Quer dizer que as contas estavam em desordem? Estavam, sim. Por culpa de quem? Do governo. Dilma atravessou a campanha eleitoral dizendo que não haveria aumento de impostos. E que a casa estava em perfeita ordem. Uma vez eleita, autoriza seus ministros a dizerem o contrário. Mas com jeito. Com o cuidado de não deixá-la mal.
Dilma Rousseff e sua filha, Paula Rousseff de Araújo (Imagem: Fernando Bezerra / EFE)
Uma que vai sentir quando Dilma abandonar o governo, afinal, Paula é uma das que mamam nas tetas da viúva
E o apagão de energia, hein?
Dilma sempre disse que não haveria. E nunca se preocupou em fazer o país poupar energia. O que aconteceu ontem em 11 Estados, incluindo o Distrito Federal, foi racionamento de energia. No meio da tarde, diante do consumo elevado, o governo mandou cortar a energia. Simples assim.
A credibilidade de Dilma está sendo apagada a galope.
Em dia de corte de energia, governo eleva impostos
Está difícil processar todas as informações econômicas desta segunda-feira. À tarde, o ONS determinou a redução da carga de energia e isso provocou cortes em dez estados do país e no Distrito Federal. À noite, foi a vez do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciar aumento de impostos para elevar a arrecadação em cerca de R$ 20 bilhões.Começando pela falta de luz, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico, houve restrições nas transferências de energia do Norte e do Nordeste para o Sudeste, e isso teria provocado alteração na frequência elétrica. Uma explicação bastante técnica, mas que se resume ao seguinte: o sistema não conseguiu atender à demanda no horário de pico do consumo.
O que chama atenção na explicação do órgão é que ele diz que isso aconteceu "mesmo com a folga de geração no Sistema Interligado Nacional". Uma afirmação, no mínimo, esquisita, porque se falta luz no horário de pico é porque não há folga. O presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Salles, especialista em setor elétrico, também questiona essa análise. - Se temos que acionar todo o parque termelétrico, que produz uma energia mais cara, é indício que estamos sendo obrigados a preservar o máximo possível de água nos reservatórios. Não vejo como isso possa ser interpretado como folga na geração, como diz o ONS - afirmou Claudio.
No campo fiscal, o ministro Joaquim Levy, da Fazenda, continua tomando medidas para recolocar as contas públicas em ordem. O governo voltou a elevar as alíquotas da Cide, que incide sobre os combustíveis, e isso deve aumentar em R$ 0,22 o preço nas refinarias, no caso da gasolina. Essa alta pode até não chegar às bombas, porque o preço da gasolina importada está mais barato, com a queda do petróleo.
Caberá à Petrobras determinar se repassa esse custo. Se repassar, haverá impacto na inflação e no bolso dos consumidores. Se não repassar, a empresa perderá a oportunidade de recuperar os prejuízos que teve nos últimos anos, quando subsidiou o preço do combustível. Levy também subiu o IOF para operações financeiras aos consumidores. Isso terá impacto no consumo, porque fazer compras a prazo a partir de agora será mais caro. Também houve aumento no IPI do setor de cosméticos.
Não foi pouca coisa, e na quarta-feira o Banco Central deve elevar novamente a taxa básica de juros.
Por: Ricardo Noblat e Miriam Leitão
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