Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER

sábado, 2 de novembro de 2019

Ligações perigosas - Isto É

Depoimento de porteiro de condomínio que aproxima Jair Bolsonaro dos supostos matadores de Marielle Franco é desmentido pelo Ministério Público, mas deixa mais perguntas do que respostas 

[o depoimento mentiroso do porteiro-fantasma, foi desmentido por dados técnicos do sistema de comunicação do condomínio e também por DECLARAÇÃO OFICIAL da Câmara dos Deputados atestando que no dia dos fatos - assassinato da vereadora - Bolsonaro estava em Brasília, inclusive votando no sistema eletrônico do plenário daquela Casa.]

Não é de hoje que se sabe da relação complexa e nebulosa do clã Bolsonaro com as milícias do Rio de Janeiro, grupos marginais que se apoiam na violência para ampliar seu poder e fazer justiça com as próprias mãos. Mas, na semana passada, por causa de uma reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, sobre as investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, esse elo com as milícias ameaçou ganhar uma nova dimensão. A reportagem mostrou a movimentação, horas antes do crime, dos dois supostos matadores da vereadora, os ex-policiais militares Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa, no condomínio Vivendas da Barra, onde mora o presidente. 

Um porteiro do condomínio declarou, em dois depoimentos, que Élcio, acusado de dirigir o carro de onde saíram os tiros que mataram Marielle, pediu para falar com a residência número 58, pertencente ao então deputado federal Jair Bolsonaro, e ouviu uma voz que parecia com a do “Seu Jair” liberando a entrada do visitante. No dia seguinte, o Ministério Público (MP) do estado, baseado em provas preliminares, desmentiu as declarações do porteiro. Mas o assunto passou a ser parte importante do inquérito, deixou dúvidas e ainda precisa ser melhor compreendido. Depois da citação do nome do presidente, o processo de Marielle foi enviado para análise do Supremo Tribunal Federal (STF).

O porteiro anotou no livro de visitantes que, no dia 14 de março de 2018, Élcio entrou no Vivendas, com destino à casa de Bolsonaro, no volante de um Logan placa AGH 8202. Também disse para a polícia que, ao ingressar no condomínio, o veículo se dirigiu à casa 65, de Lessa, que mora ali. Por causa da mudança de rumo, ele contou que havia voltado a ligar para o endereço de Bolsonaro e a mesma pessoa respondeu que “tudo bem”. Na quarta-feira 30, a promotora do MP do Rio Simone Sibilio, coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deu uma entrevista coletiva e afirmou que o porteiro mentiu, para depois dizer que a informação dada por ele não é compatível com a prova pericial. “O porquê do porteiro ter dado depoimento será investigado. Saberemos se ele mentiu, se equivocou ou esqueceu”, disse. Segundo Simone, a perícia feita nas gravações do sistema de interfone do condomínio mostrou que não foi o presidente que autorizou a entrada de Élcio e sim Lessa, acusado de ser o autor dos disparos contra Marielle. Além do mais, Bolsonaro provou que não estava no Rio: registrou presença, naquele dia, na Câmara, em Brasília.

(.....)

Moro encaminhou ao Procurador-Geral da República, Augusto Aras, um pedido de abertura de inquérito para investigar o vazamento das informações, considerando o fato de que o processo de Marielle corre em segredo de justiça. “A própria reportagem esclarece que, na referida data, o Exmo. Sr. Presidente da República, então deputado federal, estava em Brasília, tendo registrado a sua presença em duas votações no plenário da Câmara dos Deputados”, diz Moro na requisição à PGR.“A inconsistência sugere possível equívoco na investigação conduzida no Rio de Janeiro ou eventual tentativa de envolvimento indevido do nome do presidente da República.” O ministro solicita investigação, em conjunto, pelo Ministério Público Federal e Polícia Federal.


Em IstoÉ, MATÉRIA COMPLETA



 


 

Nenhum comentário: