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segunda-feira, 16 de março de 2020

‘O Jovem Hitler’ vai da formação política à vida sexual do nazista - VEJA - Brasil - Entretenimento




Na juventude, Adolf Hitler viveu situações de atração e repulsa pelo sexo oposto. Transcorria a primavera de 1906 quando o então adolescente da cidade austríaca de Linz anunciou a um amigo que estava apaixonado. A escolhida era uma garota mais velha, alta e loira. O fato de Stefanie Isak ter sobrenome judeu mostra que, aos 17 anos, o futuro condutor das atrocidades nazistas ainda não exibia nem sinal do ódio que ceifaria 6 milhões de vidas no Holocausto. Ao contrário: por quatro anos, Hitler escreveu róseas cartas de amor para sua paixão judia. Nunca, no entanto, chegou a enviá-las nem a se declarar a Stefanie: o encanto platônico se quebrou quando ela se casou com outro. Mais tarde, nos anos conturbados da I Guerra Mundial (1914-1918), o combatente Hitler revelou-se incomodado com a ideia de fazer sexo com mulheres. Na reta final da fragorosa derrota alemã, aos 29 anos, ele usou de um argumento já bem próximo de suas infames teses racistas para rechaçar o convite para uma noite de prazer em companhia de belas francesas. Deitar-se com estrangeiras no front seria, em sua visão distorcida da realidade, trair a “nacionalidade” alemã.

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Enquanto os colegas arrasados pela experiência da guerra buscavam válvulas de escape na bebida e nas farras, Hitler era objeto de chacota por manter-se crente na vitória e inquebrantável na vontade de lutar. “Vocês ainda vão ouvir muito sobre mim”, vociferava. Os trechos de O Jovem Hitler, do jornalista e historiador australiano Paul Ham, demonstram que já era possível vislumbrar o homem que o mundo tristemente viria a conhecer nas histórias frugais sobre a descoberta do amor ou nas suas dificuldades em se iniciar sexualmente.

Poucas figuras históricas tiveram a vida tão esquadrinhada quanto o líder nazista. Além das biografias monumentais de autores como o alemão Joachim Fest e o inglês Ian Kershaw, há um sem-número de livros que abordam desde a saúde do ditador da Alemanha até a suposta influência de drogas sobre seu comportamento cruel.
Quem precisa, enfim, de mais uma biografia de Hitler? 
Paul Ham prova que vale insistir na investigação do personagem. Seu livro ilumina fatos obscuros, como a paixonite de Hitler pela moça judia. Com lances desenterrados de sua atuação na I Guerra, põe ainda em evidência uma fase bastante estudada, mas pouco valorizada: os anos de formação do político Hitler. “Nenhum biógrafo até hoje deu a merecida ênfase a seus tempos como soldado no conflito que ele próprio definia como essencial para forjar quem era”, diz Ham.

+ Compre o box Hitler, de Joachim Fest

O JOVEM HITLER,  
de Paul Ham (tradução de Leonardo Alves; Objetiva; 304 páginas; 64,90 reais e 39,90 reais na
versão digital) ./.

Para traçar um retrato de Hitler quando jovem, o autor navega em águas turvas: é preciso separar os fatos de fake news nos relatos de gente disposta a bajular ou difamar o líder nazista. A disposição feroz do Führer em dourar lances de seu passado e apagar detalhes inconvenientes — o que incluía a eliminação de testemunhas e antigos companheiros — é outro complicador. Remando nesse mar de contradições, Ham consegue extrair uma visão palpável do garoto que adorava a mãe, mas temia e desprezava os modos “cosmopolitas” do pai violento; do adolescente que sonhava em ser pintor, mas sobrevivia da venda de cartões-postais de paisagens junto com um amigo trambiqueiro; e dos obscuros dias de juventude em que Hitler, no fundo do poço, vivia como mendigo nas ruas de Viena.

(........)

Em VEJA - Entretenimento, MATÉRIA COMPLETA



domingo, 19 de janeiro de 2020

A banalidade do ódio - Nas entrelinhas

Ricardo Alvim procurou implantar uma política cultural reacionária, de inspiração — agora está comprovado — nazista”

Hannah Arendt (1906-1975), a filósofa judia de origem alemã que cunhou o conceito de “banalidade do mal” no livro Eichmann em Jerusalém, criou grande polêmica ao afirmar que a massificação da sociedade gerou uma multidão incapaz de fazer julgamentos, aceitando e cumprindo ordens sem questionar. Por essa razão, Adolf Eichmmann, raptado pelos serviços secretos israelitas na Argentina em 1960, e julgado em Jerusalém (caso que a filósofa acompanhou de corpo presente no tribunal, numa reportagem para a revista The New Yorker), não é tratado como um monstro. Ela o considerou apenas um funcionário zeloso que foi incapaz de resistir às ordens que recebeu, embora fosse um dos responsáveis pela execução da chamada “solução final”, o Holocausto.

Arendt escandalizou a comunidade judaica ao citar exemplos de judeus e instituições judaicas que se submeteram aos nazistas ou cumpriram as suas diretivas sem questionar. A autora de As origens do totalitarismo; A condição humana; Sobre a violência; e Homens em tempos sombrios merece ser revisitada nesses momentos nebulosos que a sociedade brasileira atravessa, a propósito da citação de trechos do ideólogo nazista Joseph Goebbels pelo dramaturgo Roberto Alvim, recém-exonerado do cargo de secretário de Cultura do governo Bolsonaro por esse motivo. [o objetivo, a meta, a obsessão da maldita esquerda - incluindo seus sequazes, adeptos e simpatizantes - é que o Governo Bolsonaro não seja um sucesso;

Para tanto, vale tudo. Até mesmo considerar um pronunciamento de alguns minutos, sem grande divulgação, como capaz de causar no Brasil os mesmos efeitos citados pela filósofa, no inicio desta matéria, incluindo a massificação da sociedade;

Goebbels levou muito tempo e centenas de horas para conseguir tal efeito e ao seu lado tinha a recuperação econômica da Alemanha, o orgulho ferido dos alemães ao perderem a 1ª Grande Guerra e outros fatores.

Havia na Alemanha daquela época uma grande desilusão, que com as medidas adotadas pelo  Chanceler do IIIº Reich e Führer da Alemanha, Adolf Hitler, produziram no povo alemão uma tendencia receptiva a novas doutrinas.
Situação que não ocorre no Brasil e nem combina com a índole dos brasileiros.]  

 Discípulo de Olavo de Carvalho, gozava de grande prestígio junto ao chefe do governo, a ponto de o presidente Jair Bolsonaro, numa live, na quinta-feira passada, ter afirmado: “Ao meu lado, aqui, o Roberto Alvim, o nosso secretário de Cultura. Agora temos, sim, um secretário de Cultura de verdade. Que atende o interesse da maioria da população brasileira, população conservadora e cristã”.

O vídeo de inspiração nazista de Alvim foi o auge de uma série de fatos nos quais o ex-secretário procurou implantar uma política cultural reacionária, de inspiração — agora está comprovado — nazista. Num vídeo institucional, o dramaturgo interpretou o papel do ministro da propaganda nazista, tendo a Cruz de Lorena como insígnia no cenário; como trilha sonora, a ópera Lohengrin, de Richard Wagner, compositor favorito de Adolf Hitler. O mais grave foi ter utilizado o conceito de cultura de Goebbels, num trecho de sua fala, na qual imitava o ar sisudo do político nazista: “A arte brasileira da próxima década será heróica e será nacional, será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional, e será igualmente imperativa, posto que é profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo — ou então não será nada”. [cada oportunidade que leio um texto do erudito, experiente e competente jornalista Luiz Carlos Azedo aprendo alguma coisa;
 mas, não consegui,  por mais que 'espremesse' minha mente, encontrar ligação entre a Cruz de Lorena - definição mais correta para a cruz que aparece no cenário do que a de Cruz Ortodoxa - e a Cruz Gamada, ou Cruz Suástica, esta sim, símbolo do Nacional Socialismo.]

Bagrinho
O texto original de Joseph Goebbels, reproduzido numa biografia do historiador alemão Peter Longerich, fica comprovada a citação sem referência ao autor, é claro, porque aí também já seria bandeira demais: “A arte alemã da próxima década será heróica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande pathos (potência emocional) e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada”. Ocorre que, como sabemos, essas coisas não passam despercebidas no mundo da cultura. Goebbels foi o que seria hoje o marqueteiro de Hitler, montou uma máquina de propaganda formidável, responsável pela tal “banalização do mal”. Seu fanatismo era tanto que foi nomeado seu sucessor por Hitler, antes de se suicidar; Goebbels preferiu seguir o exemplo do chefe, mas antes matou a mulher e os seis filhos. [foi um ou outro esquerdista mais estudioso (é possível ser as duas coisas ao mesmo tempo?) que constatou a coincidência;

a grande maioria dos esquerdistas brasileiros estão ocupados na busca de difundir o que chamam 'cultura' e que inclui ofender JESUS CRISTO, a VIRGEM MARIA, a FAMÍLIA, a MORAL e outros valores que buscam destruir.]

Goebbels tinha o cargo de chefe de propaganda do Partido Nazista e foi protagonista da tomada do poder em 1933, ao conseguir convencer a opinião pública de que Hitler era a melhor opção para aquele momento. Como ministro da Informação e Propaganda, atuou para que os meios de comunicação social e as instituições culturais difundissem o ideal nazista, sendo responsável por convencer a sociedade alemã de que os crimes cometidos pelo nazismo, como a “noite dos cristais”, eram justificáveis. Na ocasião, em 1938, foram destruídas sinagogas, casas e lojas de judeus. E era o começo do Holocausto.

Voltando ao tema da banalidade do mal, Alvim nem de longe pode ser comparado a Goebbels. Chefiava o Centro de Artes Cênicas (Ceacen) da Funarte, quando declarou apoio ao então candidato do PSL. Com as devidas ressalvas, seu papel é mais semelhante ao de Adolf Eichmmann, o burocrata que mandava os judeus para os campos de extermínio. Faz parte do grupo de bagrinhos das mais diversas áreas que ocupam cargos importantes no governo por afinidade ideológica ou mero oportunismo, para cumprir ordens, mas descambou do conservadorismo dos costumes para o discurso do ódio. Quando estava na Funarte, Alvim costumava destacar a necessidade de se combater o “marxismo cultural”, uma expressão amplamente utilizada na Alemanha nazista. Viu seu prestígio com Bolsonaro aumentar ao atacar, com ofensas, a atriz Fernanda Montenegro. [um país que tem uma atriz como Fernanda Montenegro, que oculta o próprio nome =  Arlette Pinheiro - como ícone de sua cultura precisa rever o que é cultura.] 

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense



quinta-feira, 27 de junho de 2019

Judiciário não tem mais cerimônia na encampação das prerrogativas conferidas aos legisladores

A fogueira do ativismo judiciário

O Brasil não tem boa classificação nos rankings sobre segurança jurídica. Profusão de leis e normas administrativas redigidas em linguagem equívoca ou deliberadamente contraditória. Sobreposição de instâncias administrativas e judiciárias. Procedimentos de controle e fiscalização caros, que deveriam ser baratos; ou baratos, quando deveriam ser caros. Quebra constante e imotivada de contratos privados. Falta de efetividade das sanções, insignificantes ou draconianas, raramente ponderadas.

É preciso elevar os valores da previsibilidade e da confiança, duas variáveis necessárias para a fruição do progresso contemporâneo. Nos estudos nacionais e internacionais, o grave problema da insegurança jurídica, com custos econômicos e sociais expressivos, tem capítulo de destaque para a insegurança judiciária. O sistema de justiça dá relevante contribuição para o ambiente normativo turvo e labiríntico.

A estrutura de justiça – não apenas o Poder Judiciário – é cara, gigantesca e, o mais danoso, ferozmente intervencionista. Como muitas das instituições do País, diante da falta de controle cívico e social, as do sistema de justiça também têm a possibilidade de funcionar para si, por si e para os seus. Premido pelas influências históricas da cultura geral, o sistema de justiça contribui para o adiamento infinito rumo ao país do futuro, que poderíamos ser, com democracia, livre iniciativa e valor social do trabalho, tudo selado pela lei votada por Parlamento escolhido em eleição módica e disputada por partidos políticos orgânicos.

Mas, para além dos problemas gerais, comuns a todas as instituições, o sistema de justiça está enredado numa crise particular: a da usurpação da democracia representativa, da intervenção desabrida na prerrogativa do povo de fazer escolhas entre várias políticas públicas.   No desejo de contemplar todos, a Constituição de 1988 projetou a mais libertária e rica das nações. É uma espécie de retomada do País dos bacharéis. O governo de 64 conviveu com altas taxas de crescimento econômico. Mas a ordem jurídica tinha muito subproduto de atos institucionais, para o desprestígio dos bacharéis. Os economistas ganharam o protagonismo da liderança.

As crises do petróleo e a hiperinflação permitiram a virada. Depois de marcar os economistas com o epíteto de tecnocratas – não raro quando cobravam racionalidade e responsabilidade com o dinheiro público –, os bacharéis inscreveram na Constituição de 1988 as mais belas promessas.  Pouco depois, a queda do Muro de Berlim veio lembrar que os fatos da realidade cobrariam o seu preço. Só conseguimos alguma recuperação quando economistas notáveis puseram o Plano Real de pé e refundaram a ordem econômica. Isso sob o fogo cerrado de violenta guerrilha judiciária. O ministro da Fazenda Pedro Malan chegou a ser instado a pagar dezenas de bilhões de reais, só pelo fato de implementar o Plano Real. A URV, espinha dorsal do plano, foi julgada depois de 25 anos de sua criação.

Esses incidentes, independentemente do seu desfecho, demonstram que o sistema de justiça disfuncional tem a possibilidade de atacar, pesadamente, a autoridade de outro Poder de Estado, apenas pela execução de política pública afiançada pelo povo, no sistema democrático, e manter sob suspeição, por décadas, a iniciativa. Mas a obstrução judiciária de políticas públicas definidas pela democracia é só parte do problema. O sistema de justiça resolveu legislar abertamente. Não há mais nenhuma cerimônia na encampação das prerrogativas conferidas aos legisladores. Por intermédio das mais variadas modalidades de ações judiciais, certa “hermenêutica dos novos tempos” propõe e executa todo tipo de política pública. Faz “leis judiciárias” para todos os assuntos. Agora, à beira do precipício, vem o convite para o passo fatal: a criação de lei penal, por analogia, pelos juízes.
Centenas de milhares de brasileiros foram vítimas do genocídio das últimas décadas – negros e pardos, jovens e pobres, a maioria. Nem sequer a mais antiga das leis penais, a que sanciona o homicídio, foi aplicada com mínima eficiência. O Código Penal autoriza a pena máxima de 30 anos. Pouco importam o sexo, a raça, a cor da vítima. Portanto, não faltava, nem falta, lei punitiva com alto grau de severidade.
Todavia, estamos na iminência de cometer grave erro civilizatório, para regredir ao que Nelson Hungria chamou de a “mística hitleriana”. Depois de lembrar que o Código Penal comunista permitia ao juiz condenar por analogia “se uma ação qualquer, considerada socialmente perigosa, não se acha especialmente prevista no presente Código, os limites e fundamentos da responsabilidade se deduzem dos artigos deste Código que prevejam delitos de índole mais análoga” –, Hungria registrou que “esta pura e simples substituição do legislador pelo juiz criminal era incomparável com a essência do Estado totalitário, corporificado no Führer”.

Hitler desejava mais, segundo Nelson Hungria: “Preferiu-se uma outra fórmula, que está inscrita no ‘Memorial’ hitlerista sobre o ‘novo direito penal alemão’: permite-se a punição do fato que escapou à previsão do legislador, uma vez que essa punição seja reclamada pelo ‘sentimento’ ou pela ‘consciência’ do povo, depreendidos e filtrados, não pela interpretação pretoriana dos juízes, mas (e aqui é que o leão mostra a garra...) segundo a revelação do Führer”.

A lançar um dos mais simbólicos direitos fundamentais na fogueira da insegurança jurídica alimentada pelo ativismo judiciário, será preciso saber quem vai incorporar a mística hitleriana, para revelar a nós, os juízes, os crimes do novo direito penal da analogia. O vanguardismo messiânico, presente na Revolução Russa e no nazismo, tentou refundar o mundo sem passar pela ordem do direito burguês, liberal. Não deu certo. Nem dará. A barbárie nunca civilizou a barbárie.


Editorial -  O Estado de S. Paulo 

sábado, 18 de agosto de 2018

O enterro secreto de Hitler

Com base nos arquivos secretos da KGB, “A Morte de Hitler” desvenda o mistério sobre o desaparecimento do corpo do ditador alemão

Na conferência de Potsdam em 2 de agosto de 1945, Josef Stálin deu uma notícia aos aliados da Segunda Guerra Mundial: o chanceler alemão Adolf Hitler escapara vivo de Berlim, área conquistada pelos soviéticos quatro meses antes. Stálin foi além: Hitler teria sido levado de submarino à Argentina ou ao Japão. “Tratem de encontrá-lo”, desafiou.

Ninguém capturou nem um fio de cabelo do ditador. Assim começou o mistério que incendiou a imaginação no Pós-Guerra. Inquéritos britânicos e americanos, teorias conspiratórias e romances davam conta de que Hitler viveria incógnito na América do Sul, tramando a nova invasão à Europa.
“Os restos mortais são de Adolf Hitler. E isso acaba com as teorias de que possa ter sobrevivido” Philippe Charlier, legista (Crédito:Divulgação)
Na verdade, Stálin tinha mentido, talvez para despistar os aliados, evitar o culto ao Führer ou por falta de provas científicas. O mistério do paradeiro de Hitler perdurou por mais de 70 anos e começa a ser desvendado agora, com o lançamento mundial do livro “A Morte de Hitler — os Arquivos Secretos da KGB”, do jornalista francês Jean-Christophe Brisard e da intérprete russa Lana Parshina, editado no Brasil pela Companhia das Letras.

Os autores penetraram entre 2016 e 2017 no Arquivo Central do FSB (serviço secreto russo que sucedeu a KGB em 1991) e no RGVA (Arquivo do Estado Militar da Federação Russa), até então vedados a consultas. Depois de negociações tortuosas, obtiveram permissão para ver os dossiês sobre a tomada do bunker onde Hitler e seu círculo íntimo moraram de março a abril de 1945. Lá, encontraram os restos mortais de Hitler e da mulher, Eva Braun: um fragmento do lado esquerdo do crânio com uma perfuração de bala e duas arcadas dentárias.

Ossos e cinzas
A dupla perseguiu outro enigma: o destino do cadáver do Führer. Descobriu que o troféu máximo da Segunda Guerra foi alvo da disputa entre o departamento de contraespionagem e o Ministério da Guerra soviéticos. O primeiro desapareceu com os cadáveres de Hitler, Eva, do general Hans Krebs, do ministro da propaganda Joseph Goebbels, da mulher dele, Magda e dos seis filhos do casal. O segundo resgatou crânios e dentes. Nem uns nem outros queriam admitir que Hitler havia se matado segundo o código militar de bravura, e não como um covarde, por veneno.

Durante anos, a contraespionagem russa promoveu interrogatórios com os homens próximos a Hitler, como o criado Heinz Linge, o ajudante de campo Otto Günsche e o motorista Hans Baur. Eles foram torturados até confessar o que não sabiam. Linge jurou que havia ouvido os tiros no quarto de Hitler. Baur assegurou que o Führer tinha se dado um tiro na boca. Günsche contestava a versão, afirmando que havia sido na têmpora. E mudavam as versões, confundindo os investigadores. Por sua vez, os militares queriam sumir com os cadáveres. Realizaram uma autópsia superficial e enterraram os corpos em Rathenau, perto de Berlim.

Em 1970, o chefe da KGB Iuri Andropov, futuro líder da União Soviética entre 1982 e 1984, ordenou que os ossos fossem exumados e incinerados, reduzidos a cinzas e atirados a um lago. Em meio a despistes e depoimentos duvidosos, os departamentos soviéticos rivais não chegaram nenhuma conclusão — e enterraram o caso literalmente. Mas graças a Brisard e Parishna, a charada foi desvendada. Ao verificar inquéritos confidenciais da KGB e com ajuda do legista francês Philippe Charlier, concluíram que Hitler se suicidou no bunker da Nova Chancelaria de Berlim por volta das 15 horas de 30 de abril de 1945 ao lado de Eva Braun. Tomou um cápsula de cianeto e disparou um tiro na têmpora direita com uma pistola Walther PPK de 7,65 milímetros. A bala saiu do outro lado do crânio.
“A ciência prevaleceu sobre todos os depoimentos, sobre a emoção, sobre as tentativas de manipulação”, afirma Brisard. Mesmo assim, o fantasma de Hitler ainda assombra o mundo, até porque quase ninguém sabia do mistério. Ele foi enfim revelado, com a autorização do presidente russo Vladimir Putin, talvez desejoso de exibir finalmente o troféu que seu antecessor Josef Stálin teve de ocultar.

IstoÉ
 



 

domingo, 22 de abril de 2018

Barbosa está entre o andor e a estrada [se entrar na disputa, perde - na campanha de verdade será apenas um 'traço'.]

Se ex-ministro entrar na disputa disposto a denunciar, o Brasil ganha [com certeza, ser presidido por Barbosa, após Lula e Dilma, o Brasil não aguenta.]



Joaquim Barbosa tem tudo para ser o “novo” na próxima disputa pela Presidência. No Supremo Tribunal Federal foi sua mão de ferro que garantiu o encarceramento dos larápios do mensalão, abrindo a temporada de predominância de setores do Judiciário sobre a corrupção.[ao que se constata os principais larápios do MENSALÃO - PT estão livres; os que estão presos ou são insignificantes, ou burros - caso do publicitário Valério - ou estão enjaulados , ou em vias de ser, por outros crimes.]  Condenando a articulação que depôs Dilma Rousseff, afastou-se do governo de Michel Temer. Nunca foi candidato a cargo eletivo e não tinha base partidária.

Com essa biografia, o doutor admitiu a hipótese de ser candidato e filiou-se ao PSB. Quando fez isso sabia que esse partido é “socialista” no nome, mas poucas são as diferenças entre ele e os demais. Menos de uma semana depois, revelou que vê dificuldades para sua candidatura, quer por causa das articulações estaduais, quer por suas próprias incertezas.  A menos que as contrariedades sejam sinceras e essenciais, negaças de candidatos são coisa comum e esses obstáculos acabam mostrando-se irrelevantes. Essa circunstância faz a diferença entre o candidato que está disposto ir para a estrada e aquele que pretende ser carregado num andor. Na História do Brasil só o general Emílio Médici chegou à Presidência sem se mexer, obrigando o Alto Comando do Exército a carregá-lo nos ombros. [e o general Emílio Médici com o excelente Governo que fez - excelente ao ponto de motivar aplausos ao general onde aparecia, incluindo o próprio Maracanã lotado - mostrou, com sobras, que valeu a pena o esforço do Alto Comando do Exército.]
Num regime democrático não há andores. Tancredo Neves, numa sucessão embaralhada como a de hoje, construiu sua candidatura milimetricamente, encarnando a redemocratização. As macumbas de todos os partidos contra Barbosa são coisas do velho contra o novo. Ou ele dá um passo adiante e diz a que vem, ou fritam-no. Quando ele não opina sobre a reforma da Previdência (seja qual for) porque não é candidato, ofende a plateia. Ele quer ser candidato e tem opinião sobre a Previdência, mas não quis se expor, usando um argumento do velho.

Numa eleição presidencial a biografia vale muito, mas o desempenho durante a campanha acaba sendo essencial. Mário Covas e Ulysses Guimarães eram melhores candidatos que Fernando Collor na eleição de 1989, mas não chegaram ao segundo turno. Asfixiaram-se na poeira de uma campanha em que os eleitores compraram um gato velho como se fosse lebre nova. Tinham tempo de televisão e bases partidárias, mas elas de nada serviram. [situação que se percebe agora, com o extraordinário desempenho do deputado Jair Bolsonaro - a única dúvida sobre o resultado de sua candidatura é se leva já no primeiro turno ou haverá o segundo.] 
Basta ver o que acontece no Congresso, no Planalto e até mesmo no Supremo Tribunal para se perceber que um sistema político viciado tenta blindar-se impedindo que haja algo de novo na urna de outubro. Se Joaquim Barbosa entrar na disputa disposto a denunciar tudo que o incomoda, a começar pelo coronelismo político, o Brasil ganha, pois o que se quer do “novo” são novas atitudes. Se o que ele espera são palafreneiros conduzindo seu cortejo, todo mundo perde, inclusive ele.

ALCKMIN FEZ DA LIMONADA UM LIMÃO
... 

Alckmin teria ajudado o partido, a política e a própria biografia se tivesse dado tamanha demonstração de coragem em novembro passado, quando o “evidente” já era ululante e o coronel Aécio deu uma carteirada no senador Tasso Jereissati, derrubando-o da presidência interina do PSDB.
...
Cinco meses depois, com Aécio levado ao patíbulo do Supremo, seu gesto assemelhou-se ao comportamento que o jornalista americano atribui aos editorialistas da imprensa: “Depois da batalha eles vão ao campo e matam os feridos.”
(...)  

NIKKI HALEY
A caótica Casa Branca do Trumpistão tomou um troco da embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas. Disseram que havia entendido mal uma conversa com Trump e ela devolveu: “Com todo respeito, não fiz confusão alguma”. Ficou sem tréplica.

Aos 46 anos, filha de professores indianos, Nikki Haley governou a Carolina do Sul, é dura como pedra e, segundo um colaborador de Trump, “tem a ambição de Lúcifer”.
Republicana, vinda do meio empresarial onde cresceu às próprias custas, Haley pode ser o coringa do seu partido caso Trump naufrague.

LULA E HOPKINS
As repórteres Daniela Lima e Marina Dias revelaram que em 2012, quando penava a quimioterapia de um câncer na laringe, Lula teve na cabeceira o livro Roosevelt e Hopkins - Uma história da Segunda Guerra Mundial”. Trata-se de uma grande livro que narra a amizade e a confiança mútua de duas grandes figuras.

Tudo o que faltou a Lula no Planalto foi um Harry Hopkins. Ele era um assistente social de origem humilde. Juntou-se ao aristocrático Franklin Roosevelt e foi a alma dos programas sociais que tiraram a economia americana da Depressão. Entre a hora em que Hopkins expôs a Roosevelt uma iniciativa para dar emprego a 4 milhões de pessoas e o momento em que o dinheiro (US$ 4 bilhões de hoje) foi colocado à sua disposição, passaram-se apenas 40 dias. Ele gastou muito mais que isso, porém empregou 8,5 milhões de pessoas. Hopkins morava na Casa Branca e mandou como poucos. Quando morreu, em 1946, seu patrimônio líquido equivalia a US$ 13 mil de hoje.

(Hopkins foi o principal articulador da aliança de Stalin com Roosevelt e teve a graça de visitar o bunker de Hitler pouco depois de seu suicídio. Levou consigo alguns livros do Führer.)

MISTÉRIO
Ladrões roubaram pastas e objetos que estavam no carro de um assessor de Lula, em Curitiba. [existe uma tendência a reduzir a importância de assessores - no caso do assessor de Lula - um presidiário - se caracteriza o verdadeiro 'aspone' = assessor de porra nenhuma.]  No meio dos papéis estava o seu passaporte.

É verdade que ele não é mais um “ser humano”, mas os outros bípedes deixam o passaporte em casa ou no escritório e só o tiram da gaveta quando decidem viajar ao exterior.


MATÉRIA COMPLETA em O Globo - Elio Gaspari, jornalista  

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Forças desarmadas, poder de matar, cartéis e Anatel: duas notas



Dias atrás eu tive o desprazer de ver gente que confia cega e desesperadamente em nossas Forças Desarmadas comentando que o que há de mais mortal e de melhor relação custo/benefício na aviação, que são os caças Sukhoi (na foto, SU-30MK2), não seriam páreo para nossa FAB e suas sucatas voadoras.

Os argumentos mais recorrentes eram de que a Venezuela, que possui dezenas deles, não possuía sequer comida para seus cidadãos, que dirá querosene para os caças, e de que o Brasil era uma peça estratégica na geopolítica mundial e por isso receberia ajuda bélica em um eventual conflito contra as forças do Foro de São Paulo.

De imediato lembrei daquele que talvez seja o único registro de áudio de Hitler falando normalmente, onde ele discute, abismado, sobre o poderio bélico dos soviéticos, reclamando que estes tiveram mais de 20 anos para se armar até os dentes, e que todo o dinheiro arrecadado fora gasto unicamente nisso.

Hitler também discorre sobre os mais de 34 mil tanques de guerra soviéticos abatidos pelas forças alemãs e diz que, se alguém lhe dissesse que uma nação tivesse 35 mil tanques de prontidão para o início de um conflito, ele responderia:  - "Você, meu bom senhor, você vê tudo duas vezes ou dez vezes mais. Você está louco; você vê fantasmas."

O detalhe mais peculiar é quando o Führer fala sobre os trabalhadores das fábricas soviéticas, referindo-se a eles como massas que certamente viveram como animais, e é exatamente nesse ponto que quero chegar.  Os incautos no Brasil e no mundo não entendem que o único e verdadeiro poder é o poder de matar. Nossas leis, contratos, acordos, instituições, enfim, tudo é regido pelo poder de matar, concentrado no Estado e, acima dele, nos clãs e organizações que o controlam e governam verdadeiramente o mundo.

O fato de um país ser possuidor de milhões de miseráveis não diz nada a respeito de seu poder de matar. O próprio experimento soviético mostrou à cúpula globalista, que não só o inoculou na Rússia como o financiou, que era possível manter um capitalismo subterrâneo enriquecendo as elites ao mesmo tempo em que se empobrecia o restante da população.

Os mesmos que subestimam esse aspecto também subestimam a dialética no que tange ao lucro:
quem possui poder de acabar com a bagunça em um país pode muito bem lucrar ainda mais através de uma guerra clandestina, armando os diferentes lados de um conflito. Sendo assim, não subestimem as forças atuantes no globo olhando para um único aspecto, pois a verdade é que, em última instância, direitos só são garantidos através da força das armas, e se você não as possui, então você não possui direito algum.
Anatel é uma agência cartelizadora travestida de reguladora, loteada entre vermes pemedebistas e petistas. No ano passado, o PT, que possuía duas diretorias na agência, articulava-se para engolir as outras três pertencentes ao PMDB. Para isso, pretendia lançar mão de outros cargos e pastas fora da ANATEL.

Essa ocupação de espaços é estratégica porque a esquerda e principalmente o PT foram culturalmente demolidos onde a comunicação ainda é relativamente livre, ou seja, na internet. Fora isso, o PT, partido mais entreguista do Brasil, aproveita e protege a grande mídia, que está levando um pau de serviços como os da Netflix. Talvez agora vocês entendam o motivo pelo qual querem - e vão - limitar a banda de internet em todo o país, intensificando um pouco mais a ditadura na qual já vivemos.  Não posso deixar de homenagear os revolucionários juvenis criados a leite com pera e Manifesto Comunista de Karl Marx, burros o suficiente para compreender que seu ídolo foi um testa de ferro que cedeu sua imagem para consolidar o maior esquema de pilhagem da história humana.

Clique para o vídeo: Hitler Speaking Normally



Enquanto vocês creem que o aumento do Estado é necessário para combater empresas malvadonas, a elite parasitária e predatória que controla ambos - e que foi mãe desse sistema - torna-se a única dona da fusão entre a política e os negócios, o que é basicamente o esquema chinês, e, logo, nem eu, tampouco você, teremos para onde correr.

Parabéns a todos os envolvidos.

Fonte: David Amato – Mídia Sem Máscara 

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Como morrem as instituições



Instituições não morrem de morte morrida, morrem de morte matadae raramente de forma abrupta. Fenecem (ou se atrofiam) gradativamente, ao longo de um processo pontilhado pelo desprezo de alguns e pela prepotência de outros. E, sobretudo, por agressões e traições ao seu espírito. Por ações e omissões da parte dos dirigentes e representantes aos quais incumbe zelar pelos papéis que as distinguem, mas que em vez disso acabam contribuindo para a descaracterização deles.

Para bem fixar o sentido da afirmação acima peço licença para fazer dois esclarecimentos preliminares. O primeiro é que esta reflexão carece de sentido para extremistas de direita ou de esquerda. Para os adeptos do fascismo (e do populismo, seu primo pobre latino-americano), o que importa é a vontade do líder, do Führer, nunca os “formalismos vazios” que os liberais chamam de “instituições”. Numa linha muito própria, o conceito de política empregado pelos comunistas e seus companheiros de viagem tem pouco ou nada que ver com instituições; mal se distingue da tática, domínio regido muito mais pela malícia do que por valores. Os leitores a que me dirijo são, portanto, preferencialmente, os que prezam o liberalismo político e a democracia.

Em segundo lugar, há uma interrogação prévia a ser respondida. O que distingue uma instituição de uma organização qualquer? Minha resposta, já em parte indicada, é que uma instituição só existe em função do fiel cumprimento, por seus dirigentes e representantes, dos papéis que conferem sentido prático aos valores que ela professa. Uma igreja cujos dirigentes não se comportam como religiosos pode ser qualquer coisa, mas igreja certamente não é

O comandante militar que propende a agir como braço armado de um líder ou de uma facção política pode ser um caudilho, mas não a autoridade que jurou defender a sociedade e a Constituição. A distinção que estou tentando delinear vale em todos os níveis e âmbitos da sociedade. Por ação ou omissão, o professor que não vê diferença entre ensino e proselitismo e a maioria estudantil que se acomoda ou se deixa intimidar pelos profissionais do grevismo também contribuem para a descaracterização da instituição universitária.

Infelizmente, a crise política e econômica em que o Brasil se encontra é propícia à multiplicação de comportamentos anti-institucionais. Três casos recentes parecem-me requerer um comentário crítico. Primeiro, o posicionamento assaz polêmico de dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso e Marco Aurélio Mello.

Barroso, antecipando o possível afastamento de Dilma Rousseff e a consequente ascensão de Michel Temer, exclamou diante de uma plateia algo como “um governo do PMDB? Meu Deus, é isso o que temos?” – enunciando uma posição manifestamente facciosa. Não menos chocante, Marco Aurélio Mello, dono de uma formidável bagagem de conhecimentos jurídicos e de uma não menos formidável experiência judicante, assumiu uma posição frontalmente contrária ao impeachment, chegando mesmo a vaticinar dias sombrios para o país no caso de a proposição a ser brevemente votada na Câmara dos Deputados sair vitoriosa. Um juízo de valor, sem nenhuma dúvida, com a agravante de haver sido formulado como uma previsão ou antecipação hipotética de um estado de coisas futuro.

Proposições desse tipo são adequadas quando enunciadas pelos profissionais da futurologiaa chamada “construção de cenários” –, mas descabem por completo na boca de um magistrado. O segundo caso, que comento por dever de oficio, é a compra de votos para tentar deter o impeachment que Lula organizou nas dependências do hotel Golden Tulip, em Brasília. Há coisa de 20 anos, e com objetivo patentemente eleitoral, Lula ofereceu aos brasileiros uma avant-première do gênero populista pelo qual haveria de se nortear, afirmando que mais de metade da Câmara dos Deputados era integrada por “picaretas”. Em outros tempos – lembro-me dos anos 50 –, teria recebido uma resposta à altura. 

Se se atreveu a fazer tal afirmação, foi certamente por perceber a vertiginosa perda de altitude do Poder Legislativo no período pós-transição e pós-Constituinte. Mas, ainda assim, quem ali vemos, no Golden Tulip, dando expediente full-time, é um ex-presidente da República. Um ex-presidente investigado pela Justiça, isso é certo, mas que ao menos por três razões deveria dar-se ao respeito: o cargo que ocupou durante oito anos, a estima que parcela expressiva da sociedade ainda lhe devota e um elementar respeito às instituições democráticas.

Por último, devo também me referir a certo tipo de parlamentar, aquele ao qual Lula parece estar se dedicando com maior afinco. Falo dos “picaretas”, do “baixo clero”, dos que devem seus mandatos aos “grotões” – ou seja, daqueles que jamais ergueram a voz para contestar esses termos pejorativos, como também não contestaram o insulto que Lula lhes fez em 1993.

Quer nas referências verbais que fazia em relação a eles, quer nas atividades “práticas” mediante as quais procura aliciá-los, Lula sempre os aviltou na física e na jurídica – ou seja, como indivíduos e como integrantes da instituição legislativa. Se esse é um retrato fiel dos “picaretas”, se eles de fato carecem, como Lula insinuou, da altivez e da independência que o exercício de um mandato eletivo pressupõe, se entre eles a regra é a falta de brios e de hombridade, então, convenhamos, o Congresso Nacional está de fato prestes a perder o status de uma verdadeira instituição. Está se transformando numa organização qualquer, fadada a perder o respeito dos cidadãos.

Fonte: Publicado no Estadão - Bolívar Lamounier