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terça-feira, 28 de março de 2023

Agora ser feminista é ser de ‘extrema direita’? - Revista Oeste

Joanna Williams, da Spiked

De acordo com o grupo Hope Not Hate, defender os direitos das mulheres torna você um extremista perigoso

 Ativistas dos direitos trans | Foto: Foto: Simon Chapman/LNP/Shutterstock

Ativistas dos direitos trans | Foto: Foto: Simon Chapman/LNP/Shutterstock 

Diga “extremismo de direita”, e a maioria das pessoas vai pensar em fascismo. Quem sabe em Hitler, nazismo e suásticas. 
Ou, mais recentemente, no político britânico Enoch Powell e seu infame discurso “Rivers of blood” (“Rios de sangue”, em tradução livre). 
Ou ainda na Frente Nacional britânica dos anos 1970. É bem menos provável virem à mente feministas defendendo os direitos das mulheres. Ou pais preocupados que tenham objeções à sexualização de crianças e a bibliotecas fazendo apresentações de drag queens.

Incrivelmente, ambos os grupos são mencionados em um novo relatório do grupo Hope Not Hate (“Esperança, Não Ódio”). “State of hate 2023: rhetoric, racism and resentment” — ou “Estado do ódio 2023: retórica, racismo e ressentimento”, em tradução livre — é divulgado como “o guia mais abrangente e analítico sobre a extrema direita na Inglaterra hoje”. Abrangente é uma forma de definir o texto. Ele detalha tudo e todo mundo de quem seus autores não gostam, de apresentadores da GB News à feminista crítica da teoria de gênero Kellie-Jay Keen (também conhecida como Posie Parker). O relatório é menos uma pesquisa e mais um chilique muito longo.

O Hope Not Hate destaca protestos contra o projeto Drag Queen Story Hour (Hora da História da Drag Queen, em tradução livre) como um exemplo de “agitação da extrema direita”. 
O relatório enganosamente descreve esses eventos de drag queens apenas como “contações de história para crianças em bibliotecas públicas”. Em seguida, o texto rotula como problemáticas as pessoas que perguntam por que homens com seios falsos e meias arrastão estão tão interessados em ler histórias para crianças pequenas. “A extrema direita enxerga os direitos trans como um desafio fundamental para sua crença nos papéis de gênero tradicionais e nas estruturas familiares”, afirma o Hope Not Hate. Nunca fica claro qual é a relação entre extrema direita e não querer sexualizar as crianças ou defender os valores familiares tradicionais. Se você gritar “extrema direita”, parece que não é preciso explicar mais nada.
O Hope Not Hate afirma que a retórica antitrans está se tornando “cada vez mais escancarada e agressiva na extrema direita”. E, claro, o que o grupo descreve como “retórica antitrans” pode ser qualquer coisa, desde errar o gênero de alguém até defender os direitos das mulheres com base no sexo. 
 É aqui que Kellie-Jay Keen é mencionada, como uma “ativista antitrans” que encontra “cada vez mais apoio nas opiniões da extrema direita e se combina com elas”. Seu famoso pôster “Woman: adult human female” (“Mulher: adulta humana”) e seus eventos “Let women speak” (“Deixe as mulheres falarem”) há tempo atraem ofensas de ativistas trans. “State of hate” confirma o status de Keen como uma “voz de liderança no movimento antitrans”.

Quando destacar a definição do dicionário para “mulher” é o suficiente para uma pessoa ser associada à “extrema direita”, realmente estamos em apuros. O feminismo foi uma das grandes causas das progressistas do século anterior. As antigas campanhas por igualdade econômica, social e política entre os sexos ainda são corretamente celebradas hoje em dia. No entanto, as pessoas que quiserem defender os direitos baseados no sexo, direitos pelos quais as feministas lutaram tão arduamente”, serão menosprezadas como transfóbicas e preconceituosas.

A linguagem muda, mas o sentimento continua o mesmo. Pelo jeito, mulheres que exigem direitos baseados no sexo devem se calar e acatar os homens

Destacar Kellie-Jay Keen também a transforma num alvo. Já sabemos que Keen recebeu uma visita da polícia e foi assediada por manifestantes, em consequência de seu apreço pelos direitos das mulheres. Ao chamar atenção para ela mais uma vez, o Hope Not Hate está contribuindo com sua demonização irrefreada.

Infelizmente, o grupo não é o único que rotula Keen como uma ativista quase de extrema direita. Algumas feministas — até mesmo críticas de teoria de gênero — fizeram o mesmo. Já em 2018, uma organização feminista acusou Keen de racismo, porque ela criticou a prática do uso de véu das jovens muçulmanas. Uma jornalista feminista chegou a chamar Keen de “Marine Le Pen de Brechó” e descreveu uma manifestação organizada por ela como um evento “cooptado por nacionalistas, racistas e misóginos”.

Essas feministas esnobes não fazem ideia de como organizações políticas funcionam. Se você organiza um protesto, não é possível escolher a dedo quem aparece, quem filma a sua fala ou quem compartilha trechos nas redes sociais. Se você quer “deixar as mulheres falarem”, não se pode realizar um exame prévio de pureza política. De forma similar, o Hope Not Hate tenta condenar Keen, ao chamar atenção para elementos secundários que participaram ou transmitiram alguns de seus atos. É uma tática preguiçosa de culpa por associação.

Com toda a conversa ridícula de Kellie-Jay Keen estar de alguma forma aliada à “extrema direita”, na verdade os ativistas são os verdadeiros reacionários aqui. São eles que estão revertendo as conquistas do feminismo e declarando guerra aos direitos das mulheres.

Um século atrás, dizia-se para as mulheres que não era feminino exigir o direito de votar e de frequentar a universidade. As feministas da atualidade ouvem de figuras como o grupo Hope Not Hate que é um comportamento de extrema direita não aceitar homens de vestido em provadores, prisões e alas femininas de hospital. Não feminino, não natural, de extrema direita… A linguagem muda, mas o sentimento continua o mesmo. Pelo jeito, mulheres que exigem direitos baseados no sexo devem se calar e acatar os homens.

O que se torna mais aparente a cada dia é como o ativismo woke na verdade é retrógrado. As mulheres não podem ser detidas em sua defesa por direitos por alarmistas sexistas e politizados. 

Leia também “A arrogante cruzada contra a misoginia”

Joanna Williams é colunista da Spiked e autora de How Woke Won (2022)

 Joanna Williams, da Spiked, colunista - Revista Oeste


quarta-feira, 15 de março de 2023

Ativistas do PT e PSOL irão sugerir ao Presidente Lula a extinção ou modificação das Forças de Operações Especiais do CFN e EB

[afinal para os bandidos do  perda total = pt, o ideal é que só os bandidos portassem armas - mas, o estadista de Garanhuns não tem coragem sequer para propor a extinção.]

  • Grupos políticos agem para garantir os santuários obtidos com a ADFP 635 (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 635), conhecida como ADPF das Favelas. 
  • Proposição de reduzir a capacidade de ação ou até a extinção das Forças Especiais do Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro 
  • Por desdobramento também atingir Forças Policiais Militares Estaduais como o BOPE (RJ) e ROTA (SP)

Especialistas políticos ligados a assuntos referentes a temas como os Direitos Humanos, Minorias e Segurança Pública, oriundos do Partido dos Trabalhadores (PT) e Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), trabalham em documento conjunto a ser enviado em caráter reservado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deverá fazer a apreciação, ou não, até o dia 22 de maio de 2023.


O documento a ser enviado irá sugerir ao PR, à extinção das Organizações Militares da Marinha e Exército, sendo elas respectivamente o Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais (BtlOpEspFuzNav) e o Comando de Operações Especiais (COpEsp).

Com o plano prevendo caso haja a inviabilidade ou uma forte resistência interna dentro dos quadros operativos de ambas as Organizações Militares, para se fazer cumprir a meta, devendo então seguir uma ação parcelada de curto-médio prazo, que deverá fazer:

I – À modificação do orçamento (o rebaixando até níveis de subsistência);

II – Modificação das estruturas existentes;

III – Modificação da cultura vinculada à morte;

IV – Modificação dos cursos ministrados;

V – Modificação dos brevês, símbolos e distintivos utilizados por ambas as Organizações Militares;

VI – Reduzir ou encerrar vínculos e atividades de intercâmbio com unidades militares pertencentes à OTAN.

As razões para a sugestão de extinção se dão a princípio por caráter político-ideológico, em especial pelo fato das unidades do Corpo de Fuzileiros Navais e Exército terem sido uma das principais frentes de rastreamento e neutralização de atividades e insurgências armadas de viés comunista no interior do Brasil até o final dos anos 80, ainda no regime militar, e essas unidades de Operações Especiais foram utilizadas frequentemente como ferramentas de precisão para os serviços de inteligência estatais à época – que segundo o documento a ser enviado – favoreceu diretamente ao desaparecimento de ativistas políticos.

Porém o foco principal e urgente, não explicitado abertamente, que será abordado é a violência aplicada contra minorias étnicas em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), em especial no Estado do Rio de Janeiro, onde – segundo o documento em elaboração – as unidades de Comandos Anfíbios (ComAf) e Comandos (EB), fizeram, proporcionalmente, mais baixas contra Agentes Perturbadores da Ordem Pública (APOP) em comparação as demais unidades das Forças Armadas somadas no mesmo Teatro de Operações (TO), gerando um alto número de óbitos, principalmente negros, fugindo dessa forma o foco de levar a paz, acolhimento e justiça, no entanto aplicaram “estruturas de racismo estrutural e cultural aplicado pelo poder militar”.

Em anexo ao documento, deverá conter:

(...) 

A colaboração contou com parcela de um pequeno grupo de Praças – incluindo do Efetivo Variável – e Oficiais contrários as visões conservadoras e politicamente inflexíveis da maior parte dos integrantes do Batalhão Tonelero (CFN), 1º Batalhão de Ação de Comandos e do 1º Batalhão de Forças Especiais, que segundo esses ex-militares, “poderiam representar um risco eminente ao Estado Democrático de Direito e a segurança dos demais poderes, gerando risco considerável às instituições e a estabilidade do país“.

A ação, no âmbito da sugestão, também orientará que os quadros ativos de ambas as Organizações Militares – BtlOpEspFuzNav e COpEsp –, caso seja feita a escolha pelo Presidente da República à opção pela extinção das respectivas unidades, que seus militares ativos sejam remanejados para pontos difusos e longínquos do território nacional para exercerem funções convencionais de cunho preferencialmente interno-administrativo em suas respectivas Forças Militares, e se possível, que evite divisões ou colaborações de trabalho conjunto no mesmo setor e/ou grupo com militares concluintes de cursos relacionados à Operações Especiais, para que frustre dessa forma qualquer tipo articulação para retaliação, insurreição, conflito ou ação de natureza semelhante, devido aos conhecimentos adquiridos pelos integrantes dessas unidades.

Também na sugestão a ser encaminhada, existirá um trecho – que ainda está sendo trabalhado, mas com convergências – que na impossibilidade de não aceitação da extinção imediata ou a curto prazo, que os símbolos comuns utilizados por essas unidades sejam modificados, como:

I – A águia símbolo das Ações do Reconhecimento sendo substituída por uma coruja ou pombo agarrando um livro que remeterá a constituição;

II – O raio sendo substituído por um galho florido de ipê amarelo;

III – E a caveira sendo substituída por duas mãos de cores distintas – negra e branca – cumprimentando-se, ou um capacete azul com um canário levando em seu bico folhagem, remetendo a paz.

(...)

Além disso, é sabido pelos movimentos políticos de esquerda, que os quadros operacionais da ativa e da reserva do BtlOpEspFuzNav e COpEsp são atualmente o campo mais blindado e imutável contra as influências de comunhões de partidos de esquerda, o que dificultaria arduamente o manejo do atual governo em setores estratégicos nas Forças Armadas e no diálogo com associações militares, criando uma forte e impenetrável barreira de entrada.

Para se ter uma ideia da dimensão da barreira incômoda ao PT, PSOL aliados a inúmeras ONGs, alguns Praças e Oficiais da reserva remunerada do Batalhão Tonelero e do COpEsp, possuem mais poder de dissuasão e influência entre os militares ativos e inativos das 3 Forças Armadas e em outros órgãos governamentais civis do que a parte significativa dos oficiais generais atualmente em serviço ativo.

Com esses oficiais generais vistos dentro das Forças e por parcela significante da sociedade civil, como politicamente inertes ou inclinados à causa partidária Lula-petista, e que na maioria dos casos possuíram desde muito cedo, ainda como capitães, diálogos com grupos de políticos voltados ao progressismo ideológico de esquerda latino-americano.

Caso esse grupo obtenha êxito na alteração passar para a batalha de extinção das Organizações Militares mencionadas, será questão de pouco tempo para que mirem as unidades equivalentes, porém com poder, recurso e influência menor que são as Forças Auxiliares, isso é unidades de Operações Especiais Policiais, sigam o mesmo caminho nos estados alinhados à atual administração e por pressão aos demais.

Os grupos ideológicos se movimentaram já na campanha eleitora levando o candidato Luis Inácio lula da Silva a um evento eleitoral no Complexo do Alemão, 12OUT2022. A proposta também tem o caráter de cobrança eleitoral, pelo que grupos tanto CV e outros, incluindo até milícias realizaram em apoio da campanha eleitoral do candidato petista.

Esta ação contra as Forças Especiais Militares seria uma garantia futura e pressão contra os governos estaduais de desmobilização de grupos especiais das Polícias Militares, tais como: BOPE (RJ), ROTA (SP) e outros nos demais estados.

Isto é uma consequência da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, solicitada pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) e sancionada pelo Ministro do STF Edison Fachin em Dezembro 2019.

Um ato do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que extinguiu os Comandos de Operações Especializadas (COEs) da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que existiam em cada uma das cinco regiões do país.  
O ministro quer que a PRF fique focada na atividade fim, que é fiscalizar as rodovias federais.

A imprensa saudou como a volta à atividade-fim da PRF, como fruto da campanha ativista que não aceitou a participação de membros do COE na ação da Vila Cruzeiro (RJ), 24MAI2022. O cenário no Arco Metropolitano do Rio de Janeiro e as rodovias federais que o integram, em especial a BR-116, sofrem hoje com o roubo de cargas. (Observar que o roubo de cargas é hoje mais lucrativo que o narcotráfico para as gangues do Rio de Janeiro.)

Esperamos que caso essa sugestão chegue ao Presidente da República, que ele use a sapiência [o articulista quer um milagre; como um apedeuta quanto o petista pode usar algo que não possui? ele certamente vai pensar que sapiência é uma área destinada a criação de sapos.]  para não executa-la e tão pouco interferir nas atividades referentes as Forças de Operações Especiais das Forças Armadas. 
 Devemos lembrar que o Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais assim como o Comando de Operações Especiais, são pertencentes ao Estado, e não ao governo. 
Toda e qualquer interferência, ou em caso mais extremo, a hipotética extinção, resultará em perda irreversível em termos de conhecimentos, táticas e procedimentos indispensáveis e estratégicos que foram adquiridos ao longo de sucessivos anos, que são utilizados para salvaguardar os interesses do país a aplicação de poder em esforços de guerra ou conflito onde o Brasil estiver representado.
 
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DefesaNet -

sexta-feira, 20 de maio de 2022

Ativistas pró-aborto nos EUA pressionam Biden a ajudar a causa

Grupos a favor de interrupção da gravidez esperam influência do presidente na revisão da legislação, diz o Wall Street Journal

Revisão da legislação aquece debate sobre legalidade do aborto nos EUA
Revisão da legislação aquece debate sobre legalidade do aborto nos EUA - Foto: Reprodução/Twitter

Duas semanas depois do vazamento de documentos da Suprema Corte que sugeriam uma provável revisão na legislação do aborto, o debate sobre o tema ferve nos Estados Unidos. Como era de esperar, a discussão já bateu nas portas da Casa Branca. Um artigo do The Wall Street Journal nesta sexta-feira, 20, relata que grupos ativistas que defendem a interrupção da gravidez esperam por um posicionamento claro do presidente Joe Biden.

Apesar do tradicional apoio do Partido Democrata ao direito do aborto, Biden ainda não se posicionou sobre o tema desde que a Suprema Corte indicou que deve rever a questão. [Biden é favorável ao aborto - logo ao tomar posse promulgou 'ordem executiva' facilitando o aborto  e também defendeu Roe x Wade, decisão de 1973 que liberou o aborto.] Ativistas de frente da causa não querem esperar que o presidente fale somente quando uma nova decisão sair do principal tribunal do país. A ideia é pressionar para que o chefe do Executivo dê peso à luta antes disso.

Oficialmente, a Casa Branca manifestou que não vai detalhar seus passos para proteger os direitos ao aborto até uma decisão final e que o presidente Biden orientou o Conselho de Política de Gênero a trabalhar em planos de como responder se a legislação atual for derrubada. O jornal norte-americano ouviu Amy Hagstrom Miller, diretora da Whole Woman’s Health. A ativista pró-aborto participou de um encontro sobre o tema com a vice-presidente Kamala Harris em setembro de 2021. Desde então, cobra um retorno do governo sobre o tema e sugere que o Partido Democrata tem evitado o debate em razão das eleições para o Congresso neste ano.  “Eles dizem ‘Votem em novembro’. Temos maioria em todos os lugares”, disse Miller sobre os democratas. “Eu não sinto que eles estão fazendo o que podem.”

No último sábado, manifestações de rua que defendem a manutenção da atual legislação tomaram algumas ruas de Washington. A ativista Renee Bracey Sherman, fundadora do grupo We Testify, disse ao Wall Street Journal que esperava pelo menos um aceno simpático de Biden às manifestantes.

“Fiquei realmente desapontada ao ver que o presidente não reconheceu a manifestação em massa de apoio ao acesso ao aborto e o povo norte-americano fazendo sua voz ser ouvida no fim de semana”, disse Bracey Sherman.

Apesar da frustração com Biden, a tendência é de que o ativismo pró-aborto esteja na pauta da campanha dos democratas para as eleições deste ano, em diferentes Estados norte-americanos. O partido encara o tema como estratégico para atingir fatias do eleitorado de algumas regiões, mirando em mulheres nos subúrbios e mulheres mais jovens.

Revisão do aborto
A Suprema Corte admitiu que analisa rever a decisão sobre o aborto, em vigor nos Estados Unidos desde 1973. A expectativa é que a legalidade da prática passe a ficar sob responsabilidade dos Estados. Atualmente, a interrupção da gravidez é um direito constitucional.

A possibilidade de revisão da legislação do aborto gerou uma onda de manifestações de rua pelo país, tanto de ativistas contra a prática como aqueles a favor. Em paralelo, centros de apoio à gravidez foram alvos de atentados nas últimas semanas. A Suprema Corte dos Estados Unidos tem desde 2020 maioria conservadora em sua composição, com seis juízes, contra três de viés liberal ou progressista. Hoje, pelo menos oito Estados têm leis proibitivas que podem ser implementadas se a Justiça autorizar.

Leia também: O ativismo judicial e a barbárie, artigo de Ana Paula Henkel na edição 112 da Revista Oeste. 

 

 

domingo, 13 de dezembro de 2020

Estado do crime – O Estado de S. Paulo

Opinião

‘Estado paralelo’ é uma realidade em vastas porções do Rio e cada vez mais no Brasil

O fenômeno da máfia pode ser sintetizado em uma fórmula: “a polícia dos criminosos”. Transitando na interface entre sociedades desservidas pelo Estado e organizações criminosas, as máfias vendem proteção às primeiras e arbitragem às segundas. Nessa posição privilegiada, os mafiosos expandem seu poder cooptando negócios legítimos para encobertar atividades criminosas e lavar seu dinheiro, ao mesmo tempo que se valem do mercado negro para comercializar serviços às populações marginalizadas. O fenômeno das milícias tem todas essas características com uma agravante: não são apenas a “polícia dos criminosos”, mas os “criminosos da polícia”.

[a matéria não destaca que o 'estado paralelo' é reforçado pela existência, de fato, do estado independente, classificação adequada a certas áreas do Rio de Janeiro, nas quais a polícia não pode agir livremente e com a rapidez que uma efetiva ação policial exige.

Recente decisão do Supremo Tribunal Federal, inicialmente monocrática, impede que a polícia ingresse em áreas conflagradas, algumas favelas, para ações de combate ao crime - antes da iniciar a operação, existe um demorado protocolo de notificação e justificação ao MP, Justiça, o que enseja além da demora,  o risco de vazamento  (a demora e/ou o vazamento prejudicam a eficácia e o êxito da medida, favorecendo o crime).
Extrapolar os meios convencionais de combate ao crime, sugerido no último parágrafo, é de difícil e até mesmo impossível implantação - além das restrições impostas às ações de combate ao crime, há a entendimento implantado de forma gradativa e inexorável de que a polícia sempre está errada. Se tratando de grupo operacional especial a rejeição é ainda mais forte - o abate de um bandido tem sempre como principal suspeito à polícia. 
Quando a vítima é um inocente as acusações contra a polícia são ainda mais fortes - esquecem que essa cultura de responsabilizar agentes de segurança, fortalece os bandidos - quando querem a polícia fora de um local ou constrangida, moralmente linchada,  é só matar um inocente. O principal suspeito do crime, na maior parte das vezes partem para a acusação, é um agente das forças de segurança.]
 
 Um levantamento da Universidade Federal Fluminense e da Universidade de São Paulo sobre o território da cidade do Rio de Janeiro estima que 55,7% dele é controlado pelas milícias; 15,4%, pelo narcotráfico; e 25,2% estão sob disputa. Ou seja, apenas 1,9% não estaria sob o jugo do crime.  Há mais de um ano a Rede Fluminense de Pesquisas sobre Violência, Segurança Pública e Direitos Humanos tem promovido debates com pesquisadores, policiais, promotores, jornalistas, ativistas e especialistas em dados sobre o controle territorial de grupos armados.[os ativistas não merecem credibilidade devido a evidente e obrigatória parcialidade, quanto aos especialistas a pouca credibilidade que possuíam até o inicio da pandemia, foi explodida por seus chutes - a notória e sempre presente  incompetência,   somada ao desejo de agradar ao órgão de imprensa que os entrevistava, resultou nos especialistas em nada.] Os resultados apresentados em uma nota técnica mostram que a dinâmica da milícia e do tráfico é um fenômeno em acelerada mutação.

As milícias podem ser definidas originariamente como “antagonistas do tráfico”. Mas, uma vez consolidado o mercado de “proteção”, elas se expandem rapidamente em dois sentidos: a diversificação das atividades econômicas e a infiltração em instâncias regulatórias. Com o tempo, estabelece-se a mais perversa das simbioses: por um lado os milicianos passam a cobiçar os negócios do narcotráfico e, por outro, os traficantes assimilam as estratégias das milícias. “Há registro de atuação das milícias em serviços de transporte coletivo, gás, eletricidade, internet, agiotagem, cestas básicas, grilagem, loteamento de terrenos, construção e revenda irregular de habitação, assassinatos contratados, tráfico de drogas e armas, contrabando e roubo de cargas, receptação de mercadorias e revenda de produtos de diversos tipos e proveniências”, aponta a nota.

Além disso, “o vínculo original das milícias com elites política e econômica locais se desdobra rápida e perigosamente em um outro tipo de conexão, dessa feita com instâncias do Estado”. Na polícia, “há cada vez mais indícios de indicações para cargos de comando, nomeação para chefia de batalhões, definição de focos prioritários de operações policiais e desenhos abrangentes de abordagem”.

Além das forças policiais, as milícias estão se infiltrando nos Poderes Executivos e nas Casas Legislativas. Segundo a Polícia Federal, há riscos para o processo eleitoral em pelo menos 18 Estados, em especial aqueles com altos índices de violência, serviços públicos precários e corrupção policial. No Rio de Janeiro, milicianos são recorrentemente condecorados pelo poder público e guardam relações estreitas com autoridades. Como se sabe, há indícios nesse sentido em relação ao próprio presidente da República e seus familiares.

Assim, em contraste com o crime organizado tradicional, as milícias transitam com muito mais liberdade entre a legalidade e a ilegalidade – entre o submundo, a sociedade civil e o poder público –, diversificando e expandindo seus negócios com muito mais rapidez. A venalidade das milícias ultrapassou a dimensão da segurança pública e ameaça perverter o tecido civil e o próprio Estado. A rapidez e a diversidade características da sua expansão exigem uma resposta igualmente rápida e diversificada. Além de uma atualização da legislação, é preciso extrapolar os meios convencionais de combate ao crime e investir em grupos especializados, novas táticas de inteligência e pesquisas. O “Estado paralelo” já é uma realidade em vastas porções do Rio de Janeiro e cada vez mais no Brasil. Sem uma repressão ampla, coordenada e implacável, há o risco de uma nova fase: a subversão do Estado de Direito em “Estado do Crime”.

Opinião - O Estado de S. Paulo - 13 dezembro 2020

 

 

sexta-feira, 10 de julho de 2020

A pressão dos fundos internacionais [fundos gafanhotos = chegam, devastam e voam ] contra a política ambiental de Bolsonaro

Carlos Alberto Sardenberg destaca que os países que organizam esses fundos não estão nada satisfeitos com a falta de politica ambiental do governo Bolsonaro. O vice-presidente Hamilton Mourão, coordenador do Conselho Nacional da Amazônia, prometeu reduzir o desmatamento e, com isso, ele espera que os fundos retornem.

Os investidores suspenderam o dinheiro depois o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, quis mudar o destino da aplicação do dinheiro.

CBN - Matéria na íntegra

[Aproveite, clique aqui  e saiba mais sobre os fundos gafanhotos e sobre os ativistas da Amazônia Legal.
Lembrem-se: eles podem até ter o dinheiro, só que nós temos os alimentos = alguém já experimento ingerir papel moeda?]




quarta-feira, 21 de março de 2018

Habeas corpus livrou o ministro Marco Aurélio da fúria das ruas - caso ele tivesse coragem de suscitar a questão de ordem

Habeas corpus de Lula será julgado nesta quinta-feira no Supremo

Se derrotado, ex-presidente pode ser preso na semana que vem

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, anunciou nesta quarta-feira que o habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será julgado na sessão de quinta no plenário da Corte. Lula poderá ser preso na semana que vem, quando o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), com sede em Porto Alegre, irá avaliar os recursos apresentados pela defesa do ex-presidente. O julgamento foi marcado para o dia 26, segunda-feira, às 13h30.

— Comunico aos senhores ministros e advogados presentes que tendo sido liberada anteontem uma decisão no habeas corpus de relatoria de Fachin e, pela urgência, será apregoado na data de amanhã por não haver possibilidade de pauta anterior, até porque o prazo é curto e semana que vem é Semana Santa — disse Cármen Lúcia no começo da sessão desta quarta-feira.

Assim, o ministro Marco Aurélio Mello, que ia suscitar uma questão de ordem para o plenário analisar ações que tratam da execução da pena após segunda instância, desistiu de fazer isso. — Estava pronto para suscitar questão de ordem. Mas não vou fazer diante do anúncio de Vossa Excelência — disse Marco Aurélio.

CÁRMEN SE REÚNE COM ATIVISTAS
Pouco antes da sessão desta quarta-feira, Cármen Lúcia se reuniu com quatro representantes do movimento Vem prá Rua, um dos grupos que liderou os protestos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff.  Durante o encontro, os ativistas defenderam que a ministra não pautasse qualquer medida relacionada à revisão da prisão em segunda instância.

O Globo

terça-feira, 9 de maio de 2017

Fim de ciclo

Em maio de 1982, PT fez comício de Lula em Curitiba. Ele continua candidato, 35 anos depois. Antes novidade política, agora é autodefesa em praça pública de um réu por corrupção

A banda passou devagar na Rua das Flores, calçadão central de Curitiba, abrindo caminho para um grupo com faixas e cartazes improvisados de um partido desconhecido (contava dois meses de registro). Surgiu, então, a comitiva com um barbudo sorridente no meio. Seguiram para o comício na Boca Maldita, onde a tradição curitibana recomenda que se fale mal de tudo e de todos, num exercício de liberdade. Na estridência daquele ajuntamento havia novidade, o prelúdio do ocaso da ditadura.

Nesta semana completam-se 35 anos dessa manifestação de Lula e do PT, em Curitiba. Outra, mais ruidosa, está prevista para amanhã. Entre ambas sobram evidências de uma estética do desalento. Naquele maio de 1982, desfilavam em defesa de utopias do igualitarismo, sempre vitais à política, sufocadas pelo regime ditatorial. Desta vez, a marcha é para comício de autodefesa de um político réu por corrupção, um direito na democracia. Mudaram o país e o mundo, e Lula continua candidato no mesmo palanque de 12 mil dias atrás. É caso singular de concentração de poder dentro de um partido: já gastou 49% dos seus 71 anos de vida impondo-se como única alternativa ao PT, até para escolha do substituto eventual, como foi com Dilma Rousseff. 

O PT reduziu-se ao papel de alavanca da defesa de Lula num processo criminal. A mais organizada máquina partidária acaba de completar três décadas e meia de história prisioneira de candidato único. Tornou-se símbolo de um sistema falido de organização e método de se fazer política. Fixou-se no ponto extremo da monotonia de um sistema partidário fragmentado e impeditivo à formação e renovação de lideranças. Há indícios da petrificação petista. Pela primeira vez, por exemplo, o partido amarga uma estagnação no número de filiações. O 1,5 milhão de alistados que possuía em março do ano passado, segundo o Tribunal Superior Eleitoral, continuou imutável no último abril. Agregou somente 3,8 mil novos seguidores, nove vezes menos que o PSDB e o PMDB no período. 

No mesmo palanque há 35 anos, Lula agora lidera a repulsa nas pesquisas eleitorais. Com 45% de rejeição, segundo o Datafolha, só é superado por Michel Temer, chefe de um governo-tampão, que ele e o PT escolheram duas vezes como vice-presidente, num pacto eleitoral com o PMDB de Eduardo Cunha, Renan Calheiros e Romero Jucá, entre outros.[e Temer não tem a menor pretensão, o menor interesse,  em ser candidato em 2018.]
 
A mesma pesquisa indica que prevalece a percepção (32%) de que Lula comandou o mais corrupto dos governos. Injusta ou não, é indicativa da corrosão da imagem do eterno candidato numa democracia que, em três décadas, só elegeu quatro presidentes pelo voto direto (Collor, Fernando Henrique, Lula e Dilma) metade deposta por impeachment. 

A obsolescência do que está aí se torna ainda mais evidente na proliferação de novos partidos, organizações e movimentos, como é o caso do Agora!, Novo, Nova Democracia, Muitos, Acredito, Brasil 21, Livres, Ativistas, entre outros. Procuram reduzir o distanciamento do eleitorado, com uso de tecnologias para participação direta — inclusive para projetos de leis de iniciativa popular, como permite o aplicativo recém-desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade, do Rio. 

O tempo passou na janela. Aparentemente, vem aí um mandado de despejo aos antigos mandarins da política brasileira.

Fonte: José Casado, jornalista - O Globo