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sábado, 21 de março de 2015

Balas perdidas no Rio: 'Não ouvi barulho, nem vi sangue. Só vi minha filha cair'

Vanessa Aparecida de Abicassis, de 38 anos, foi morta por uma bala perdida no quintal de casa nesta quinta-feira, durante um intenso tiroteio entre traficantes e policiais no Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro.  Outra bala perdida matou Larissa de Carvalho, de apenas 4 anos, em Bangu (zona oeste) em 17 de janeiro.  "Minha filha sempre foi alegre. Não tinha quem não gostasse dela", conta a mãe da garota, Milene Carvalho, de 30 anos.

"Não ouvi nenhum barulho, não vi sangue, nada. Só vi minha filha cair. E vi seus olhinhos girarem."


Mas, a caminho do hospital, ela se deu conta da gravidade do caso, ao ver o sangue que caía da cabeça da menina sobre o seu colo. Horas depois os médicos declarariam a morte cerebral de Larissa. A polícia trabalha com a hipótese de um tiro dado para o alto a quadras de distância dali.  "Para quê vou trabalhar se não tenho mais minha filha? Continuar para quê?", diz Milene


 

Alerta

As mortes de Vanessa e Larissa trazem à tona o alto número de balas perdidas no Estado do Rio de Janeiro nos últimos meses.
Apenas no mês de janeiro, 32 pessoas foram vítimas de balas perdidas no Rio  

(...) 

Vítimas de balas perdidas no Estado do RJ

2008 2009 2010 2011 2012 2013
Vítimas fatais 16 8 14 07 8 9
Vítimas não fatais 219 185 124 81 109 111
Fonte: ISP (Instituto de Segurança Pública)

Lógica de guerra

Para o especialista João Trajano Sento Sé, doutor em Ciência Política e Sociologia e pesquisador do Laboratório de Análise da Violência da UERJ, os índices refletem o retorno da lógica de guerra entre o crime organizado e as forças de segurança.


 


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