O projeto ideológico de poder nazicomunopetralha, que descobriu na corrupção
uma fonte de fabricação de hegemonia, arrasou com a Petrobras. O dano causado a um patrimônio imaterial do
povo brasileiro só terá algum ressarcimento se frutificarem as dezenas de
ações judiciais movidas por investidores nos Estados Unidos. Com imagem abalada, e com seu sonho do pré-sal
transformado em pesadelo inviável com a baixa cotação do barril de petróleo, a tendência é que
a União acabe forçada a vender o controle da companhia para "salvá-la". Não será este o
plano dos bandidos?
As ações da empresa
estão desabando de cotação nas Bolsas de Valores daqui e lá de fora. A marketagem
governamental repete as mesmas mentiras de sempre para tentar vender a falsa
noção de que está tudo sob controle. O rombo na estatal de economia mista foi
tão gigantesco que não se consegue determinar, com exatidão, quando e quanto foi roubado pelo esquema do
Petrolão. O endividamento da
empresa é assustador. O calote que ela dá nos fornecedores, prestadores de
serviços e empreiteiras já provoca uma quebra sistêmica e "rouba" milhares de empregos. No final das contas vão sair ganhando os de
sempre: os que roubaram e os que
tiverem fôlego e paciência para comprar ações da petrolífera na bacia das
almas. O futuro pertence a eles...
O noticiário sobre a Petrobras enche o saco dos leitores - e de quem
escreve sobre ele (falo por mim mesmo).
A merda repercute mundialmente. A
coluna Lex, do Financial Times, já adverte que a Petrobras deve precisar de
reforço de capital até o final do ano... O jornalão inglês, "bíblia do mercado financeiro
globalitário", prevê que os "múltiplos"
da empresa - como o que compara a dívida
com o lucro - pode chegar a patamares "assustadores".
O FT mete o pau, insistindo naquilo que todos de bom senso já sabem: "A Petrobras admitiu que, até agora, é
incapaz de calcular quanto dinheiro foi roubado da empresa em um escândalo de
corrupção que abalou a confiança no segundo maior mercado emergente do
mundo".
Agora, surgem os
impasses jurídicos. José Dirceu, ilustre condenado no
Mensalão, corre risco de voltar à cadeia se seu santo nome acabar formalmente
implicado no Petrolão. O mesmo pode
acontecer com Paulo Roberto Costa, por supostas contradições e omissões do
que teria revelado como prova. O doleiro
Alberto Youssef pode ter cancelado seu acordo de "colaboração premiada"... Nestor Cerveró não abre o bico, não delata ninguém, e tende a
acabar como bode expiatório. O ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, é indiciado, mas também deve segurar as broncas
sozinho, sem dedurar quem realmente está acima dele...
Enfim, o fato
concreto, até agora, é: sambou quem investiu
nas ações da empresa para ganhos de curto prazo. Os bandidos que a roubaram, agora
sob ameaça, têm dinheiro de sobra para se defenderem judicialmente no Brasil, e
para aguardar o juízo final no exterior.
Para a maioria deles, principalmente os ladrões políticos que ficarão
impunes, só haverá uma punição simbólica.
Não poderão levar os netinhos e os filhos
para passear na Disneylândia, se forem condenados nos EUA, pois acabarão iguais aos irmãos
metralha: na cadeia...
Fonte: Blog Alerta Total –
Jorge Serrão
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