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sábado, 22 de agosto de 2015

Senadores preveem que Janot será reconduzido, mas sabatina sempre pode ser adiada forçando a posse de um interino



Senadores apostam na recondução de Janot, mas sabatina ainda é uma incógnita

Na Comissão de Constituição e Justiça, oito parlamentares são investigados na Lava-Jato

Não há dúvida, entre os senadores, de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, será reconduzido ao cargo, com a aprovação por um placar de cerca de 55 votos, como apostam alguns. No entanto, a sabatina dele na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que ocorrerá na próxima quarta-feira, é cercada de suspense. Dos 27 titulares da CCJ, oito delespouco mais de um terço são investigados pela Operação Lava-Jato; já dos suplentes, apenas dois. Janot precisa de maioria simples na CCJ para ter seu nome referendado. No plenário, precisa de maioria absoluta, ou seja, 41 votos. 
 Alguns senadores preveem que Janot enfrentará uma tempestade de questionamentos. O maior inquisidor deve ser o senador Fernando Collor (PTB-AL), denunciado nesta semana pelo procurador-geral ao Supremo Tribunal Federal (STF) sob acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.  Collor, que já xingou Janot da tribuna do Senado de “filho da p. e qualificou a denúncia apresentada contra ele de “teatro” e “festim midiático”, apresentou um voto em separado, na quarta-feira passada, no qual se posiciona contrário à recondução de Janot ao cargo. O senador também questiona um contrato para prestação de serviços de uma empresa publicitária à Procuradoria-Geral da República.

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A avaliação de aliados do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é de que o procurador-geral da República denunciou Collor antes da sabatina na CCJ justamente como forma de tentar neutralizar a ação dele na sessão. A avaliação é que Collor fará “muito barulho”, mas já na condição de denunciado. Na noite de quarta-feira, Renan jantou com os senadores Eunício Oliveira (PMDB-CE), Humberto Costa (PT-PE), Jorge Viana (PT-AC), e o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), para fazer uma avaliação da situação. 
 Segundo aliados de Renan, ele está tranquilo, no sentido de que o problema maior está na Câmara, mas consciente do momento político. Aliados de Renan dizem que ele fez o movimento acertado de adotar uma estratégia de não enfrentamento com o próprio Ministério Público e de ter se afastado do colega Fernando Collor — que faz ataques diretos a Janot — e das táticas de rompimento de Cunha.

MUDANÇA DE ATITUDE [quando o barco começa a afundar, os ratos são os primeiros a abandonar - ser corruPTo já é desonroso, pior ainda corruPTo, covarde e traidor.]
Aconselhado por outros senadores, Renan foi se afastando de Collor, deixando para o ex-presidente os ataques ao procurador-geral. Embora também seja investigado pela Lava-Jato e, num primeiro momento, ter agido nervosamente contra Janot, Renan baixou o tom e passou a trabalhar para aprovar o nome dele. — As sabatinas têm sido exaustivas e profundas. Vamos aguardar a do Janot. As investigações do Ministério Público são legítimas. O MP não deve ser retaliado. Cada um no seu quadrado. Vamos respeitar
as regras do jogo — afirmou o senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Fonte: Folha de São Paulo 
 

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