O homem investigado no exterior a pedido das autoridades brasileiras como suposto operador de propinas da Odebrecht não está escondido em um bunker ou foragido num local distante. Neste domingo, 21, às 15h40 no horário europeu (10h40 em Brasília), Bernardo Freiburghaus estava na fila de um dos cinemas mais movimentados do centro de Genebra.
Nascido no Brasil e filho de pai suíço, Freiburghaus foi um dos alvos da nova fase da Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras. Ele foi um dos investigados que teve mandado de condução coercitiva decretado pela Justiça Federal. A PF esteve nos endereços indicados, mas não encontrou o suspeito nem sua empresa. Após a deflagração da Lava Jato, ele deu baixa no passaporte brasileiro e mudou para a Suíça, da qual também é cidadão. "Para nós ficou bem caracterizado que ele (Freiburghaus) deixou o País em função da Operação Lava Jato", afirmou o delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paula. "Em relação à empresa Odebrecht, o operador desde muito já é identificado, é o Bernardo Freiburghaus. Infelizmente, ele saiu do País e se encontra na Suíça", disse o procurador Carlos Fernando Lima. "O operador por ela (Odebrecht) contratado para o repasse da propina e lavagem de dinheiro, Bernardo Schiller Freiburghaus, destruía as provas das movimentações das contas no exterior tão logo efetuadas e, já no curso das investigações, deixou o Brasil, refugiando-se no exterior, com isso, prejudicando a investigação em relação as condutas que teria praticado para a Odebrecht", afirmou o juiz Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato, ao decretar as prisões executadas na sexta-feira.
Cinema
Ontem, o doleiro foi ao cinema como milhões de pessoas pelo mundo para assistir a Jurassic World com a família. Durante a projeção em 3D, divertiu-se e riu com a superprodução. Ao deixar a sala, não evitou falar com o jornal O Estado de S. Paulo como da última vez em que foi abordado, há dois meses, e xingou a reportagem. Na ocasião, ao ser questionado sobre o envolvimento com o esquema na Petrobras, Freiburghaus só respondeu que "não conhecia ninguém".
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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