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segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Tem cheiro (ou mau cheiro) de Bolsonaro no ar

Bolsonaro leva a eleição ainda no primeiro turno e já está liberado para plagiar Zagallo, no 'vão ter que me engolir' e não será apenas por um mandato 

A 49 dias do primeiro turno da próxima eleição presidencial, a pergunta de não sei quantos bilhões de dólares não é mais sobre os candidatos que disputarão o segundo turno – mas sobre qual será o candidato que no segundo turno enfrentará Jair Bolsonaro (PSL).  Desvalorizou-se, pois, o valor da resposta à pergunta original. Salvo um acidente de campanha, que por acidente é difícil de prever e não se pode descartar, Bolsonaro chegará ao segundo turno em 28 de outubro empurrado pelos eleitores já assumidos dele, e pelos enrustidos. [muitos da mídia estão a comer moscas confiando em uma suposta rejeição das mulheres ao Bolsonaro;
não existe rejeição digna de monta o que existe é que a maioria das mulheres prefere deixar seu voto para o momento da 'solidão' da urna - com tal conduta se livram do patrulhamento imbecil e poderão marcar BOLSONARO para um Brasil feliz e milhões de brasileiros felizes.]

Não se despreze esses. Há, sim, um grande número deles que por vergonha ou timidez prefere não revelar que votará no capitão – seja para não ter que oferecer muitas explicações aos cobradores, seja por temer ser mal avaliado nas rodas dos pretensos bem pensantes.  Em 1989 foi assim com parte dos eleitores que empurraram Fernando Collor rampa acima do Palácio do Planalto. Em São Paulo, o deputado Paulo Maluf sempre contou com a ajuda dos eleitores envergonhados de confessar que votariam nele. Contaria outra vez se não estivesse preso.


Pesquisa de intenção de voto costuma ser um retrato do passado como dizem os que são do ramo. Mas a levarem-se em conta as características especiais destas eleições e à resiliência (êpa, perdão!) de Bolsonaro, elas parecem indicar com certa clareza o que está por vir.  Trata-se de saber se será bem-sucedido o plano traçado por Lula no cárcere de Curitiba de pôr seu substituto no segundo turno. Ou se Geraldo Alckmin (PSDB) surpreenderá seus aliados de fé e os que fingem apoiá-lo com um crescimento rápido na reta final da campanha.

Tirar da fila do Serviço de Proteção ao Crédito os brasileiros endividados não bastará a Ciro Gomes (PDT) para garantir-lhe a chance de enfrentar Bolsonaro. Por fragilidade partidária e pessoal, Marina Silva (REDE) está mais para santa do que para presidente dos desvalidos. Por ora, é só. ['santa'? entre os evangélicos não existe 'santa' ou 'santo' e se existisse os candidatos à Santidade teriam que, no mínimo, escolher entre servir a DEUS ou ao demônio;
no meio evangélico até para ser digno a pessoa tem que ter firmeza de caráter, opiniões e posições firmes, coerentes com a doutrina.
Convenhamos,  uma 'evangélica' que apoia o aborto e a maconha,  desde que um plebiscito aprove as duas aberrações, está sem sombra de dúvidas servindo ao demônio.]

Blog do Noblat - Veja
 
 

sábado, 11 de agosto de 2018

O curral do coronel - Como a mão pesada do clã Ferreira Gomes, se impõe em Sobral, Ceará e berço político do paulista Ciro

Em Sobral, berço político de Ciro Gomes, candidato do PDT à Presidência da República, cearense nascido em São Paulo, impera a lei dos Ferreira Gomes. Obedece quem tem juízo

Durante a eleição municipal de 2016, o horário de funcionamento da prefeitura de Sobral, segundo maior município do Ceará com 205 mil habitantes, foi alterado a pretexto de economizar energia. Na realidade, a portaria instituída pelo então prefeito Clodoveu Arruda (PT) teve outro propósito: o de mobilizar funcionários públicos para trabalhar na campanha do irmão caçula do candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, Ivo Ferreira Gomes, candidato a administrar a cidade. Um verdadeiro exército de professores, agentes de saúde e secretários municipais cumpriu a missão a contento. Trajados de amarelo, os servidores da prefeitura bateram de porta em porta em favor da candidatura do irmão de Ciro. Durante o corpo-a-corpo eleitoral, houve até quem trocasse votos por água encanada. 

A agricultora Maria do Livramento Paiva, da fazenda Campo Grande, distrito de Taperuaba, confessou à ISTOÉ que, para receber água potável em sua residência, teve de “jurar fidelidade aos Gomes”, que consistia em cabalar o maior número de votos possíveis no seio da própria família. “Por essa água eu me despedacei arrumando voto de todo jeito”, afirmou. O resultado não poderia ter sido diferente: Ivo foi eleito com 57,9 mil votos – 51,4% do total. No primeiro ano de mandato, durante encontro para definir o Plano Plurianual da cidade, Ivo Gomes discursou: “Quem tem o poder sou eu e quem não rezar na minha cartilha vai sair. Experimentem me desafiar”, ameaçou. Os episódios são ilustrativos da influência exercida pelos Ferreira Gomes em Sobral. Mais do que berço político de Ciro, o município se transformou numa espécie de curral eleitoral da família. Ali, impera a lei do mais forte, na acepção do termo.

Não foi sempre assim. Além de primogênito, Ciro Gomes era o filho predileto de José Euclides Ferreira Gomes, o “advogado dos pobres”, como os defensores públicos eram chamados na década de 60, em Sobral. O garoto sempre foi considerado um virtuose. Lia muito e gostava de recitar Camões – chegou a ganhar um concurso para viajar a Portugal. Mas o começo da vida não foi fácil para o candidato do PST ao Planalto. Estudou em escola pública – Colégio Dom José –, pois os pais não tinham dinheiro. Conseguiu ingressar no Colégio Sobralense, privado, faltando apenas três anos para o vestibular. Ciro era resiliente. Para concluir o curso de Direito em Fortaleza, onde foi aprovado em 1º lugar, teve que morar num mosteiro de franciscanos. Motivo: o aluguel era mais barato. A situação mudou da água para o vinho em 1976 com a eleição do pai para a prefeitura de Sobral. Eleito, José Euclides fez um bom mandato e se vinculou ao coronel Cesar Calos, que virou ministro das Minas e Energia do governo João Figueiredo. A partir de então passou a mandar e desmandar na cidade, catapultando a carreira política do filho. O município foi a plataforma que lançou o aspirante ao Planalto a vôos mais altos, destaques para as eleições a prefeito de Fortaleza, governo do Ceará e para a nomeação a ministro da Fazenda do governo Itamar Franco. 

Relatos
Hoje, em Sobral, a família é detentora de 50% do eleitorado. Outros 20% votariam neles por medo, segundo revelou Luiz Melo Torquato, 77, ex-presidente do Guarany de Sobral. Torquato, que acompanha a vida política do clã Ferreira Gomes desde suas raízes, lembra que, ao todo, a cidade já teve seis prefeitos da família.  “Ciro gosta de falar o que o povo gosta de ouvir”, disse o empresário, emendando na sequência uma ponta de mágoa e frustração. Ele conta que eles eram muito amigos, mas que Ciro “se contaminou” ao se cercar “de gente grande e poderosa”. “Ciro era muito inteligente e honesto, mas virou uma máquina mortífera com quem passou a se opor a ele. Basta ver a rasteira que deu no ex-governador do Ceará Tasso Jereissati e Lúcio Alcântara, homens que investiram nele sem medir esforços e o colocou em cargos importantes que o projetou no cenário nacional e depois foram traídos”, lamenta.  Torquato não é voz isolada. Professor de português no colégio Sobralense, hoje extinto, o padre Osvaldo Carneiro Chaves, aos 94 anos, enrijece os músculos do rosto e pede para mudar de assunto quando indagado sobre seu ex-aluno Ciro Gomes: “Tem tanta gente no mundo, vamos falar de outras pessoas”, suplicou ele.

Perguntado com insistência se Ciro ao menos era um aluno aplicado, Chaves respondeu com rispidez: “Era uma estrela, mas um aluno aplicado não se julga pelas notas e sim pela sua capacidade de trabalho e pelo respeito ao próximo”. Contemporâneo de Ciro no Colégio Marista Cearense, na década de 70, o engenheiro Hermenegildo Souza Neto atesta a fama de “geniozinho de temperamento forte” do hoje aspirante à Presidência. Conta que o presidenciável se destacava, ajudava amigos de sala e não precisava estudar muito para tirar boas notas. “Nos dias de provas todos queriam sentar perto dele para pescar as questões”, afirma. Mas lamenta que Ciro “engrossou o pescoço depois que entrou na política”: “Ele se acha melhor que todo mundo”.

Agricultora disse que, para receber água potável em sua residência, teve de “jurar fidelidade aos Gomes”. Ou seja, votar e pedir votos para eles

Embora, nas recentes sabatinas, tente exibir um semblante mais sereno, Ciro mudou pouco, garantem moradores de Sobral. O jeitão explosivo pode até permanecer em stand by durante alguns momentos, mas segue latente, pronto para aflorar a qualquer hora. Como em setembro de 2016, quando, segundo testemunhas, Ciro percorria o distrito de Taperuaba, distante 65 quilômetros de Sobral, fazendo visitas e pedindo votos para o irmão Ivo. Incomodado com uma moto que o seguia, o candidato do PDT ao Planalto desceu do carro embebido em fúria, xingou o rapaz e tentou agredi-lo. Qual não foi sua surpresa: o motoqueiro conhecido por Júnior era dono de um certeiro cruzado de direita. Ciro acabou nocauteado com um único soco no rosto e precisou ser amparado por seus seguranças. O caso foi abafado.

Em novembro do ano passado, a família de Ciro sofreu o que seria o seu maior revés na cidade. A justiça eleitoral cassou o diploma de Ivo Ferreira Gomes, por compra de votos. Na ocasião, o Ministério Público Federal também foi favorável à cassação, mas o poder da oligarquia falou mais alto e o quadro foi revertido no TRE, em Fortaleza. Na última semana, o MDB e o Ministério Público Eleitoral impetraram um embargo de declaração e o processo seguiu para o TSE. Ivo atribui as recentes desventuras à oposição. O momento para os Ferreira Gomes não mesmo é favorável em seu berço político. Além da pendenga eleitoral, Sobral vive uma escalada de violência, com aumento do número de homicídios e bairros inteiros dominados por facções criminosas. De tantos mandos, o reduto dos Ferreira Gomes no interior do Ceará virou um desmando.


IstoÉ


 

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Ciro radicaliza ainda mais para conquistar eleitores de Lula: Lula só tem chance de sair da prisão 'se a gente assumir o poder'



[desespero faz Lula criar o 'dia do volto' e  Ciro adotar como principal ponto do seu programa de governo: soltar o presidiário Lula.]

Análise: Ciro radicaliza ainda mais para conquistar eleitores de Lula

Promessa de soltura do ex-presidente é parte de estratégia para agradar a esquerda

Depois de perder aliados à direita com a migração dos partidos do centrão para o tucano Geraldo Alckmin, Ciro Gomes virou à esquerda — como visto no discurso da convenção que chancelou sua candidatura, no último dia 20. No gesto mais recente, fala diretamente para o público lulista. Promete cuidar da soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se eleito for. Esse público-eleitor é o que, nas pesquisas de intenção de voto, dá a Lula 30% . Quando o petista está fora do cenário pesquisado, boa parte desse contingente migra para os brancos e nulos ainda à espera de um nome. Ciro quer ocupar esse espaço, e ontem declarou: — O Lula tem alguma chance de sair da cadeia? 
Nenhuma. Só tem chance de sair da cadeia se a gente assumir o poder e organizar a carga. Botar juiz para voltar para a caixinha dele, botar o Ministério Público para voltar para a caixinha dele e restaurar a autoridade do poder político.

Os pendores de Ciro à esquerda parecem já ter recebido uma atenção especial da sua área de marketing político. Produzido pelo PDT e divulgado na convenção que o oficializou como candidato do partido ao posto de presidente da República, o material que lista os "12 passos para mudar o Brasil" não conta os detalhes da trajetória partidária de Ciro.  "Que Ciro é esse?" indaga uma parte do texto que trata da biografia do candidato. Lá está relatado que ele foi deputado estadual no Ceará com apenas 24 anos. Prefeito de Fortaleza aos 31. Governador em 1990. Ministro da Fazenda que ajudou a consolidar o Plano Real em 1994. Ministro de Lula em 2003. 


O que não aparece: Ciro começou no PDS que apoiava o regime militar. O pai dele era do partido e o próprio político afirma que não poderia ir contra na época. Eleito migrou para o então MDB. De lá foi ao PSDB, onde se tornou governador e depois ministro no governo Itamar Franco. Depois foi ao PPS e hoje se encontra no PDT.


Mas além da promessa aos adeptos do slogan "Lula Livre" que impulsiona os atos do PT, Ciro manda novo recado ao Judiciário e ao Ministério Público. Na era Lava-Jato, o protagonismo deles só agradou ao mundo político quando o alvo da prisão era o adversário, quando era o aliado, a ordem judicial virava abuso e motivo de protesto. Com muitos partidos com integrantes na lista dos investigados, processados e denunciados e até presos, Ciro arrisca o discurso de pôr o país no trilho institucional, mesmo com a aprovação popular generalizada da turma de Curitiba.

Lula só tem chance de sair da prisão 'se a gente assumir o poder', diz Ciro

Pedetista afirmou que é preciso fazer com que juízes e o MP voltem para suas 'caixinhas'

O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, afirmou que somente uma vitória sua na eleição traria chances do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixar a prisão. Ciro disse que iria “organizar a carga” e “restaurar a autoridade do poder político”, fazendo com que juízes e o Ministério Público voltassem para suas “caixinhas”.  — O Lula tem alguma chance de sair da cadeia? Nenhuma. Só tem chance de sair da cadeia se a gente assumir o poder e organizar a carga. Botar juiz para voltar para a caixinha dele, botar o Ministério Público para voltar para a caixinha dele e restaurar a autoridade do poder político — afirmou.

A declaração de Ciro foi dada à TV Difusora, do Maranhão, no dia 16, e foi publicada nesta terça-feira pelo jornal “O Estado de São Paulo”.   Lula está preso desde abril, após ser condenado a 12 anos e um mês de prisão pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do triplex do Guarujá.

Na entrevista, o pedetista criticou a estratégia do PT de manter a candidatura de Lula à Presidência, mesmo com a Lei da Ficha Limpa proibindo candidaturas de pessoas condenadas em segunda instância, e apresentar um substituto apenas no final da campanha. — O que eles estão pensando, a burocracia? Nós vamos manter a candidatura do Lula, continuar dizendo que ele é candidato, e quando for lá pelo meio de setembro, que a Justiça disser que o Lula não é candidato, o Lula então diria assim: 'Então, se não vão deixar eu ser, vai ser fulano’. O Brasil não aguenta um presidente por procuração em uma altura dessas criticou.

Ciro disse que avisou Lula sobre “problemas” em seu governo, mas afirmou que o ex-presidente não quis ouvir:  —Eu ajudei o Lula por 16 anos, sem tirar nem um dia, no período dele e da Dilma. Já zangado, porque eu via as coisas acontecendo, sabia que ia dar problemas. Cansei de avisar para ele, e ele não quis ouvir, porque o poder, muito tempo, também tira a pessoa do normal — reclamou.

Na semana passada, Ciro já havia dito que o Brasil não terá “paz” enquanto o petista estiver preso. Após não conseguir o apoio dos partidos do Centrão, que devem fechar com Geraldo Alckmin (PSDB), o pedetista tem adotado um discurso mais à esquerda. Ele negocia uma aliança com PSB e do PCdoB, legendas também cobiçadas pelo PT.  Em junho, o GLOBO perguntou a Ciro e a outros quatro pré-candidatos se, caso eleitos, eles assinariam um indulto a Lula. O pedetista afirmou que “seria uma loucura” assumir esse compromisso, porque isso significaria ignorar o fato de que a condenação de Lula ainda pode ser revista em duas instâncias: o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF). — Assumir um compromisso dessa natureza seria uma loucura. Eu estaria agindo em desfavor da estratégia da defesa do ex-presidente Lula que ainda tem duas instâncias para recorrer da condenação e em desfavor do próprio discurso do ex-presidente, que tem se declarado reiteradamente como inocente — avaliou na época.

quinta-feira, 24 de maio de 2018

Embora a direita xucra aplauda a greve, resta claro que esse e o caminho que pavimenta, ou que incendeia, a volta das esquerdas ao poder

Um passeio rápido pelas redes sociais e fui bem rápido mesmo porque não tenho a dose necessária de psico-sociopatia para suportar muito tempo dá conta da era do desatino em que vivemos. A greve dos caminhoneiros está sendo vista, muito especialmente pelos idiotas, como mais um recado da sociedade aos políticos — aqueles, vocês sabem, que parte considerável dos brasileiros aprendeu a detestar, sem matizes, com o advento da Lava-Jato. Da extrema-esquerda à extrema-direita, há uma espécie de gozo perverso com a greve. A síntese poderia ser esta: “É isso mesmo! Tem mais e de ir por pau!”. E há nesse gozo perverso doses distintas de cálculo. A esquerda faz o seu jogo. E a direita também faz o jogo da… esquerda.
 
Ora, os esquerdistas aproveitaram para fazer o óbvio — do colunismo às línguas negras das redes sociais: a situação que ai esta seria consequência da, como é mesmo?, política “neoliberal” que teria sido aplicada na Petrobras por Pedro Parente. A que se chama “neoliberalismo”? A decisão tecnicamente correta do presidente da empresa de fazer o preço dos combustíveis flutuar de acordo com a cotação internacional do barril de petróleo. Sim, Dilma agia de modo diferente, não é mesmo? E provocou um rombo na empresa de R$ 70 bilhões. Quando a sua popularidade rondava a casa dos 70%, o buraco estava ali pelos R$ 50 bilhões.

A Petrobras foi retirada dos escombros por Temer-Parente. E isso, obviamente, é imperdoável a um governo que, afinal de contas, e impopular — impopularidade essa de que a imprensa, no mais das vezes, se faz mera cronista, sem reconhecer ao presidente da República um miserável mérito. Leiam os jornais de hoje. Leiam os portais. Prestem atenção ao noticiário.

Os setores à direita e de extrema-direita, ora vejam!, também aplaudem os métodos adotados pelos ditos grevistas, que nada mais fazem do que repetir, numa escala muitas vezes ampliada, a prática de extremistas de esquerda como MST e MTST, a saber: “Ah, o governo não quer atender à nossa reivindicação? Então a gente fecha estradas, mete fogo em pneus, impede o direito de ir e vir. Continuam imbecilizados pela repulsa à política, cegados pelo pega-pra-capar da Lava Jato, que tem sido uma fonte geradora de ódios. E isso nada tem a ver com o necessário trabalho de combate à corrupção.
  [mesmo quando a direita erra, a esquerda cuida de continuar fazendo o que sabe fazer: m ... e dar tiro no próprio pé.
Blog Prontidão Total]
Estamos a pouco mais de quatro meses da eleição. Essa soma de maus espíritos está indo para as urnas. Sim, há cretinos de direita que acreditam que esse clima vai lhes fazer bem. Não! Como tenho advertido desde o fim de 2016, esse é o caminho que pavimenta — ou que incendeia — a volta das esquerdas ao poder.

Não por acaso, Ciro Gomes, o pré-candidato do PDT e real candidato do PT à Presidência, já direcionou seu canhão contra o governo Temer e contra a Petrobras.  É isso aí. Quem dorme com o excomungado, com farrapeiro, com o fioto, fiquem certos, [é petista e se votar em Ciro Gomes vai] acordar ao lado do capiroto, do porco-sujo, do satanás.

Blog do Reinaldo Azevedo


domingo, 6 de maio de 2018

Ciro diz ter pena de Gleisi e que PT faz burrice - Gleisi critica ciclo de sabatinas sem o preso Lula


[que os dois se explodam.]

Ciro diz ter pena de Gleisi e que PT faz burrice
[leitores: UM ALERTA - apesar de ser público e notório que Ciro Gomes não é confiável, nem sensato e menos ainda competente, resolvemos dar uma chance e tentar ouvir o que ele diz na sabatina.
O único trecho em que ele fala alguma coisa certa é quando diz ter pena de Gleisi, mesmo nisso ele não está sendo sincero;
pois como Gleisi realmente merece pena -  além da conduta atabalhoada  que a leva a  viver no País das Maravilhas, se encontra prestes a ser condenada e presa - Ciro finda dizendo a verdade.

No mais além de encrenqueiro, vive mudando de posição - sempre em círculos, estilo STF -   foi um péssimo governador, um péssimo ministro e não é bom para o Brasil que ele seja eleito presidente da República.
Felizmente, é começar a campanha e ele começa a cair. Ciro já foi derrotados várias vezes e se  for candidato  a presidente em 2018 será mais uma derrota.
Assim, exceção o comentário feito sobre a ré, senadora e presidente do PT, nada do que ele diz no vídeo merece credibilidade, é viável.] 

Gleisi critica ciclo de sabatinas sem o preso Lula

Gleisi Hoffmann, autoconvertida numa espécie de Alice petista, escolheu viver num País das Maravilhas. Nele, Lula continua com a ficha higienizada e a candidatura presidencial intacta. Quem ousa mostrar à presidente do PT que sua fantasia não cabe no mundo real é esculachado por ela.

UOL, Folha e SBT decidiram realizar um ciclo de sabatinas com os seis presidenciáveis mais bem-postos no Datafolha. Como o favorito Lula está atrás das grades, os organizadores foram compelidos a convidar Alvaro Dias, o sétimo colocado na preferência do eleitorado. Ele será sabatinado nesta segunda-feira (7).  A versão petista de Alice zangou-se. Despejou sua irritação no Twitter: “Passando pra avisar que Lula não está com seus direitos políticos suspensos. Será candidato”, escreveu Gleisi. “Excluir sua representação de entrevistas só evidencia o caráter antidemocrático desses veículos de comunicação. Lembrem-se que ele está em primeiro nas pesquisas, assim como o PT!” [essa  mulher destrambelhou de vez; 
além do óbvio para todos que Lula não é, nem será, candidato a presidente  da República ou a qualquer outro cargo público (Lula é candidato apenas a receber mais condenações pelos inúmeros crimes que cometeu) existe outro impedimento que obsta os realizadores do ciclo da sabatina  convidar o condenado petista (caso tais pessoas fossem acometidas do mesmo fanatismo que acomete Gleisi e que tira o doente do contato com a realidade, o torna um sem noção, um descompensado o que poderia levá-los a convidar Lula) seria inviável sua participação:
- Lula está preso e só pode sair da cadeia com autorização judicial - assim, ele não poderia participar da sabatina;
- devido se tratar de um presidiário os realizadores do evento não poderiam entrevistar Lula em domicilio - por ter atualmente e pelos próximos anos como domicilio uma prisão Lula não pode receber visitas (exceto as autorizadas pela LEP), não pode usar telefone, etc, etc.]


No Brasil paralelo da fantasia, Lula não recebeu um tríplex de presente da OAS, a força-tarefa de Curitiba lidera uma perseguição política e Sergio Moro é um agente da CIA. Beleza. O problema é que o TRF-4 elevou a sentença de Lula para 12 anos de cana, o STJ negou-lhe um habeas corpus e o Supremo pavimentou o caminho do brejo. Assim, ou Alice Hoffmann explica como deveriam proceder os responsáveis pela sabatina para ouvir o presidiário ou ficará entendido que a presidente do PT pediu asilo político no país da fantasia, abdicando definitivamente da prerrogativa de cruzar a fronteira de volta para a realidade.

Blog do Josias de Souza 

 

terça-feira, 1 de maio de 2018

Centrais fazem ato neste 1º de Maio em Curitiba, onde Lula está preso



Lideranças afirmam que é a primeira vez, desde a redemocratização, que as sete maiores sindicais se unem, desta vez para protestar contra a prisão do ex-presidente, que cumpre pena de 12 anos e 1 mês de reclusão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro [sem a moleza da grana do felizmente extinto Imposto Sindical, sindicatos tentam passar uma imagem de força, mas já certos que as manifestações pró Lula serão um fracasso]

 

Via Benett.

Além do argumento 'não fazer mais sentido' as próprias centrais sindicais, todas pelegas,  tornaram o ato de hoje inútil, visto que mudaram o objetivo para uma inútil solidariedade ao condenado Lula e apelam até para o sorteio de prêmios buscando atrair pessoas para o ato - mesmo com os sindicatos caminhando a passos largos para a falência, haja vista a extinção do famigerado imposto sindical

As seis maiores centrais sindicais do País estarão nesta terça-feira, 1.º, pela primeira vez em 20 anos, juntas no mesmo palanque no dia 1.º de Maio. A liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será uma bandeira unificada, mas as organizações – boa parte delas controladas por partidos da base do governo federal – também escolheram o presidente Michel Temer (MDB) e a reforma trabalhista como alvos.  Os dirigentes das centrais negam o esvaziamento da pauta trabalhista em favor da solidariedade a Lula, condenado na Lava Jato e preso em Curitiba desde o dia 7. “A UGT é solidária ao Lula, mas não temos isso de todo mundo levantando essa bandeira como prioritária. Não há consenso”, disse o presidente da UGT, Ricardo Pattah, que é filiado ao PSD – presidido pelo ministro de Ciências e Tecnologia, Gilberto Kassab.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, admitiu a intenção do ato e tratou a defesa do ex-presidente como prioridade. “A estrela do 1.° de Maio será o povo, que estará lá em defesa da democracia, do ‘Lula Livre’ e candidato a presidente. Os presidenciáveis do campo da esquerda devem aparecer.” [foi esse tal Vagner Freitas que declarou que se Dilma fosse impedida pegariam em armas, ele e seus comparsas,  para defendê-la;
Dilma foi impedida, escarrada e nada fizeram.
O mesmo vai ocorrer com Lula. Façam os sindicatos o que fizerem e Lula vai continuar preso - nem as armações da 'segundona' para libertá-lo vão funcionar, quanto mais latidos de 'sindicatos' que agora estão a beira da falência já que perderam a grana mole, fácil, do imposto sindical.]
Segundo ele, os demais pontos da pauta comum, “além do apoio a Lula”, são “direitos dos trabalhadores e democracia”. Outros dois dirigentes, ouvidos reservadamente pelo Estado, confirmaram que as pautas trabalhistas ficarão de lado hoje em Curitiba – os organizadores esperam 25 mil pessoas para o ato, que contará com os militantes acampados no bairro de Santa Cândida, a 750 metros da sede da PF, onde está Lula.

Governo
 Os ataques ao governo Temer também estão na pauta. Pattah prometeu um discurso duro contra o Planalto, chamado por ele de “mentiroso”, mas desconversou quando lembrado de que seu partido está na base de sustentação do governo, com Kassab. Até recentemente, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, entusiasta da reforma trabalhista, também era do PSD e circulava com desenvoltura nos eventos da UGT. “Política não tem lógica”, disse Pattah.

João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, seguiu a mesma linha: integra um partido da base de Temer, o Solidariedade, mas faz críticas ao presidente quando está em cima do palanque. “A Força não apoiou o Temer. É o Solidariedade que tem relação política com ele”, disse o sindicalista. Além do ato em Curitiba, CUT e Força também realizarão atos nos Estados no formato de sempre, com shows e distribuição de prêmios.

Mesmo que só os políticos de esquerda sejam bem-vindos em Curitiba, nem todos estão confortáveis em subir no palanque. Reservadamente, um dirigente do PDT disse que Ciro Gomes, pré-candidato do partido à Presidência, não vai ao evento em Curitiba porque o ato será um palanque eleitoral para Lula.

Unidade
 Para o cientista político Cláudio Couto, da FGV, “é surpreendente a adesão da Força e de outros grupos que apoiaram o impeachment da Dilma Rousseff” ao ato em Curitiba.

Pesquisador sobre trabalho na USP, o professor Ruy Braga apontou que a reforma trabalhista favorece a unidade. “Juruna, Paulinho (da Força) e Pattah têm sensibilidade política. Não querem aparecer para suas bases como lideranças sectárias ou que não colaboram a fim de defender os trabalhadores.”

De acordo com Braga, o fato de Lula – “maior liderança sindical do País” – estar preso também tem impacto. Já Temer gerou insatisfação no meio. “O governo editou a MP (que atenuou pontos da reforma), e depois deixou ela morrer por inanição”, afirmou Couto.
O economista José Márcio Camargo, da PUC-Rio, defensor da reforma trabalhista, diz que o impacto  político da crise do PT na CUT “é forte” e que a entidade vai precisar de tempo para deixar de ser “puxadinho” do Estado. Para ele, a bandeira da CUT para este 1º de Maio, definida como a defesa da libertação de Lula, em Curitiba, aponta que a entidade prefere “um mote pessoal” e não o da defesa dos trabalhadores. “Ideia deles é defender o Lula, é um viés pelego.”

O economista acredita que o principal impacto do PT no sindicalismo da CUT ocorreu quando o Lula se elegeu presidente, em 2002. “Até ali, a CUT tentava se construir de forma independente do poder público, pela força de seus filiados”, afirma. “Com Lula no poder, a CUT passou a ter comportamento similar ao das outras centrais.” Para Camargo, naquele momento “a CUT perdeu força de mobilização dos trabalhadores”.
 
 

domingo, 28 de janeiro de 2018

Lula condenado - Começa a eleição

Com a saída de Lula do páreo, adversários ajustam o discurso e aliados ensaiam a debandada. Na esquerda, embora publicamente façam jogo de cena, poucos querem associar sua imagem à do petista condenado. A briga, agora, é pelo espólio eleitoral

A sentença do TRF4, que praticamente anulou as chances do ex-presidente Lula de disputar as eleições de outubro, mexeu definitivamente com o tabuleiro das eleições presidenciais. Ao mesmo tempo em que injeta ânimo nos adversários do líder petista, que liderava as pesquisas, obriga todos os pré-candidatos a repensarem a estratégia de campanha que vinham ensaiando até agora. 

A primeira iniciativa de todos, principalmente dos partidos aliados de Lula, é se descolar da imagem do PT e evitar ser contaminado pelo destino inglório do ex-presidente. Com Lula fora do páreo, o cenário mudou. PDT e PCdoB vão trilhar seus próprios caminhos. Será aberta uma vaga no segundo turno e quem tiver fôlego e garrafas para vender chegará lá. [caso haja segundo turno, uma das vagas já está ocupada por Jair Bolsonaro; a grande dúvida é se haverá essa segunda vaga, simplificando, se haverá segundo turno?]Esse é o desafio que se apresenta para Jair Bolsonaro, Marina Silva, Ciro Gomes, Geraldo Alckmin, Manuela D’Ávila e os demais concorrentes à sucessão de Temer.

Há quem aposte, desde já, numa mudança de tom radical de Jair Bolsonaro, recém filiado ao Partido Social Liberal (PSL). O ex-capitão do exército vinha se apresentando como o principal contraponto ao lulopetismo. Após o confirmação do 3 a 0, ele postou um vídeo na internet comemorando o resultado. Para ele, a condenação praticamente elimina Lula do pleito. “O que queremos é o PT fora de combate”, afirmou. 
Jair Bolsonaro terá de calibrar a retórica, se quiser manter desempenho 



quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Proposta de Ciro para que Lula renuncie à candidatura não tem lógica



Proximidades conceituais

Não há nenhuma lógica na sugestão de Ciro Gomes, candidato a candidato à presidência da República pelo PDT de Lula renunciar à sua candidatura e tentar unir o que chama de “ala progressista” em torno de uma alternativa. A não ser a lógica própria de quem pretende ser o beneficiário da desistência do ex-presidente. Como costuma fazer, Ciro antecipou-se aos fatos, revelando uma ambição que é natural, mas fora de hora.

Mesmo que as indicações todas sejam de que o TRF-4 confirmará a condenação de Lula no caso do triplex do Guarujá, não faz sentido antecipar-se aos acontecimentos, especialmente para quem está à frente nas pesquisas e precisa ganhar tempo para lutar por sua candidatura, na tentativa de criar um fato consumado que constranja os tribunais superiores. [Lula age  de forma estúpida, característica que está em seu DNA, quando acredita que vai conseguir constranger os tribunais superiores, esquecendo que a Justiça não pode apoiar um bandido, já condenado em um processo e réu em outros, com receio de constrangimento.]
Vai ser difícil, pois, segundo juristas consultados, nenhum dos recursos possíveis, especial ou extraordinário, a partir de eventual sentença condenatória de Lula, tem efeito suspensivo. Sem essa suspensão automática dos efeitos da sentença, os tribunais superiores vão ter que atribuir esse efeito eles mesmos, o que não será simples.  Para frear a sentença, se ela for unânime, sobra só o embargo de declaração. Vai retardar o trânsito em julgado por, no máximo 30 dias, ou nem isso. Em resumo, não basta recorrer. O ex-presidente vai ter que contar com a simpatia de algum tribunal superior nessa suspensão. A menos que algum ministro, em decisão individual, conceda monocraticamente essa suspensão, para favorecer Lula, para deixar o tempo passar.

Com relação à suposta celeridade do processo, há explicações técnicas. A 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, observando a proximidade do recesso forense e a necessidade de respeito ao prazo hábil mínimo para intimação dos advogados para pauta de julgamentos, fixou a data de 24 de janeiro do ano que vem para realização da primeira sessão ordinária do ano de 2018, com início às 8h30m. Ontem, o TRF-4 divulgou a situação dos processos relacionados à Lava Jato: dos 893 processos que chegaram ao tribunal até hoje, 795 já foram analisados e julgados, o que representa 89,02% do total. Os outros 98 estão em tramitação.

A marcação da data de julgamento não guarda qualquer relação com a conclusão do processo de elaboração dos votos que conduzirão o julgamento. A data apenas delimita que os três Desembargadores Federais que compõem a Turma continuarão estudando o caso até o momento do julgamento.  Durante a sessão, as defesas e o Ministério Público Federal poderão fazer uso da palavra e realizar as respectivas sustentações orais dentro dos prazos regimentais. Somente a partir de tal momento, munidos de todas as informações necessárias, é que os julgadores irão, ou proferir seus respectivos votos, ou pedir nova vista dos autos para aprofundamento da análise do caso na hipótese de sobrevirem eventuais dúvidas.

A tendência do Tribunal Regional Federal da 4ª Região tem sido confirmar, com raras exceções, as sentenças de Moro, e muitas vezes sendo mais duro que o juiz de Primeira Instância. A proximidade conceitual entre Moro e os juízes da Segunda Instância é demonstrada não apenas nas decisões tomadas, mas em declarações. O desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, presidente do TRF-4, já disse em entrevista que a sentença em que o juiz Sérgio Moro condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a nove anos e seis meses de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, “é tecnicamente irrepreensível, fez exame minucioso e irretocável da prova dos autos e vai entrar para a história do Brasil” (...) “não tem erudição e faz um exame irrepreensível da prova dos autos”.

O desembargador federal João Pedro Gebran Neto, relator do processo contra Lula, disse recentemente em palestra na “Conferencia Latinoamericana de Periodismo de Investigación” (Colpin), em Buenos Aires, na Argentina, que “acabou a ingenuidade” nos julgamentos de casos de corrupção, nos quais não se deve esperar mais uma “prova insofismável” para eventualmente condenar um acusado, sendo bastante uma “prova acima de dúvida razoável”, desde que seja possível identificar uma “convergência” nos elementos probatórios de determinado processo. Um conjunto de indícios e provas bastaria em alguns casos para condenar.  

Merval Pereira - O Globo