A juíza vetou a campanha a pedido de guildas sindicais que representam servidores públicos. Entre eles auditores fiscais da Receita Federal. Alegam que a publicidade é ofensiva. Bobagem. As peças atacam não os servidores, mas os privilégios concedidos a eles e sonegados aos trabalhadores da iniciativa privada. Por exemplo: integralidade, eufemismo para pensão igual ao último salário; e paridade, sinônimo de reajustes iguais aos concedidos aos servidores ativos .[a publicidade suspensa é altamente enganosa; citando apenas um ponto: os autores da publicidade, sabedores que qualquer notícia que fale em prender algum político ou acabar privilégios é bem vista pela população brasileira, aplaudida, etc.
Que fizeram? dizem na campanha suspense entre outras inverdades que os privilégios serão extintos e deixam no ar, especialmente para os incautos (o Brasil é uma terra de incautos, as eleições de Lula e Dilma provam e comprovam o quanto o Brasil é uma terra de imprudentes) a impressão que a extinção dos chamados privilégios será imediata.
E é pacífico que haverá um longo período de transição, de ajuste.]
Não é o conteúdo que faz da campanha uma variante da velha prática de jogar dinheiro público pela janela. O desperdício decorre da inutilidade da iniciativa. Na prática, o governo torra milhões para informar ao povo, composto de ignorantes criaturas, sobre as vantagens de uma reforma que o Planalto sabe que não sairá do papel. Temer se jacta de presidir um governo semiparlamentarista. Mas não dispõe de 308 votos para prevalecer no plenário da Câmara. É certo que o Planalto comunica-se porcamente. Mas o que impede a decolagem da reforma previdenciária é a falta de votos no Congresso, não o déficit de comunicação. Para livrar-se de denúncias criminais, Temer comprou a lealdade de congressistas com emendas e cargos. Para salvar o país da ruína previdenciária, faltam-se argumento$. Nessa hora, o presidente mais impopular da história se lembra de que a sociedade existe.
Blog do Josias de Souza
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