Uma senhora apátrida! Apta, portanto, a receber as condecorações de praxe
pelo desmonte espetacular do patrimônio moral e cultural brasileiro, coadjuvada por
companheiros de ontem e de hoje, sem que um dedo fosse movido para impedir o
aviltamento da Nação, interna e externamente. Total consenso desse povo
cordial. E isso, sem fraude.
Odorica Paraguaçu,
a catastrófica personagem do nosso cotidiano, em mais um discurso hipócrita,
lança aos ares a fórmula estrondosa que resume o seu tanto de amor ao País e o
seu tanto de respeito à Educação. Realmente, falta a essa desgovernada senhora
a salutar autocrítica e um revisor realista. A tal “Pátria Educadora” soou como uma piada fora de contexto, uma
caricatura oral, de um péssimo escriba assessor, querendo fazer média com a
população. Mas, qual delas? A que recebe ou
paga as bolsas, embora ambas, em matéria de acomodação, igualem-se? Cópia malfeita,
trombuda, saída da ficção, fala sem responsabilidade, apenas
preenchendo as formalidades do cerimonial, coisa que a incomoda por não ser
usual na sua tribo. Um conselho, dona:
não profane as palavras. Não fale em
Pátria, em Educação, em Civismo, em Valores, por não fazerem parte do seu
acervo, do seu viver, de sua herança cultural, do seu meio político. Tornam-se
sacrílegas expressões na sua irritante voz.
Somente
uma política raquítica e rasteira como a brasileira permite a velhacos da
República usarem de trapaças verbais que ainda ludibriam Editoriais, ilusória ou
convenientemente complacentes. Ambiciosos
demagogos, de baixo nível, costumam transformar o país numa charge continental
aos olhos do mundo ao lançarem aos ventos fórmulas de efeito épico, balões de
ensaio para avaliação do alcance da próxima vilania.
E a avaliação
chegou, só que às avessas, conforme o politicamente correto estabelecido, e provou que a dona Odorica deve desligar a
vitrola desarranjada, pois o “ENEM cidadão” confirma que os
estudantes (?) seguiram à risca o presidente
anterior que nunca leu um livro, e ela própria, que briga com foice e martelo para pôr as “estarrecidas” palavras nos devidos
lugares.
Como vemos, essas gerações de futuros dirigentes da nação, foram muito bem-doutrinadas pelos mais caros modelos da
boçalidade: o alambiqueiro e
a grande mestra da “Pátria Educadora” e, como eles, tiram zero toda vez que abrem a boca ou
rabiscam as mal traçadas linhas. Mas não podemos negar a vitória petista. O resultado do ENEM retrata, com exatidão,
o alvo do partido: impedir
gerações de brasileiros de progredir, levando-as, progressivamente, de
volta às cavernas da ignorância total.
Claro que estão comemorando, pois esse é o primeiro e único objetivo
de seu programa de implosão institucional, e com resultado para lá de positivo
para a facção. Para tornar o Brasil um
gigante em analfabetismo, em miséria intelectual, o maior do mundo em
atraso mental e ser destaque nas manchetes internacionais como “A GANGUE VERMELHA PÔS A PIQUE A FILOSOFIA
PLATÔNICA”, é necessário raspar os cofres da PetroPT e do contribuinte
otário.
Platão não sabia o “que eles
podiam fazer”, principalmente a Odorica Paraguaçu, por isso considerou que
quem sai da caverna e vê a luz, jamais a ela voltará. Não sabia ele que uma
produção maléfica iria ser jogada no mundo e pôr abaixo os clássicos. Desgraçadamente, o Brasil foi a cesta.
Fonte: Aileda Mattos
Oliveira é Dr.ª em Língua Portuguesa. Vice-Presidente da Academia Brasileira de
Defesa.
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