Catarina Rochamonte
Felizmente, a magnanimidade pró-terrorista não prevaleceu e o criminoso foi extraditado - em cumprimento a uma decisão do Presidente Bolsonaro.]
Além
de ter liberado a farra das lagostas,[e votado contra decisão do presidente da República extraditando o terrorista italiano] Kassio Nunes não é favorável à prisão em
segunda instância, não é contrário ao aborto, é simpático ao chavismo e sua
esposa já foi funcionária de senadores do PT, motivos pelos quais sua indicação
frustrou a ala mais radical do bolsonarismo e indignou os apoiadores da
operação Lava Jato.
Por outro lado, o currículo de Nunes entusiasmou petistas e políticos do centrão, especialmente os mais necessitados de blindagem, como é o caso do senador Ciro Nogueira (PP), investigado por corrupção e lavagem de dinheiro. A indicação também contou com aval do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, do advogado de José Dirceu, Kakay, e dos ministros do STF, Gilmar Mendes e Dias Toffoli. [convenhamos que tendo como avalistas os citados só resta aos brasileiros torcer para que o Senado Federal, rejeite a indicação = ao indicá-lo o presidente da República exerceu um direito que a Constituição Federal lhe confere e o Senado Federal rejeitando o indicando, estará exercendo uma legítima competência constitucional.
a - senhores senadores, já passa da hora de mostrarem para o Alcolumbre que ele preside o Senado da República, mas não é dono do voto dos senhores.
Cada vez mais identificado com a velha política e monitorado pelo centrão, Bolsonaro mostra subserviência ao establishment que dizia combater. A indicação de um nome sob encomenda para a acomodação de interesses deixa claro que Bolsonaro não pretende levar um juiz íntegro e imparcial ao STF, mas alguém da sua intimidade, disposto a proteger seus familiares e seus novos aliados políticos que estão na mira da Justiça.
Catarina Rochamonte, doutora em filosofia - Folha de S. Paulo