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domingo, 30 de julho de 2023

Destruição de instituições é meta comunista - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Só há um tipo de gente que desprezo mais do que petista na política: tucanos! O perfil que quer a todo custo ficar bem com a esquerda radical, que muitas vezes se diz liberal até, mas que defende toda agenda comunista em costumes, e que mantém eterna ilusão de que os comunistas são bem intencionados. Como cansa!

O PT quer Marcio Pochmann no comando do IBGE. Pochmann é o terraplanista da economia, um bobalhão que não entende nada de nada, que chamou até o PIX de instrumento "neocolonial" para garantir o "protetorado americano". Nem os tucanos estão conseguindo passar pano para isso!

Luiz Carlos Mendonça de Barros publicou que "uma fonte petista me disse que é o Aloizio Mercadante que está por trás da tentativa de indicar Mantega e Marcio Pochmann para postos importantes no governo Lula e empresas com participação do governo para formar uma equipe econômica do futuro..." É o futuro argentino que nos espera!

"Estou ofendido como ex-presidente do IBGE", disse Edmar Bacha sobre a indicação de Pochmann. Elena Landau, a economista tucana do Livres, que votou em Lula, disse que está de "luto" com tal indicação. João Amoedo, que fundou e depois foi expulso do Novo, afirmou que "Lula se recusa a aprender com os próprios erros".

Essa turma toda não sabia quem era Lula quando fez o L? Eles acreditaram mesmo na tal "frente ampla democrática", com o pessoal do Dirceu, que idolatra tiranos comunistas? 
Eles compraram a valor de face a narrativa midiática de Mandela pacificador? 
Eles acharam que teríamos Arminio Fraga, Lara Resende, Meirelles no comando da economia? Risos...

Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central e "isentão" que preferiu atacar tanto Lula como Bolsonaro para manter sua "imparcialidade", lembrou que faz 15 anos que não temos dados confiáveis na Argentina, onde o Indec, o IBGE deles, virou instrumento político. Saudades do Paulo Guedes, Alexandre?

Esses tucanos torram a minha paciência, preciso desabafar. Sofrem da Síndrome de Estocolmo, acabam se apaixonando por seus algozes, passam anos sendo demonizados por petistas, rotulados como "neoliberais" de forma pejorativa, e parecem lutar com afinco para cair nas graças dessa gente. Eles preferem atacar a "extrema direita" do que a esquerda realmente extremista que chegam até a apoiar.

Não há cabeça dura no PT, incapacidade de aprendizado ou algo assim: há método! Eles são comunistas com um projeto de poder totalitário, e este depende do aparelhamento e destruição das instituições de estado.

O PT é antiamericano, antiliberal, antimercado e anticiência.  
Dilma está oferecendo o banco do Brics para Putin, a China é idolatrada pelos petistas e Lule confessa abertamente seu desejo de superar o dólar. O que mais é preciso a turma do Foro de SP fazer e falar para que esses tucanos de mercado enxerguem a realidade?
 
Mario Sabino escreveu uma coluna no Metrópoles chamada: "O 'nazismo' do PT é o 'comunismo' de Bolsonaro". Ele acrescenta: "A justificativa para o tal pacote da democracia é patacoada. A estratégia do PT é criar um 'inimigo interno', na falta de inimigo externo".  
Tudo errado! Típica mensagem de isentão tucano cego. O nazismo que o PT repete é pura invencionice sem sentido, mas o comunismo é bem real. E temos inimigos externos sim: as ditaduras comunistas aliadas do próprio PT, como a China!
 
Quase todo tucano de alma precisa acender velas para comunistas. Quando criticam a esquerda, sempre precisam criticar a direita junto. Bancam os imparciais nessa "polarização", como se houvesse equivalência moral entre Bolsonaro e Lule, ou equivalência intelectual entre Paulo Guedes e Fernando Haddad. São uns covardes! 
E são os maiores responsáveis pelo avanço comunista em nosso país, pois sem essa elite bobalhona o PT não teria a menor chance...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 


Big Brother Flamengo: soco em Pedro deixa comissão técnica no paredão

O Flamengo contrariou o negacionismo de Gabriel Barbosa depois da grande virada por 2 x 1 contra o Atlético-MG, no Independência. Há 59 dias, o camisa 10, um dos líderes do elenco, saiu em defesa do ambiente interno com uma analogia: “O Flamengo não é Big Brother, com câmera, fofoquinha”, desabafou ao rebater matérias indicando clima pesado no vestiário, com racha no plantel e dificuldades no relacionamento com o técnico Jorge Sampaoli. O grave “Caso Pedro” desmente o discurso.

 

 Agressão de Pablo Fernández a Pedro deixa elenco e comissão técnica rachados. Foto: Gilvan de Souza/Flamengo

A noite de sábado comprovou: o Flamengo era um barril de pólvora prestes a explodir. A exibição extraordinária do meia Uruguaio Arrascaeta, autor do gol de falta e da assistência milimétrica para Wesley na vitória contra o Galo, em Belo Horizonte, deu lugar a uma agressão: o preparador físico Pablo Fernández deu soco no rosto de Pedro. 
Deu BO. A violência virou caso de polícia
O centroavante sofreu corte na boca e foi submetido a exame de corpo de delito no IML.

 Parceiro de Jorge Sampaoli na comissão técnica nas passagens por Athletic Bilbao, Atlético-MG, Olympique de Marseille, Sevilla e Flamengo, Pablo Fernández foi ouvido pelo delegado plantonista da Polícia Civil de Minas Gerais, Marcos Pimenta. O zagueiro Pablo e o atacante Everton Cebolinha prestaram depoimento como testemunhas. “Foram uníssonos em dizer que Pedro foi agredido com um soco na boca”, revelou o Marcos Pimenta.

 AQUI NÃO E BIG BROTHER OLHA O QUE GABIGOL DISSE APÓS VITORIA DO FLAMENGO! NOTICIAS DO FLAMENGO

  O elenco rubro-negro está de folga neste domingo. A diretoria foi avisada pelos líderes que o plantel não se reapresentará nesta segunda-feira se Pablo Fernández for ao Ninho do Urubu.  
Gabriel Barbosa se esforçou para blindar o vestiário, mas o espaço sagrado está exposto. 
Virou Big Brother com direito a Pedro no confessionário e Pablo Fernández no paredão. 
Não somente ele. O técnico Jorge Sampaoli também
Qual é o nível de cumplicidade, o elo entre os dois?
[O plantel do Flamengo está corretíssimo; se o marginal agressor do  Pedro ao menos passar perto do Ninho do Urubu, eles não devem se apresentar e se o Sampaoli ousar defender o bandido agressor deve ter expulso.
Até o Gabriel se ousar, para manter a imagem que tentou transmitir no vídeo, efetuar qualquer gesto contra atos contra o preparador físico, pode e deve ser boicotado.]

Blog drible de corpo - Correio Braziliense
 

O histórico de abusos de corpos negros - O Globo

Dorrit Harazim

Igreja onde Emmett Till foi velado Scott Olson/Getty Images/AFP
 
Na terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou a criação de um Monumento Nacional em memória do menino negro Emmett Till e de sua mãe, Mamie Till-Mobley. Na verdade, serão três os monumentos que evocarão o assassinato de Emmett, com requintes de selvageria, por supremacistas brancos nos idos de 1955. 
O primeiro será erguido na igreja de Chicago onde o garoto fora velado; o segundo, na ravina do Rio Tallahatchie, no Mississippi, onde encontraram seu corpo brutalizado; e um terceiro, certamente o mais significativo, na entrada do tribunal onde os matadores confessos, dois irmãos graúdos, foram rapidamente absolvidos por um júri branco.

À época, a mãe-coragem de Emmett obrigara o país a encarar o que restara do filho: uma massa disforme e desumanizada exposta em caixão aberto, sem retoques. Como já relatado neste espaço, a atrocidade serviu de catalisador para o Movimento pelos Direitos Civis que galvanizaria o país na década seguinte.

Passaram-se quase 70 anos. Desde então, 12 presidentes ocuparam a Casa Branca. Ainda assim, Biden achou necessário explicar ao país o motivo de um memorial nacional para os dois corpos negros.— Vivemos tempos em que se tenta banir livros, enterrar a História — disse o presidente. — Por isso queremos deixar bem claro e cristalino: embora a treva e o negacionismo possam esconder muita coisa, não conseguem apagar nada. Não devemos aprender somente aquilo que queremos saber. Devemos poder aprender o que é preciso saber.

Reparações históricas e desculpas oficiais costumam vir na rabeira da própria História. E com frequência nada reparam. Ainda assim, acabam compondo um retrato das feridas de cada nação. No caso atual, a iniciativa de Biden não deve ser descartada como mero artifício eleitoreiro visando ao pleito de 2024. Há também uma real preocupação com um surto de apagamento histórico em curso na América profunda e retrógrada. Quando governadores extremados como Ron DeSantis, da Flórida, ou Greg Abbott, do Texas, ordenam escolas e bibliotecas públicas a varrer das estantes clássicos da literatura negra e LGBTQIA+, um monumento nacional à coragem de Mamie Till chega em boa hora.[o que mais evidencia o caráter eleitoreiro da iniciativa do democrata cujo governo prima pela INcompetência e desacertos.]

Para a população negra dos Estados Unidos, existe uma ferida coletiva que nenhuma reparação ainda conseguiu cicatrizar. Ela tem nome extenso: Estudo Tuskegee de Sífilis Não Tratada no Homem Negro. Trata-se do mais longo experimento não terapêutico em seres humanos da História da medicina. Ele durou de 1932 até 1972 e teve como propósito estudar os efeitos da sífilis em corpos negros. 
Por meio de concorridos convites divulgados em igrejas e plantações de algodão, o Instituto de Saúde Pública da época selecionou 600 homens, todos filhos ou netos de escravizados. 
A grande maioria nunca tinha se consultado com médico. 
No grupo, 399 estavam contaminados pela doença, e 201 eram sadios. Aos contaminados foi informado apenas serem portadores de “sangue ruim”. Como o estudo visava à observação da doença até o “ponto final” — a autópsia —, os doentes foram ficando cegos, dementes e morreram sem conhecer a penicilina, que a partir dos anos 1940 se tornou o tratamento de referência para sifilíticos. 
A família dos que morriam recebia US$ 50 para cobrir o enterro. 
A pesquisa só foi interrompida em 1972, quando o jornalismo da Associated Press revelou a história, levando o governo americano a pagar US$ 10 milhões em acordo coletivo com os sobreviventes.

Oito deles, já quase nonagenários, estavam no Salão Leste da Casa Branca em maio de 1997 quando o então presidente Bill Clinton pediu desculpas públicas pelo horror cometido. Em discurso marcante, falou em nome do povo americano: — O que foi feito não pode ser desfeito. Mas podemos acabar com o silêncio, parar de desviar do assunto. Podemos olhá-los de frente para finalmente dizer que o que o governo dos Estados Unidos fez foi uma ignomínia, e eu peço desculpas.

Ainda assim, passado menos de um ano, nova barbárie experimental veio à luz, desta vez com cem meninos negros e hispânicos de Nova York arrebanhados por três instituições de renome científico. 
Todos eram irmãos caçulas de delinquentes juvenis e tinham idade entre 6 e 11 anos. 
O estudo pretendia demonstrar a correlação entre determinados marcadores biológicos e o comportamento violento em humanos. Para isso, aplicaram nas crianças injeções intravenosas de fenfluramina, substância posteriormente associada a danos à válvula mitral. Às mães que os levavam ao local do experimento foi oferecida uma recompensada de US$ 125 .

Tudo isso e muito mais faz parte do pesado histórico de abuso de corpos negros, até mesmo em nome da ciência. Não espanta, portanto, a rejeição quase atávica à obrigatoriedade de vacinação contra a Covid-19 manifestada pela população negra em tempos recentes. A retirada de circulação ou dificuldade de acesso a livros que narram essas vivências deveriam ser impensáveis em 2023. É sinal de uma sociedade adoecida pelo medo de livros.

Dorrit Harazim, colunista - O Globo


Tebet escolhe suas batalhas - Elio Gaspari

Folha de S.Paulo - O Globo 

 Lula e o comissariado não precisavam atropelar Tebet como fizeram [no momento em que a 'ministra' aceitou ser definida pelo presidente apedeuta como a 'estepe', demonstrou com 'eloquência' que aceita qualquer coisa para estar ministra.]

O economista Marcio Pochmann foi escolhido para a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística numa cavalgada típica do comissariado petista. 
O IBGE está na jurisdição do Ministério do Planejamento, de Simone Tebet, e, de certa forma, sob o guarda-chuva da Fazenda, de Fernando Haddad. Na quarta-feira, o titular da Comunicação, Paulo Pimenta, anunciou:“Marcio Pochmann será o novo presidente do IBGE e não tem nenhum ruído quanto a isso.”

Ilusão de palaciano. Horas antes, a ministra Tebet havia dito à repórter Miriam Leitão que não conhecia Pochmann e que a escolha do novo presidente do IBGE seria tratada na hora certa. Tebet e, de certa forma, Fernando Haddad foram atropelados pelo comissariado petista. Pimenta fez o anúncio a mando de Lula. Pochmann é um veterano militante da constelação de economistas do PT, tentou um voo como candidato à prefeitura de Campinas e perdeu.

O ruído que Pimenta garantiu não existir, aconteceu, mas difere dos demais. Simone Tebet tem as boas maneiras de seu pai, Ramez, que presidiu o Senado. Como ela mesma disse, escolhe suas batalhas. Quem a viu na CPI da Covid, sabe como as trava.

Lula e o comissariado não precisavam atropelar Simone Tebet como fizeram. Até as pedras de Brasília sabiam que o nome de Pochmann estava no tabuleiro e não há sinal de que a ministra do Planejamento batalhasse para barrá-lo. Isso aconteceu por dois aspectos da onipotência petista. A subjetiva leva-os a pensar que podem tudo. Já a onipotência objetiva leva-os a mostrar que podem fazer de tudo, pois ninguém os contrariará.

Na mesma entrevista em que revelou não conhecer Pochmann, a ministra Tebet lembrou que Lula foi eleito por “milésimos”, graças a uma frente política. (Lula derrotou Bolsonaro por uma diferença de 1,8 ponto percentual.) Mais: “Sabemos que o embate de 2026 começa em 2024”. Tradução possível: Simone Tebet travará suas batalhas em 2024.

Uma coisa seria travar batalhas em torno de temas relevantes. Bem outra será ver batalhas provocadas por atitudes onipotentes embrulhadas em grosserias. Essa receita já explodiu em 2016.

(...)

A morte de Alexandre Cabeça
Um conhecedor do direito e do avesso da vida do Rio estranha que com a reabertura do caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, ninguém tenha falado da execução de Carlos Alexandre Pereira Maria, dias depois.

Alexandre Cabeça, como era conhecido, colaborava com o então vereador Marcello Siciliano.

Ele foi morto por dois homens que vinham numa motocicleta. Segundo uma testemunha, antes de atirar, um deles teria dito: “Chega para lá que a gente tem que calar a boca dele”.

Acusado de ter envolvimento na morte de Marielle, Siciliano insistiu em dizer que nada tinha a ver com o caso. À época, havia abundância de pistas falsas. Ele submergiu e voltou para a vitrine em maio, metido com o oficial da reserva Ailton Barros, que tratava com o tenente-coronel Mauro Cid no episódio de falsificação de certificados de vacinas. Ailton Barros disse numa conversa grampeada:

“Eu sei dessa história da Marielle toda, irmão, sei quem mandou. Sei a porra toda. Entendeu? (Siciliano) Está de bucha nessa parada aí.”

Tem gente sabendo demais quando fala e de menos quando é chamada a se explicar.

Barroso no STF
Em setembro, o ministro Luís Roberto Barroso assumirá a presidência do Supremo Tribunal Federal com agenda cheia.

No Conselho Nacional de Justiça ele quer buscar uma forma de dar racionalidade e rapidez aos litígios que envolvem a Previdência Social. Segundo a Advocacia-Geral da União, são ajuizadas dez mil ações por dia contra os entes federais.

Noutra ponta, ele quer abrir a discussão sobre os vencimentos dos juízes federais. 
Como essa categoria não tem os penduricalhos que mimam os tribunais estaduais, a carreira está sendo drenada. 
Nem tanto pela quantidade, mas pela qualidade dos interessados.[CONFIRA:  
Não vão reduzir os vencimentos dos juízes estaduais = retirar penduricalhos = a solução é dar penduricalhos para os federais, ou seja, vai sobrar para quem paga a conta = os brasileiros que pagam impostos.] 
(...)

Eizo Nomura escapou da bomba
No dia de hoje, há 78 anos, o japonês Eizo Nomura estava trabalhando no prédio da prefeitura de Hiroshima que cuidava do racionamento de combustível. A coisa ia mal no Japão, e o imperador tratava da transferência de seus tesouros sagrados para um lugar seguro.

Numa ilha do Pacífico, a bomba foi equipada com seus últimos mecanismos.

Domingo que vem completam-se 78 anos da manhã em que Nomura chegou ao serviço e o coronel Paul Tibbets avisou aos tripulantes de seu bombardeiro: “Nós estamos carregando a primeira bomba atômica do mundo”.

Às 8h16m ela explodiu no ar, a 600 metros de altura. Seu epicentro estava a 170 metros do prédio em que Nomura trabalhava, com outras 37 pessoas. Como o edifício era de concreto, oito livraram-se do flash que queimou milhares de pessoas. Apesar disso, ele foi o único que sobreviveu, sem sequelas. Morreu em 1982, aos 84 anos.

Nomura teve várias sortes. Estava num prédio de concreto, quando a maioria das casas da cidade eram de madeira, saiu num sentido que o afastou da radiação e, pelo que contava em 1975, acima de tudo porque foi para longe da cidade.

Folha de S. Paulo E Jornal O Globo - Elio Gaspari, colunista

 

 


sábado, 29 de julho de 2023

A Abolição dos Sem-Teto - Augusto Nunes

Revista Oeste

Decisão de Moraes transforma calçadas e praças em hotéis ao ar livre administrados pelo grupo Boulos

O ministro Alexandre de Moraes | Foto: Montagem Revista Oeste/Carlos Moura/SCO/STF/Shutterstock

Há mais de quatro anos no comando Supremo, há quase dois na gerência do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes acha que está longe do fim a missão de assegurar a saúde da “democracia relativa” mantendo em estado de coma o Estado de Direito. “Tem muita gente pra prendê, muita multa pra aplicá”, repete nas conversas com as dobras da toga. 

Mas avança em bom ritmo a ofensiva desencadeada em março de 2019 contra as catacumbas que escondem terroristas especializados em atos antidemocráticos, parteiros compulsivos de fake news, nostálgicos do fascismo, indígenas sublevados, autistas beligerantes, septuagenários sem juízo, snipers entrincheirados em gabinetes do ódio e golpistas em geral. 
 É compreensível que tenha voltado do ligeiro descanso em Siena convencido de que é hora de abrir outra frente de combate.
 
(...)
 
Sempre de olho no inimigo principal, Moraes reiniciou o tiroteio ainda em território italiano. Sob a alegação de que fora ofendido no aeroporto de Roma por três suspeitos de “bolsonarismo”, o viajante enxergou num possível bate-boca na fila de embarque outro atentado à segurança nacional.
No mesmo dia em que anexou mais acusações sem provas aos que o hostilizaram na batalha de Roma, Moraes atropelou o Legislativo e emparedou o Executivo com um monumento ao delírio erguido com quase 40 páginas. 

(...)

A Abolição dos Sem-Teto vale para todos os municípios e distritos. Nem Lula escapou da revolução urbana: o governo federal tem de apresentar em 120 dias “um plano de ação e monitoramento para a implementação de uma política nacional para moradores de rua”. 

A exigência figura entre as urgências urgentíssimas relacionadas no pedido encaminhado ao STF em 2022 por três extravagâncias lideradas por Guilherme Boulos: a Rede, o Psol e o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto. Candidato a prefeito de São Paulo, Boulos aplaudiu de pé a expropriação do patrimônio até agora pertencente a todos os brasileiros. Deliberadamente ou por descuido, o presidente do TSE acaba de desfraldar uma das mais vistosas bandeiras costuradas por um caso de polícia fantasiado de deputado. 

É provável que a salva de palmas seja endossada em silêncio por boa parte das vítimas do recordista mundial de prisões por atacado. Faz sentido. Para escapar de cadeias, bloqueios de contas, tornozeleiras, multas escorchantes e outras torpezas, homens e mulheres sem culpa recorreram ao sumiço e ao exílio. Se o plenário do STF aprovar a Abolição dos Sem-Teto, o fim do pesadelo estará a alguns passos de distância. Os alvos da fúria só precisarão acomodar-se num banco de praça ou num pedaço de calçada e declarar-se “pessoa em situação de rua”.

Feito isso, terão direito a regalias que incluem três refeições por dia, faxina com hora marcada, o habeas-corpus vitalício concedido pelo Supremo e, mais importante que tudo, o sono sem sobressaltos negado à gente perseguida por doutores em situação de insanidade.

Não estaríamos num país pelo avesso se o escolhido pelo presidente Michel Temer tivesse cumprido o que prometeu na sabatina que aprovou sua indicação para o Supremo
Ele jurou, por exemplo, combater uma praga que leva o Judiciário a intrometer-se em assuntos que não lhe dizem respeito. “ Há um enorme perigo à democracia e à vontade popular na utilização exagerada do ativismo judicial”, constatou. “Um juíz ativista ignoraria o texto da Constituição, a história de sua promulgação, as decisões anteriores da Suprema Corte, que tentaram interpretá-las, e as duradouras tradições da sua cultura jurídica. O juíz pode incorrer num perigoso grau de subjetivismo ao impor seu próprio ponto de vista aos demais poderes”.

É o que Moraes não para de fazer há intermináveis quatro anos e meio.

Leia também “O fiasco do doutor em tudo”

 

ÍNTEGRA DA MATÉRIA

 

Coluna Augusto Nunes, jornalista - Revista Oeste 

 



Economia ficará estável – desde que não se coloque em prática as ideias de Lula - J. R.Guzzo

Vozes - Gazeta do Povo

Confluência de fatores positivos, muitos deles alheios à vontade de Lula, levaram a elevação da nota do Brasil pela agência Fitch.

A agência internacional Fitch, uma das mais prestigiadas no setor de “rating” financeiro, subiu a nota do Brasil. 
 Agora somos BB o que não é lá essas coisas, mas é melhor do que ser menos, e muito melhor do que a classificação de Argentina, Venezuela e outras economias em processo de extinção.  
Na Alemanha ou no Canadá ninguém se importaria com a notícia, porque eles não precisam da Fitch para saber se vão bem ou mal, mas aqui é coisa de primeira página – país de Terceiro Mundo é isso mesmo, sempre ligado no que os ricos dizem a seu respeito de tempos em tempos. No caso da Fitch e do Brasil a avaliação foi indiscutivelmente positiva. Temos um país solvente, e isso é essencial para todo o resto.

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A nota da Fitch não é um julgamento sobre o desempenho geral da economia brasileira. 
A Fitch é uma agência de avaliação de risco, e o que faz é exatamente isso: avalia quais são os riscos, para um investidor estrangeiro, de não receber de volta o dinheiro que aplicou no Brasil. Quanto mais alta a nota, menor o risco. Considera-se, no momento, que esse risco baixou – o que não significa que os investidores internacionais vão começar a despejar bilhões de dólares no Brasil daqui a cinco minutos.
 
    O governo simplesmente não existe. Mas, do ponto de vista da estabilidade financeira, as coisas estão em ordem até agora. 
 
Na verdade, nunca o nível de investimento externo esteve tão baixo como agora. Mas é muito melhor do que se o risco tivesse aumentado. 
A grande vantagem disso tudo é que não se trata de palpite de economista, desses que a mídia fica entrevistando dia sim dia não. 
É uma análise lógica que vem da observação dos fatos. Só isso: dos fatos como eles são.

A avaliação da capacidade do Brasil para pagar seus compromissos externos melhorou, de cara, pelo volume das reservas internacionais que vêm sendo acumuladas há anos, e que o atual governo está conseguindo manter – 350 bilhões de dólares pelas últimas contas, o que nos coloca entre os dez países do mundo com maiores caixas em moeda forte. A inflação, nesses primeiros sete meses de governo Lula, continua baixa. O dólar está valendo menos do que valia no ano passado; o real, aliás, [que o presidente apedeuta quer trocar pelo sur...]é uma das moedas mais estáveis da América Latina, e mesmo além dela.

O dinheiro não perde o seu valor e isso é um elemento vital para a saúde da economia. Não há missões do FMI negociando esmolas por aí. O Brasil fez grandes reformas que outros países não fizeram, como a reforma da Previdência Social, e está colhendo agora os frutos das decisões corretas que soube tomar. 
O Banco Central é independente [e continuará sendo] da intromissão política do governo e das gangues que operam no Congresso, as duas maiores ameaças de assalto que existem para o Tesouro Nacional – e uma garantia fundamental para a estabilidade da moeda.
 
Há uma pressão maligna para o aumento explosivo do gasto público. O ritmo do crescimento é ruim. Não há investimento, nem melhora no emprego, nem aumento na renda. O governo simplesmente não existe – conseguiu, desde janeiro, não abrir uma única bica d’água em todo o território nacional.  
Mas, do ponto de vista da estabilidade financeira, as coisas estão em ordem até agora. 
Para continuarem assim, o governo nem precisa de grandes ideias ou grandes decisões. Basta não levar adiante as repetidas propostas de suicídio econômico feitas da discurseira colérica do presidente da República e da sua multidão de puxa-sacos.


J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

Bandidos não poderão comprar armas - Barbara Te atualizei

 

Nota do editor: Sou assinante do canal Barbara Te Atualizei. Com isso, reforço o trabalho de uma valente mulher brasileira e apoio a liberdade de opinião. Aconselho a todos que façam o mesmo porque vale a pena sob todos os aspectos. Além dos vídeos, recebo cotidianamente comentários como este.

O Lule comemorou as novas restrições para aquisição de armas de fogo.

O fato aconteceu num discurso na posse de um novo dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Uma pausa: o Palácio do Planalto deve ser o melhor lugar pra se esconder do Dilmo, ele nunca fica lá. ?
Voltando ao tema, vejamos o que ele disse:
"Eu agora proibi a venda de pistola 9mm, porque esse negócio de liberar armas é para favorecer o crime organizado a comprar armas."
Mas a cara nem arde, como pode??? ?
Você já ouviu falar de traficante indo à lojinha pra comprar armas?
Já viu bandido ir registrar a arma no Exército entre o esconderijo e o banco a ser assaltado?
É CLARO QUE NÃO!

Isso eu, você e o Dilmo sabemos que não existe. ?
O que você vê aqui é a tradicional política de desarmamento implantada por todos os regimes comunistas.
O Jair sabia disso e armou o povo.
O Lule sabe disso e desarma o povo.
Os argumentos são infantis e bobos.
A mídia aceita tranquilamente, assim como a militância.
É mais uma fatia da liberdade sendo cortada como um salame?

 

 Editor - Transcrito site Percival Puggina


O feitiço do tempo - Alon Feuerwerker

Análise Política

No país cuja política se desenha como seguidos e incontáveis “dias da marmota” (o filme cult tem três décadas e aqui recebeu o título de “Feitiço do Tempo”), entramos agora naquele segundo período dos governos, quando eles se ocupam de “formar a base”.

Cooptar, com verbas e cargos, parlamentares em número suficiente não apenas para aprovar leis ou emendas constitucionais
Mas também, e talvez principalmente, para blindar o governo de, ou nas, comissões parlamentares de inquérito e para bloquear processos de impeachment.

Todo governo por aqui começa navegando em mar razoavelmente de almirante, contemplando em primeiro lugar os mais fiéis e dedicados e, dali a alguns meses, acorda cercado pelos hunos. E a negociação começa.

Quando os participantes desse jogo recorrente têm sorte, e quando os mecanismos que se enxergam formadores da opinião pública estão contemplados, política e programaticamente, o debate gira em torno do que se chama de “governabilidade”.

Quando não, os jogadores são obrigados a encarar um campo encharcado, às vezes impraticável, sob a chuva de acusações de "fisiologismo", “toma lá dá cá”, e submetidos aos caçadores ferozes de casos de corrupção que, no mais das vezes, lá na frente dão em nada.

O espectro de Jair Bolsonaro e do bolsonarismo vem ajudando Luiz Inácio Lula da Silva a navegar nessas águas, pois toda negociação política destes dias acaba legitimando-se pela necessidade declarada de isolar o ex-presidente e os dele. [ato que mostra o quanto a esquerda maldita e o petismo repugnante (que se somam)  são covardes - tentar impedir que Bolsonaro ganhe em 2026 é o que os move - se borram do pavor da volta do 'capitão', sem cometer os erros do passado.]

O que tampouco chega a ser novidade, basta recordar que alguns anos atrás a besta-fera eram Lula e o petismo, e eram moídos pela mesma engrenagem. A diferença é que Lula aproveita melhor as circunstâncias e facilita a operação de costura da rede de proteção de seu poder.

(...)

Daí que Lula busque ampliar a base por aposição, agregando bolsonaristas eleitorais, mas também evite a excessiva e inconveniente, para ele, anabolização dos núcleos internos potencialmente concorrentes. É o que se está vendo nestes dias de feitiço do tempo. 
 
Alon Feuerwerker, jornalista e analista político 
 

Estragar o IBGE, não vai. Mas pegou mal. - Carlos Alberto Sardenberg

Numa boa: se era para colocar o economista Marcio Pochmann no governo, a presidência do IBGE foi uma saída de pouco dano. Lá, o potencial de estragos é menor, quase nada.[além do mais, o IBGE - com HISTORIA, REPUTAÇÃO e TRADIÇÃO ilibadas e que esperamos não sejam  manchadas pela sua administração petista -  integra um ministério fraco , no qual está uma ministra fraquíssima - tanto que o atual presidente a chama de 'estepe' e usa um órgão do seu ministério como 'estepe']

Com todo o respeito que o IBGE merece, o fato é que lá não se formula nem se pratica política econômica. Trata-se de um órgão que pesquisa e elabora dados. Mede e calcula população, inflação, emprego, desemprego e renda, o Produto Interno Bruto, contas nacionais.

Mais: o IBGE tem tradição e estruturas consolidadas, além de um corpo técnico profissional e gabaritado.

Algumas pessoas levantaram hipóteses de manipulação dos dados, de modo a criar uma imagem mais favorável do país, beneficiando a propaganda do governo.

Por exemplo: martelar os índices de inflação, “produzir” números bem baixinhos, circunstância que favorece o governo de diversas maneiras. Ajudaria a pressionar o Banco Central para uma redução mais acentuada da taxa básica de juros.

Cristina Kirchner fez isso na Argentina. Maduro ainda faz na Venezuela. Aqui mesmo, já houve pressões sobre o IBGE; isso nos anos 80, governo Sarney, para mudar os métodos de cálculo da inflação. Não deu certo. Houve reações políticas e sociais, permitidas pelo ambiente democrático.

Mas, no tempo da ditadura, houve manipulação. Ao final do governo Médici, em 1974, o então todo-poderoso ministro da Fazenda, Delfim Netto, exibia crescimento econômico de milagre, com inflação moderada para a época, 12% ao ano, isso para 1973.

Muita gente desconfiava, mas como reclamar na ditadura?

Só de dentro do regime. Foi o que aconteceu no governo Geisel. Nomeado ministro da Fazenda, Mário Henrique Simonsen, entre suas primeiras medidas, providenciou uma revisão da inflação de 1973: não havia sido de 12%, mas de 26,6%, um salto e tanto.

Não foi propriamente uma falsificação, mas um truque. Para conter as óbvias pressões inflacionárias, Delfim havia imposto um controle de preços. A Fazenda fixava os preços, digamos, oficiais, dos principais produtos.

E como sempre acontece nessas circunstâncias, o mercado continua funcionando. Ou seja, havia o preço da tabela e o real, maior, claro. O truque: considerar, na medida da inflação, os preços oficiais. [o truque ainda existe e está sendo aplicado; quem vai aos supermercados comprova que os preços estão sempre crescendo e bem mais do que os percentuais apregoados pelo DESgoverno do petista.]

Ocorre que se mediam também os preços reais, que ficavam no armário. Simonsen mandou abrir, e a inflação de verdade era mais que o dobro da oficial.Seguiu-se um debate entre os dois economistas, mas ficou claro, especialmente para a população, que 26% era o número. O Banco Mundial também fez uma revisão dos dados brasileiros e chegou a uma inflação de 22,5% para 1973. Era por aí.

Qual a chance de acontecer de novo? Zero.[respeitosamente discordamos, está acontecendo e os números e os fatos COMPROVAM,]

Imagine que o presidente do IBGE tente interferir na coleta de preços e cálculo do índice. Em menos de um dia o caso estará na imprensa. Será vazado por funcionários do instituto, zelosos de seu trabalho e sua moral.

Além disso, os índices do IBGE são acompanhados com lupa por centenas de analistas. Há economistas de banco cujo trabalho é adivinhar os números.

Nas consultorias, equipes especializadas até fazem coleta de preços essenciais, além de seguir o detalhe das pesquisas do IBGE, de modo a antecipar cenários para seus clientes.

Basta acompanhar o noticiário. Na véspera da divulgação de qualquer indicador importante, jornais e sites trazem as estimativas do mercado. E sempre bate, não na mosca, mas no alvo.

Tudo considerado, o mercado, os analistas, os jornalistas perceberão qualquer tentativa de manipulação.

Quer dizer, então, que a escolha de Pochmann para o IBGE não tem importância alguma?

Tem. Trata-se de um mau sinal. Indica que a ideia foi colocar um companheiro numa boa posição, mesmo ele não tendo o currículo e a expertise para o cargo.

Ele não interferirá na gestão da política econômica, como sugeriram pessoas ligadas à ministra Simone Tebet e ao ministro Fernando Haddad. Algo do tipo, deixa pra lá, mal não fará.

Mas pode fazer algum estrago administrativo ou técnico num órgão tão importante.

Mede-se um governo pelo que faz e pelo que não faz. Não mexer no IBGE seria melhor.

Sobretudo porque a mexida sugere que podem existir coisas piores em andamento.

Coluna publicada em O Globo - 29 julho 2023

Carlos Alberto Sardenberg, jornalista