A patética audiência com os que querem continuar
mamando nas tetas da EBC
Presidente
do Conselho diz: “Não
vamos deixar que toquem na EBC”. É mesmo? Eles
privatizaram a empresa pública?
Aconteceu nesta terça-feira
uma audiência pública na Câmara para debater os rumos da EBC — a dita Empresa Brasileira de Comunicação, que foi transformada, na
prática, num diretório do PT e
esquerdistas associados.
Como se sabe, o governo Temer demitiu
Ricardo Melo, diretor-geral, que conseguiu uma liminar na Justiça para
continuar no cargo. O governo estuda, entre outras medidas, extinguir a TV Brasil, a chamada TV Traço. Custa quase R$ 250
milhões por ano. E ninguém vê. A coisa era uma piada em si. Os ditos “debatedores” estavam, ora vejam, todos de
um lado só. Não havia ninguém favorável à reestruturação da empresa. Lá estavam, por exemplo, o
próprio Melo e Rita Freire, presidente do Conselho. Também presente a
representante de uma tal Frente de Defesa da EBC, Bia Barbosa.
E todos falavam em favor
da chamada “comunicação pública”, um
conceito curioso. Em “esquerdês”, que é o idioma das pessoas destituídas
de lógica, mas com bastante amor pelas tetas do governo, isso quer dizer “comunicação sem público”. Era patético ver toda aquela gente reunida em defesa dos próprios
interesses, mas fingindo falar em nome do povo brasileiro. A tal Rita, presidente
do Conselho, disse o seguinte:
“Nós confiamos que, nesta Casa, conseguimos fazer uma mobilização
para barrar isso. Nós não vamos deixar que toquem na EBC. E, se tocarem, vamos
estar juntos também para reverter. A não ser que a gente rasgue, mais uma vez,
a Constituição”.
“Nós” quem, cara pálida? A EBC é intocável? É uma corporação acima
da lei e das instâncias democráticas? Sobre a mesa, havia um cartaz em que
se lia “Liberdade de expressão”. Que patético! A liberdade de expressão, na
EBC petista, consiste em contratar a peso
de ouro jornalistas para defender o PT, atacar seus adversários e agredir a imprensa
independente e parte do judiciário. Quando dona Rita diz “não vamos deixa que toquem na EBC”,
está querendo dizer o seguinte: “A EBC é
do PT e continuará a ser”. Melo não
ficou atrás: “ Há um ataque político à democracia”. É mesmo? Ele chama de
democracia o uso de dinheiro público para garantir o monopólio de um ponto de
vista.
Para este senhor, é irrelevante saber ser a TV Brasil tem público ou
não. E
soltou esta pérola:
“A questão não é simplesmente de audiência. Se fosse por aí, a TV
Globo estaria fechada, também a Folha, que vendia 1,5 milhão de exemplares na
década de 90, quando trabalhei lá, e agora vende 300 mil exemplares. Mas a
importância política desses órgãos de comunicação continua sendo
inquestionável. Seja de que lado e de que posição eles estiveram.”
Hein? Como? Melo compara a
emissora de maior audiência do país com aquela que
ele comanda, que ninguém vê.
Na década de 90, a Internet era ainda incipiente, e não havia os produtos
eletrônicos da Folha e de outros veículos.
Eis a qualidade dos
argumentos do que defendem que nada mude. Afinal, a EBC é deles, certo?
Que Temer não desista!
Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo
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