Partido terá 3 ou 4 semanas para operar transferência de muitos milhões de votos; petistas graúdos que não apostam nisso
A
destruição da classe política, empreendida pela Lava Jato, está na raiz
da ressuscitação de Lula. Assim, mantê-lo candidato pode não ter
recuperado a imagem do PT como um todo — embora a legenda seja a
preferida de 24% do eleitorado; em segundo lugar, vêm PSDB e PMDB, com
apenas 4% … —, mas chancelou com as urnas, ainda que simbólicas, o seu
renascimento. Desse ponto de vista, a prisão fez um bem imenso ao
candidato impossível: quando foi encarcerado, Lula tinha 30% dos votos;
agora, pode ter mais de 40%, já que a margem de erro da pesquisa é dois
pontos para mais ou para menos.
Se PT mantiver ex-presidente na urna, inelegibilidade confirmada invalidará seus votos; o 2º poderia se eleger no 1º turno [Bolsonaro VAI se eleger no segundo turno das eleições de outubro/2018]
A
“loucura no método”, pois, já implica substituir Lula por Haddad, mas só
na data-limite. Sim, o PT pode recorrer ao próprio TSE e depois ao STF
contra a declaração de inelegibilidade do seu chefe mesmo depois do dia
17, mas fará a substituição, sim! Caso o partido decidisse insistir na
candidatura à espera do último recurso, o nome do ex-presidente seria
mantido na urna eletrônica. Sendo o registro definitivamente negado
depois de milhões lhe darem seus respectivos votos, os ditos-cujos
seriam declarados inválidos. Se o segundo colocado conseguisse metade
mais um dos VÁLIDOS, estaria eleito.
O PT não
vai correr esse risco. A história de que o crescimento de Lula nas
pesquisas poderia levar a essa escolha doidivanas é só para confundir os
adversários. O PT só quer atrair um pouco mais a fúria da direita xucra
para convertê-la em votos, como vem fazendo e com sucesso.
Blog do Reinaldo Azevedo
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