Ah,
Edinho Silva, tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff em 2014 está
inconformado com o que considera passividade de seu partido. Ele até
redigiu uma carta aberta expressando esse seu inconformismo. Sim, claro,
quer que os responsáveis pela roubalheira sejam punidos. Afinal, vocês
sabem, ele é um homem honrado. Só não se conforma com o que considera a
paralisia da legenda.
Erros? Ele
até admite alguns. Mas não os que vocês possam eventualmente estar
pensado. O principal, segundo diz, é este: “Nunca na nossa história
assimilamos com tanta facilidade o discurso oportunista de uma direita
golpista e nunca estivemos tão paralisados”. Onde estaria a direita
golpista brasileira? Certamente não são os empreiteiros, por exemplo.
Boa parte está na cadeia, incapaz de dar um golpe, não é mesmo?
Edinho
cobra uma reação do binômio PT/governo. Faz sentido. Ao longo de sua
história, essa gente nunca distinguiu o aparelho partidário da máquina
do estado. Para eles, tudo é uma coisa só. Devem-se somar à equação
também as entidades sindicais e os ditos movimentos sociais — aqueles
que formam, em suma, a nova elite patrimonialista brasileira. Como um
aprendiz de Zé Dirceu, ele conclama: “É hora de pegarmos nossa história
nas mãos e irmos para a luta política”. É o mesmo vocabulário.
Que coisa!
A carta de Edinho vem a público dois dias depois de Pedro Barusco ter
dito na CPI que a roubalheira institucionalizada na Petrobras começou
mesmo em 2003, com a chegada do PT ao poder, e que, em 2010, a campanha
de Dilma recebeu R$ 300 mil do esquema.
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