Quem vê os ministros da Segunda Turma do Supremo e
seus votos, esses sábios e sua jurisprudência criativa, esses
operadores do Direito e sua “plausibilidade jurídica”, conclui: nunca se
desperdiçou tanto latim e tanto dinheiro público para levar uma Suprema
Corte à desmoralização. Ao manter José Dirceu em liberdade
pelo placar de 3 a 2, a Segundona se sobrepôs ao plenário do Supremo,
que autorizara por 6 a 5 a prisão de condenados em segunda instância.
Dirceu pegou 30 anos e nove meses de cadeia no mesmo TRF-4 que condenou
Lula.
Lula continua preso porque o relator da Lava Jato, Edson
Fachin, minoritário na Segundona, enviou a encrenca para o plenário. Mas
no caso de Dirceu, solto em junho depois de puxar menos de dois meses
de cana, a Segundona restaurou o velho cenário em que, acima de um certo
nível de renda e poder, a concretização das condenações judiciais
ocorre em algum momento no infinito. Ah, existe “plausibilidade
jurídica” no recurso apresentado no STJ pela defesa de Dirceu contra a
condenação, alegou o relator Dias Tofoli, ex-assessor do PT na Câmara,
ex-advogado de Lula no TSE, ex-auxiliar do próprio condenado na Casa
Civil. É razoável que ele aguarde em liberdade pelo menos até o
pronunciamento do STJ, concordaram Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes.
Estava
claro desde junho que a reclamação protocolada pelos advogados de
Dirceu na Segundona não era ferramenta adequada para a obter a liberdade
do condenado. Mas Toffoli decidiu soltar o preso “de ofício”, por conta
própria. Na sessão desta terça-feira, declarou-se novamente convencido
do acerto da decisão. “Este tipo de concessão, como eu costumo
dizer aqui desde código de processo penal do Império, é dever do
magistrado, se deparando em uma hipótese que, no seu entendimento, está
colocando em risco a liberdade de ir e vir de algum cidadão, de conceder
de ofício a ordem de habeas corpus em qualquer juízo, instância ou
tribunal”.
Dirceu é larápio reincidente. Na sentença ratificada
pelo TRF-4, Sergio Moro realçou que o grão-petista recebia propinas do
petrolão quando ainda era julgado no processo do mensalão. [e milhares de babacas petistas vendiam o almoço para arrecadar fundos para uma vaquinha para o 'ex-guerrilheiro de festim' pagar multas.
Ser petista, existe há algumas exceções a esta regra, é ser babaca nato.] Mas Toffoli
preocupa-se com o “risco à liberdade de ir e vir” do cidadão.
Lewandowski e Gilmar concordaram. Fachin e Celso de Mello desceram à ata
da sessão como votos vencidos. Ficou vencida também a ideia de
colegialidade. Quando um ministro ou uma turma do Supremo decide em
sentido contrário ao da jurisprudência fixada pelo plenário, desgasta-se
o próprio Poder Judiciário. Já não há nem segurança jurídica nem poder
Supremo. A supremacia é, hoje, apenas um outro nome chique para
esculhambação.
Via Benett.
Blog do Josias de Souza
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
quarta-feira, 22 de agosto de 2018
Livre, Dirceu potencializa esculhambação do STF
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