdade de expressão, dado que o
denunciado propagou a adoção de medidas antidemocráticas contra a CORTE,
insistiu em discurso de ódio e a favor do AI-5 e de medidas
antidemocráticas”. O falatório pernóstico não resiste a três ou quatro
perguntas em língua de gente. Por exemplo: se os exageros verbais de
Silveira foram “crimes gravíssimos”, em qual categoria figuram as
medonhas execuções perpetradas por bandidos que o Supremo vive soltando?
Onde o ministro enxergou a iminente interrupção do funcionamento do
Judiciário?
Em que trecho de qual código está escrito que ameaças não
consumadas dão cadeia?
Se sentir saudade do AI-5 é caso de polícia, que
castigos merecem os que amam a ditadura do proletariado?
A
continuação da conversa fiada ressalvou que a soltura chegaria escoltada
por duas “medidas cautelares”, e com isso Moraes conseguiu inventar uma
brasileiríssima cretinice: o meio solto e meio preso.
O deputado poderá
sair de casa, tomar café no bar da esquina, engraxar os sapatos, até
mesmo bronzear-se na praia, tudo isso liberado da tornozeleira
eletrônica.
É provável que logo esteja percorrendo os corredores da
Câmara (que endossou sua prisão por 364 votos contra 130) e concedendo
entrevistas. Mas não poderá fazer tudo o que é permitido aos demais
beneficiários do direito de ir e vir. A primeira restrição o proíbe de“ter qualquer forma de acesso ou contato” com outros investigados no
inquérito do fim do mundo, a menos que também sejam deputados federais.
A
segunda medida cautelar é um desfile de minúcias amalucadas.
O meio
preso e meio solto está proibido de “frequentar toda e qualquer rede
social, em nome próprio ou ainda por intermédio de sua assessoria de
imprensa ou de comunicação e de qualquer outra pessoa, física ou
jurídica, que fale ou se expresse e se comunique(mesmo com o uso de
símbolos, sinais e fotografias),em seu nome ou indiretamente, de modo a
dar a entender esteja falando em seu nome ou com o seu conhecimento,
mesmo tácito”.
Proibir o acesso de um deputado federal a redes
sociais equivale a condená-lo à derrota na tentativa de reeleger-se o sonho
perseguido desde o berçário.. É
precisamente esse o objetivo do advogado formado pela Faculdade do Largo
de São Francisco que foi promotor público, procurador-geral do Estado,
supersecretário na administração do prefeito Gilberto Kassab, secretário
de Justiça e depois da Segurança Pública em dois mandatos do governador
Geraldo Alckmin e já parecia a caminho da precoce aposentadoria
política quando o destino se somou à sorte e à esperteza para colocá-lo
na antessala de um gabinete no Supremo Tribunal Federal —
Ele era secretário de Segurança do governo
paulista quando comandou com a discrição necessária a localização e
captura do hacker que invadira o celular de Marcela Temer, mulher de Michel Temer. A gentileza seria retribuída depois que o impeachment
da presidente Dilma Rousseff instalou no Palácio do Planalto o marido
agradecido. Promovido a ministro da Justiça, acabou transferido para o
outro lado da Praça dos Três Poderes graças à vaga aberta pela morte de
Teori Zavascki.
Para surpresa do doutor em Direito Constitucional
Alexandre de Moraes,o político Alexandre de Moraes topou virar juiz do
STF antes que Temer terminasse de formular o convite. Na tese que
apresentou ao concluir o curso de doutorado na Universidade de São
Paulo, o atual ministro sustentou que deveria ser abolida a indicação
para o Pretório Excelso de quem ocupa um cargo de confiança do
presidente da República. “A vaga na Corte não se presta a demonstrações
de gratidão política, nem pode servir de prêmio pessoal para
demonstrações de fidelidade político-partidária”, argumentou o premiado
pela fidelidade a Michel Temer. Se o Moraes de toga tivesse compromisso
com o que escreveu no século passado o Moraes de terno, não teria
concordado com a transformação do STF num simulacro de vara criminal que
julga questões sem quaisquer vestígios de parentesco com as reais
atribuições da Corte.
No livro Constituição do Brasil Interpretada,
o futuro carcereiro supremo afirmou que o STF deveria ser “um tribunal
exclusivamente constitucional, deixando de atuar como última instância
em causas variadas”. Se ainda pensasse como o homônimo que existiu no
século 20, não estaria piorando a imagem da Corte com o caso Daniel
Silveira. (E tampouco teria determinado, como fez há dias, o afastamento
da presidência nacional do PTB do ex-deputado federal Roberto
Jefferson, outro hóspede involuntário do seu cativeiro particular.)
Nosso
Chris Adams de chanchada cavalga rumo ao destino em companhia de cinco
homens (Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Luís Roberto
Barroso e Edson Fachin)e uma mulher (Cármen Lúcia, que se reveza com
Rosa Weber).
Pelo desempenho do elenco, pode estar em gestação um
clássico do faroeste à brasileira, que sempre termina com o triunfo dos
bandidos. No filme de 1960, a vitória do personagem interpretado por Yul
Brynner livra os habitantes indefesos da submissão a uma quadrilha.
Na
versão protagonizada pelo Chris Adams de toga, graças às proezas dos
sete cavaleiros do Apocalipse brasileiro, o bandido Calvera pode virar
xerife do vilarejo.
Não é de hoje que o tirano e tradicional “balaqueiro” venezuelano Nicólas Maduro faz constantes ameaças ao Brasil, sempre debaixo das “saias” da China, Rússia e Cuba, que de certo modo,tanto pelos aspectos militares, quanto pelos políticos e econômicos, conseguiram fazer da Venezuela uma extensão, um “quintal”,dos seus territórios e respectivas soberanias.
[importante considerar que as ameaças do Maduro são latidos de cão = 'cão que ladra, não morde'. Além da Venezuela não possuir tem a menor condição de invadir o Brasil, já que uma ação invasiva exige uma logística completa, de primeira linha - na Venezuela falta tudo, até o básico para a população, já o Brasil estaria em situação defensiva, com eventual ação ofensiva - , de retaliação, não de invasão - precisando de menor logística.
A Venezuela tem alguns
aviões modernos, que podem ser eficientes em bombardeio do solo
brasileiro, em retaliação ou até dissuasão. um ataque de retaliação.
Vale o acima para eventual uso de equipamento terrestres e marítimos dos 'irmãos' venezuelanos. O país de Maduro oferece mais risco se usado como base avançada dos países comunistas citados, nos moldes do que foi a Ilha de ascensão para os ingleses (Cuba fora, sua participação seria de mero apoio logístico.)
Caso o esquerdista se torne presidente dos Estados Unidos poderá tentar algum tipo de boicote,mas, invadir o Brasil não estará entre suas prioridades - os Estados Unidos após perderem feio no Vietnã, invadiram o Iraque em uma gigantesca coalizão de forças de aliados, onde atuaram sozinhos e obtiveram êxito foi ao invadir a ilha de Granada.
A Rússia também não pode computar sua invasão ao Afeganistão no rol dos estrondosos sucessos.
O êxito do reino Unido foi consequência da deficiência militar argentina, do apoio velado fornecido por Reagan à força-tarefa da 'Dama de Ferro' e à traição dos franceses aos argentinos - forneciam aos 'hermanos' misseis 'exocet', que poderiam causar estragos de importância aos navios ingleses - ao fornecer os códigos operacionais dos misseis. Com isto propiciaram aos britânicos condições de neutralizar uma das principais armas argentinas.
O afundamento do cruzador 'general Belgrano', tripulado quase que exclusivamente por recrutas, por um submarino nuclear inglês quebrou o já estraçalhado moral dos argentinos.]
No aspecto político internacional, mesmo com os horrores e atrocidades cometidos no país vizinho, na verdade é a bandeira comunista que está em jogo. Por isso mesmo os eventuais “deslizes” e “excessos” do ditador venezuelano nem importam muito e devem até ser “perdoados”. Sabidamente, a Venezuela conseguiu montar uma estrutura bélica bastante poderosa, mediante armamentos fornecidos pelos seus “colegas” mundiais de comunismo. Essas ameaças bélicas contra o Brasil se manifestam inclusive mediante as “desaforadas” instalações militares venezuelanas na fronteira com o Brasil.
Mas enquanto a Venezuela faz os suas constantes ameaças ao Brasil debaixo das “saias” dos russos,chineses e cubanos, concomitantemente o Brasil se “defendia”(retoricamente) debaixo das saias do Presidente dos Estados Unidos,Donald Trump,que evidentemente impunha muito respeito aos líderes comunistas. O Comandante do Exército Brasileiro, General Edson Pujol, um patriota de primeira linha, que certamente não tem medo da verdade, em recente declaração deixou clara a inferioridade das forças armadas brasileiras em comparação às mais poderosas do mundo, tanto em armamentos, quanto em investimentos,tecnologia, pessoal e treinamento.
Ora,a “impotência” bélica do Brasil somada à provável vitória presidencial do socialista Joe Biden, nos Estados Unidos, tem força suficiente para potencializar “n” vezes a constante preocupação que o Brasil deve ter em relação às constantes ameaças da Venezuela, por trás dos seus “padrinhos” russos, chineses, e cubanos. Se a experiência histórica valesse para alguma coisa,veja-se o “fiasco” que passou a Argentina na “Guerra das Malvinas”,com as suas forças armadas impotentes, arrogantes e despreparadas, de 2 de abril a 14 de junho de l982, onde levou uma “surra” do Reino Unido, que com meia dúzia de navios e aviões, distantes milhares de quilômetros das suas “sedes”,”nocautearam” imprimiram humilhante derrota aos argentinos.
O que mais causa preocupação, portanto, é que ao que tudo indica o Brasil não teria mais como se proteger na “saia” do “Tio Sam”, num eventual conflito bélico com a Venezuela - e seus “sócios”, Rússia,China e Cuba - que antes era usada por Donald Trump, e provavelmente passará a ser usada por Joe Biden ,a partir de janeiro de 2021. Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo
O investimento em obras e compras de equipamentos do governo federal aumentou no ano passado. Por fora, bela viola: foi surpresa grande, pois se esperava queda feia
dessas despesas. Por dentro, pão bolorento: o investimento cresceu
porque o governo aumentou em mais de R$ 10 bilhões o capital de três
estatais: Emgepron, Infraero e Telebras. Em suma, porque os gastos
militares cresceram bem. [o gasto militar precisa aumentar e de forma substancial, além de sua importância no mundo atual, o Brasil precisa compensar os tempos de estagnação especialmente durante o período lulopetista = organização criminosa perda total = pt = comandada pelo multicondenado Lula, provisoriamente, em liberdade.
Há urgência na reativação da indústria bélica nacional, reequipar o Exército, aumentando sua capacidade defensiva, sem descuidar da ofensiva, melhorando a capacidade da nossa FAB - quando os Gripen forem entregues já estarão obsoletos - e não só lançar o submarino a propulsão nuclear e começar a pensar com seriedade e independência em evitar limitar a tecnologia nuclear apenas à propulsão.
Outro fato que anda meio desprezado é reduzir com a máxima rapidez possível nossa dependência de fornecedores não confiáveis - a Argentina perdeu feio e rápido a Guerra das Malvinas por confiar demais nos seus fornecedores estrangeiros, começando com os mísseis Exocet.]
A Emgepron é uma estatal da Marinha que, basicamente, faz navios. Em
2019, o governo colocou R$ 7,6 bilhões na empresa a fim de construir
corvetas(navios de guerra) e um barco para uso na Antártida. No total, o gasto federal em investimento foi de R$ 57,3 bilhões no ano
passado, 2,3% mais do que em 2018, já descontada a inflação. Desse total, o Ministério da Defesa ficou com 28,7% (R$ 16,5 bilhões,
incluídas as “inversões financeiras” do aumento de capital da Emgepron),
um aumento de 36% em relação a 2019. Em segundo lugar ficou o
Ministério do Desenvolvimento Regional (R$ 10,5 bilhões), seguido pela
Infraestrutura (R$ 9,2 bilhões).
Ressalte-se que se trata aqui do gasto em investimento, que equivale a
apenas 3,9% do gasto federal total, que foi de R$ 1,47 trilhão (não
inclui a despesa com juros, que desde 2014 nem é parcialmente paga,
apenas rolada). Para onde vai o gasto militar? Para a Aeronáutica desenvolver e comprar
aviões de caça Gripen (R$ 1,3 bilhão) e o cargueiro da Embraer (R$ 805
milhões). Para a Marinha construir submarinos (R$ 918 milhões) e seus
estaleiros (R$ 380 milhões), por exemplo. Para um blindado sobre rodas
do Exército, o Guarani (R$ 410 milhões). Para helicópteros (R$ 344
milhões). Etc.
O maior pacote de investimento federal é em manutenção de estradas, R$
3,6 bilhões (em construção, quase nada). [por óbvio as estradas existentes precisam de manutenção, sendo conveniente reduzir a construção de estradas e voltar a construir ferrovias - reduzindo com urgência nossa prejudicial dependência ao transporte rodoviário.] Depois, em programas de
construção e financiamento de casas, como o Minha Casa Minha Vida, R$
3,4 bilhões.
Os gastos militares são pesados[porém necessários; não pode ser olvidado que chefes de Estado de países 'amigos' já soltam balões de ensaio para ocupar a a Amazônia.]quando se leva em conta que as três
maiores obras individuais do país são a adutora que leva água da
transposição do São Francisco para o interior de Pernambuco(R$ 578
milhões), a Ferrovia de Integração Oeste-Leste, trecho na Bahia (R$ 361
milhões), e a transposição do rio São Francisco para Pernambuco, Ceará,
Paraíba e Rio Grande do Norte[obra inventada exclusivamente para ser mais uma fonte de roubo da turma lulopetista.] (R$ 251 milhões).
O valor é o das despesas empenhadas. O restante em geral é de coisas picadas, que dão volume quando juntas.
Hospitais, clínicas e laboratórios: R$ 1,8 bilhão. Obras em creches,
pré-escola e escolas fundamentais: R$ 1,6 bilhão. Habitação, saneamento,
transporte: R$ 2,8 bilhões. Etc. O dinheiro para expansão, equipamentos e obras das universidades
federais dá R$ 893 milhões. Para a melhoria de escolas (Programa
Dinheiro Direto na Escola), R$ 529 milhões. Para Unidades Básicas de
Saúde, R$ 578 milhões. Para comprar ônibus escolares, R$ 493 milhões.
Certas despesas são definidas por contratos (caças, por exemplo). Mas há
muitas coisas erradas, neste e noutros governos, quando 28% do pífio
dinheiro do investimento vai para gasto militar. Para que ter Forças Armadas sem armas? É uma questão. Mas faltam
estrada, esgoto, água, mais energia limpa, cama de hospital, ultrassom,
raios-X.
Lula com Sarkozy, contra os EUA, e Bolsonaro com Trump, contra a França. E o Brasil?
Donald Trump está para Jair Bolsonaro assim como Nicolás Sarkozy esteve
para Lula e essas duas situações comprovam a máxima da política externa:
amigos, amigos, negócios à parte. Na hora de prometer mundos e fundos, é
fácil. Na hora de cumprir o prometido, a história é bem outra. O que
vale para Trump é“America first”, assim como o que valia para Sarkozy
era“La France avant tout”. [cabe uma atualização: nem o presidiário petista, nem o presidente francês daquela época eram confiáveis;
- Lula, o presidiário, queria negociar com a França devido a propina paga pelos franceses ser maior;
- Sarkozy, acertadamente, colocava os interesses da França em primeiro lugar, apesar de vender produto de qualidade inferior e do que seu país fez com os argentinos durante a Guerra das Malvinas - mísseis exocet.
Trump, temos que admitir que não está errado quando colocou, coloca e sempre colocará os interesses americanos - leia-se USA - adiante de qualquer outro.
Além do mais a verdade, mesmo sendo dolorosa, deve ser apontada: não há grande interesse para os States em posicionar o Brasil em um verdadeiro primeiro lugar nos interesses americanos na América do Sul:
É o primeiro, mas, a prioridade desta colocação, pode mudar conforme os interesses americanos - que no caso OCDE tanto pode ser privilegiar os países indicados, quanto alertar o Brasil que sua importância é diretamente proporcional a utilidade para os gringos do Norte.
Aquela de se estender tapete vermelho para os 'irmãos' do Norte que queiram viajar para o Brasil e os brasileiros ficarem na vala comum a todos que pretendem viajar para os EUA da América, ainda não foi digerida.
Militarmente, ter um Brasil pró-americano é sempre bom, mas, não essencial. A capacidade militar do Brasil atualmente é, esperamos que mude, mais defensiva, em termos de capacidade de ataque é mínima.] - um
Lula se encantou com Sarkozy, caiu na lábia dele e por pouco não atrelou
todo o arsenal brasileiro a uma única fonte: a França. Depois de fechar
com os franceses o ambicioso Prosub, programa de submarinos da Marinha,
inclusive o submarino de propulsão nuclear, Lula atuou o tempo todo
para renovar a frota da FAB com jatos supersônicos do país. [a propina para pela França era maior que a dos suecos.]
Havia três concorrentes, o Rafale da francesa Dassault, o F-18 da
norte-americana Boeing e o Gripen NG da sueca Saab. Depois de se
encontrar três vezes com Sarkozy num único ano, coisa rara em relações
bilaterais, Lula chegou a criar uma saia-justa ao anunciar a vitória do
Rafale antes do fim do relatório técnico da FAB. O então ministro da
Defesa, Nelson Jobim, fez um malabarismo para desmentir o presidente. Concluído o relatório, com milhares de páginas, o Rafale ficou no
terceiro e último lugar,atrás do F-18 e do Gripen, que acabou sendo
finalmente escolhido – mas só no governo seguinte, de Dilma Rousseff,
quando o namoro de Lula com Sarkozy já tinha terminado melancolicamente.
A obsessão de Lula teve dupla motivação: a empatia pessoal com Sarkozy e
a crença de que uma tal “aliança estratégica” do Brasil com a França
seria decisiva para combater o “mundo unipolar” – algo como “colocar os
EUA no seu devido lugar”.A fantasia ruiu quando o Brasil e a Turquia
operaram juntos o acordo do Irã, contra o armamento nuclear do país. Um
dos pilares da estratégia era o voto da França no Conselho de Segurança,
mas, na última hora, Sarkozy tirou o corpo fora, votou com Washington e
deixou Brasil e Turquia a ver navios. [trair para os franceses é algo que está no DNA.]
Há que se aprender com a história, principalmente quando se trata de
dois lados da mesma moeda: a ideologia empurrava Lula para a França
contra os EUA;
a ideologia trocada de Bolsonaro joga o Brasil no colo
dos EUA, contra a França. E onde fica o interesse do Brasil nesses dois
casos? [convenhamos que é melhor o Brasil contra a França do que contra os EUA.]
Diplomatas de diferentes gerações estão perplexos com o excesso de
reverência, até de encantamento, de Bolsonaro com Donald Trump, que já
foi até comparado a Deus num agora famoso artigo do chanceler Ernesto
Araújo. Trump passa, mais cedo ou mais tarde, mas os EUA ficam, o mundo
fica e nunca se inventou nada melhor em política externa do que o velho e
bom pragmatismo. Adotado, aliás, pelos excelentes diplomatas dos
governos Geisel e Figueiredo, no fim da ditadura.
Ao receber Bolsonaro no Salão Oval da Casa Branca, em março, Trump disse
vagamente que apoia a entrada do Brasil para a OCDE, mas não disse como
nem quando. Saltitante, feliz da vida, o presidente brasileiro se
precipitou e já saiu pagando a dívida antes de contraí-la. Aceitou,
inclusive, abdicar da classificação de país em desenvolvimento da
Organização Mundial do Comércio (OMC), mesmo perdendo condições
camaradas de tarifas. Foi temerário, como se vê agora. Trump apoiou a Argentina (além da Romênia) para a OCDE, mantendo o apoio
ao Brasil, mas só depois. Alegou que a Argentina pediu primeiro,sem
considerar a grave situação social e econômica e a volta do peronismo.
Após Lula cair como um patinho na tal“aliança estratégica com a
França”,Bolsonaro não pode cair no conto da “aliança estratégica com
Trump”. Está na hora de parar, pensar e assumir o “Brasil first”.
Bolsonaro deve falar amanhã em Nova York. É o acontecimento da semana, embora as semanas no Brasil surpreendam com frequência. Escrevi um artigo tentando elaborar sobre o contexto que espera
Bolsonaro. No passado não era assim. Os presidentes brasileiros
inauguravam a sessão da ONU com discurso protocolar e bocejos na
plateia. Sarney foi criticado por citar um obscuro poeta maranhense em seu
discurso. Se o problema agora fosse esse, nem valeria escrever sobre o
tema. Bolsonaro ignora o ímpeto das forças que despertou com sua política
amazônica. Ninguém o avisou. Seu chanceler acha que a Nasa não distingue
fogueira de queimada. Internamente, estimulou os predadores. Era
evidente que o enfraquecimento da fiscalização, a promessa de trazer
mineradoras americanas para atuar na Amazônia, tudo isso contribuiu para
a frase que estava no ar: da próxima vez o fogo.
Nos Estados Unidos houve quem afirmasse que as queimadas na Amazônia
são uma grande ameaça à segurança nacional e devem ser tratadas como
armas de destruição massivas. [nenhum ponto do planeta está livre da presença de imbecis - diagnóstico apropriado para os que expelem tamanha asneira. Queiram ou não de todo o circo montado maximizando as queimadas, inevitavelmente, se conclui que queimadas ocorrem todos os anos e continuarão a ocorrer - do mesmo que os incêndios na Califórnia.] Macron recuperou, timidamente, o discurso de Mitterrand sobre
soberania limitada. Mitterrand a mencionou em dois casos: destruição
ambiental e grandes violações dos direitos humanos.[os franceses começaram a tentar impor a soberania limitada quando traíram a Argentina -venderam mísseis 'exocet' para os hermanos e passaram, traiçoeiramente - os códigos operacionais para os ingleses, durante a Guerra das Malvinas.] Esse debate aparece pouco no Brasil. Mais concretas são as
consequências econômicas. Fundos de pensão estrangeiros, que administram
trilhões, exigem uma política de preservação da Amazônia. No meio da
semana, a Áustria fez saber que não apoiaria o tratado da Europa com o
Mercosul por razões ambientais. [o 'x' do enigma é que só agora apareceram trilhões disponíveis para investimento no Brasil - desde que o Brasil doe a Amazônia para os 'investidores'. O negócio é bom, já que para cada hectare queimado o valor da Amazônia aumenta. O complicador é se as mais de 10.000 ONGs que existem naquela região, cada uma com algo em torno de dez ongueiros = 100.000 mamadores = decidirem ajudar a apagar os incêndios. Cada um como um balde de 10 litros, resulta no total de 1.000.000 de litros de água = carga superior a transportável por mais de 300 aviões especializados em combates a incêndios.] São muitas as oportunidades que o Brasil pode perder se insistir no
tom de Bolsonaro. O centro do debate não é a soberania, mas o que o
Brasil faz dela numa região específica que interessa ao planeta.
Num contexto tradicional de buscar as melhores vantagens para o país,
a Amazônia é dos maiores trunfos para nossa diplomacia. Basta
reconhecer como legítima a preocupação internacional, [desde que não haja dúvidas sobre o a sinceridade dos líderes mundiais - pra ficar só em um exemplo: sinceridade e lealdade não combinam com os franceses.] que não é apenas
dos líderes mundiais, mas também de seus eleitores.
A partir daí, é possível definir um amplo campo de cooperação. Só não
fico aflito porque sei que uma coisa é Bolsonaro e suas redes; outra é o
Brasil real. Nove governadores da Amazônia Legal falam pela região e
desenvolvem uma política própria. Sabem melhor o que estão fazendo
porque conhecem a Amazônia e se preocupam com a sorte de 28 milhões de
pessoas que vivem na região. De uma certa forma, isso acontece também com o Trump nos Estados
Unidos. Os governadores que levam a sério as mudanças climáticas
desenvolvem uma política própria.
O problema, no caso brasileiro, é que Bolsonaro é um presidente
bastante conhecido no exterior. Nova York não se importa tanto com a ONU
e os discursos. Mas a imprensa e a televisão certamente vão se
interessar. Será uma semana de grandes debates sobre o clima na ONU.
Manifestações e tudo mais. Não sei precisamente o que Bolsonaro falará. Mas, se falar o que
pensa, vai escandalizar; se falar o que não pensa, talvez não seja
convincente. Se pelo menos citasse poetas maranhenses. O passivo já é grande. É
preciso reconstruir a relação com os europeus, afastar as sempre
presentes ameaças de boicote comercial.
Bolsonaro vê a Amazônia com os olhos dos fazendeiros que o apoiam.
Critica os fiscais e ignora um campo em que precisa crescer: o combate à
biopirataria. O centro da tragédia de sua política amazônica é subestimar o
conhecimento que a floresta pode produzir e o já acumulado pelos seus
habitantes. No Pará existe um homem que cria cobras e vende seu veneno
para a indústria farmacêutica. Ganha bem, e o veneno tem inúmeras
utilidades medicinais. Novas espécies são identificadas pelos
pesquisadores, às vezes cinco por semana.
O conhecimento da Amazônia é o instrumento estratégico que o Brasil
precisa manobrar, definindo a cooperação estrangeira, direitos autorais
de povos da floresta, enfim exercendo sua soberania nos fatos onde
realmente ela interessa, e não em discursos para entusiasmar eleitores,
cada vez menos entusiastas, cada vez mais envoltos nas brigas internas. [A Amazônia pertence ao Brasil e sua SOBERANIA e inegociável; cooperação estrangeira, só autorizada previamente e dentro de protocolos estabelecidos pelo Brasil. A Amazônia é dos brasileiros, direitos autorais são do Brasil - NAÇÃO SOBERANA e que pertence aos brasileiros - e não dos povos da floresta.] Quando não há horizontes, a sensação é de naufrágio, que, aliás, se define mesmo como a perda do horizonte.
Blog do Gabeira - Fernando Gabeira
Artigo publicado no jornal O Globo em 23/09/2019
Jair Bolsonaro foi pego no contrapé por Emmanuel Macron. O francês deu o
troco à desfeita sofrida aqui pelo chanceler dele, quando o presidente
brasileiro preferiu ir ao barbeiro e cancelou a agenda com o ministro. O
ocupante do Eliseu vem oferecendo um show de timing e iniciativa no
debate global em torno dos incêndios na Amazônia. [felizmente o francês se empolgou demais com a aparente vitória e pisou na bola com a ameaça de internacionalização da Amazônia - isso motivou Merkel a aplicar um cala boca no Macron, que na realidade tentava melhorar sua baixa popularidade na França e resistir aos coletes amarelos que estão voltando.] O inquilino do
Alvorada deve ter percebido que curvas de aprendizagem em posições altas
de poder costumam ser doloridas.
O problema de Macron é a falta de meios para impor-se a Bolsonaro no
terreno, se não tiver o apoio político e operacional de Donald Trump.
Como no judô, o francês conseguiu boa pegada no quimono adversário. Mas
faltam-lhe músculos para executar o ippon. E chegamos à situação
curiosa: a Doutrina Monroe talvez venha a servir para seu anunciado
propósito original, avisar aos europeus que fiquem longe das Américas. [e ainda temos a do 'Big Stick'.]
As coisas estão meio desarrumadas nesse assunto, a ponto de uma bandeira
histórica da esquerda, “A Amazônia é nossa”, passear agora pelas mãos
da direita, enquanto o progressismo parece acreditar que as potências
ditas ocidentais querem salvar o planeta. E o General Eduardo Villas
Bôas, referência política maior do Exército, recordou com viés positivo a
memória do comunista Ho Chi Minh para dizer o que pensa a respeito dos
ímpetos coloniais franceses. [os franceses não são confiáveis; certamente o ilustre articulista lembra que na Guerra das Malvinas, os franceses forneciam mísseis 'exocet' para os hermanos e ao mesmo tempo passavam os códigos operacionais para os ingleses, traição que foi fator decisivo na derrota argentina.]
É sempre bom ter cautela nestas situações, os laços de solidariedade
entre os países do chamado mundo livre costumam prevalecer quando se
trata de impor a ordem neocolonial. Que o diga Leopoldo Galtieri,
miseravelmente abandonado por Ronald Reagan na Guerra das Malvinas.
[foi uma ingenuidade pueril o general argentino confiar nos EUA da América em um conflito Argentina x Inglaterra.] Ficar mais inteligente com o infortúnio alheio, no caso um infortúnio
argentino, também é sinal de sabedoria. E dói muito menos para quem
precisa aprender.
Algumas lições já estão disponíveis do episódio. Uma é a exigência de
profissionalismo nas relações com outros países. Outra, e muito mais
importante: nas Américas e no dito Ocidente persiste uma contradição
potencial entre buscar a soberania nacional e alinhar-se ao
ocidentalismo radical, hoje na moda. A contradição não é insolúvel, mas
precisa ser administrada com cuidado porque a chance de desandar é
permanente.
Para complicar, o mundo anda em guerra, por enquanto comercial e de
informação, mas não só. A Europa ambiciona estender sua área de
influência contra a Rússia mais e mais a leste, os Estados Unidos
estimulam o separatismo entre os chineses e fazem tudo pera evitar que o
Império do Meio assuma a liderança da economia mundial, inevitável se
os herdeiros de Mao continuarem se beneficiando das khruschevistas
coexistência e competição pacíficas.
Haja desarrumação. Bolsonaro precisa então, simultaneamente, 1) continuar amigo de Trump
confiando que este vai protegê-lo do apetite europeu/francês, 2) não se
afastar tanto assim da China e da Rússia pois ninguém sabe o dia de
amanhã, 3) explorar a contradição entre a França, que resiste a precisar
importar mais comida brasileira,e a Alemanha, que quer exportar mais
máquinas para o Brasil, e 4) administrar a opinião pública interna,
intoxicada pela narrativa benevolente pró globalização com face humana.
Talvez a tarefa de aprender a pilotar o avião em pleno voo e com fortes
turbulências acabe convencendo o presidente de duas coisas. A primeira:
ideologia demais atrapalha. A segunda, e um princípio fundamental da
política: nunca seja tão amigo de alguém a ponto de não poder romper com
ele, nem tão inimigo que você não possa um dia se aliar. Principalmente
quando você não é a força dominante no tabuleiro político, ou militar.
Sempre é tempo de aprender e melhorar. Uma dica: a biografia de Getúlio
Vargas do Lira Neto. Especialmente o trecho sobre a Segunda Guerra.
Outra dica: os livros do Elio Gaspari sobre a ditadura, especialmente o
pedaço das relações de Ernesto Geisel com os americanos. Uma terceira
dica: um inimigo externo sempre é útil nas crises, mas estimular
permanentemente a divisão doméstica cobra um preço quando a ameaça real vem de fora.
Análise Política - Alon Feuerwerker, jornalista e analista político
“Os efeitos das tarifas impostas por Trump às importações
chinesas, assim como das restrições de acesso a tecnologias americanas,
já desaceleram o comércio mundial, o que não é bom para o Brasil”
Na montagem de sua equipe, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, já
deu pistas de como a banda vai tocar no seu governo em relação a alguns
temas da agenda nacional. Por exemplo, ninguém pode dizer que se enganou
em relação ao futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, cuja pasta
combaterá o crime organizado e a corrupção. A mesma coisa pode-se dizer
quanto ao superministro da Fazenda, Paulo Guedes, que o mercado conhece
muito bem. Idem para a ministra da Agricultura, Tereza Cristina
(DEM-MS), indicada pelo agronegócio de exportação. O futuro ministro da
Casa Civil, Onyx Lorenzoni, também não engana ninguém: seu estilo e modo
de operar no Congresso são conhecidos.
O que permanece uma incógnita é a relação do futuro governo com a
política mundial. Os sinais de Bolsonaro eram no sentido de um
alinhamento automático com o presidente dos Estados Unidos, Donald
Trump. Deu várias declarações nessa direção, seja em relação aos acordos
multilaterais, como o Mercosul e o de Paris, seja em questões mais
específicas, como as relações comerciais com a China e a intenção de
mudar a embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém. Ocorre
que essas declarações tiveram repercussão muito negativa, e as eleições
norte-americanas de 6 de novembro mostraram que o vento mudou em
relação a Trump. Com os democratas conquistando a maioria na Câmara,
nada será como antes.
Nos bastidores da transição, com o roque do Ministério da Defesa para
o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), as quatro estrelas do
general Augusto Heleno passaram a brilhar mais do que todas as outras,
inclusive as do vice-presidente, general Hamilton Mourão, que é mais
“moderno”. Essa mudança tem impacto no posicionamento estratégico de
governo sobre vários temas, um deles é a política externa. Desde a
Guerra das Malvinas, quando os EUA deram apoio logístico aos ingleses e,
inclusive, inviabilizaram a utilização de seus mísseis pelos
argentinos, a velha Doutrina Monroe caducou.
Vigorava desde 2 de dezembro de 1823, quando o presidente James
Monroe, no Congresso norte-americano, disse que o continente não deveria
aceitar nenhuma intromissão europeia: “América para os americanos”,
proclamou. De uma só vez, os EUA rechaçaram a criação de novas colônias
no continente, a interferência de nações europeias em questões internas e
a neutralidade norte-americana em conflitos envolvendo países europeus.
Esses princípios funcionaram contra a Espanha e a antiga União
Soviética, mas não contra o principal aliado dos EUA no Atlântico, a
Inglaterra. A guerra das Malvinas aprofundou o chamado “pragmatismo
responsável” dos chanceleres Azeredo da Silveira e Saraiva Guerreiro.
Durante os governos Geisel e Figueiredo, respectivamente, o Brasil
abandonou o alinhamento automático aos Estados Unidos.
Guerra comercial
Nessa época, o redirecionamento da política externa para as relações
Norte-Sul mirava principalmente a África e os países árabes; o eixo do
comércio mundial não havia se deslocado do Atlântico para o Pacífico,
como acontece agora. Mas, com essa mudança, a China acabou se
transformando no principal parceiro comercial do Brasil, desbancando os
Estados Unidos. Ocorre que nossa infraestrutura de comércio exterior e
logística está voltada para o Atlântico, não temos escala de
investimentos para redirecioná-la ao Pacífico com a eficiência e a
rapidez necessárias. Quem paga o preço é a nossa indústria.
É nesse contexto que o jovem chefe do Departamento de Estados Unidos,
Canadá e OEA do Itamaraty, o ministro de primeira classe Ernesto
Henrique Fraga Araújo, encantou Bolsonaro com um artigo “presbítero”
publicado na revista do Itamaraty, intitulado “Trump e o Ocidente”. No
texto, afirma que o presidente norte-americano está salvando a
civilização cristã ocidental do islamismo radical e do “marxismo
cultural globalista”, ao defender a identidade nacional, os valores
familiares e a fé cristã. Música para os ouvidos de Bolsonaro.
Entretanto, o cargo de ministro das Relações Exteriores exige muito
mais do que uma visão religiosa de mundo. Outros nomes já foram
sugeridos a Bolsonaro, entre os quais o atual embaixador no Canadá,
Paulo Bretas, e os ex-embaixadores em Washington Roberto Abdenur, Sergio
Amaral e Rubens Barbosa. A escolha de um deles definirá os rumos da
política externa de Bolsonaro, num momento em que o Brasil, como outros
emergentes, pode virar marisco na guerra comercial entre os Estados
Unidos e a China. Os efeitos das tarifas impostas por Trump às
importações chinesas, assim como das restrições de acesso a tecnologias
americanas, já desaceleram o comércio mundial, o que não é bom para o
Brasil, a não ser que os Estados Unidos voltem a reduzir a sua taxa de
juros, o que enfraqueceria o dólar e beneficiaria os emergentes. Mas aí
já é adivinhação.
Medo altera de tal modo a percepção da realidade,
os sentimentos e o raciocínio que pode levar ao desastre
Um dos
mistérios da arte está na capacidade que artistas têm para captar o que ainda
vai acontecer, como se fossem antenas a que os sinais chegam muito antes. Um
exemplo sempre citado está na obra de Franz Kafka, que parecia antever os
horrores do nazismo e do Holocausto, nos enredos em que seus personagens vivem
o pesadelo de serem acusados e perseguidos por autoridades inacessíveis, vistos
como culpados sem que se saiba por que, reduzidos ao papel de vítimas indefesas
que podem ser esmagadas a qualquer momento, como insetos.
O clima
atual que a Europa vive, com pavor de ser invadida por estrangeiros, migrantes
e refugiados, faz lembrar outras obras-primas da literatura do século XX. Uma
delas, “O deserto dos tártaros”, de Dino Buzzati (transformada em filme com um
fantástico elenco que incluía Vittorio Gassman e Max von Sydow), captou a
atmosfera europeia de final da década de 30, em uma parábola sobre soldados de
uma guarnição que deixam de viver sua vida plena para passar os dias em alerta
contra eventual invasão de hordas inimigas.
Outro romance sobre o mesmo tema,
transformado em ópera por Philip Glass, é do sul-africano J. M. Coetzee, Nobel
de literatura de 2003. Trata-se de “À espera dos bárbaros”, livro em que o medo
dos outros é tão intenso que vai além da simples cautela frente à imaginada
possibilidade de invasão, e sinistramente mergulha na selvageria humana diante
de quem é diferente, convertido então em ameaça. Um alerta sobre essa
extrema-direita que cresce em países como França, Áustria, Holanda, apostando
na desagregação.
O medo é
mau conselheiro. Embora seja fundamental para a autopreservação, altera de tal
modo a percepção da realidade, os sentimentos e o raciocínio que pode levar ao
desastre, na medida em que, progressivamente, a sensação de insegurança vira
angústia, se faz acompanhar da impressão de impotência, e pode evoluir para o
pânico ou o terror. Rompe com qualquer racionalidade, transformando-se no que
Guimarães Rosa descreveu tão bem, ao dizer que medo é uma espécie de pressa que
chega ao mesmo tempo de tudo quanto é lado.
O
crescimento da xenofobia e dos ultranacionalismos na Europa se insere nesse
quadro. Acossadas de forma muito concreta pelo terrorismo(e o terror é a forma
mais poderosa do medo),as pessoas confundem tudo. Enxergam ameaças por toda
parte, principalmente de quem vem de fora, seja com medo de perder o emprego ou
de que traiçoeiros atentados tragam a morte para dentro de casa.
Esse
ambiente de insegurança e corrosão da solidariedade é ideal para a instauração
da mentira. Líderes populistas sabem acentuar percepções equivocadas para se
aproveitar dele, cevando ressentimentos, demonizando os outros ou se apresentando
como defensores únicos da tranquilidade e do bem-estar. É conhecido o recurso
de ditadores para unir a população em seu apoio: acenar com um inimigoexterno
ou ameaça de invasão estrangeira. Vimos isso aqui ao lado na Guerra das
Malvinas. E a História da Europa no século XX está cheia de exemplos desse
tipo, reforçando diferentes totalitarismos, de Hitler e Mussolini a Salazar e
Franco.
Entre
nós, há também os medrosos hesitantes, em cima do muro, sabendo o que é certo,
mas temerosos do patrulhamento na própria trincheira. Arriscam-se a deixar de
seguir a consciência para sair bem na foto. E há os desesperados com a
Lava-Jato, a tramar um pacote legislativo que cerceie a ação da Justiça e a
enquadre como abuso de autoridade, tentando salvar a própria pele.
A
combinação de toda essa gama que vai de um leve receio ao mais deslavado pavor
pode ter consequências desastrosas — como o Brexit acaba de comprovar. Com medo
da arrogância e poder dos britânicos, a União Europeia se recusou a fazer
concessões.
Com medo de negociar em Bruxelas e não ser compreendido em casa,
receando o fogo amigo de seu partido se fosse flexível, Cameron bateu pé, fez
birra e convocou o referendo irresponsável e desnecessário. Com medo de ser
tachado de conservador, o líder trabalhista Corbyn fez só uma campanha morna
contra o Brexit. Com medo de mudanças em relação a memórias nostálgicas, os
mais velhos decidiram complicar a vida das gerações futuras. Com medo de dar
força a esses políticos que aí estão, muitos jovens não compareceram para
votar. Com medo de perder benefícios, sindicatos escolheram jogar a culpa nos
estrangeiros (sobretudo da Europa do leste e do Mediterrâneo) e votar pelo
isolamento. Com medo da concorrência, empresas locais entraram na onda. E foram
insufladas por uma campanha que não explicou nada direito — quando não mentiu
descaradamente, prometendo o que não podia entregar e apavorando os eleitores.
Péssimo
conselheiro, o medo. Não apenas acaba de isolar a Grã-Bretanha, mas dividiu uma
nação que sempre soube manter seu espírito de pé, com um povo avesso a
extremismos, fortemente unido nos momentos difíceis. Mais uma vez confirmando
Guimarães Rosa: o medo é a extrema ignorância em momento muito agudo.