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quarta-feira, 20 de setembro de 2017

S. Excia, a grana

Michel Temer, Eduardo Cunha e Henrique Alves foram identificados como beneficiários de propinas de US$ 8,2 milhões (R$ 26,2 milhões) pagas pela Odebrecht fora do Brasil

Sua Excelência, o fato: o presidente da República, Michel Temer, e os ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves foram identificados como beneficiários de pagamentos de US$ 8,2 milhões (ou R$ 26,2 milhões) realizados pelo grupo Odebrecht fora do Brasil. Os ex-deputados Cunha e Alves estão presos. 

O dinheiro para os “pagamentos a Eduardo Cunha, Michel Temer e Henrique Eduardo Alves”, como definem o Ministério Público e a Polícia Federal, saiu das contas (nº 244006, 244001, 244035, 244003) no Meinl Bank Antigua, no Caribe, mantidas pelas empresas Klienfeld, Trident, Innovation e Magna. 

Esse quarteto empresarial foi criado pela empreiteira no Panamá. O Meinl Bank Antigua era administrado pelos executivos do departamento de propinas da Odebrecht. Eles compraram o controle em 2010 por US$ 3,9 milhões (R$ 12,4 milhões). Estima-se que nesse banco a empreiteira tenha movimentado US$ 1,6 bilhão (R$ 5,1 bilhões) até 2015, quando foi preso o presidente do grupo, Marcelo Odebrecht. 

Cópias de alguns dos extratos bancários estão anexados na denúncia contra o “PMDB da Câmara”, por associação criminosa, apresentada pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal na semana passada.  Foram obtidos a partir de informações disponíveis no sistema eletrônico usado pela Odebrecht no controle de propinas. Extraíram-se um milhão de arquivos de computadores em Estocolmo, na Suécia — comprovantes, planilhas e e-mails, entre outros registros. 

O pagamento de US$ 8,2 milhões a Temer, Cunha e Alves foi realizado no período de 1º de junho a 25 de novembro de 2011. Do Meinl Bank, o dinheiro seguiu em nove remessas para contas bancárias da GVTEL Corp., no número 22 da Rua Río Umia, na espanhola Pontevedra. Zona portuária no sul da Galícia, Pontevedra foi onde Cristóvão Colombo contratou a nau capitânia Santa Maria, a “Galega”, que o trouxe à América num outubro de 525 anos atrás (a embarcação naufragou no Haiti). 

A GVTEL possuía uma subsidiária, Vivosant, no outro lado da cidade, no prédio 15 da Rua Manuel Quiroga. Nos arquivos de Pontevedra, a matriz prestava serviços de telecomunicações e a controlada atuava no tratamento de lixo. Na vida real, eram empresas de papel.   O pagamento a Temer, Cunha e Alves foi transferido para a conta de uma outra empresa laranja da Odebrecht, a Grand Flourish, mantida no banco Pictet & Cie, em Cingapura, no Oceano Índico, a sete mil quilômetros de distância da costa galega. 

O Supremo foi informado de que o volume de propinas é bem maior: a Odebrecht pagou pelo menos US$ 20,8 milhões (R$ 66,5 milhões) a políticos do “PMDB da Câmara dos Deputados”, no período de 2010 a 2012, pelas mesmas empresas-laranjas do Panamá que usou “para pagamentos a Eduardo Cunha, Michel Temer e Henrique Eduardo Alves”.
A lavagem incluiu a GVTEL e a Grand Flourish, em transações por Antígua, Cidade do Panamá, Nova York, Madri, Berna e Cingapura. Começou com 18 etapas — quatro remessas para a Grand Flourish e 14 para a GVTEL. 

Houve um tempo em que na política brasileira predominava Sua Excelência, o fato. Na denúncia ao Supremo, os fatos sugerem que o PMDB de Temer, Cunha e Alves concedeu primazia a Sua Excelência, a grana.

Fonte: José Casado - O Globo

sexta-feira, 21 de abril de 2017

O direito de atirar: quando policiais em ação podem abrir fogo

Balear criminosos rendidos, mas não necessariamente desativados, e comemorar sua morte não são provas, em si, de que houve crime ou abuso

A morte do policial desarmado: terrorista imobilizado depois de esfaquear vítima que fazia segurança, só com boa vontade, na entrada do Parlamento britânico (Stefan Rousseau/PA Images/Getty Images)
 
O caso da morte a bala de dois homens armados e “deitados” em Acari ainda terá muitos desdobramentos na Justiça. Vamos comentar episódios de tipo similar em outros países, começando com três pontos referentes à mortes no Rio de Janeiro:

1.Os tiros disparados por dois policiais militares não parecem ter sido à queima-roupa. Profissionais da informação podem ter chiliques à simples menção de uma arma de fogo, mas precisam fazer jus à descrição de suas habilidades.
Tiros à queima roupa são disparados a uma distância de 40 a 50 centímetros. No caso é importante usar a expressão no sentido estrito. Palavras, como tiros e ideias, têm consequências. Peritos em medicina legal determinarão esse e outros aspectos técnicos.

2-Comemorar a morte de sujeitos que pouco antes estavam tentando matá-los faz parte da rotina de policiais ou militares que atuam em campo.
Aliás, muitas pessoas que vão ser policiais ou militares gostam de “quebrar coisas e matar gente”, como dizem os marines americanos, e procuram uma profissão onde possam fazer isso legalmente. Se não o fizerem legalmente, estão lascados nos países onde vigora o estado de direito.

O general John Mattis, hoje um controlado, calado e muito ativo secretário da Defesa, ganhou o apelido de Cachorro Louco quando comandava os fuzileiros navais por declarações assim: “A primeira vez que você detona alguém não é um evento de pouca importância. Tendo disso isso, tem alguns desgraçados nesse mundo que simplesmente precisam levar bala. Existem caçadores e existem vítimas. Cada um aqui, através da própria disciplina, determina se e caçador ou se é vítima.”
Não usou exatamente a palavra “desgraçados”.

3-Vídeos que capturam o momento de uma cena de grande impacto causam exatamente isso: grande impacto. Mas não contam a história toda. Isso compete aos responsáveis pelos processos judiciais devidos. A imprensa pode e deve participar disso tudo, de preferência tendo alguma noção, ainda que vaga, dos principais elementos envolvidos.
Um dos vídeos mais impressionantes da complicada história envolvendo negros mortos por policiais nos Estados Unidos mostra os momentos que precedem a morte de Tamir Rice num parque de Cleveland, em novembro de 2014.

O policial que atirou nele não sabia os seguintes fatos: Tamir tinha 12 anos e a arma que ele usava em movimentos agressivos era uma réplica; portanto, não poderia causar mais uma das trágicas matanças em escolas e lugares públicos dos Estados Unidos.
Um júri formado por cidadãos comuns, geralmente escolhidos antes dos casos que vão analisar, concluiu que não havia motivos para enquadrar os dois policiais, o que atirou e o que conduzia o carro-patrulha, na categoria homicídio doloso por motivo fútil. Portanto, não foram levados a julgamento na esfera criminal.

Esses júris populares funcionam de uma maneira específica nos Estados Unidos. São 31 pessoas que ouvem os promotores, uma ou duas testemunhas (geralmente, o policial que fez o boletim de ocorrência e a vítima, se estiver viva) e os peritos responsáveis pelos aspectos técnicos.
Com base nisso, decidem se existem indícios suficientes, ou “causa provável”,  que justifiquem o indiciamento dos acusados. Se concluem que sim, começam os caros e demorados processos, evidentemente com todas as garantias devidas.
O indiciamento de policiais americanos tem um índice relativamente baixo por causa de uma antiga decisão da Suprema Corte justificando o uso letal da força quando um agente tem um medo razoável de sofrer danos físicos.

A ideia de que “júris brancos protegem policiais e demonstram preconceito contra negros” não é sustentada devido a dois elementos: como já dito, os jurados são escolhidos antecipadamente; em vários casos recentes ocorridos durante o governo Obama, o Departamento da Justiça, sob o comando do secretário Eric Holder, deslocou centenas de agentes do FBI para investigar se as mortes poderiam ser consideradas “crimes de ódio” e, portanto, julgadas pela justiça federal. Não ocorreu isso em nenhum caso.

4-É evidente que o tipo de sociedade onde acontecem episódios assim influencia a ação dos policiais. Parece quase impossível imaginar, por exemplo, que um policial americano – ou um brasileiro – fosse morto a facadas antes de que ele e seus colegas reagissem como aconteceu em Londres com Keith Palmer.

O assassino terrorista, Khalid Masood, nome que escolheu depois de abandonar a identidade      original, Adrian Russell Elms, e passar a praticar o islamismo radical, já havia atropelado dezenas de pessoas na ponte de Westminster e batido o carro na grade de uma das entradas do Parlamento britânico. Saiu correndo a pé, entrou no pátio e esfaqueou Palmer pelas costas, acertando na nuca e na cabeça. Não foi exatamente um ataque surpresa.

Palmer era um policial típico, desarmado, colocado na entrada de um dos prédios mais visados do universo terrorista. Masood foi morto por um agente do Serviço de Proteção a Autoridades que acompanhava o ministro da Defesa, Michael Fallon. O segurança passava por acaso no lugar do ataque.  Em questão de poucos minutos, policiais armados e espantosamente rápidos assumiram o controle. Também “brotaram” agentes à paisana que estão presentes, hoje, em todos os países europeus. Isso foi visto em atentados recentes em Paris, Bruxelas, Berlim, Estocolmo, Londres e Paris de novo.

Em todos os casos, os terroristas costumam ser neutralizados, como se diz na linguagem policial, de maneira rápida, eficaz e sem vítimas colaterais, um sinal do ótimo treinamento que os agentes recebem. O sistema reinante em Paris não é, obviamente, o mesmo de Acari.  O episódio mais grave de intervenção desastrosamente demorada, com trágico aumento de vítimas, aconteceu no ataque terrorista ao Bataclan, a casa de shows onde houve o maior número de mortos, 89. O motivo foi gravíssima falha no comando da operação.

Os responsáveis, estivessem ou não na cadeia de comando naquele dia trágico de novembro de 2015, deveriam ter sido demitidos. O governo de François Hollande, que tem reagido de maneira digna aos ataques quase mensais dos últimos anos, não é exatamente conhecido pelo destemor em enfrentar problemas graves. Mas o policiamento pesado, incluindo o uso de 8 000 militares, tem impedido ataques graves em Paris.

5-Cressida Dick, a nova chefe da Scotland Yard, é contra o método chamado de Policiamento Total, no qual a polícia mostra ostensivamente os músculos e a presença. Outra: “Espero realmente não viver para ver um grande aumento de policiais armados, embora estejamos em meio a um pico devido à ameaça terrorista.”

Vegetariana e oxfordiana que vive com outra policial do alto escalão, Cressida Dick, de 56 anos e sobrenome irreproduzível pelos jornais ingleses, foi protegida pela imprensa de esquerda porque foi nomeada para o cargo pelo prefeito Sadiq Khan, do Partido Trabalhista, uma espécie melhorada de Fernando Haddad.

O “pecado” de Cressida foi um caso trágico de equivoco no uso da força letal. Os brasileiros conhecem o episódio pois a vitima foi o eletricista mineiro Jean Charles de Menezes, morto numa estação de metrô por policiais à paisana em 22 de julho de 2005.
A equipe anti-terrorista era comandada por Cressida Dick. Jean Charles foi confundido com um terrorista prestes a agir. Apenas duas semanas antes no qual quatro terroristas-suicidas  haviam matado 52 pessoas com bombas no metrô e em um ônibus.

A chefe da Scotland Yard disse recentemente que “a morte de Jean Charles foi uma coisa terrível, terrível”. A justiça decidiu, com razão, que os envolvidos não agiram de má fé. Ou seja, tinham a convicção – equivocada, mas não perversa – de que estava a ponto de deixar uma mochila com explosivos num trem do metrô. Nada pode recuperar a perda de sua vida, mas a decisão parece justa. Não aconteceu nada parecido desde então. O mais importante do caso de Acari é o que fazer para que não aconteçam mais mortes como a de Maria Eduarda, a linda adolescente mortalmente baleada no tiroteio.

Fonte: Revista VEJA


 

 

quarta-feira, 22 de março de 2017

As 10 cidades mais seguras do mundo segundo a Economist

Conheça as 10 cidades mais seguras do mundo segundo a Economist

Estudo da Unidade de Inteligência analisou 40 indicadores, entre segurança pessoal, cibernética, de infraestrutura e de saúde

Um estudo da Unidade de Inteligência da Economist, tradicional revista britânica de informação, listou quais as 10 cidades mais seguras do mundo para se viver. Foram analisados 40 indicadores, entre segurança digital, segurança da saúde, segurança da infraestrutura e segurança pessoal. Dessa análise, foi criada uma pontuação máxima de 100. Nenhuma das cidades conseguiu marcar o total.

As três mais bem colocadas são asiáticas, com a capital japonesa Tóquio no topo do pódio. Em seguida, aparecem cidades europeias e australianas, com uma única americana na lista das dez mais: Nova York. Confira abaixo:
  1. Tóquio
    Pontuação: 85,63
    A cidade mais populosa do mundo é também a mais segura no índice. Com uma população de 38 milhões, Tóquio conseguiu se sair bem em todos os indicadores.
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  2. Cingapura Pontuação: 84,61
    A cidade lidera nos quesitos segurança pessoal e ambiente de negócios.
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  3. Osaka Pontuação: 82,36
    Outra japonesa que se saiu bem na avaliação global, especialmente na segurança pessoal, a cidade perdeu posições no ranking por falhar em segurança cibernética.
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  4. Estocolmo Pontuação: 80,02
    A capital sueca é a mais bem colocada europeia e destaque em segurança cibernética.
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  5. Amsterdã Pontuação: 79,19
    Com apenas 800.000 moradores, a capital da Holanda também se destaca entre as europeias.
  1. Sidney Pontuação: 78,91
    Segurança em infraestrutura é o ponto alto da cidade australiana, que conquistou ainda o terceiro lugar em transporte seguro
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  2. Zurique Pontuação: 78,84
    A cidade suíça, outra pequenina, de 380.000 habitantes, conquistou o primeiro lugar em infraestrutura e segurança sanitária
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  3. Toronto Pontuação: 78,81
    A mais posicionada entre as canadenses, oferece segurança e também bons parâmetros de custo de vida e ambiente de negócios
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  4. Melbourne Pontuação: 78,67
    Outra australiana a figurar entre as dez melhores, registra pouquíssimos acidentes rodoviários e ferroviários
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  5. Nova York
    Pontuação: 78,06
    Americana mais bem posicionada, ela vai bem especialmente em  segurança da saúde, o que significa que estar bem preparado para qualquer surto de doenças

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Fonte: Cidade Sem Fronteiras - VEJA - Acompanhe o blog no Facebook (fb.com/cidadessemfronteiras),

 

 


quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Renan vence batalha no Supremo e continua no comando do Senado

Maioria dos ministros vota contra liminar de Marco Aurélio Mello pelo afastamento, mas senador não poderá ocupar presidência da República 

Senador, no entanto, não poderá assumir a Presidência da República em caso de vacância do cargo

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou, nesta quarta-feira, a permanência do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência do Senado. Antes mesmo de a votação terminar, a maioria do plenário já se manifestou contra o afastamento, que havia sido determinado, em liminar, pelo ministro Marco Aurélio Mello.
 
Após o Senado ignorar a ordem judicial e entrar com dois recursos contra a decisão, Marco Aurélio liberou a ação para análise dos colegas, que, por seis votos a três, foi enterrada.  Os ministros encontraram um meio termo para preservar o cargo de Renan, que poderá continuar na presidência do Senado, mas fica impedido de assumir a cadeira de presidente da República em caso de vacância do cargo. Votaram pela derrubada da liminar os ministros Celso de Mello, Teori Zavascki, Dias Toffoli, Luiz Fux, Ricardo Lewandowski e a presidente do STF, Carmen Lúcia.  - Não há nenhuma indicação de que o presidente do Senado tenha de substituir o presidente da República num futuro próximo - disse Lewandowski, afirmando que a urgência que embasa uma decisão liminar não está clara no caso avaliado.

Segundo Celso de Mello, cujo voto foi acompanhado pela maioria do plenário, o senador não poderá ocupar a Presidência em caso de vacância temporária, por ser réu em ação no STF. Seu voto abriu a divergência no STF e atendeu apenas parcialmente a posição de Marco Aurélio.  Celso de Mello pediu para antecipar seu voto. Geralmente é um dos últimos a se pronunciar. Antes de emitir sua opinião, fez elogios a Marco Aurélio, com "irrepreensível atuação" em 26 anos de carreira. Mas o contrariou.  - Os substitutos eventuais do presidente da República ficarão unicamente impossibilitado (se réus no STF) de exercer o ofício da Presidência da República, embora conservando a titularidade e a missão funcional de suas respectivas casas.

O voto do decano foi seguido pelos ministros Teori Zavascki, Luiz Fux, Ricardo Lewandovski e Dias Toffoli, que falou rapidamente e não justificou o voto porque precisou se retirar da sessão para participar de uma audiência de conciliação sobre a situação financeira do Rio de Janeiro.


Para Teori, a liminar concedida por Marco Aurélio deve ser acolhida apenas em parte. Teori, reconhecido por ser um ministro atento às regras processuais, defendeu que o Supremo finalize a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF). E afirmou desconforto com as brigas entre Marco Aurélio e Gilmar, mas disse não estar se referindo a ninguém em especial, ao declarar:  - Queria manifestar profundo desconforto pessoal com fenômeno que tem se generalizado. Juízes em desacordo com Lei Orgânica da Magistratura tecem comentários públicos sobre outros juízes.

Já Fux argumentou que não há previsão constitucional para afastamento do cargo imediatamente após o recebimento da denúncia. E lembrou o caso do mensalão, quando houve condenação, mas não cassação automática.  — O perigo de dano e resultado do processo não se faz presente, porque o STF, por 6 votos a 0, já afastou a possibilidade de o Presidente do Senado assumir a Presidência da República. Não há previsão constitucional de se afastar do cargo imediatamente após o recebimento da denúncia. Nós não estamos agindo com temor ou receio. Estamos agindo com a responsabilidade política que nos impõe — disse Fux.

MARCO AURÉLIO: 'DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS'
Marco Aurélio afirmou que o Senado adotou postura “grotesca” ao ignorar decisão do Supremo e pressionou os colegas, dizendo que qualquer decisão contrária ao afastamento de Renan da presidência é reescrever casuisticamente a Constituição Federal, fazendo-o em benefício de certo réu”.

O ministro Edson Fachin também votou pela saída de Renan da Presidência do Senado. — O chefe do poder Executivo que se torne réu fica suspenso das funções da Presidência da República. O presidente do Senado que seja réu não pode substituir o presidente da República. Assim, o presidente do Senado não pode ser presidente do Senado e não deter a prerrogativa de substituir o presidente da República. Referendo o afastamento tal como concedido pela liminar — disse Fachin, em um rápido voto.


A ministra Rosa Weber, pouco antes de anunciar seu voto, se confundiu e chegou a pedir desculpas a Marco Aurélio, mas confirmou sua posição favorável a seu parecer. - A assunção na linha sucessória, ou de substituição, exige de seu ocupante que esteja apto para exercer a qualquer tempo o cargo. E com todas atribuições e responsabilidade a ele inerentes. Quem não reúne condições tão pouco pode assumir ou permanecer em qualquer cargo da respectiva linha de sucessão - disse Rosa Weber.

Dos 11 ministros da Corte, dois não participam do julgamento nesta quarta-feira. O ministro Gilmar Mendes, que chegou a defender o impeachment de Marco Aurélio, viajou ontem para Estocolmo, na Suécia, onde participa de um evento de magistrados. E o ministro Luís Roberto Barroso se declarou impedido, porque a ação do partido Rede Sustentabilidade pelo afastamento de réus na linha sucessória da Presidência foi proposta pelo seu antigo escritório.

Fonte: O Globo


segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Suécia: ataques sexuais fazem do verão um inferno



Cenas de um festival de música em Malmö no verão de 2015...
Esquerda: quatro jovens cercam e atacam sexualmente uma jovem. Direita: policiais prendem um suspeito enquanto vítimas de abuso sexual choram se lamentando em segundo plano. O fotógrafo relatou que meninas suecas foram atacadas sexualmente por grupos de jovens de "background estrangeiro".

Na esteira dos ataques na Passagem do Ano Novo em Colônia na Alemanha, um furo de reportagem na Suécia denunciou a ocorrência de um enorme número de ataques sexuais contra mulheres e meninas no festival de música "Nós Somos Sthlm" (abreviação de Estocolmo) em 2014 e 2015, mas que tinha sido acobertado tanto pela polícia quanto pela mídia. O Comissário de Polícia Nacional Dan Eliasson imediatamente lançou uma investigação para constatar a extensão do problema.

Os resultados da investigação foram apresentados em maio no relatório intitulado "a situação atual em relação aos ataques sexuais e propostas de ação" -- as conclusões são assustadoras. Quase todos os perpetradores que atacaram em grupos e que foram presos são cidadãos do Afeganistão, Eritreia ou Somália -- três dos quatro maiores grupos de imigrantes na Suécia se encaixam na categoria de "refugiados menores de idade desacompanhados".

O Departamento de Operações Nacionais da Polícia (NOA) iniciou o relatório passando por todos os ataques sexuais ocorridos em festivais de música, carnavais de rua e comemorações da Passagem do Ano Novo que foram relatados à polícia:  "As queixas registradas em 2015 e 2016 mostraram que meninas com idades entre 14 e 15 anos eram as mais vulneráveis. Os ataques têm sido compreendidos de diversas maneiras, dependendo do modus operandi (do agressor), mas informações oferecidas nas denúncias mostram claramente que muitas das meninas atacadas estão, obviamente, inconsoláveis e em estado precário. Especialmente chocante e assustador foram os ataques perpetrados por grupos em que a vítima não foi apenas imobilizada e acariciada impositivamente, mas também onde os atacantes procuravam arrancar suas vestes."

"A maioria dos ataques foi realizado isoladamente por um único indivíduo. Na maioria dos casos o ataque ocorreu em meio a grandes aglomerações, por trás o perpetrador colocava as mãos sob as calças da vítima ou enfiava as mãos dentro da blusa/malha de moletom, procurando beijá-la e imobilizá-la. Devido à tentativa de se desvencilhar ou porque o ataque ocorreu por trás, muitas vezes têm sido difícil conseguir uma descrição física confiável o suficiente do suspeito para uma posterior identificação. Muitas vezes as vítimas estavam em pé na plateia em frente a um palco, tentando se aproximar de amigos no meio de uma multidão ou simplesmente jogando conversa fora com um ou mais amigos, quando elas foram atacadas."

Pelo menos dez casos fazem parte do assim chamado taharrush gamea ("assédio coletivo em árabe") -- em que homens em grupos escolhem uma vítima e a atacam em conjunto. O relatório cita Senni Jyrkiäinen, um estudioso da Universidade de Helsinki, que estuda as relações de gênero no Egito: "taharrush significa assédio em árabe. Se você adicionar 'el-ginsy' (ou apenas ginsy) significa assédio sexual e a palavra 'gamea' significa 'grupo'."

O relatório da polícia descreve o fenômeno da seguinte maneira:  "Em dez casos pelo menos, uma menina solitária, não raramente entre 14 e 16 anos, às vezes também entre 25 e 30, era cercada por vários homens (5 a 6 no mínimo, por vezes um número bem maior). 

Ler matéria na íntegra  >>>>>


domingo, 24 de abril de 2016

A descida do Olimpo

O fato de Eduardo Paes ter apresentado a ciclovia como parte do chamado ‘legado olímpico’ é parte do problema

Coube ao leitor Rogério Ribeiro de Oliveira apontar a atroz incongruência que salta aos olhos em todas as fotos da tragédia ocorrida na quinta feira na Ciclovia Tim Maia. Em primeiro plano, o fatal rasgo de 50 metros na obra de apenas três meses, erguida com recursos tecnológicos de ponta e saber da engenharia do século 21. Ruiu

Nas fotos logo atrás dela, no mesmo trecho rochoso da encosta, sólido e indiferente ao mar em ressaca, o clássico viaduto construído quase 100 anos antes para a visita do rei Alberto I da Bélgica ao Rio de Janeiro em 1920. Das duas uma: ou o Brasil regrediu ou está apressado demais em chegar no futuro sem passar pelo presente. Ou ainda as duas coisas, em dosagens variadas.

Inicia-se agora o processo de apuração das responsabilidades pelo desmoronamento. Espera-se que, uma vez definidas, elas venham a ser punidas com o empenho que faltou à Justiça no caso do incêndio na boate Kiss, de Santa Maria. O fato de o prefeito Eduardo Paes ter apresentado a ciclovia de R$ 44,7 milhões como parte do chamado “legado olímpico” é parte do problema. Invenção multiuso do Comitê Olímpico Internacional (COI), o termo é deliberadamente impreciso, convenientemente abstrato e frequentemente enganoso. Ainda assim ele é um achado com impacto comunicativo forte. Está presente nas brochuras de todas as candidaturas a cidades-sede dos Jogos, na literatura dos mais de 200 comitês nacionais espalhados pelo mundo e na entidade central com sede em Lausanne. 

O COI faria um enorme favor aos munícipes de toda cidade olímpica se impusesse uma espécie de moratória ao termo. Sugestão: para poder ser chamado de legado olímpico, uma obra, parque ou o que fosse precisaria ter sido usado e aprovado pelos moradores durante um ou dois anos depois de encerrados os Jogos na cidade. Elefantes brancos ou arroubos que nada têm a ver com prioridades locais seriam desestimulados.
No fundo seria apenas uma extensão alvissareira do zelo canino que o COI e comitês nacionais já exercem sobre o uso privativo dos termos olímpico, olimpíada, jogos olímpicos e variações. Ainda no mês passado, um inofensivo conjunto de instrumentistas clássicos da França — o Concerto da Loggia Olímpica — cujo nome data de uma formação do fim do século 18, teve de mudar de identidade artística por ordem judicial. 

Ou seja, quando quer, o olimpismo cuida de sua imagem. Uma cautela maior antes de dar a chancela de legado olímpico a programas ambiciosos como a urbanização das mais de 700 favelas cariocas em dez anos, por exemplo, também feita pelo prefeito do Rio, teria sido prudente. Ultimamente uma questão maior tem envolvido a organização de toda Olimpíada, por ela ser esse evento pantagruélico para o qual é impossível haver um plano B, porém, é outra. Apenas dois tipos de candidaturas têm se revelado confiáveis para entregar no prazo e nos moldes combinados os Jogos memoráveis que prometeram seis anos antes ao serem escolhidas: ou cidades de países autoritários, onde o poder central não precisa prestar contas à população, ou cidades de países desenvolvidos que já contam com boa parte da infraestrutura e instalações necessárias.

E a cada nova edição essa tendência torna-se mais evidente. Tome-se o exemplo das candidaturas para os Jogos de 2024: consultados, os moradores de Boston, Oslo, Cracóvia e Estocolmo disseram “não”, apesar das promessas de que reinaria frugalidade nos gastos. [no Brasil apenas a palavra de um Apedeuta incompetente, estúpido, megalomaníaco, chefe de organização criminosa -  o estrupício do Lula -  foi suficiente para decidir que o Rio e o Brasil teria que ser submetido ao vexame de sediar as Olimpíadas de 2016.] Em contrapartida, Pequim derrotou Almaty, do Cazaquistão, para os Jogos de inverno em 2022, tornando-se assim a primeira cidade do mundo a abrigar uma Olimpíada de Verão (em 2008) e uma de Inverno. Para isso, entre outros malabarismos que envolvem grandes recursos, terá de sugar um lago do entorno da capital e transformá-lo numa montanha de neve. A meta final do regime é sediar uma Copa do Mundo. 

Trinta anos atrás, William E. Simon, ex-secretário do Tesouro e presidente do Comitê Olímpico dos Estados Unidos à época dos Jogos de 1984 em Los Angeles, formulou uma ideia que à época pareceu insana. Hoje, à luz das dificuldades de um mundo em solavancos, ela soa como uma receita de bom senso. Reduziria boa parte das oportunidades para malfeitos, eliminaria os custosos processos de candidatura, garantiria ciclos regulares de bonança regional. 

A fórmula? Definir cinco sedes permanentes e rotativas para os Jogos uma em cada continente, o que preservaria a geopolítica representada pelos cinco anéis olímpicos. No entender de Walker os lucros comerciais, turísticos e esportivos de cada sede acabariam se esparramando para cidades e países vizinhos, devido à previsibilidade do evento. Faltaria combinar com os mais de 200 países membros do COI, é claro. Ou seja, não é coisa para este milênio.

Portanto, para este ano nos resta torcer. E dar a chance ao esporte, aos atletas, ao Rio, aos cariocas e ao Brasil de ser feliz por 17 dias.


Fonte: O Globo - Dorrit Harazim,  é jornalista

sábado, 12 de março de 2016

Horário e local, atualizado, das manifestações pró-impeachment de Dilma Rousseff - no Brasil e no Exterior

Confira a hora e o local das manifestações de 13 de março no Brasil e no exterior

ACRE
Rio Branco – 15h – Em frente do Palácio Rio Branco
ALAGOAS
Maceió – 9h – Praça Corredor Vera Arruda (Praia de Jatiúca)
AMAZONAS
Manacapuru ─ 15h ─ Avenida Boulevard Pedro Ratis
Manaus – 16h – Ponta Negra
Tonantins ─ 9h30 ─ Praça de Alimentação Onofre Rodrigues Nascimento
AMAPÁ
Macapá – 10h – Parque do Forte
BAHIA
Candeias ─8h ─ Rua Guanabara
Feira de Santana – 15h – Avenida Getúlio Vargas
Ilhéus – 10h – Prala Cairu
Itabuna – 15h – Jardim do Ó
Jacobina ─ 9h ─ Alto da Missão
Juazeiro - 9h – Praça do São Tiago Maior na Orla
Salvador – 10h – Farol da Barra
Sobradinho ─ Caravana para Juazeiro
Uruçuca ─ 9h ─ Rua Gildo Oliveira de Carvalho
Vitória da Conquista – 9h – Praça da Escola Normal


CEARÁ
Fortaleza - 15h – Aterro da Praia Iracema
Juazeiro do Norte ─ 15h30 ─ Praça Padre Cícero
Sobral – 16h – Avenida Doutor Guarani
Tabuleiro do Norte ─ 16h ─ Centro
DISTRITO FEDERAL
Brasília – 10h – Museu Nacional da República
ESPÍRITO SANTO
Cachoeiro do Itapemirim - 10h – Praça Jerônimo Monteiro
Castelo – 17h – Praça Três Irmãos
Guarapari – 9h – Prainha de Muquiçaba
Santa Teresa ─ 15h ─ Praça Duque de Caxias
Vila Velha ─ 15h ─ Posto Moby Dick
Vitória – 15h – Praça do Papa

GOIÁS
Aparecida de Goiânia – Caravana para Goiânia
Caldas Novas ─ 14h ─ Praça Mestre Orlando
Catalão ─ 14h ─ Parque Calixto Abraão
Ceres ─ 16h ─ Praça Cívica
Goiânia – 14h – Praça Almirante Tamandaré
Ipameri ─ 14h ─ Praça da Liberdade
Mineiros ─ 17h ─ Praça do Bauhaus
Pontalina ─ 14h ─ Lago Rodopiano Neves
Rio Verde ─ 12h ─ Praça da Matriz (Centro)
Senador Canedo ─ Caravana para Goiânia
Trindade ─ Caravana para Goiânia

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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Dilma está completamente fora da realidade e da concordância no português ou dilmês



Não há risco de impeachment nem de ruptura institucional no País, afirma Dilma
As declarações foram feitas em entrevista concedida ao lado do primeiro-ministro da Suécia, Stefan Löfven, minutos após encontro bilateral com o chefe de governo
A presidente Dilma Rousseff descartou na manhã desta segunda-feira, 19, em Estocolmo, na Suécia, que seu governo corra risco de impeachment em razão da crise política. Segundo ela, não haverá "ruptura institucional" no Brasil, nem "crise política mais acentuada".

As declarações foram feitas em entrevista concedida ao lado do primeiro-ministro da Suécia, Stefan Löfven, minutos após encontro bilateral com o chefe de governo. Questionada pela imprensa sueca se as crises econômica e política e a ameaça de impeachment colocavam em risco o contrato de US$ 4,5 bilhões com a Saab para aquisição de 36 aviões de caça Gripen NG, que equiparão a Força Aérea Brasileira (FAB), a presidente descartou a possibilidade: -  "Eu asseguro que o Brasil está em busca de estabilidade política e não acreditamos que haja qualquer processo de ruptura institucional", respondeu. "Nós somos uma democracia e temos tanto um Legislativo, como um Judiciário e um Executivo independentes, mas também que funcionam com autonomia e harmonia. Não acreditamos que haja nenhum risco de crise política mais acentuada."

Dilma ressaltou ainda que países da Europa e os Estados Unidos, que sofreram mais o impacto da crise econômica de 2008, não romperam contratos firmados, e que não há razões para crer que isso poderia acontecer no caso da Saab no Brasil. Como já havia feito minutos antes em discurso a empresários suecos, a presidente reiterou a força da economia do País e o caráter "conjuntural" da turbulência econômica.  "O Brasil tem uma economia estruturalmente sólida. Nós não temos bolhas de crédito, não temos um processo estrutural que leve o Brasil a uma crise profunda, não temos problemas monetários", enumerou. "A crise do Brasil é conjuntural e está sendo enfrentada."

Fonte: Estadão