Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
A aliança entre as três frentes provoca
tensão entre os Poderes e preocupa o Palácio do Planalto.
O
movimento que conta com apoio da maioria dos partidos do Centrãoe pode
unir mais da metade do Congresso contra o Supremo foi iniciado nesta
quinta-feira, 21, depois que a Corte considerou inconstitucional o marco
temporal das terras indígenas.
Mas as articulações políticas abrangem
outras pautas que opõem conservadores ao STF, como a descriminalização
do aborto e do porte de drogas.
Dirigentes
da FPA e das frentes parlamentares evangélica e da segurança pública
vão se reunir na próxima semana, em Brasília, para definir uma
estratégia conjunta. A ideia é pressionar o Senado a aprovar o marco
temporal das terras indígenas e dar um “ultimato” ao Supremo.
A
união de deputados e senadores tem potencial para prejudicar votações
de temas prioritários para o governo Lula. Na lista estão a reforma
tributária, novas regras de cobrança de impostos para fundos exclusivos e
offshores e até a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
O
coordenador da Frente Parlamentar Evangélica, Silas Câmara
(Republicanos-AM), afirmou que o Congresso não pode ficar de braços
cruzados diante do protagonismo observado do outro lado da Praça dos
Três Poderes.
“O
Supremo atropela o Poder Legislativo e tenta implantar uma ditadura da
toga. Não podemos aceitar isso”, reagiu Câmara, numa referência ao voto
da presidente do STF, Rosa Weber, favorável à descriminalização do
aborto nas 12 primeiras semanas de gestação.
A
ação que trata do aborto começou a ser analisada na Corte pelo sistema
eletrônico de votação, mas o ministro Luís Roberto Barroso – que
assumirá a presidência da Corte no próximo dia 28, com a aposentadoria
de Weber – transferiu o julgamento para o plenário físico. Não foi
fixado prazo para a retomada do tema.
O
problema é que, caso seja aprovado na CCJ e passe pelo crivo do
plenário do Senado, o projeto ainda terá de ser sancionado pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, [o presidente petista é fácil de ser enquadrado pelos parlamentares.] que é contra.
Há também duas
propostas de emenda à Constituição (PECs) no Congresso que preveem a
demarcação das terras indígenas.
“As
nossas frentes parlamentares, juntas, têm condição de aprovar o marco
temporal no Senado e as emendas constitucionais que estão na Câmara”,
destacou o deputado Alberto Fraga (PL-DF), que preside a frente
conhecida como bancada da bala. “Eu sempre digo que é melhor ser da bala
do que da mala”, ironizou ele.
Para
Fraga,a Câmara e o Senado precisam “tomar providências” para conter o
“ativismo judicial” dos magistrados. “O Supremo ultrapassou todos os
limites e está usurpando as funções do Congresso”, declarou. “Vamos até
as últimas consequências para vencer essa batalha”, insistiu Lupion.
A
ideia é que outras bancadas também se juntem ao movimento, como a
Frente Parlamentar Católica Apostólica Romana, que se posiciona contra a
descriminalização do aborto e reúne 193 deputados.
Na
prática, muitos estão em mais de uma frente e, por isso, não é possível
fazer uma conta exata do número de congressistas dispostos a enfrentar o
Supremo: a FPA conta com 347 parlamentares; a bancada evangélica, com
236, e a de segurança pública, com 292.
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse não ter recebido qualquer sinal de obstrução no Congresso. O Estadãoapurou,
no entanto, que o movimento das frentes fez acender o sinal amarelo no
Planalto. Recentemente, Lula selou acordo com o Centrão, após a entrada
na equipe dos ministros André Fufuca (Esporte), filiado ao PP, e Sílvio
Costa Filho (Portos e Aeroportos), do Republicanos. Ao que tudo indica,
porém, o primeiro racha já está no horizonte. “Temos
a convicção de que o esforço que já existia no primeiro semestre para
votar e aprovar a agenda prioritária do governo, a recuperação econômica
do País e a recriação dos programas sociais não só vai continuar como
se ampliar”, amenizou Padilha.
Não
fosse a âncora fiscal, [lembrando que a tal âncora fiscal ainda não é lei.] presidente teria pouca coisa a mostrar até
agora, além da bateção de cabeça entre ministros, do fogo amigo do PT e
da reprise de programas sociais [OPS... a única coisa que o petista tem a mostrar - além do aumento do desemprego, aumento dos combustíveis, queda do PIB, recessão - é o reajuste de R$ 18, que concedeu ao salário mínimo e a suspensão dos dos empréstimos consignados aos aposentados do INSS (a segunda proposta - a primeira foi rejeitada pelos bancos, incluindo BB e CEF bancos oficiais - que apresentou e reduziu a praticamente nada a redução, ainda não foi aceita pelos bancos)
Teve o ridículo da inauguração do letreiro do 'ministério da cultura' - não tem obras para apresentar, monta um circo e inaugura uma placa de um órgão que apelida de 'ministério', mas ficaria ótimo e adequado se fosse uma subsecretaria = apêndice do Ministério da Educação.]
O retorno de Jair Bolsonaro ao Brasildá munição aos adversários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a
onze dias de o governo completar 100 dias, ainda à procura de um rumo na
política e na economia.
Ex-presidente ao lado de parlamentares em reunião logo após chegada no Brasil (Foto: Reprodução)
Nos
últimos dias, Lula marcou um gol contra ao dizer que Moro, ex-ministro
de Bolsonaro e ex-juiz da Lava Jato, teria participado de uma “armação”.
O comentário foi feito logo depois de ministros como o da Justiça,
Flávio Dino, elogiarem a isenção da Polícia Federal, que descobriu um
plano da facção criminosa PCC para sequestrar e matar Moro, além de
outras autoridades.
A intenção do governo, agora, é isolar o
ex-presidente, Moro e os radicais que apoiaram o vandalismo na Praça dos
Três Poderes, mas, ao mesmo tempo, falar com a ala do bolsonarismo da
qual Lula precisa se aproximar, como a do agronegócio e a dos
evangélicos. Mas isso foi combinado com os russos? Ao que tudo indica,
não. Tanto que, nas redes sociais, petistas de alto escalão se
apressaram em jogar os holofotes sobre Bolsonaro e manter acesa a chama
da polarização.
Apesar de desconstruído, o ex-presidente que
perdeu capital político após a tentativa de golpe de 8 de janeiro e do
escândalo das joias recebidas da Arábia Saudita ainda atormenta Lula e o
PT nessa volta dos Estados Unidos. [cabe perguntar: tentativa de golpe? fosse verdade, tão absurda mentira, quem assumiria a presidência, se o beneficiário natural do hipotético golpe estava fora do Brasil?] A Polícia Federal marcou para
quarta-feira, 5, o depoimento de Bolsonaro no inquérito que apura a
entrada ilegal de joias cravejadas de diamantes no Brasil, mas, por
enquanto, ele não é alvo da investigação. Trata-se, porém, de uma
história muito mal contada, que levanta suspeitas de peculato.[sugerimos que a ilustre repórter que, provavelmente, faz uma narrativa, e não uma reportagem - premida pela obrigação de cumprir pauta - procure se inteirar dos termos técnicos, tanto os jurídicos quanto os econômicos, que utiliza.] - Afinal,
por que o regime saudita teria tanto interesse em dar presentes de R$
18,5 milhões a Bolsonaro?
Mesmo assim, longe de estar
morto politicamente, o capitão reformado do Exército – que sempre se
apresentou como um homem simples, admirador de tubaína –ainda pode
chacoalhar a oposição, se o governo Lula permanecer refém do Centrão e
não se aprumar.[esqueceu a articulista de recomendar que o Lula pare de falar bobagens, m ... cale a boca e, que tal... renuncie por incompetência e para o bem do Brasil.] E, nesse caso, de nada vai adiantar a ironia de
dirigentes do PT ao perguntar: “Tudo joia?”
A Frente Parlamentar Evangélica não gostou de ver o presidente eleito
dizendo que poderia responsabilizar pastores por mortes na pandemia.
Uma nota assinada pelo coordenador da FPE, deputado Sóstenes Cavalcante
(PL-RJ), os parlamentares consideraram a fala de Lula “um claro intuito
de perseguir preconceituosamente a comunidade evangélica, visto que não
se referiu a nenhuma outra organização religiosa, sindical ou a qualquer
outro segmento da sociedade que defende a ampla liberdade de escolha de
seus integrantes”, diz o texto.
A nota inclusive conclama os evangélicos a refletir sobre os
fundamentos e princípios que nortearão a República, “caso Lula assuma e
permaneça” na Presidência. Se já está difícil o futuro governo conseguir
uma maioria folgada que aprove uma PEC, como a da transição com tudo o
que o governo deseja, imagine agora, depois dessa reação da bancada. [entendam que Lula é ateu - finge ser cristão apenas para enganar os bobos = se necessário, ele também se declara satanista.
A VERDADE VERDADEIRA, o FATO é que um dos principais integrantes de um futuro governo do presidente eleito é o ex-terrorista, ex-guerrilheiro José Genoíno = tal individuo foi deputado constituinte, pelo PT é óbvio, e FOI O ÚNICO QUE VOTOU PELA EXCLUSÃO do PREÂMBULO da CONSTITUIÇÃO FEDERAL da expressão"...sob a proteção de Deus,...". Conforme resta claro, nós, CRISTÃOS seremos tratados com especial atenção em um eventual governo Lula, atualmente presidente eleito.]
A avaliação geral é a de que Lula tem que descer do palanque a passar
a falar como presidente eleito, buscando agregar e não cobrar ou
ameaçar segmentos. Até aqui, enquanto a PEC é discutida no Senado, o
clima na Câmara periga azedar antes mesmo de o texto começar a tramitar.
“O comunismo é de fato materialista e anticristão; embora declarem às
vezes em palavras que não atacam a religião, os comunistas demonstram de
fato, quer pela doutrina, quer pelas ações, que são hostis a Deus, à
verdadeira religião e à Igreja de Cristo.”(Papa Pio XII, Decreto contra
o Comunismo, 1.º de julho de 1949)
A campanha de Lula tenta reduzir a resistência dos evangélicos, mas a forma é questionável.| Foto: Ricardo Stuckert/PT
“Foi perguntado à Suprema Sagrada Congregação se é permitido aos cidadãos católicos, ao elegerem os representantes do povo, darem o seu voto a partidos ou a candidatos que, mesmo se não proclamam princípios contrários à doutrina católica e até reivindicam o nome de cristãos, apesar disto se unem de fato aos comunistas e os apoiam por sua ação. Os Eminentíssimos e Reverendíssimos Padres, responsáveis pela proteção da fé e da moral, responderam decretando: Não, segundo a diretiva do decreto do Santo Ofício de 1.º de julho de 1949.” (Papa João XXIII, Dubium, 25 de março de 1959) É preciso jamais esquecer aquela cena marcante ocorrida em 2 de março de 1983, e registrada em vídeo, quando o papa João Paulo II, de dedo em riste, admoestou severamente o padre Ernesto Cardenal.O local do passa-moleque papal foi o aeroporto de Manágua, capital da Nicarágua. Cardenal, militante da Teologia da Libertação, ocupava então o cargo de ministro da Cultura do regime sandinista. A junta governamental que fora receber o pontífice contava também com a presença de Daniel Ortega, atual ditador da Nicarágua.
João Paulo II repreendendo o poeta da Teologia da Libertação, Ernesto Cardenal
Lula intensifica sua retórica de enquadramento dos cristãos(católicos e evangélicos),deixando muito claro que, num eventual terceiro mandato, só serão tidos por legítimos os cristãos que se comportarem de acordo com a etiqueta política do lulopetismo
No pequeno país caribenho, João Paulo II oficiou uma missa. Durante a homilia, bandos de sandinistas gritaram palavras de ordem em favor da revolução comunista, incluindo a afirmação de que “entre o cristianismo e a revolução não há contradição”. Enfurecido com a algazarra política, a toda hora o papa pedia silêncio.
Um trecho da homilia serviu de recado direto: “De fato, uma Igreja dividida, como já dizia na minha carta aos vossos bispos, não poderá cumprir a sua missão (...) Por isso, eu alertava sobre ‘o absurdo e perigoso que é imaginar-se como ao lado da – para não dizer contra a – Igreja construída ao redor do bispo, outra Igreja concebida só como ‘carismática’ e não institucional, ‘nova’ e não tradicional, alternativa e, como se preconiza ultimamente, uma ‘Igreja popular’. Quero hoje reafirmar estas palavras, aqui diante de vós. A Igreja deve manter-se unida para poder opor-se às diversas formas, diretas ou indiretas, de materialismo que a sua missão encontra no mundo”. A certa altura, o Santo Padre improvisou: “Cuidado com os falsos profetas. Eles se apresentam em pele de cordeiro, mas por dentro são lobos ferozes”. Tão logo os sandinistas terminaram de entoar o seu hino revolucionário, João Paulo II foi levado de volta ao aeroporto.
Quase 40 anos depois do evento, materializa-se na Nicarágua o temor do papa: uma Igreja dividida, enfraquecida e cismática. A parte infiltrada pela heresia da Teologia da Libertação imiscuiu-se definitivamente na ditadura socialista, servindo-lhe de chanceladora “espiritual”.
Já a parte que, resistindo ao aparelhamento, permaneceu fiel ao magistério da Igreja sofre hoje uma perseguição cada vez mais implacável nas mãos de Ortega e correligionários.
E isso deveria, sim, servir de alerta ao Brasil, sobretudo quando o candidato Luiz Inácio Lula da Silva – velho aliado do ditador nicaraguense, e ademais simpatizante declarado das estratégias revolucionárias chilena e boliviana (que incluíram ondas de ataques a igrejas) – intensifica sua retórica de enquadramento dos cristãos (católicos e evangélicos), deixando muito claro que, num eventual terceiro mandato, só serão tidos por legítimos os cristãos que se comportarem de acordo com a etiqueta política do lulopetismo.
Num contexto em que,partidário de Lula e autoproclamado “iluminista” (talvez simpático, portanto, à proposta voltaireana de “Écrasez l’Infâme”),[ESMAGAR O INFAME.]um ministro do STF restitui o mandato de um vereador cassado por invadir uma igreja e violar com slogans revolucionários um espaço de culto, esse discurso em prol de uma igreja “companheira” deveria preocupar todos os cristãos.
Buscando desfazer essa preocupação, que vem sendo obviamente explorada pela campanha de Jair Bolsonaro, Lula recorre àquilo que socialistas ateus(como Marcelo Freixo e Manuela D’Ávila, por exemplo) costumam fazer em período eleitoral:a famosa (e canastrona) pose de santinho do pau oco.
No caso do ex-presidiário, todo o intelectual coletivo formado pela imprensa amestrada, artistas, marqueteiros e influenciadores petistas corre para requentar velhas mentiras. A primeira é a de que Lula é pessoalmente um homem de fé, um católico. A segunda é a de que o próprio PT surgiu da Igreja Católica.
Quanto à primeira mentira, convém lembrar um episódio envolvendo justamente o personagem com que iniciamos o artigo, o papa João Paulo II. Lula era o presidente da República do Brasil quando o Santo Padre polonês faleceu, no dia 2 de abril de 2005.
Na missa de funeral do memorável pontífice, o petista comungou sem antes haver se confessado. Até aí, nada de extraordinário. Muito embora seja um pecado mortal, segundo o Catecismo da Igreja Católica (n. 1415), a comunhão sem confissão é, infelizmente, prática comum entre católicos de todo o mundo.
Ocorre que, não contente em pecar, na época o petista autoproclamado católico resolveu exibir orgulhosamente o próprio pecado, escarnecendo da doutrina. Questionado sobre sua atitude, declarou cinicamente ser “um homem sem pecado”, algo que nem mesmo o mais desleixado dos católicos faria. Não surpreende que, tempos depois, o mesmo sujeito afirmasse haver sido mais açoitado do que o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo.
Já em relação à segunda mentira, é preciso esclarecer que o PT definitivamente não surgiu da Igreja Católica. Assim como na Nicarágua, sua origem também está ligada à heresia da Teologia da Libertação, que, segundo a definição de um dos seus expoentes brasileiros, o “frei”Leonardo Boff,“não é teologia dentro do marxismo, mas marxismo dentro da teologia”.
Ocorre que o magistério da Igreja afirma a total incompatibilidade entre o materialismo de origem marxista e a fé católica, e, nesse sentido, os “padres” da Teologia da Libertação são tão “católicos” quanto Marcelo Freixo, Manuela D’Ávila e Luiz Inácio Lula da Silva. A bem da verdade, como explica o padre (esse sim autêntico, sem aspas) Paulo Ricardo, da paróquia Cristo Rei (Cuiabá-MT),a adesão, a apologia ou o favorecimento ao comunismo são, segundo vários decretos da Igreja, motivo de excomunhão automática (latae sententiae).
Seguiremos daí no artigo da próxima semana, em que responderei ao pertinente questionamento que me foi feito nas redes sociais. O autor mostrou-se cético em relação à minha sugestão de que, seguindo o exemplo do que ocorre em vizinhos latino-americanos comandados por partidos socialistas,o Brasil corre, sim, o risco de, num eventual novo governo lulopetista, ver recrudescer a perseguição às igrejas cristãs. Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
Notícia falsa se disseminou em São Paulo; Marco
Feliciano, apoiador de Bolsonaro, admite que tem feito essa pregação para
‘alertar’ fiéis
A menos
de dois meses da eleição, uma notícia falsa se espalhou por igrejas evangélicas
em São Paulo: a possibilidade de seus templos serem fechados caso a esquerda
volte a governar o país. Durante um mês, a Rádio CBN visitou seis grandes
denominações no estado, além de outras menores, e em todas fiéis disseram
acreditar nesse boato. Pastor da Assembleia de Deus, o deputado Marco Feliciano
(PL), que é apoiador do presidente Jair Bolsonaro, admitiu que tem feito essa
pregação para “alertar” os evangélicos.
Não há,
nos planos de governo dos candidatos majoritários, incluindo os de esquerda,
como os presidenciáveis Lula(PT) eCiro Gomes(PDT), qualquer ataque à
liberdade religiosa ou indicação de fechamento de igrejas,o que seria
inconstitucional.—
Conversamos sobre o risco de perseguição, que pode culminar no fechamento de
igrejas. Tenho que alertar meu rebanho de que há um lobo nos rondando, que quer
tragar nossas ovelhas através da enganação e da sutileza. A esmagadora maioria
das igrejas está anunciando a seus fiéis: ‘tomemos cuidado’— disse Feliciano,
que é pastor da Assembleia de Deus Ministério Catedral do Avivamento.
Entre
dezenas de fiéis ouvidos pela CBN, nenhum soube explicar de onde surgiram os
boatos da “ameaça da esquerda”, mas a maioria acredita neles.— Se a
esquerda entrar, eles tentarão fazer isso, pois não gostam (dos evangélicos).
Já vi nas redes sociais candidato falar que vai proibir a pregação em praças
públicas — diz Fátima Dantas, evangélica há 24 anos, da comunidade da Igreja
Quadrangular de Pari.
A CBN
percorreu templos das maiores denominações: Assembleia de Deus, Universal,
Renascer em Cristo, Quadrangular, Internacional da Graça e Presbiteriana. Sônia
Samaritana frequenta a igreja Nova Vida em Cristo, em Taubaté, no Vale do
Paraíba, a mais de 130 quilômetros da capital. Evangélica há 26 anos, diz que
dois candidatos a deputado procuraram lideranças da igreja para pedir apoio e
alertar para o risco de a esquerda vencer. — Na
época mais dura da pandemia, muitos quiseram fechar as igrejas, e o povo
evangélico ficou assustado — afirma.
Logo na
entrada da Assembleia de Deus do Brás, no centro da capital paulista, um jornal
de circulação interna estava disponível em três pilhas. Nos textos, as
principais resoluções da Convenção Nacional das Assembleias. Em meio a elas, a
necessidade de “combater a doutrinação progressista”.
Há
evangélicos que denunciam fake news. Alice Cristina frequenta a Assembleia de
Deus Ministérios Missões, em Guarulhos, há pelo menos 30 anos, e defende que a
política fique fora das igrejas.— Na
política, temos que pensar com razão e não com fé ou emoção — diz.
Vice-presidente
nacional do PL e integrante da Frente Parlamentar Evangélica, o deputado
Capitão Augusto (SP) afirmou que a notícia falsa não saiu da campanha de
Bolsonaro. E criticou a disseminação de fake news:— Não tem
o menor cabimento. As igrejas vão funcionar independentemente de quem esteja no
poder. É boataria pura.
[COMENTÁRIO: sobre ser fake news ou não, optamos por não se manifestar - por nos faltar elementos para um 'veredicto'; mas, na condição de CATÓLICOS = Igreja Católica Apostólica Romana = podemos assegurar que em países comunistas foi (em alguns ainda é) prática comum perseguições ao CRISTIANISMO e aos cristãos, com fechamento de igrejas, também com prisões, torturas tenebrosas e execuções sumárias = FATOS.
A esquerda e o comunismo se confundem.
Em um ato de CARIDADE CRISTÃ sugerimos ao pt = perda total = não usar o descondenado para rebater tais acusações = sua credibilidade e sua condição de maior mentiroso do planeta Terra, não o credenciam para desmentir nada.
Vale lembrar que quando da promulgação da Constituição de 88, vários parlamentares da esquerda tentaram retirar do Preâmbulo do texto constitucional a expressão 'sob a proteção de Deus'; felizmente, mais uma vez, fracassaram.]
PT estuda resposta
Coordenador de comunicação da campanha de Lula, Edinho Silva diz que já foi identificada pelo partido a disseminação da fake news nos templos, e que o PT estuda formas de o próprio ex-presidente rebatê-la. — A
notícia, além de falsa, é absurda. Foi Lula quem regulamentou, em 2003, a
liberdade de constituição de igrejas no país. Se tem alguém que governou
respeitando a religiosidade, em especial a evangélica, foi ele — diz.
Não há meio jurídico próprio para tal questionamento, e tentativas anteriores, em 2006 e 2014, não provaram suspeita de fraude
A ameaça do presidente Jair Bolsonaro (PL)de não aceitar o resultado da eleição e sua desconfiança em relação às urnas eletrônicasdevem encontrar uma série de barreiras se levadas à Justiça Eleitoral. São quase inexistentes os casos em que houve questionamento formal às urnas eletrônicas —e em nenhum deles foi encontrada fraude.
As Forças Armadas têm repetido o discurso de Bolsonaro. Em ofício recente, solicitaram ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) todos os arquivos das eleições de 2014 e 2018, justamente os anos que fazem parte da retórica de fraude do presidente.
Em mais um ataque direto a ministros, na última sexta-feira (15), Bolsonaro errou ao dizer que o atual presidente do TSE, ministro Edson Fachin, foi quem tirou Lula (PT) da prisão. "Quem foi que tirou o Lula da cadeia? Foi o ministro Fachin. Onde está o Fachin hoje em dia? Conduzindo o processo eleitoral. Suspeição, ou não é?", questionou em evento com evangélicos.
Diante do discurso de cunho golpista, quem atua no direito vê risco de que, assim como fez Donald Trump nos Estados Unidos, também Bolsonaro tente converter sua retórica de fraude em medidas judiciais. O ex-presidente americano pediu recontagem de votos em diversos estados e perdeu uma série de ações.
Neste caso, ainda que o cenário se mostre bastante incerto, dado seu ineditismo e escassez de precedentes, há também barreiras que podem impedir ações despropositadas. Especialistas consultados pela Folhadizem acreditar que ações que contestem as urnas perante o TSE não devem prosperar pois necessitariam de provas de fraude, algo que nunca ocorreu desde a adoção da urna eletrônica.[COMENTANDO: O denunciante teria que realizar todo o trabalho de investigação e sem contar com os meios necessários. De tal forma fica dificil provar eventual ocorrência de fraude ou mesmo falhas.
A exigência do denunciante ter que provar sua acusação é o normal - o ônus da prova cabe a quem acusa; porém, pelas peculiaridades de um sistema informatizado, cujo acesso total não é permitido a qualquer do povo, torna recomendável que uma denúncia sustentada em indícios, razoabilidade, mereça uma investigação do órgão que tem acesso total a todo o sistema eleitoral = o TSE.
Enquanto denúncias apresentadas não sejam investigadas, ainda que de forma preliminar, para constatar a razoabilidade, qualquer denúncia apresentada será sempre classificada como apresentada SEM PROVAS.]
"Ter uma eleição anulada pela via judicial é algo mais do que remoto. Do ponto de vista material, não há evidência ou notícia de fraude na urna eletrônica", afirma o advogado Carlos Gonçalves Júnior, professor de direito eleitoral da PUC-SP. "E do ponto de vista formal não existe um instrumento jurídico próprio para esse questionamento."
Procuradores eleitorais ouvidos pela reportagem apontam que o instrumento de guerra judicial pode ser usado por Bolsonaro apesar de a chance de êxito ser praticamente nula. O exemplo de Trump mostra que não existe uma preocupação com a viabilidade jurídica das ações, mas sim uma estratégia de mobilização de apoiadores a partir do desafio ao resultado das urnas.
Em 2014, após perder as eleições para Dilma Rousseff (PT), o PSDB de Aécio Neves levou ao TSE um pedido de auditoria especial, que foi deferido pelo tribunal sob o argumento da transparência. "Nas redes sociais os cidadãos brasileiros vêm expressando, de forma clara e objetiva, a descrença quanto à confiabilidade da apuração dos votos e a infalibilidade da urna eletrônica, baseando-se em denúncias das mais variadas ordens", apontava o partido.
De lá para cá, os regramentos da Justiça Eleitoral que tratam de fiscalização e auditoria passaram a ter mais detalhamento. [na prática dificultando que questionamentos prosperem.] Pedidos de verificação extraordinária após as eleições exigem como requisito a apresentação de fatos, indícios e circunstâncias que os justifiquem, caso contrário podem ser negados.
O caso do PSDB não foi convertido em uma ação judicial. Apesar de não ter encontrado fraude, o partido gerou desgaste solicitando ao TSE uma série de procedimentos não previstos. Ao final, alegou em relatório não ser possível auditar o processo por completo. Especialistas explicam que o pedido de auditoria é administrativo e não tem como função o questionamento da eleição, tampouco tem o poder de alterar seu resultado.
Atualmente, uma resolução do TSE prevê qual é a amostra de urnas a serem auditadas em caso de ação judicial relativa aos sistemas de votação ou de apuração, mas não especifica essa ação. "Não seria desejável que o sistema judicial brasileiro tivesse um amplo mecanismo de questionamento das eleições. Isso é para ser uma situação de extrema excepcionalidade, de absurdo notável. A confiança no sistema eleitoral é um dogma da democracia", afirma o professor da PUC a respeito de o terreno de contestação ser pouco explorado no país.
A depender do caso, segundo os especialistas, as possíveis alternativas de Bolsonaro para questionamento judicial seriam um mandado de segurança ou uma Aime(ação de impugnação de mandato eletivo). Em ambos, contudo, ele precisaria ter provas. O mandado de segurança exige uma prova pré-constituída, ou seja, uma fraude claramente caracterizada. A Aime é usada em caso de abuso de poder econômico, corrupção ou fraude —a ação de contestação teria que se encaixar na terceira hipótese.
Segundo a advogada eleitoral e professora Marilda Silveira, é preciso um mínimo de prova para que a ação tenha andamento, o que não incluiria por exemplo, mera retórica ou relatos testemunhais de supostas falhas. Neste caso, diz ela, a ação provavelmente terminaria arquivada. Silveira aponta ainda que, caso se faça uma auditoria ou contagem paralela alegando um outro resultado que não o oficial, também não haveria nenhuma repercussão jurídica. "Não acontece nada", afirma. "Vão ter que pegar essa auditoria que eles fizeram e juntar isso numa ação judicial que conteste a legitimidade das eleições."
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Unidos na eleição de 2018, diferenciações e divergências vão se tornando mais nítidas
Jair
Bolsonaro, em sua eleição, conseguiu encarnar a força do antilogismo,
congregando em torno de si três correntes de ideias que, naquele então,
apareceram juntas na luta contra um inimigo comum: a extrema direita, os
conservadores e os liberais. Compareceram amalgamados, unidos, mesmo
indistintos, prometendo uma regeneração nacional, contra a corrupção e os
políticos que a ela tinham aderido.
A
concepção propriamente de extrema direita, embora já presente, foi
progressivamente ganhando forma, exercendo forte influência graças à família
presidencial e à captura de ministérios importantes. Os conservadores, bem
delineados, surgiram na defesa de valores morais, tendo como representantes
principais os evangélicos. Os liberais apresentaram-se, principalmente, sob a
pauta do liberalismo econômico e menos sob a forma do liberalismo político.
No
entanto, nestes mais de dois anos transcorridos, as diferenciações e
divergências internas foram se tornando mais nítidas, embora algumas ainda não
se tenham configurado completamente. Por exemplo, o liberalismo econômico já
foi praticamente deixado de lado, apesar de o ministro da Economia continuar no
poder como figurante de um governo de extrema direita, afeito a intervenções em
empresas públicas, abandono das reformas, irresponsabilidade fiscal e ausência
de privatizações. Sobra apenas um fiapo de discurso e práticas liberais.
No
que diz respeito ao conservadorismo, ele continua ainda aderido à extrema
direita, apesar de fissuras se fazerem cada vez mais presentes. Os evangélicos
prezam a solidariedade, a compaixão, os valores morais, são reconhecidos como
pessoas que reverenciam as virtudes e o trabalho, logo, não podem compactuar
com o tratamento que o bolsonarismo dispensa à morte, à doença, o seu desprezo
pela vida. Quando a morte e a doença batem à porta, pelo descaso e pela inépcia
governamentais, um limite está sendo ultrapassado. Não há nenhuma gracinha na
“gripezinha” e nos efeitos da vacina criando caudas de jacaré. O que há, sim, é
um completo menosprezo por valores religiosos e morais.
Os
traços principais da extrema direita no poder são:
1) A concepção da política
baseada na distinção entre amigos e inimigos. Todo aquele que não segue as
ordens do clã presidencial é considerado inimigo efetivo ou potencial, seja ele
real ou imaginário. Afirma-se, assim, o ódio ao próximo.
2) A sociedade e o
mundo em geral são vistos pelo prisma de uma teoria conspiratória, com inimigos
invisíveis urdindo um grande complô internacional, sendo o atual governo o
bastião de “valores”, evidentemente os seus.
3) O presidente considera-se
investido de uma missão de caráter absoluto, como se tudo por ele proferido
devesse ser simplesmente acatado, no estilo ele manda e os outros obedecem.
4)
Deduz-se daí um culto à personalidade, particularmente presente em sua
apresentação de si como se fosse um mito, uma espécie de messias, numa
deturpação dos valores religiosos.
5) A destruição e a morte tornam-se traços
principais dessa arte de (des)governar, com as instituições representativas,
liberais, sendo atacadas e dando livre circulação ao coronavírus, com atrasos,
incompetência e tergiversações sobre vacinas, apregoando o contágio por
aglomerações e ausência do uso de máscaras. A morte pode circular livremente!
Ora,
o conservadorismo no Brasil, fortemente ancorado em valores morais de cunho
religioso, está baseado no amor ao próximo, e não em sua exclusão ou potencial
eliminação. Sua expressão política na representação parlamentar se faz pelo
diálogo e pela negociação, o outro não podendo ser tomado como inimigo. Mais
precisamente, não haveria como aceitar o culto à personalidade, muito menos
ordens a serem simplesmente acatadas, pois, nesse caso, o poder laico estaria
adotando uma forma religiosa. E conforme assinalado, a vida é algo sagrado, não
pode ser tratada com incúria e desprezo. Torna-se nítido que o conservadorismo
começa a distanciar-se do bolsonarismo, embora sua imagem continue atrelada a
ele.
Quanto
ao liberalismo, se o seu componente econômico já está sendo relegado a uma
posição secundária, se não irrelevante, outro valor seu começa a ser
contaminado, a saber, a sua feição propriamente política. Vocações autoritárias
do bolsonarismo são inadmissíveis para um liberal. A política enquanto
distinção amigo/inimigo é o contraponto de tudo o que essa concepção defendeu
no transcurso de sua história. O culto à personalidade lembra tanto o
stalinismo quanto o nazismo e o fascismo, com a glorificação e a santificação
do líder máximo. A distinção dos Poderes, tão cara, está sendo cotidianamente
testada, como se as instituições representativas fosse um obstáculo ao
exercício do poder que devesse ser eliminado.
Eis
alguns aspectos que serão centrais nas próximas eleições e para o destino do
País, cujas distinções aparecerão mais claramente numa abertura para o futuro –
isso se algumas dessas correntes não optarem por um jogo de esconde-esconde, do
qual o bolsonarismo sairá vencedor.
Guilherme Caetano, Manoel Ventura e Bernardo Mello
Em capitais como Rio, São Paulo, Fortaleza e Salvador, os novos [?] chefes do Executivo defenderam a vacinação e citaram, como prioridades, a abertura de leitos hospitalares e a retomada da economia
Em um ano que se inicia com patamar ainda elevado de
casos da Covid-19, a posse de prefeitos pelo Brasil foi marcada, ontem, por
discursos de combate à pandemia e pela preocupação com seu impacto econômico e
social. Em capitais como Rio, São Paulo, Fortaleza e Salvador, os prefeitos
empossados defenderam a vacinação e citaram, como prioridades, a abertura de
leitos hospitalares e a retomada da economia. Em Belo Horizonte, Recife e Porto
Alegre, os eleitos também pregaram a necessidade do diálogo e respeito às
diferenças.
O
prefeito reeleito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou no discurso de
posse que a pandemia “exige união”, e que o “vírus do ódio e da intolerância
precisa ser banido”. Covas disse ainda que a capital paulista “está pronta para
vacinar em massa”. [só falta a vacina] —
Política não é terreno para intolerância e lacradores de redes sociais.
Política é a arte de fazer junto, de construir pontes para o futuro, de superar
a divergência cega dos que acreditam que a solução virá dos extremos — declarou
Covas.
[as ideias expostas no subtítulo e primeiro parágrafo perdem o sentido na primeira leitura: os prefeitos estão em uma posição muito inferior para pitacos dessa natureza.
O Covas - prefeito reeleito em S. Paulo e que se destacou, negativamente, no combate à covid-19 por defender (e mandar criar) engarrafamentos como forma de isolar as pessoas, dificultando sua locomoção (a criação estúpida resistiu apenas por um dia) e que, honrando o nome, comprou quase 40.000 urnas funerárias e agora vem com a promessa absurda e que só engana os infantis e incautos (exatamente seus eleitores) abertura de leitos hospitalares. O cidadão considera seus leitores tão sem noção (estará errado?) que tem como fato que esqueceram ser ele já o prefeito. O que o impediu de abrir leitos hospitalares (ou pelo menos manter abertos os que existiam no ápice da pandemia?).
Retomada da economia é medida que está fora do alcance dos prefeitos (alguma participação municipal, se e onde houver, será ínfima, não merecendo sequer ser citada;
e a vacinação ninguém proibiu os senhores prefeitos (especialmente os reeleitos)de vacinar seus munícipes - faltou, e falta,
Dizer que o Governo Federal não comprou não se sustenta nem justifica atrasos em São Paulo - afinal, o Joãozinho comprou milhões de doses a vacina. Só que a farmacêutica, chinesa, ainda não apresentou a documentação à Anvisa, para obter autorização. As duas medidas concretas do prefeito de da cidade de São Paulo foi aumentar seu salário e tirar o direito a gratuidade que os idosos maiores de 60 anos tinham no município - perversidade na qual foi ajudado por Doria - este retirou o direito da gratuidade de uso pelos idosos, maiores de 60 anos - do transporte intermunicipal. Outros prefeitos antes mesmo de qualquer medida concreta em prol da população, já querem enrolar com propostas de diálogo e respeito às diferenças - temas que podem ser pautados para após resolução de outros problemas mais urgentes.]
.
Além
de citar a abertura de leitos para Covid-19 como “prioridade urgente” e o
trabalho para o retorno seguro das aulas na rede municipal, Covas disse que sua
administração precisará “diminuir as desigualdades sociais”. O prefeito, que
terá orçamento mais enxuto — R$ 67,5 bilhões, 2% a menos que no ano passado — e
maior oposição na Câmara de Vereadores, inicia o mandato sob críticas após
sancionar um aumento de 46% do próprio salário. Por outro lado, o ano começa
com medidas de redução de gastos, como a redução de 10% no número de servidores
em cargos comissionados, além de renegociação de contratos, convênios e
parcerias.
Assim
como Covas, os prefeitos empossados em Fortaleza, Sarto Nogueira (PDT), e
Salvador, Bruno Reis (DEM), falaram em garantir a vacinação contra a Covid-19
em seus municípios. Reis afirmou que a capital baiana estará “na linha de
frente” da imunização. Sarto disse que “não há tempo nem espaço para
negacionismo”.
“Cidade de todos” No Recife, o prefeito João Campos (PSB) também citou a vacinação como prioridade, afirmou que o momento pede “maturidade” e “unidade de propostas construídas com debate”. Campos enfrentou na eleição uma disputa familiar acirrada com a prima, a deputada federal Marília Arraes (PT), envolvendo ataques mútuos.
Já
o prefeito reeleito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), apelou à união e
ao respeito às diferenças no discurso de posse, feito por videoconferência
devido a precauções sanitárias. Kalil afirmou que a capital mineira será “uma
cidade de todos, de LGBTs, de cristãos, de evangélicos, de negros” e declarou,
numa referência indireta à pandemia, que “estamos no mesmo barco”.
Sebastião
Melo (MDB), prefeito empossado em Porto Alegre, pediu um trabalho conjunto
entre diferentes instâncias de governo para enfrentar a pandemia e também
garantir a recuperação pós-crise gerada pela Covid-19.—
A cidade vive um momento de grande depressão, perdemos muitos empregos. É
preciso equilibrar o desenvolvimento econômico com proteção social — afirmou.
O Globo - Brasil - Guilherme Caetano, Manoel Ventura e Bernardo Mello
Ninguém pode ignorar o que seja “notável saber jurídico”
A mentira tem perna curta. O desembargador Kassio Nunes Marques certamente não imaginava seu curriculum vitae e seus escritos vasculhados e questionados pela imprensa. Teria ouvido palestras que apareceram como curso de pós-doutorado. De repente, seu conceito escapou pela janela da dissonância. A menos que o juiz piauiense indicado para a vaga do STF, no STF tenha se inspirado no ensaio de Brecht sobre “cinco maneiras de dizer a verdade”. A verdade de cada um. O momento poderia ser usado para reforçar sua bagagem acadêmica.
Ocorre que o STF é a nossa mais alta corte, a ser composto por quadros de boa envergadura. É inimaginável pensar que teria dito que, para ser membro do Supremo, não é necessário ser advogado, mas pessoa de caráter ilibado. Deve ter se valido desse artigo da CF:
“Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada. Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.”
Nessa polêmica, entra o caso de Cândido Barata Ribeiro, médico, baiano e prefeito do Rio de Janeiro de 1892 a 1893. Foi ministro por 10 meses e 4 dias. Ora, o mundo mudou. Ninguém pode ignorar o que seja “notável saber jurídico”. Que se adquire no curso de Direito. [com o devido respeito: NEM SEMPRE - em muitos casos o curso de Direito não é o caminho para o notável saber jurídico;
aliás, certamente não é o caminha único, sendo uma das partes, não a mais importante, daquele caminho.] Uma exceção a esta obviedade enfureceria o tribuno da Advocacia, Rui Barbosa. A sapiência é, por excelência, o valor matricial do juiz, bem mais que domínio de conhecimento. O uso do saber e um exaustivo exercício de hermenêutica jurídica. Lembre-se a lição de Francis Bacon (Ensaios, 1597): “o Juiz deve preparar o caminho para uma justa sentença, como Deus costuma abrir seu caminho elevando os vales e abaixando montanhas”.
A justa sentença é a luz que guia a decisão do juiz. Infelizmente, muitas vezes, essa luz é tênue ou está apagada. Sinaliza que algo mexeu com a intenção originária do juiz. Por isso, Têmis, a deusa da Justiça, nem sempre faz bom uso da balança e da espada. Sob essa abordagem, parece fora de tom dizer que, mais adiante, será inserido na mais alta Corte do país um ministro “terrivelmente evangélico”.
Por que a opção por identidade religiosa?
Não há ministro religioso no Supremo ou os que lá estão são todos “católicos”?
O presidente joga no lixo o preceito do Cristo: “daí a César o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus”.
Se assim for, as seitas afro-brasileiras poderão reivindicar um representante, sob a indignação dos evangélicos, que elegem bancadas no Congresso. Não haverá surpresa se o dízimo virar contribuição legal para confirmação religiosa. O doador receberá uma carteira de dizimista e a promessa de um lugar privilegiado na fila dos Céus. O desembargador Kassio não calculou o tamanho da confusão. Dados de sua trajetória questionados, verdades inconvenientes no Senado, decisões que poderão arranhar sua imagem, polêmica com base bolsonarista e a maldição evangélica. A deusa Têmis, com uma venda sobre os olhos, deve estar morrendo de rir.
Cristãos brasileiros não querem mais invisibilidade nem levar desaforo para casa
A patrulha progressista vai ter de calçar as sandálias da
humildade e tratar evangélicos como seres humanos.
"Não me venha com isso de psicanálise que, para mim, é
igreja de rico." A frase de Manoel Fernandes, dono da Bites, uma das mais
respeitadas consultorias de Big Data do Brasil, arrancou risadas da platéia
forrada de intelectuais em uma palestra na PUC. As pessoas talvez tenham
gargalhado pelo inusitado, pelo saboroso sotaque nordestino do palestrante e
pela reação debochada de Luiz Felipe Pondé à provocação. O fato é que na
maioria dos ambientes intelectualizados do Brasil, você pode acreditar em
psicanálise e até em astrologia, tarô, runas, ler borra de café na xícara mas,
se for evangélico, é imbecil. (Diga-se de passagem, não no Labô da PUC, um dos
poucos locais em que evangélicos têm sua intelectualidade respeitada na
academia brasileira.)
O fenômeno de julgar inteligente ou mesmo aceitável a ideia
de resumir a natureza humana à racionalidade é recente. A própria Declaração
Universal dos Direitos Humanos, de 1948, estabelece em seu artigo 18 que a
religião é parte da dignidade humana. Proibir alguém de ter religião ou de
manifestar sua religiosidade em privado ou em público é violação de Direitos
Humanos. Essa proibição não é só colocar uma arma na cabeça, mas constranger,
difamar, ridicularizar ou gerar consequências nefastas para quem o faz. Já
experimentou entrar num Centro Acadêmico da USP ou mesmo num encontro de
ativistas de Direitos Humanos e dizer que é crente? Boa sorte."Toda a pessoa tem direito à liberdade
de pensamento, de consciência e de religião; este direito implica a liberdade
de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a
religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado,
pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos", diz o artigo 18 da
Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Vemos ateus reclamando, muitas vezes até com razão, da
discriminação por não acreditarem em Deus - o que, afinal, é direito deles.
Esquecem, no entanto, que batem como leões e apanham como gatinhos. A massa
cristã brasileira sabe que precisa calar sobre sua religiosidade se quiser ter
chances de ser levada a sério na universidade e na profissão. Entre os
intelectuais existe a predominância do pensamento de que evangélicos são todos estúpidos.
Não que esse pessoal conheça evangélicos, estude o assunto ou já tenha pisado
numa igreja. Provavelmente eles viram alguns televangelistas e misturaram no
poço de arrogância e preconceito que cultivam na alma.
Com a chegada de muitos evangélicos ao poder, a fé cristã
passou a ser associada a uma vertente política, como se fosse possível submeter
o mais sublime da alma humana - que é a experiência individual da fé - a
qualquer coisa do mundo racional. Há muitos evangélicos na direita porque esta
vertente política foi a que primeiro considerou a hipótese de evangélicos
também serem humanos e abriu espaço para uma pauta de costumes em comum. E
desse movimento vêm duas distorções. A primeira é a ideia de que cristianismo
tem a ver com a direita. A segunda, bem mais divertida, é a
"conversão" recente de vários ateus com sede de poder. Amo perguntar
onde congregam e ouvir de volta: "como assim, congrega?". Gente que
nunca pisou numa igreja agora se diz cristã para se aproximar de poderosos.
Mas o fato é que a esmagadora maioria da
população brasileira é cristã.[Informando o óbvio: a classificação "cristãos", inclui todos que acreditam em Jesus Cristo, no Cristianismo, na Doutrina Cristã, professam a Fé Cristã, o que inclui, sem limitar, católicos e evangélicos.] E, com o crescimento da população evangélica e a
chegada de vários evangélicos a postos de poder, os cristãos já tem força para
dizer que estão cansados de ouvir deboche e serem tratados como piada.
Há cristãos em todos os segmentos da sociedade brasileira,
mas há respeito apenas em nichos muito específicos. O mais respeitado por
intelectuais e progressistas é o dos não-praticantes que só não se dizem ateus
por causa do preconceito da família. O outro bem aceito é o que frequenta a
paróquia mais chique da cidade, no caso da minha São Paulo, a Nossa Senhora do
Brasil.O cristão cujo líder religioso faz declarações políticas lacradoras
também é respeitado na semana em que essa declaração é feita. Fora isso, todos
imbecis, principalmente se for pobre, aí é necessariamente explorado, um
coitado. Astrólogo, tarólogo, coach e terapeuta holístico não exploram ninguém,
só pastor.
A forma como a ministra Damares Alves é tratada pela
imprensa talvez seja o exemplo mais vivo desse preconceito religioso que,
aliás, é crime pendurado na Lei do Racismo junto com a homofobia. Ninguém lê o
que ela propõe, não se ouve o que ela fala, se confunde pregação antiga da
igreja com política, experiências transcendentais de fé são ridicularizadas e
está tudo bem. Isso é muito diferente de discordar. Tome-se por exemplo a
questão da sexualidade na adolescência e o início da vida sexual. Quantos
noticiaram o que está nos documentos e quantos noticiaram o que se imagina que
pensem os crentes a respeito do assunto? [A Bíblia Sagrada é, de forma inequívoca, contra o homossexualismo, a sodomia e outras práticas.]
(...)
Ele já começa com uma estocada na turma que gosta de dizer
que é do bem mas debocha de evangélico: a matemática. Mostra a conta em que 90%
dos brasileiros se dizem cristãos e conclui que é uma sociedade cristã e, na
linguagem da esquerda, toda uma "classe trabalhadora" cristã.
Liberdade de expressão, segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, é
a de "não ser inquietado" por suas opiniões. Assim funciona também
para a religião. Se muita gente pisoteou evangélicos porque eles não tinham
força de fazer cumprir seus direitos fundamentais, parece que esta era começa a
terminar. Tomara. Em Vozes - Gazeta do Povo - MATÉRIA COMPLETA - Madeleine Lacsko
Perfil similar a movimento dos EUA garante sobrevivência política de Bolsonaro
Diante da avalanche de notícias e eventos ruins que o governo Bolsonaro
tem acumulado nas últimas semanas, era de se esperar uma queda mais
acentuada da popularidade do presidente e um crescimento mais vigoroso
da avaliação negativa do desempenho de seu governo. Afinal de contas, já são mais de 1,3 milhão de pessoas contaminadas pela
covid-19 e mais de 57 mil mortes. Houve redução de aproximadamente 10%
da atividade econômica e estima-se que a taxa de desemprego já esteja em
torno de 16%.
Para completar a “maré de azar”, o ex-assessor do senador Flávio
Bolsonaro e também amigo de longa data do presidente, Fabrício Queiroz,
foi preso enquanto escondido na casa do advogado da família Bolsonaro,
Frederick Wassef, sob acusação de ser o operador de um esquema de
lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito e formação de quadrilha
liderado pelo próprio filho do presidente. Entretanto, os institutos de pesquisa têm mostrado que a popularidade de
Bolsonaro se estabilizou em 30%, o que sugere grande resiliência
política do presidente. Quem seriam os eleitores que continuam apoiando o presidente, mesmo diante de eventos tão negativos?
Em pesquisa de opinião desenvolvida com o apoio do Estadão,
identificamos que os eleitores que se autodenominam de direita e de
centro direita (27% da amostra de 7.020 respondentes) são
majoritariamente homens (71%), brancos (73%), acima de 40 anos de idade
(67%), possuem renda superior de 5 salários mínimos (70%), são
profissionais liberais ou trabalham na iniciativa privada (51%) e dizem
possuir alguma religião, notadamente judaica (39%), evangélica (38%) ou
católica (33%). Apresentam perfil predominantemente conservador, baseado
nos valores morais e da família, e preferem políticas econômicas
liberais.
Esse perfil de eleitor brasileiro apresenta grande similaridade com o de
eleitores que se identificam como pertencentes ao “Tea Party”,
movimento surgido em 2009 nos Estados Unidos em oposição às iniciativas
do governo de Barack Obama, especialmente à reforma do sistema de saúde
(Obamacare) e ao plano de resgate econômico à crise de 2008. No livro The Tea Party and the Remaking of Republican Conservatism, Theda
Scokpol e Vanessa Williamson mostram que os membros do Tea Party tendem
a ser republicanos, conservadores, homens, brancos, ter mais de 45
anos, ser de classe média e protestantes evangélicos.
Analisamos como os eleitores brasileiros de direita e de centro direita,
que apresentam características sociodemográficas e políticas
semelhantes aos simpatizantes do Tea Party americano, se comportariam
nas eleições presidenciais de 2022.A grande maioria dos Tea Party à brasileira reelegeria Bolsonaro ou por
forte identidade com o presidente (56%) ou para evitar a vitória de um
candidato de esquerda (32%). Apenas uma pequena parcela desse grupo não
votaria em Bolsonaro de jeito nenhum (12%). Por outro lado, uma
proporção bem menor de eleitores que não compartilham características
dos simpatizantes do Tea Party votaria com certeza em Bolsonaro (37%).
Um contingente um pouco maior reelegeria o presidente para evitar a
vitória da esquerda (41%) e uma parcela não desprezível de “Não Tea
Party” não votaria em Bolsonaro de jeito nenhum (23%).
Pesquisa recente do Pew Research Center sugere que os eleitores que
pertenceram ao movimento Tea Party apoiariam a reeleição de Donald Trump
em 2020. Não seria difícil imaginar qual seria o candidato dos
simpatizantes do Tea Party caso eles pudessem votar no Brasil. O inverso
também seria de se esperar.