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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Grande m ... o valor do apoio das ‘margaridas’ a Dilma – o mesmo valor, valor de m ... , tem o repúdio daquelas vagabundas ao Eduardo Cunha



Marcha das Margaridas: apoio a Dilma e repúdio a Eduardo Cunha

No encerramento da Marcha das Margaridas, em Brasília, presidente responde: 'Eu envergo, mas não quebro'

'Não vai ter golpe', dizem manifestantes a Dilma


Ao som de gritos de "Não vai ter golpe" e "Fica, Dilma", a presidente Dilma Rousseff participou ontem do encerramento da Marcha das Margaridas e, em discurso, no Estádio Mané Garrincha, disse que pode envergar, mas não quebra. O evento organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) se transformou em um ato de apoio à presidente, com ataques das margaridas ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e até ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy.


No encerramento de seu discurso no estádio, ao mencionar a atual crise política, a presidente citou trecho da canção "Envergo, mas não quebro", do cantor e compositor Lenine:  — Nos maus tempos da lida, eu envergo, mas não quebro. Margaridas, nós podemos envergar, mas não quebramos, nós seguimos em frente — afirmou a presidente, aplaudida pelas margaridas, como são chamadas as trabalhadoras rurais ligadas à Contag.


As margaridas ocuparam a parte de baixo do estádio, que tem capacidade para 22.360 pessoas, mas apenas dois terços desse espaço foram preenchidos. Ou seja, cerca de 15 mil delas estavam presentes. Na parte da manhã, as manifestantes fizeram a marcha pela Esplanada dos Ministérios, fechando com um ato de "Fora Cunha" no gramado em frente ao Congresso Nacional. A Polícia Militar estimou entre 20 mil a 30 mil participantes na passeata. A Contag falou em 50 mil pessoas.


No estádio, à tarde, dez ministros acompanharam a presidente. O evento foi aberto com a entrada de trabalhadoras com grandes pétalas brancas de pano, que formavam o desenho de margaridas no gramado do estádio, e ao som de "Aquarela do Brasil" (de Ary Barroso), na versão de Elis Regina. Das instalações saíram fumaças verde, azul, amarela e vermelha. A margarida é o símbolo do movimento em homenagem à paraibana Margarida Alves, assassinada há 15 anos, quando era presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lagoa Grande (PB).


"Não deixaremos que haja retrocessos"

Dilma evitou estender o discurso sobre a crise política, mas reafirmou que seu mandato vai até 2018, ao anunciar que as reivindicações das mulheres serão atendidas ao longo dos próximos anos. E disse que não aceitará retrocesso:  — Tenham certeza absoluta que eu, sua presidente, continuarei trabalhando incansavelmente para honrar e realizar os sonhos que vocês depositam em mim e no meu governo. Quero dizer a vocês, e esta é uma garantia que faz parte do centro da razão do meu governo, nós não deixaremos que haja retrocessos. Eu continuarei trabalhando para honrar e realizar os sonhos de vocês. Juntas, nós margaridas que geramos a vida e a defendemos, não permitiremos que ocorra qualquer retrocesso nas conquistas sociais e democráticas do nosso país.


O presidente da Contag, Alberto Broch, defendeu a democracia e o mandato de Dilma:  A marcha levanta a bandeira contra o golpe. Somos contra aqueles que querem o retrocesso deste país.


Nalu Faria, uma das secretárias da Contag, falou na mesma linha:  — A marcha repele todas as tentativas de golpe e afirma que a democracia que nós conquistamos ninguém nos tirará. E nós queremos, sim, que este processo continue com mais mudanças, porque aprendemos que a crise se enfrenta com mais justiça e mais direitos — afirmou Nalu, sob aplausos da plateia e gritos de apoio à presidente.

A ministra da Secretaria das Mulheres, Eleonora Menicucci, [mais conhecida pelo codinome ‘vó do aborto’ pelo grande número de abortos que realizou em muitas mulheres e nela mesmo.] convocou as trabalhadoras a resistirem, porque o governo continuará defendendo os mais necessitados. Referindo-se à crise enfrentada por Dilma, a ministra defendeu o respeito ao estado democrático de direito e ao voto popular.  — Esta é uma marcha de mulheres resistentes. A mulher que está no palco enfrenta resistências. Soube enfrentar regime de repressão. A resistência de quem não se dobra a vozes autoritárias que visam enfraquecimento da democracia e não respeita a vontade soberana do povo. Esta mulher forte e resistente de coração valente recebe aqui milhares de mulheres igualmente resistentes — disse Eleonora.


Enquanto esperavam a chegada da presidente, as participantes da marcha gritaram palavras de ordem como "No meu país, eu boto fé, porque ele é governado por mulher". Também pediram a cabeça do ministro da Fazenda, Joaquim Levy: "Fora já. Fora daqui, o Eduardo Cunha junto com Levy". Levantaram ainda uma faixa com a inscrição "Fica, Dilma". [marcha bancada com recursos do Banco do Brasil e Caixa Economica Federal – ‘contribuições voluntárias’ em prol da manutenção na presidência da maior praga que já assolou o Brasil. Dilma, em termos de capacidade de fazer o mal, ser nefasta ao BEM, supera todas as pragas do Egito.]"Viemos dizer não a Eduardo Cunha"

 e manhã, faixas e discursos dos locutores defenderam o mandato de Dilma e criticaram Cunha. — O Congresso Nacional precisa respeitar a decisão do povo. Foi o povo que votou e elegeu a presidente Dilma. Não ao golpe — dizia uma das locutoras em um caminhão de som. — Viemos aqui dizer não ao Eduardo Cunha – disse outra locadora. Ainda de manhã, no Senado, aconteceu uma sessão solene em homenagem às margaridas, com discursos duros contra o Legislativo.


Em relação às reivindicações da marcha, Dilma anunciou medidas de enfrentamento à violência contra as mulheres, como a criação da Patrulha Rural Maria da Penha, em parceria com os governos estaduais; de incentivo à produção, incluindo a implantação de 100 mil cisternas; de atenção integral à saúde da mulher, com ações de prevenção do câncer do colo do útero e de mama; e a construção de 1.200 creches na área rural até o fim do governo.

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