Eduardo Cunha tem mandato cassado por mentir sobre contas na Suíça
Processo por quebra de decoro durou 11 meses e foi o mais longo da Casa; Cunha fica inelegível até 2027
Tudo certo. Cassaram o mandato do deputado Eduardo Cunha por uma suposta mentira.
450 deputados entenderam que o parlamentar que mente na Câmara ou no Senado deve ter o mandato cassado.
Só que sem sombra de dúvida, no mínimo, 400 desses deputados já mentiram e/ou roubaram e continuam impunes
Tudo isso em um Brasil em que o próprio presidente do Supremo - guardião da Constituição - estupra a indefesa Carta Magna e fatia um dos seus artigos para beneficiar uma ex-guerrilheira que tem a obsessão de destruir o Brasil: tentou no passado pelas armas, pela covardia, pelo terrorismo e fracasso e agora tentou destruir nossa Pátria(e quase consegue) pelo voto dado por eleitores incompetentes e irresponsáveis.
Com 450 votos a favor, 10 contrários e 9 abstenções, a Câmara cassou
nesta segunda-feira o mandato do deputado federal Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), interrompendo a trajetória política de quase 25 anos daquele
que se celebrizou como o principal algoz de Dilma Rousseff no processo
de impeachment. Com uma carreira construída nas sombras do poder e que
ganhou os holofotes nacionais desde que assumiu a presidência da Câmara,
no ano passado, Cunha, que colecionou inimigos na vida política e ontem
se viu abandonado por praticamente todos os partidos, passará agora a
enfrentar o seu mais temido adversário: o juiz Sérgio Moro, da Justiça
Federal do Paraná. Com a decisão da Câmara, Eduardo Cunha fica
inelegível até 2027. (VEJA COMO VOTOU CADA DEPUTADO)
Cunha é o segundo presidente da Câmara cassado (o primeiro foi Ibsen
Pinheiro) e o terceiro deputado desde que o voto para este tipo de
sessão passou a ser aberto. Os outros foram André Vargas (ex-PT-PR) e
Natan Donadan (ex-PMDB-RO). Desde que o Conselho de Ética foi criado em
2001, foram sete deputados cassados, incluindo o peemedebista.
Ao fim da sessão, Cunha deu uma entrevista coletiva na qual culpou
diretamente o governo Temer pela derrota. Segundo ele, o assessor
especial Moreira Franco agiu como “eminência parda” na articulação da
eleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ), de quem é sogro, para a presidência da
Câmara.
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—
Eu culpo o governo hoje, não que o governo tenha feito alguma coisa
para me cassar. Mas quando o governo patrocinou a candidatura do
presidente (Rodrigo Maia) que se elegeu em acordo com o PT, o governo,
de uma certa forma, aderiu à agenda da minha cassação. O governo hoje
tem uma eminência parda, quem comanda o governo é o Moreira Franco, que é
o sogro do presidente da Casa. Ele comandou uma articulação que fez com
que tivesse uma aliança do PT — reclamou Cunha, que prometeu recorrer à
Justiça e escrever um livro relatando todas as negociações de que
participou a respeito do processo de impeachment.
— Eu não sou uma pessoa de fazer ameaças veladas, mas a sociedade merece saber — afirmou.
Indagado se Temer deveria ter receio da obra:
— Leia meu livro que você vai saber.
A influência de Cunha em Brasília começou a ganhar força ainda no
segundo governo do ex-presidente Lula e chegou ao seu ápice no ano
passado, ao assumir a presidência da Câmara. A chegada ao cargo, que
reforçou sua posição na política, também trouxe a exposição que
contribuiu para seu ocaso político, apenas pouco mais de um ano e meio
depois.
Continuar lendo em O Globo - http://oglobo.globo.com/brasil/eduardo-cunha-tem-mandato-cassado-por-mentir-sobre-contas-na-suica-20099763
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