Gesto simbólico gera aplausos entre progressistas, mas também recebe críticas
No gesto
mais simbólico do seu recente mandato, o presidente do governo espanhol, Pedro
Sánchez (Partido Socialista), assinou ontem o decreto que determina a remoção
de Francisco Franco do Vale dos Caídos, ao norte de Madrid. Último ditador a
ocupar um monumento nacional na Europa Ocidental, o “generalíssimo”, como
gostava de ser chamado, está enterrado ao lado de um mártir da ditadura, José
Antonio Primo de Rivera, no altar-mor da basílica que ele mesmo mandou
construir para abrigar os “caídos por Deus e por Espanha” durante a Guerra
Civil (1936-1939).
Generalíssimo espanhol
Francisco Franco, em 1964 - Wikimedia Commons
Agora,
sua família, cuja oposição à exumação fez com que a data estabelecida por
Sánchez para a assinatura do decreto atrasasse mais de um mês, terá 15 dias
para responder oficialmente se receberá os restos mortais. Se a resposta for
negativa, Franco será enterrado num lugar “digno” fora do monumento, como
definiu a vice-premier Carmen Calvo.
O
antropólogo social Francisco Ferrándiz, um dos responsáveis pelo relatório de
2011 ao qual ela se refere, aplaude a iniciativa. — É o
ponto final do franquismo, o gesto que faltava — definiu o especialista, para
quem a remoção poderá abrir caminho para a identificação de 12 mil corpos enterrados
anonimamente no Vale, em meio a um total de mais de 33 mil cadáveres que Franco
mandou trazer de todo o país para encher o monumento.
Apesar de
o decreto não mencionar Primo de Rivera, fundador do partido de extrema-direita
Falange Espanhola, que inspirou o franquismo, o relatório recomendava sua
transferência a uma das criptas laterais da basílica. Tudo indica que o governo
seguirá esse passo. Não sem a resistência da Fundação Francisco Franco e de
associações de extrema-direita que, de acordo com Ferrándiz, já têm preparadas
ações judiciais por possível “profanação de corpos” durante a manipulação da
área. É que, em péssimo estado, as criptas viraram depósitos de ossos
misturados, fazendo do Vale dos Caídos uma das maiores valas comuns do mundo.
Na sexta-feira,
uma reunião do Conselho de Ministros encaminhará o decreto à apreciação do
Congresso. Ali, estima-se que, com os votos da coligação de esquerda Unidos
Podemos e dos partidos nacionalistas bascos, galegos e catalães, a iniciativa
seja aprovada. O Partido Popular já anunciou que votará contra. O Cidadãos, de
centro-direita, anunciou sua abstenção. Em nota, a formação criticou a “pressa”
do governo na remoção de Franco, enterrado no monumento desde que morreu, há
quase 43 anos.
Por mais
que o gesto simbólico gere aplausos entre progressistas, não são poucos os
cidadãos que parecem alheios ou até críticos à movimentação. Para a
cabeleireira Rebeca Gómez Ecequiel, de 41 anos, há assuntos “mais urgentes”:
— Temos
uma taxa de desemprego de mais de 15%, o problema dos separatistas catalães e
uma constante chegada de imigrantes.
Por que se preocupar em remover um senhor
que a maioria de nós nem conheceu em vida?
A
administradora Soraya Meléndez, 34, não concorda:
— A
remoção de Franco nos reconcilia com a ideia de que finalmente somos uma
democracia.
[Comentário sobre a tara doentia que supostos especialistas possuem de sempre tentar aplicar no Brasil medidas adotadas em outros países, que nada tem a ver com o Brasil;
tais especialistas, talvez por exigência de que os paga, insistem em esquecer que o Brasil é uma NAÇÃO SOBERANA e que em solo brasileiro palpite de estrangeiro não vale.
Veja o que diz uma 'especialista' - advogada Ana Messuti - sobre o assunto:
" E a
situação do Brasil?
É
parecida com a do Uruguai: lamentável. Pouca reparação, e os criminosos ainda
protegidos pelas leis de anistia. As vítimas não merecem isso. O país deveria
agir imediatamente. É muito deficitária uma democracia que se esquece tão
rapidamente de algo brutal como uma ditadura. O silêncio acaba virando uma
aprovação tácita."
Para essa especialista, os porcos terroristas - que ela chama de vítimas - que assassinaram de forma covarde, traiçoeira, repugnante, vil e covarde, brasileiros inocentes e também brasileiros integrantes das forças de segurança (que impediram muitas vezes com o sacrifício da própria vida, que os porcos terroristas transformassem o Brasil em uma Cuba) os terroristas mereceram anistia, indenização, pensão.
No entender da tal especialista os brasileiros que em defesa da Soberania do Brasil abateram os terroristas - em confrontos legítimos e na maior parte das vezes o ataque era iniciado, sempre de forma covarde, pelos guerrilheiros - são os criminosos.
A classe terrorista que traiu o Brasil tentou destruir a SOBERANIA de nossa Pátria, durante o Governo Militar - e foram vencidos - é tão vil, desonesta, traiçoeira que os que sobreviveram, em sua maioria (há algumas poucas excessões) partiram para o assalto aos cofres públicos.
Existe no Brasil o termo ASPONE = assessor de porra nenhuma;
Especialistas como a advogada Messuti e outros que abundam no Brasil, nos levam à tentação de criar o ESPONE = especialista de porra nenhuma.
Tal termo caberá como uma luva aos especialistas que integram o subcomitê oficioso, do subcomitê da subsecretaria da ONU para assuntos sem importância.]
Interessados em conhecer o brilhante pensamento da ESPONE Messuti, cliquem em O Globo
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